Mestiça escrita por Tayná Milene


Capítulo 11
Capítulo 10 - Baseball


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, estou realmente sem tempo para escrever...



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Todos da casa começam a se arrumar, Emmet vai até a garagem e escuto ele colocando várias coisas dentro de seu amado Jipe. Fico cada vez mais curiosa sobre a partida de Baseball.

—a Isabella vai ficar no meu time! -anuncia Emmet ao chegar na sala onde aguardo com Edward.

— você só quer ela no seu time porque eu não consigo ler os pensamentos dela. -constata Edward.

—claro que não. Não sou tão interesseiro,  quero ela no meu time pra ensinar ela a jogar. -fala Emmet tentando parecer inocente.

—eu sei jogar Baseball. -falo. -mas não se preocupe, aceito ficar no seu time.

—vamos? -pergunta Esme chegando na sala vestida com uma legging e uma camisa do Washington Nationals. Sorrio ao ver ela. -o que foi? Nossa família gosta muito de baseball! -explica ela fazendo graça.

—posso ver que sim. -falo sorrindo ainda.

—o Ed Cabeção aí ganha sempre. Com esse radar de pensamentos aí embutido nele ele sempre sabe como vamos jogar. Quero ver se é tão bom assim sem esse negócio aí! - fala Emmet. - e a Isabella vem comigo, não quero meu time confraternizando com o inimigo.

Emmet olha de cara feia para Edward e me pega pelo braço me levando em direção à garagem. Rosalie vem logo atrás sorrindo e revirando os olhos. Me pergunto como os dois acabaram se apaixonando, sendo que parecem ser tão diferentes.

Esme nos acompanha e vejo o restante dos Cullens sair da casa, Jasper não está à vista, mas escuto um carro se aproximar, então ele provavelmente foi pega-lo em algum outro lugar. Emmet vai para o outro lado do Jipe e vejo ele abrindo a porta ao lado do motorista.

—mamãe. -Emmet fala e Esme vai para seu lado, ele dá a mão para ela, ajudando-a à subir no enorme veículo, como um legítimo cavalheiro à moda antiga, fecha a porta pra ela e abre para que Rosalie suba no banco de trás. Já esta sobe sem ajuda e com maestria. Subo no Jipe também antes que Emmet pudesse pensae em vir abrir a porta pra mim.

Corrijo o que pensei. Não sei como Rosalie não poderia se apaixonar por ele, Emmet aparenta ser simplesmente a pessoa mais fácil de conviver do mundo. Olho pra ela sentada a meu lado no banco de trás, a perfeição em formato de vampira, ela vê que a encaro e pisca um olho, brincando.

O carro saí da garagem e vejo que o restante dos Cullens está em outro Jipe, esperando do lado de fora, com Jasper no volante e Carlisle a seu lado, Alice e Edward no banco de trás. Todos saímos em direção à estrada. Emmet saí na frente cantando pneu.

—que bom que veio conosco, faz tempo que não jogamos todos, um sempre ficava sobrando. -fala Esme. -mas devo avisar, pra que não se assuste, meus filhos são muito competitivos.

—espero que não dê moleza para o Edzinho. Vamos ganhar essa. -diz Emmet sorrindo de orelha a orelha.

—ahh, isso com certeza. Vamos ganhar essa! Se tem uma coisa que aprendi com 3 irmãos é ser muito competitiva. Eles não vão ter nem chance. -falo me empolgando.

— é assim que se fala garota! -fala Emmet animado.

O resto do caminha Emmet e Rosalie passam tentando armar alguma estratégia mirabolante, explicam algumas táticas de jogo e qual o ponto fraco de cada um.

—chegamos! -fala Emmet e salta do Jipe imediatamente, corre em velocidade vampiresca e abre a porta para Esme, dando a mão novamente para que ela descesse.

Eu e Rosalie saltamos do Jipe ao mesmo tempo e vamos para a traseira do veículo. Emmet vai até nós e começa a nos entregar as bases e os tacos. Olho com espanto e vejo que os tacos são de aço, tão resistentes que até um de nós teria que se esforçar um pouco para parti-los ao meio.

—agora consigo entender o motivo de precisarem de uma tempestade. -falo testando um dos tacos, analisando seu peso.

—fazemos muito barulho. -constata Rosalie sorrindo.

