Possible Love... escrita por Jade


Capítulo 3
Lágrimas...


Notas iniciais do capítulo

Heeeey, desculpem ter demorado TANTO para postar, mas foi um mês difícil e um capítulo bem grande. Espero que gostem!



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– Bom, eu levei uma bronca básica do diretor…

– Só?

– Ér… Eu fui suspensa, mas nada tão grave.

– Nada tão grave? Você foi suspensa!

– É, mas eu nunca tinha feito nada errado antes e...

– Foi estranho fazer algo errado, né?

– Como você sabe? Nunca obedece ninguém, você nunca nem precisou obedecer ninguém.

– É, na verdade eu precisei, sim!

– Que? Quando? Como? Onde? Quem? Porquê?

– Calma, calma. Eu precisei obedecer meus pais várias vezes!

– Porquê?

– Você é curiosa!

– Desculpa. Estou fazendo trocentas perguntas e agente mal se conhece.

– Não tem problema. Eu também saí te perguntando o que tinha acontecido.

– É, mas… É mesmo, seu abusado!

– Hahaha! Agora que você se tocou!

– Ei! Não tem graça, haha!

– Se não tem graça por quê você tá rindo?

– Por que sim!

– Haha! Caraca agente tá atrasado! Vem, corre!

5 minutos depois

– Bonitos!

– Eu sei professor, nós somos lindos!

Eu dei uma rizada baixa e uma cotovelada de leve nele.

– Engraçadinho. Sentem logo e da próxima vez, deixem para namorar no final da aula.

O Dc abriu a boca para falar alguma coisa, mas não disse nada. Nós sentamos, um de cada lado da sala, eu na primeira fileira da esquerda e ele na segunda fileira da direita. E assim a aula correu por muito tempo! Bom, foram cinquenta minutos com qualquer outra aula, mas pareceram duas horas. Faltando uns dez minutos para a aula acabar, eu notei que a Mônica não estava lá e a Carmen também não. Estranho! Considerando que elas se odeiam profundamente, descartei logo a ideia das duas estarem conversando. Pensei que elas pudessem até estar brigando, mas a Carmen não brigaria com a Mônica sem as pussicat doll's dela. Onde elas estavam?

Assim que a aula acabou, fui correndo procurar a Magali, mas ela tinha desaparecido da escola. Foi aí que eu me toquei que eu tinha meio que largado ela para ficar com o Dc. Isso tinha sido no penúltimo tempo… Saído! Ela deve ter saído, pensei. Corri para a casa dela e perguntei para a mãe dela, se ela já tinha chegado, mas a resposta foi não. Para o meu desespero, não. E agora? Onde ela pode estar?

Acabei optando por voltar para casa e mandar whatsapps e mensagens até ela responder.

Um dia depois

Fui para a escola e a Mônica estava lá. O meu alívio foi grande, mas não durou muito tempo.

– Mônica! O que aconteceu ontem, você sumiu.

– Cara... Vem comigo rápido.

– Tá.

Ela me levou para um corredor vazio. O que diabos aconteceu?

– Lembra do acidente de carro?

– Que acidente de carro?

– O da minha mãe.

– Sua mãe sofreu um acidente?

– Não essa mãe!

– Você tem outra?

– Lembra da minha tia? Que eu chamava de mãe?

– Não...

– Que cuidou de mim por, sei lá, cinco anos.

– Hum... Ah, sim, sim. O que tem ela?

– Ela sofreu um acidente, né?

– Sim, mas o que tem?

– Bom... Eu estava lendo um livro, ontem umas nove horas, e era um livro de mistério, daí...

– Resume logo!

– Bom, eu resolvi investigar a sua mãe biológica.

– Mônica, eu já tentei achar ela, mas ela morreu em um acidente de carro.

– É, né, mas você sabe qual o dia?

– Sim, foi dia trinta de setembro. Por que?

– Bom, a minha tia tinha cabelo castanho e olhos castanhos.

– O que isso tem a ver com a conversa?

– Cara, minha família tem cabelo preto e olhos mel. É a única pessoa na família inteirinha que é diferente!

– Tá, mas é genética. O que tem a ver?

– Ela sempre perguntava sobre você. Ela é igual a você.

– Se você está pensando que... É impossível! Minha mãe morreu, ela morreu e pronto!

Eu estava indo embora quando ela falou...

– Ela morreu dia trinta de setembro em dois mil e dois.

