Acordei com o som do despertador. Por que raio eu fui comprá-lo? Perguntei-me e depois me lembrei que tinha aula. Levantei-me rapidamente e liguei a luz do quarto, pois as cortinas não deixavam a luz do sol passar, fui até o guarda roupas e peguei uma calça jeans escura, uma blusa sem manga vermelha com desenhos em preto, um casaco preto e os vesti, depois peguei uma sapatilha com salto alto e a coloquei.

Guardei minha camisola no armário e depois fui ao banheiro, escovei os dentes e penteei meu cabelo. Abri uma gaveta e peguei minhas maquiagens, passei um batom vermelho, um lápis de olho e um rimel.

Voltei ao meu quarto e peguei minha bolsa da escola, depois procurei meu celular e o coloquei dentro da bolsa, peguei meus óculos escuros e desci para o primeiro andar.

Coloquei meus óculos escuros e sai de casa, tranquei a porta, fui até a garagem e entrei em meu Volvo. O sol estava forte, o dia quente, então resolvi tirar meu casaco e o guardei na bolsa. Eu estava usando meu colar como sempre.

Liguei o carro e sai da propriedade, acelerei ao máximo e em 8 minutos eu estava na escola. Estacionei o carro e sai dele, o tranquei e olhei ao redor, muitas pessoas me encaravam, eu simplesmente ignorei e fui em direção da secretaria.

A secretaria é a primeira porta do corredor por onde se entra no colégio, há uma mesa grande que divide o espaço e uma mulher se senta atrás dessa mesa. Fui até ela.

–ola. –falei ao entrar.

–oi. Quem é você? –perguntou ela simpaticamente.

–Natalie Richel. Fiz minha matricula por telefone semana passada. –falei sorrindo.

–ah claro, só tem um probleminha, você não enviou o histórico da outra escola e nem sua carteira de vacinação. –falou ela.

–como é seu nome? –perguntei.

–Diana. –ela falou.

Eu tirei meus óculos e olhei em seus olhos, comecei a usar meu dom.

–olhe de novo, eu mandei sim. –falei.

–é você mandou, eu nem tinha visto... –Diana falou meio tonta.

–poderia me dar meus horários? –perguntei parando de usar meu dom.

–claro, aqui estão. –falou Diana quando me entregou os horários e um outro papel.

–o que é isso? –perguntei olhando para o papel.

–é o mapa da escola. –ela disse.

–obrigada. –falei, coloquei meus óculos novamente e sai da secretaria.

Olhei para o mapa da escola o decorei rapidamente e então o joguei no lixeiro ao lado da porta da secretaria.

Voltei ao estacionamento, ao lado dele havia uma área cheia de mesas de piquenique onde vários jovens estavam. Fui até uma mesa e me sentei ali, coloquei a bolsa ao meu lado e esperei o sinal do começo das aulas bater. Olhei ao redor e vi Caroline e outra garota vindo em minha direção. Sorri para elas, eu reconheci a garota que estava ao lado de Caroline, era Bonnie Bennet.

–oi Natalie. Gostando da escola nova? –perguntou Caroline.

Caroline estava vestida com uma calça cinza, uma blusa roxa, uma bota preta com detalhes brilhantes, seus cabelos estavam amarados e ela usava uma maquiagem lilás.

–não da pra saber, a aula ainda não começou. –respondi brincando.

–verdade. Deixa eu apresentar, Bonnie essa é a Natalie Richel, Natalie essa é Bonnie Bennet. –Caroline nos apresentou.

–prazer. –Bonnie disse estendendo a mão.

–o prazer é meu. –falei apertando sua mão.

Quando toquei sua pele vi palavras surgirem em sua mente: poder, protetora, desconfiança e morte. Retirei rapidamente minha mão da sua, pois sabia que ela também estava vendo coisas sobre mim.

–que estranho! Vocês duas pareciam estar olhando pro nada. –falou Caroline confusa.

–coincidência. –falei.

–sim, sim. –concordou Bonnie.

Bonnie é morena, seus cabelos pretos e ondulados estavam soltos e chegavam até um pouco abaixo de seus ombros, ela tem olhos castanhos e é um palmo mais baixa que eu. Ela estava usando uma calça jeans clara, uma camisa preta e uma sapatilha preta. Ela usava um pouco de maquiagem.

–posso ver seus horários? –perguntou Caroline.

–claro, aqui estão. –falei enquanto os entregava.

–a maioria das aulas nós vamos ter juntas. –falou Caroline toda animada.

–que bom. –falei dando um sorriso fraco.