Os outros chegam também, deixamos os carros ao lado da rodovia, na margem da floresta. Pegamos os equipamentos e sigo Emmet mata adentro, sorrindo para Edward quando este me alcança. Paramos ao chegar a um descampado, bem longe de qualquer humano. Emmet vai arrumar o local para o jogo e Jaspes o ajuda, colocando as bases em seus devidos lugares.

—bem, como somos somente 4 em cada time fizemos algumas alterações nas regras do jogo, para tornar as coisas mais divertidas pra nós também, já que seria muito fácil com nossa força e agilidade. -começa Carlisle e depois explica todas as regras do jogo pra mim.

—certo, entendi. -falo e ele volta para junto do seu time.

Vou para perto de Emmet e este pisca pra mim, me fazendo rir. Ele sorri como uma criança que acabou de ganhar um presente na manhã de Natal.

—então vamos começar. -anuncia Esme.

Cada um vai para o seu devido lugar e estendo meu escuto sobre todos do meu time. Alice logo pisca atonica.

—sem trapassas. -eu falo e aponto para sua cabeça.

—ah, isso é golpe baixo. -fala Edward.

—você não fez isso! -exclama Edward e sinto ele tentar passar meu escudo.

—ahh, ela fez sim! Vamos ver quem são os bons sem os dons agora! -fala Emmet dando pulinhos de animação pelo campo até seu lugar.

Alice vai lançar a bola, Emmet vai rebater. Jasper já está atrás de Emmet para pegar a bola caso este não acerte a tacada. Edward, Carlisle, Esme, Rosalie e eu estamos posicionados pelo campo. Aguardamos em nossas posições. Carlisle apita e o jogo começa.

Alice lança a bola que vai parar certeira na luva se Jasper, Emmet até tenta rebater, mas a jogada foi rápida demais.

—calma galera, eu não estava preparado. Vamos lá! -fala Emmet e balança o taco para cima e para baixo.

Um sinal é feito e Alice lança novamente, Emmet, atento dessa vez, acerta a bola em cheio e esta saí voando pelo campo. Eu e Edawrd começamos a correr em direção a bola, que vai em direção das árvore. Alguém começa a correr no campo. Tudo em questão de segundos. Edward está mais a frente e alcança a bola primeiro que eu. Ele a lança de volta ao campo e nós corremos para lá de volta. Eles fazem ponto.

Emmet me olha e pisca novamente. Eu sorrio e aceno com a cabeça. Edward nos olha intrigado. As posições se invertem e agora Alice rebate e Emmet joga a bola.

Emmet joga a bola para cima e para baixo três vezes. Depois recua o braço para trás e joga a bola com toda a sua força. Alice rebate de primeira, mas o estrondo do choque da bola com o taco é tão alto que parece um trovão. Eu e Edward corremos novamente. A bola alcançando uma distância considerável. Pulo um tronco e Edward agarra meu pé e me puxa pra baixo, me fazendo cair e saindo em vantagem. Eu sorrio e corro em outra direção. Pegando a bola no meio do caminho.

Volto ao campo sorrindo e Emmet levanta a mão. Eu pulo um pouco e acerto sua mão em cumprimento. Edward volta ao campo confuso.

—boa jogada garota. -fala Emmet e Esme da uma risada.

—o que foi que aconteceu? -pergunta Edward vendo a bola em minha mão.

—ilusão. -Esme nos dedura.

—mãe! -Emmet reclama e olha pra ela, que ainda dá risadinhas.

—eles combinaram essa jogada. A bola que você foi atrás era uma ilusão, enquanto a que Isabella pegou era real. -explica Esme.

—sem trapaças! -fala Edward e empurra o braço de Emmet em provocação.

—vocês trapacear por todos esses anos! Chegou nossa vez! -fala Emmet estufando o peito. -vamos vencer.

—jogue limpo. -fala Edward carrancudo para mim. Eu sorrio angelicalmente.

—pode deixar. -eu digo e sorrio conspiratóriamente para Emmet e Rosalie.

Continuamos o jogo por mais alguns Rounds. Muitos estrondos e corridas depois, permanecendo empatados, com a ajuda de algumas jogadas combinadas com meus poderes tomamos vantagem na última partida.

Eu pego o taco de Baseball na mão, minha vez de rebater. Edward vai aremessar e Jasper está atrás de mim para pegar a bola. É então que acontece. Três vampiros surgem das Sombras da floresta. Os Cullens formam um círculo ao meu redor e reconheço os vampiros imediatamente. Sei que isso não vai acabar bem.

