Um pedido de socorro escrita por Minene


Capítulo 15
Capítulo 15 - Visitar a tia Melly


Notas iniciais do capítulo

Capítulo novo ❤



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/544094/chapter/15

Oliver Pov's

Sábado,

Nos últimos dois dias nada de novo ou no mínimo interessante aconteceu.

Para atualizar vocês: o professor de artes quebrou o braço e cancelou a peça, minha mãe concordou em me deixar passar um fim de semana na casa de praia da tia do Arthur com ele a Gina, sexta não tivemos aula por causa do conselho de classe e sábado de manhã foi a entregada dos boletins.

Minhas notas estavam boas, não ótimas, porém na média. Como nem eu, nem a Gina e nem o Arthur precisávamos ficar para as provas de recuperação, logo depois do almoço minha mãe nos botou no carro para nos levar até a casa da “dinda Melly”, como o Arthur disse para chamá-la.

Fiquei no banco de trás, na janela, do lado da Gina. Ficamos conversando por mais ou menos trinta minutos…. Aí uma hora ela bocejou, então fiquei com vergonha por provavelmente estar sendo muito chato, concordei com o que ela estava falando me virei para encarar a janela.

Ela estava com sono, encostou a cabeça no meu ombro e dormiu. Primeiro eu fiquei nervoso e me perguntei se devia acordá-la, depois eu decidi que não. E a observei dormir.

–“É perto”. – falei irônico, imitando Arthur depois já estar a umas duas horas no carro.

Ele estava sentado no banco da frente, do lado da minha mãe. Virou o pescoço para me olhar e disse:

–Agora estamos quase chegando.

–Estamos mesmo. – mamãe falou sem tirar os olhos da estrada.

–Ela tá dormindo? – Arthur perguntou olhando pra Gina.

–Tá sim, por que? – respondi.

–Acorda ela, já vamos descer. – falou e virou pra frente – A casa azul. – ele disse a minha mãe estacionou em frente a uma casa enorme de dois andares.

–Gina? Oi, oi... – falei baixinho tentando acordá-la.

–Oi? – ela disse esfregando os olhos.

–Dinda! – Arthur gritou saindo carro. Do lado de fora uma mulher loira, um pouco fortinha, mas bem bonita e de uns vinte e poucos anos sorriu pra ele.

Nó saímos todos do carro e ela nos cumprimentou:

–Oi, sou Mellyane, a dinda do Arthur. – ela disse sorrindo e abraçou a mim e a Gina.

Ela parecia ser legal, pediu para que entrássemos e começou a conversar com minha mãe.

A casa parecia maior ainda por dentro. Tinha muita mobília, três sofás, televisão, uma mesa grande, duas estantes cheias de livros, prateleiras com dvds, uma cadeira de balanço…. E tudo parecia novo.

“Não devem ter crianças aqui” pensei, vendo que tudo estava incrivelmente organizado, e como que para contradizer o meu pensamento, uma menina apareceu na sala reclamando para Melly sobre não achar sua sapatinha nova.

–Está na lavanderia, querida espere um pouco, primeiro as cumprimente visitas. – Mellyane falou.

–Arthur? Melly disse que você viria, a quanto tempo…. – ela o abraçou e depois veio falar comigo e com Gina que estava do meu lado, elas pareciam se conhecer pois a menina a chamou pelo nome.

Ela se chamava Marina, tem a nossa idade e estava muito ocupada para fazer-qualquer-outra-coisa e saiu atrás da sapatinha.

Por alguns minutos ficamos sentamos no sofá, minha mãe e a tia do Arthur conversam e nós três brincávamos do jogo do sério.

Minha mãe nos deixou lá (depois, é claro, de falar para a dinda de Arthur sobre minha alergia a amendoim e contar metade das coisas idiotas que eu fiz quando era criança). Melly então nos levou pro segundo andar para nós vermos nossos quartos.

–Eu tenho um quarto de visitas que tem duas camas, Arthur e Oliver. A Gina pode dormir no meu quarto, tem uma cama de casal e eu normalmente trabalho a noite, não se incomoda querida? – Gina fez que não com a cabeça e ela continuou. – Você pode deixar suas coisas no meu roupeiro, quase a metade está vazia.

Ela nos deixou a mim e a Arthur em um quarto relativamente grande para nos acomodarmos e foi com Gina até seu quarto.

–Nossa, essa casa é gigante. – eu disse deitando na cama perto da janela.

–Você nem viu a casa deles em gramado…. – Arthur comentou –Vamos guardar tudo? Eu queria ir um pouco na praia hoje.

(…)

–Mas eu quero estudar matemática…. –Gina disse relutante.

–Okay, Primeira questão. Ficar horas dentro de um carro para ir na praia e não ver o mar é equivalente a? – Arthur perguntou e respondeu –Pedir uma pizza de quatro queijos e quando ela chegar colocá-la na geladeira e comer brócolis.

–Mas eu gosto de brócolis…. – Gina tentou.

–Vou fingir que não ouvi isso. – Arthur falou revirando os olhos.

–Brócolis? Sério Gina? – um menino perguntou, eu podia jurar que um segundo antes ele não estava ali.