– M-mas... Não é possível! Não, não é ela.

– Mô...

– Onde ela... Ela morreu? O que mais você sabe?

– Eu sei que ela teoricamente morreu, mas tem algumas coisas estranhas que aconteceram.

– Tipo?

– Tipo que, minha tia não bebia, mas ela morreu alcoolizada no acidente. E “antes de morrer”, ela me mandou um SMS, mas falam que ela morreu 23:42, mas a mensagem chegou 21:30.

– Ela morreu 23:42, não quer dizer que ela sofreu o acidente 23:42, oras!

– Bom, o nome dela era Lanna, mas minha mãe já chamou ela de Lolla umas duas veze...

– Lolla?

– Sim, Lolla. Familiar?

– Era o nome da minha mãe.

– Ahã! Viu, viu. Tudo bate e nada bate!

– Onde ela morreu?

– An... Foi na rua... José Calliardo 136.

– Eu vou indo, te vejo depois!

– Mas Maga...

Eu fui embora correndo e peguei o primeiro táxi que eu vi.

– Rua José Calliardo, 136, por favor.

– Segue pela Falcão ou pela Vieira?

– A mais rápida possível.

– Tá, né.

Depois de uns vinte minutos, eu cheguei e corri pela rua procurando alguma coisa, mas não achei nada... Resolvi voltar, já que ali não tinha nada. Depois de mais uns vinte minutos esperando qualquer sinal de vida, eu consegui pegar um táxi.

– A escola limoeiro, por favor.

– Ok.

Bom, pelo menos esse não perguntou por onde ir, né. Depois de mais vinte minutos para voltar, eu cheguei na escola. Entrei com a esperança de assistir umas duas aulas ainda, mas estava no meio da aula de reforço e embora a Mônica faça aula de reforço, eu não preciso. Eu acabei preferindo ficar no lado de fora da escola, para não levar bronca, e para minha sorte, estava chovendo um pouco. Eu sentei na calçada e fiquei uns dez minutos lá, só pensando e refletindo. A chuva ficava mais forte a cada minuto e eu mais fraca. Comecei a lembrar tudo que já tinha acontecido até ali e comecei a chorar. Cheguei a conclusão de que lágrimas, só são boas em duas ocasiões. Quando são de felicidade e quando são de verdadeira tristeza profunda, pois chorar te alivia, te faz mais leve em alguns casos, menos triste. Lágrimas, nada mais são do que pequenas escapadas dos sentimentos em forma d'água.

Todos ficamos tristes, todos já deixamos lágrimas escorrerem por nossos rostos e também já deixamos sorrisos se formarem em nossos lábios. E isso nós liberta, sorrir sem ser para disfarçar a tristeza e chorar sem ser para sentirem pena de você. Só deixar acontecer e pronto. Por que todos não se permitem essa possibilidade? Qual o problema de chorar, afinal? Demonstra que somos humanos e temos sentimentos como qualquer outra pessoa normal. Por que nos proibimos tanto? Não podemos nos molhar com a chuva, não podemos chorar nem sorrir, não podemos falar o que sentimos e tudo por medo de que alguém, completamente aleatório, nos julgue. Qual o problema de ser julgado? Não vai alterar nossa vida nem nada...

De repente, senti a chuva parar e alguém sentou-se do meu lado.

– O que foi?

– Dc? O que você tá fazendo aqui a essa hora?

– Eu estava tendo aulas. E você, o que faz aqui a essa hora?

– Eu estava pensando.

Ele secou minhas lágrimas, de um jeito carinhoso.

– Em que?

– Em lágrimas.

– Lágrimas?

– Sim. Mais ou menos isso.

– E porque você estava pensando em lágrimas?

– Bom, eu estava pensando e coisas tristes e comecei a pensar em lágrimas.

– Você sempre associa lágrimas à tristeza?

– É, eu acho que todos tem esse costume.

– Bom, eu não tenho.

– É, você é o Do Contra. Claro que você descorda!

– É... Bom, eu tenho que ir, mas antes, sai da chuva.

– Você não gosta de chuva?

– Não sou muito fã.

– Por que?

– Eu simplesmente não gosto.

– Tá bom, então. Eu vou sair da chuva.

– Tchau!

– Te vejo amanhã.

Como uma pessoa pode me fazer sentir melhor com menos de quinze frases?


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Desculpem e eu vou postar o próximo capítulo mais rápido!



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