—olá, olá. Ouvimos vocês jogando e viemos ver se estavam precisando de alguns jogadores. -fala Laurent.

Meus instintos ficam aguçados, espero o momento em que eles me reconheçam. Edward está a minha frente, observo por trás do ombro dele.

—olá. Não os ouvimos se aproximando. -fala Carlisle calmamente tomando a frente.

—peço perdão. Esquecemos de nos apresentar. Eu sou Laurent, está é Victória. E este é James.

—muito prazer. Somos os Cullens. Meu nome é Carlisle e esta é minha esposa Esme. E meus filhos, Emmet, Rosalie, Alice, Jasper, Edward e Isabella. -fala Carlisle apontando para cada um de nós.

Fico surpresa por Carlisle me incluir na apresentação, mas não falo nada. Apenas analiso os vampiros a minha frente. Laurent examina cada um conforme Carlisle nos apresente e seus olhos pousam em mim, ele os arrega-la levemente em surpresa e eu sorrio. Assumindo uma posição de ataque.

—vejam só quem temos aqui. -fala Laurent, se inclinando levemente para frente.

Tudo acontece em questão de segundos. James me vê ao mesmo tempo que Victória. Não espero que eles se movam primeiro, avanço na direção do trio e me jogo contra James, que vê meu movimento e para meu ataque me segurando pelos braços. Victória avança pra cima de mim e uso James como apoio para me jogar pra trás e acertar um pé na cabeça da ruiva que voa para longe. Laurent dá um passo pra trás e avalia, então sinto dois braços firmes me prendendo.

Tento me soltar e reconheço o cheiro de Emmet. Paro de me debater para não machucá-lo. Olho para o lado e vejo que Jasper fez o mesmo com James e Edward rosna para Victória quando esta volta correndo, mantendo-a longe.

—Isabella? -questiona Carlisle. -o que está acontecendo aqui?

Apenas olho para ele. Não falo nada. Ele não iria entender.

—esta garota está com vocês? -pergunta Laurent.

—está sim. -afirma Carlisle.

—James decidiu ataca-la assim que a viu. -comunica Edward.

—ela matou um dos nossos! -grita Victória. -sem nenhum motivo!

Apenas rosno para ela, e tento me soltar novamente. James ainda luta contra Jasper.

—me solte Emmet! Não quero te machucar! -grito.

—isso é verdade Isabella? -pergunta Carlisle.

—matei. E irei matar todos vocês também. -guspo as palavras para a ruiva.

Entro na mente de Emmet e este me solta. Victória tenta pular em minha direção, mas Edward é mais rápido e se põe na minha frente novamente.

—parem com isso! -grita Laurente.

James e Victória obedecem. Após alguns minutos de tensão Jasper solta James que vai para o lado de Victória.

—Isabella. Não sei o que aconteceu, mas acredito que tenha um bom motivo pra ter feito isso. -fala Carlisle vindo em minha direção.

—eles matarem pessoas já é motivo suficiente. -falo entredentes. Meus olhos ainda atentos aos movimentos dos três.

—que tipo de criatura você é? -pergunta Laurent para mim. -escutamos seu coração, mas é forte como um de nós.

Não respondo. Carlisle se aproxima dele. Tentando apaziguar a situação, James e Victória não perdem um movimento sequer.

—só queremos a garota. Não queremos briga com seu clã. -anuncia James.

—sinto que isso não será possível. Como eu disse. Ela está conosco. -fala Carlisle ainda muito tranquilo. O restante da família assume uma posição de defesa à minha volta.

—certo. Não queremos confusão. Podem ficar com a garota. Nós já vamos indo. Pedimos desculpas pelo inconveniente, se soubéssemos que essa área estava ocupada não teríamos aparecido por aqui. -fala Laurent erguendo as mãos em sinal de rendição e dando alguns paços para trás. -James, Victória. Vamos indo.

James e Victória encaram Laurent e depois acenam com a cabeça e observo eles sairem lentamente. Assim que eles partem os olhos de todos os Cullens estão sobre mim.

—não precisavam ter feito aquilo. Eu sei me cuidar sozinha. Deviam ter deixá-do eu matá-los. -falo saindo da posição de ataque.