“A quanto tempo essa criatura tá aqui e eu nem vi?” eu me perguntei.

–Gustavo? – Arthur disse abraçando o menino.

“A cada instante aparece mais gente nessa casa” pensei comigo mesmo.

–Esse é o Oliver, meu amigo. – Arthur disse apontando para mim.

–Oie, meu nome é Gustavo. – o menino disse sem graça e apertou minha mão e depois abraçou da Gina. –Então, vocês vão à praia agora?

–Claro-Não – Arthur e Gina falaram juntos.

–Ah, vamos Gina. – pedi – Por favor.

Ela pensou por uns segundos e concordou.

____________________________________________________________

Gina Pov's

A praia é apenas duas quadras da casa da tia Melly, viemos eu, Oliver, Arthur e Gustavo. Melly e Marina ficaram em casa. O dia estava um pouco quente e tinham poucas pessoas.

Eu realmente não queria vir até a praia, afinal não vejo diferença nenhuma entre bikini e a roupa de baixo, e também porque preferia ficar estudando ou lendo…. Mas a verdade é que aqui até está legal, os garotos trouxeram uma bola de vôlei e está sendo divertido.

–Gina, você ainda não entrou no mar. – Arthur observou.

Sim, eu não sou a maior fã de mar e lagos, digamos que eu tenho um pequeno trauma sobre esse tipo de lugar.

–Eu sei, mas aqui tá.. –Vamos lá. – ele me interrompeu e me puxou pela mão até onde começavam as ondinhas.

–Está fria. – reclamei.

–É porque você entrou agora, vamos mais pro fundo. – ele disse me puxando.

–Aqui já tá bom…. – eu disse, sabia que estava fazendo fiasco, a água não estava nem nos meus joelhos ainda, porém não pude evitar.

–Só mais um pouco. – ele afirmou me levando para longe da onde estávamos.

–Esses bichinhos fazem cosquinhas nos pés. – falei.

–Observação estranha feita por uma menina estranha. – ele brincou.

Ficamos em silêncio. Olhei para trás, Oliver e Gustavo, que pareciam bem distantes de nós agora, ainda jogavam.

–Gina, tem uma coisa que eu queria te falar…. – ele começou a falar.

–Fala. – pedi, ele então soltou minha mão.

–Gi, eu bem, ai desgrama…. – ele começou a se enrolar.

–Tudo bem, sou só eu. – falei.

–É que, você sabe, agora nós vamos descobrir quem fez aquilo com eles, Gina….

–É, acho que sim, quero dizer, espero que sim. – eu disse tentando não criar falsas expectativas.

–Então, eu acho que.. Na verdade não acho, eu tenho certeza. Eu te amo Gina D'Angelo. Mais que como amigo e mais que melhor amigo. Eu te amo desde que tínhamos dez, nove, oito, desde que eu te conheço e antes mesmo de saber o que era amor. Eu nunca tive coragem de falar isso porque eu tinha medo, tinha muito medo de te perder, porém agora eu vi que te perderia se falasse. – ele parou de falar e olhou para areia onde estava o Oliver.

–… – eu fiquei quieta, não sabia o que dizer. Arthur estava ali na minha frente se declarando, eu tinha sonhado com isso minha vida toda e agora simplesmente não conseguia acreditar.

–E quando tudo isso terminar Gina, quando o verdadeiro culpado for preso, quando as pessoas não te encararem mais e você não estiver mais tão triste…. – ele falava e minha cabeça doía, eu sempre amei ele e agora ele se declara pra mim do nada? Eu não podia ficar com ele, não podia magoar ele, mas a ideia era tão tentadora.

–….Quando tudo isso terminar eu vou te pedir em namoro Gina. – ele terminou e meus olhos se encheram. Eu estava tão feliz.

Isso nunca vai terminar” minha mente gritou para mim, “Tudo que você faz é magoar as pessoas” algo dentro de mim dizia.

“Você é capaz de magoar a única pessoa que você realmente ama?”….Não, eu não era capaz disso. Arthur não podia ficar comigo, os pais dele não queriam nem que ele me visse.. e ele, ele tinha amigos, ficar perto de mim ia afastar todos dele, eu estragaria tudo.

–O que foi? – ele perguntou virando a cabeça de lado. Ele sempre fazia isso quando sabia que algo não estava certo. Eu devia ter ficado muito tempo em silêncio.

–Isso…. Isso nunca vai terminar Arthur, mesmo que a gente descubra o culpado eu nunca…. – não consegui terminar, só sai dali correndo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Oiis Pessoinhas que querem me assassinar ^^


Primeiro, desculpa, desculpa, não me matem, eu fiquei doente e tive o mês passado inteiro de provas de recuperação, foi tenso ;-;


Obrigada pelas leituras e pelos comentários, vocês não fazem ideia de como eu fico feliz com cada comentário ou mensagem privada de vocês ❤


Vou tentar me organizar melhor e voltar a postar regularmente, prometo que o próximo capítulo vai ser de grande importância no enredo da história e tentarei deixar as coisas mais emocionantes :3


Beijinho da titia MineneUryuu ❤



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Um pedido de socorro" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.