Caroline me devolveu os horários e vi que Bonnie revirou os olhos rindo.

–qual é o melhor professor? -perguntei.

–Sr. Verner de educação física. –falou Caroline.

–eu acho a professora Matilde de literatura. –falou Bonnie.

–e o pior professor? –perguntei.

–O Alaric que da aula de história e ciências. –falou Caroline.

–hum... Pra mim é o Gustav que da aula de Geografia. –falou Bonnie.

–eu falo minha opinião quando a semana acabar. –falei.

–ótimo. –falou Caroline rindo.

–olhem. Lá vem Elena e Stefan. –falou Bonnie apontando pra um casal que vinha em nossa direção.

Eu conhecia a garota pois ela é igual a Katharine Pierce, mas eu sabia que era Elena, pois ela não tinha nenhuma maldade no olhar.

–olha como o Stefan Salvatore é bonito, eu tentei ficar com ele, mas ele tinha e tem apenas olhos para Elena. –falou Caroline sorrindo e se sentando ao meu lado.

–não o conheço para saber se ele é bonito. –falei.

–olha pra ele e me diz que ele não é bonito. –pediu Caroline incrédula.

Olhei para ele e percebi que já o tinha visto em algum lugar. Ele é alto, têm olhos verdes, seus cabelos castanhos claros estavam desarrumados e cortados curtos, ele estava usando uma blusa preta, uma calça jeans, sapatos pretos e ele também estava usando óculos escuros.

–Caroline, uma coisa que aprendi é que beleza externa não serve pra nada, mas a beleza interna tende ser valorizada. De que serviria a beleza externa se você fosse um idiota completo? –perguntei.

–nossa. Isso foi realmente profundo. –falou Bonnie impressionada.

–verdade. –eu disse rindo.

–oi. –falou Elena quando chegou.

Ele era da mesma altura que eu, seus cabelos castanhos escuros são lisos e chegam até a metade de suas costas, seus olhos são castanhos escuros. Ela esta usando uma calça preta, uma blusa vermelha, uma sandália com um pequeno salto e uma leve maquiagem.

–olá meninas. –falou Stefan.

–você é nova aqui não é? –perguntou Elena pra mim.

–sim, meu nome é Natalie Richel. –falei sorrindo.

–o meu é Elena Gilbert. –Elena se apresentou estendendo a mão pra mim.

–prazer em conhecê-la. –falei e apertei sua mão.

Palavras surgiram em minha mente como sempre: amor, duvida, poder, confiança e morte. Retirei minha mão da sua.

–o prazer é todo meu. –falou Elena.

–sou Stefan Salvatore. –falou Stefan se apresentando e estendendo sua mão.

Eu apertei sua mão e as palavras surgiram: morte, amor, proteção, bem e medo. Retirei minha mão, mas antes que eu pudesse falar algo Caroline me interrompeu.

–voltando ao assunto. Natalie, de que site você tirou aquela frase que você falou? Estou precisando arrumar umas dessas. –falou ela.

–que frase? –perguntou Elena.

–Caroline disse para Natalie ver se Stefan era bonito ela disse que não podia falar, pois não o conhecia. –Bonnie foi interrompida por Caroline.

–então eu perguntei se Stefan era um gato ou não. O que você disse mesmo? –Caroline perguntou pra mim. –fale nas mesmas palavras. –ela completou.

–eu falei que uma coisa que aprendi é que beleza externa não serve pra nada, mas a beleza interna tende ser valorizada. De que serviria a beleza externa se você fosse um idiota completo? –eu falei revirando os olhos.

–profundo... –Stefan murmurou.

–foi o que eu disse. –falou Bonnie.

–de onde você tirou isso? –perguntou Caroline curiosa.

–eu inventei, é um dos meus lemas pessoais. –eu disse.

–inspirado num romance seu que não deu certo? –perguntou Caroline.

–na verdade inspirado numa história que uma amiga me contou. –eu disse.

–posso saber qual o nome dela? –perguntou Caroline.

–na verdade, Stefan a conhece. –eu falei sem pensar para Caroline.

–conheço? –Stefan perguntou.

–sim. –eu falei percebendo o que eu havia falado.

–e quem é? –perguntou Stefan.

O sinal bateu e eu ri, a frase salva pelo gongo, veio a minha mente. Me levantei do banco e peguei minha mochila.

–bem, outra hora nós falamos dela. Agora tenho que ir pra sala, não posso me atrasar no primeiro dia. Tchau. –eu disse e sai andando em direção de minha sala de aula.