—tenho certeza que sim. -fala Jasper a meu lado.

—por que matou aquele vampiro Isabella? -pergunta Carlisle.

—porque ele matou pessoas em Seattle. Todos eles mataram. -eu digo.

—eles são vampiros. É a nossa natureza. -fala Carlisle

—eu sei. Mas não significa que tenham que fazê-lo. Não peço para que entendam. Eu fui criada assim. Não preciso explicar o porquê de ter feito o que fiz. Para mim vampiros são inimigos. Qualquer um deles. -falo entredentes.

—até mesmo nós? -questiona Edward.

—vocês são a exceção. Por causa do tratado. Um dos motivos pelos quais eu estava em Forks era pra vigiar vocês. Ver se estavam seguindo o tratado a risca. Não me envergonho disso. -falo. -eu sabia que isso não ia dar certo. -falo me virando para Edward.

Começo a andar em direção da floresta, mas Edward segura meu braço, me impedindo de continuar.

—Isabella? -pergunta Edward num sussurro.

—desculpe. Sou mais parecida com aqueles vampiros de olhos vermelhos do que com vocês. Eu mato vampiros Edward, simplesmente por serem o que são. E não me arrependo disso. Vocês não vão conseguir mudar essa parte de mim. - falo.

—onde você vai? -questiona ele.

—atrás deles. Não tente me impedir. -falo e solto de seu aperto com um puxão.

—James e Victória querem vingança. Eles planejam matar você. Eles a viram com os lobos. Vão ir atrás deles também. -avisa Edward.

—obrigada. -falo e sumo floresta adentro.

Edward tenta me seguir, mas é em vão. Sou mais rápida. Fico triste por tê-lo que deixar pra trás, mas minha família é infinitamente mais importante que ele.

Sigo o cheiro deles até o mar. Lá perco o rastro, mas sei que eles não estão longe. Não tendo como segui-los vou até a fronteira e lá fico de guarda por horas a fio, sem sinal deles. Meus olhos, não tão vermelhos como antes, começam a voltar a cor natural. Encontro os lobos pelo pensamento.

"Sam, teremos companhia. Os vampiros voltaram, eles estão de olho na gente, redobre as rondas.". -eu penso em direção do alfa.

"Certo. Iremos redobrar as rondas. Não se preocupe conosco. Tente localizá-los, da reserva nós cuidamos." Sam pensa.

"Vou para casa. Preciso falar com meu pai. Fique atento. " sussurro em sua mente.

Escuto a concordância pela mente e vou em direção da minha casa. Tomo um banho e pego o telefone, encarando as teclas sem ter coragem de ligar pra casa. Respiro fundo e forço meus dedos a discarem. Meu pai atende no segundo toque.

—alo.

—oi pai. Desculpe não ter ligado antes. Vamos dizer que as coisas aqui em Forks estavam um pouco intensas. -falo sem parar para respirar.

—Isabella! Que susto nos deu! Podia ter ligado! Estávamos todos preocupados por aqui sem notícias suas! Eu devia te colocar de castigo! -ralha Billy pelo telefone.

— castigo? -falo rindo da paz que a normalidade do meu pai me transmite.

— castigo! Ainda estou pensando nisso! Se o Jake não tivesse conseguido falar com você eu teria tido um ataque e você seria a responsável por matar seu velho pai aqui! -comunica Billy e vejo real preocupação em suas palavras.

—quanto drama pai, eu estou bem, de verdade. O senhor sabe que eu sei me cuidar. Mas pai, estou ligando para falar de algo sério. -falo calmamente.

—o que aconteceu? -logo pergunta ele.

—os vampiros daquele dia voltaram. Eles estão de olho nos meninos. Liguei para pedir para o senhor não sair da reserva e pelo amor de Deus, vê se não vai pescar sozinho. -falo verdadeiramente preocupada.

—eu sei me cuidar menina. Não se preocupe. -murmura ele.

— não, o senhor não sabe. Se for sair leve o Jacob junto. Ou me ligue. Não quero que nada lhe aconteça.

—pode deixar filha. -fala Billy ternamente.

—tenho que desligar. Vou tentar passar aí assim que possível. -eu falo.

—certo. Até mais. -fala ele e escuto Jacob o chamando ao fundo.

—até. -falo e desligo.

Encaro o teto de meu quarto por um segundo.

—o que você quer aqui? -pergunto.


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