Um pedido de socorro escrita por Minene


Capítulo 11
Capítulo 11 - Gina Está...




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Capítulo 11 – A Gina está...

Oliver Pov's

Abaixei o trinque e abri a porta... Meu coração falhou uma batida. Gina está...

–Gina? – perguntei vendo-a atirada no chão, segurando uma faca sobre o pulso, tinha muito sangue envolta.

Tentei evitar desmaiar (sim, as vezes eu desmaio quando vejo sangue e lá tinha muito) e fui até onde ela estava. Me agachei ao seu lado (por favor Deus, que ela só tenha desmaiado) pedi. Levantei devagar a cabeça dela. Ela estava meio gelada.

Eu tinha de ver se ela ainda respirava, mas eu estava morrendo de medo. Tirei a faca que ela segurava da mãe dela. Peguei Gina pela cintura e coloquei-a na cama.

Ela não pode ter... não, isso não aconteceu, não pode ter acontecido.

Eu estava chorando, segurava uma faca afiada e suja de sangue, a Gina estava na cama, com sangue escorrendo de seus pulsos, havia muito sangue. Eu não sei o que fazer agora.

(Tenho que parar isso, tenho que parar o sangue) finalmente pensei algo útil. Fui correndo até o banheiro e procurei as ataduras que ela usava às vezes para esconder os cortes nos braços. Achei uma caixinha de remédios, lá tinha as ataduras e esparadrapos. Peguei-os e fui até seu quarto.

Ela havia feito um corte profundo no pulso direito (é ambidestra -canhota e destra).

–Okay. – falei respirando fundo.

Peguei seu braço e comecei a enrolar as ataduras o mais apertado que conseguia, tentando estancar o sangue. Minhas mãos tremiam e isso estava realmente me atrapalhando.

Quando terminei respirei fundo, com o restinho de coragem que tinha me sobrado coloquei os dedos indicador e médio embaixo do pescoço dela... Silêncio... Não ouvia o coração dela.

Minhas lágrimas voltaram a escorrer por meu rosto quando senti uma batida fraquinha. Soltei a respiração que nem sabia que estava segurando. (Ela está viva) pensei aliviado. Sentei na cama a seu lado.

–Você me assustou... –falei olhando para ela. (Ela está apenas desmaiada) conclui.

Olhei para o chão encharcado, (droga) lembrei do sangue. (Tenho que limpar isso), decidi. Peguei a faca e levei-a até a cozinha, lavei-a e guardei-a. Depois fui até a área de serviço, achei um balde, um pano e uns produtos de limpeza.

Lavei o chão, aquele cheiro estava me dando enjoo. Depois guardei tudo e voltei no quarto. Gina ainda respirava.

Olhei em volta e vi algo na escrivaninha. Uma carta “Para Arthur, Oliver e titia” li a primeira linha. Eu queria ler, mas não tinha coragem, por isso a guardei dentro de minha mochila.

Lembrei do diário dela, um caderno de capa preta que ficava escondido embaixo do colchão da cama. (Não deves mexer nas coisas dos outros) pensei, porém a curiosidade estava a me matar. (Não faz mal se eu não ler) decidi. Procurei embaixo do colchão e o encontrei, (não vou ler, só folhar) prometi a mim mesmo e o escondi dentro da mochila. Iria fazer isso em casa.

Ela ainda “dormia” e me perguntei se não seria melhor chamar uma ambulância. Sentei-me do seu lado e vi que ela respirava, fraca e pausadamente, mas respirava (é o que importa).

Tudo parecia estar bem, então decidi ir tomar um ar para ver se me acalmava um pouco.

Estava indo para o quintal, porém no caminho notei na sala, uma carta aberta deixada em cima do sofá ao lado do celular dela. (Não leia, não é seu e é feio ler a correspondência dos outros). Olhei para o celular.

–Desligado. – falei apertando o botão de ligar.

Quando ligou apareceu na tela duas mensagens: “Você têm 26 ligações não atendidas de My brother” e “Você têm 5 novos recados, para ouvir ligue *100”. Eu sabia que os recados era do Arthur e meu lado curioso queria que eu ouvisse, mas meu lado bonzinho dizia que não era o certo. Afastei a tentação pensando (não é bonito fuçar nas coisas dos outros).

Voltei para o quarto dela. Meu Deus, aquela música deprimente estava me matando. Desliguei o rádio e fui até a Gina. Cheguei bem perto de seu rosto, sentindo sua respiração, ainda meio fraca estava ali.

Fiquei do seu lado por mais alguns minutos e ela finalmente começou a acordar e recobrar a consciência.

–Oliver... – ela disse levantando.

–Gina... – falei sorrindo por ela ter acordado

–Me desculpa. – ela disse esfregando os olhos.

Então eu a abracei.

–Está tudo bem. – garanti – Vai ficar tudo bem. Eu vou cuidar de você. Sempre. – foi tudo que eu consegui falar.

Ela assentiu com a cabeça e ficamos ali abraçados. Depois de algum tempo ela olhou-me nos olhos. Encontro-me perdido na profundida do seu olhar, ela parece conseguir ver minha alma... Nossos rostos estavam tão próximos que eu sentia sua respiração (É agora, você tem que beija-lá Oliver) pensei me aproximando, ela fechou os olhos...

–AH!!GINAA!!! – Arthur chegou gritando e vei correndo até o quarto. –O que vocês estão fazendo?! – perguntou olhando-nos abraçados como quando alguém está assistindo uma baita trágica.

–Nada. – eu e Gina falamos juntos nos afastando.

–O que você estava pensando? Sabe o quanto isso ia acabar comigo? – ele perguntou à Gina tentando parecer bravo, mas estava na verdade aliviado demais por vê-la viva.

–Ela não tentou se matar. – falei.

Não gosto de mentir, porém Gina já estava mal o suficiente para aguentar uma pequena briga com o Arthur, que aconteceria eu não fizesse isso.

–Ela... não? –ele parecia confuso, depois sua expressão suavizou, soltou um suspiro e deixou sua cabeça cair pro lado. –Obrigado Gina, está mesmo tudo bem?

–Sim, eu só... – ela ia falar algo. Em vez disso preferiu apenas sorrir, o que percebi não ter dado muito certo quando seus olhos se encheram de lágrimas.

–O que houve Onee-chan? – ele perguntou abraçando-a.

(Eu estava quase ficando com ela e agora estou segurando vela. Que beleza...) ironizo a minha atual situação.

–A Melissa... – ela disse enxugando as lágrimas.

–O que ela fez? – Arthur olha pra ela,

–Ela... escreveu-me uma carta. – Gina começou a soluçar. – Eu li, Arthur ela me odeia.

–Não, ela... –ele parou de falar – Cadê a carta?

–No sofá. Não leia. – pediu.

Tarde de mais. Ele já estava indo para sala, fui atrás dele.

Ele lia em silêncio e comecei a ler junto. Era uma carta horrível que falava que ela estava atrapalhando a minha vida e a de Arthur, xingava a Gina e dizia que ninguém acharia ruim se Gina morresse.

Por um momento eu pensei em tudo que Gina deveria passar com as cartas e com as pessoas. Eu queria ter estado com ela durante esse tempo, queria ter protegido-a, de agora em diante eu farei isso.


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Notas finais do capítulo

Hi People,

Feliz Natal ^^ Um presente atrasado para vocês, não matei Gina como me pediram s2 Viram? Não sou tão má :3

Beijo da Minene ♥



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