Secrets escrita por Rayssa


Capítulo 1
Attentes


Notas iniciais do capítulo

Weeeee, lá vem eu com mais uma fanfic e.e Espero que gostem :D



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- Ok! – a menina fechou o livro e ficou de pé. – Roxie, eu te amo, de verdade! – cruzou os braços. – Apesar de eu entender porque diabos você ficou triste com esse fim de relacionamento em especial, eu levo numa boa você ficar chorando. – é, ela havia conseguido a atenção das outras três garotas no dormitório. – Mas, por favor, do fundo do meu coração, chore e se lamurie em voz baixa. – suplicou. – O NOMs está cada vez mais próximo e minha concentração está indo para o fundo do poço com você desse jeito. – por fim, suspirou pesadamente e voltou a se jogar na cadeira.

Roxanne encarou, com os olhos marejado, a prima de pijama florido, tentando, em vão, não voltar a chorar como uma criancinha que acabou de ter seu doce favorito arrancado de suas mãos. Cinco segundos depois, ela encolhera o rosto no ombro de Lanna e voltou a chorar, ignorando o pedido de Rose.

- Não seja tão cruel Ros... – sussurrou Dominique – só porque você não teve um coração partido, não significa que pode ser insensível. – a cama da loira ficava ao lado da mesa de estudos, o que fez a garota de cabelos castanhos virar a cadeira para encarar a prima.

- Claro que você disse isso, tem mais remendos no coração do que essa maldita escola teve depois da segunda guerra bruxa. – a garota voltou a cruzar os braços, ficando na defensiva.

-Rosiê... – a voz melodiosa de Lanna soou, obrigando a garota a virar a cadeira novamente. – Você está sendo malvada, não é certo agir assim. – aquilo só irritou ainda mais a garota, principalmente, porque a voz de Lanna parecia um sino de tão musical.

- Eu só estou tentando estudar! – resmungou. – Você quer que eu te responda o que acontece aqui? Vou dizer mesmo que não queiram. – deu de ombros.

"Pessoas criam expectativas. Roxanne não é apaixonada pelo seu adorável irmão. Roxanne acreditava que seria ela quem terminaria o namoro. E adivinha? Pela primeira vez na história da humanidade, a incrivelmente bela, Roxanne levou um fora. Suas ilusórias expectativas foram destroçadas pela dura e pura realidade. Pois é, a vida é dura queridinhas. O mesmo acontece toda maldita vez com a Dominique. A única a salvo em toda essa situação é a graciosa Alice, ou como nós preferimos chamar, Lanna. Simplesmente porquê ninguém consegue ter coragem de quebrar seu doce e puro coração, o único cara que realmente se aproxima é o Albus, e eu tenho quase certeza de que ele é completamente gay! Todas as expectativas dela são baseadas na mais pura realidade, sempre acontece.

"Sabe porque eu não estou fora dessa situação? Porque se eu tirar uma nota menor que o energúmeno no Malfoy, eu amaldiçoarei todas as futuras geração daquela infeliz criatura, enquanto me afogo no sorvete e em lágrimas. – todas a olhavam boquiabertas, chocados com o comportamento da garota. – E para deixar claro para as duas. Essa droga de amor que vocês tanto almejam sentir, não existe. É apenas uma invenção para torna-las infelizes e inseguras de si mesmas, sempre procurar apoio e conforto nas mãos masculinas. – a expressão no rosto da garota era feroz. - A melhor parte é que eu posso viver muito bem sem isso, diferente de se eu tentar viver sem um bom emprego ou quebrar uma promessa que eu fiz ao meu pai. – e sem esperar ouvir mais nada, saiu feito um furacão do dormitório.

As meninas precisaram se encarar durante alguns segundos, para poder absorver o que acabara de acontecer.

- Pelas barbas de Merlin, Rosiê surtou. – sussurrou arrastadamente a doce Lanna com a expressão de choque ainda fresca em sua face.

- Vocês acham que... – Dominique não completou, elas já sabiam o que ela queria dizer.

- É, acho que deveria. – a loira levantou-se, caminhou até a cama de Lanna.

- Fica bem. – beijou a testa de Roxanne. – Lembre-se, você é a mais linda das garotas de hogwarts e, desculpe-me amiga – tocou o braço de Lanna – Frank é um babaca que não sabe o que está perdendo.

Após essas palavras, a loira vestiu um casaco e correu para fora do dormitório, deixando as outras duas garotas a sós.

- Eu ainda não entendo porque meu irmão agiu de forma tão rude. – imaginou a garota, fazendo com que Roxanne voltasse a choramingar.

- Por que logo comigo Lans? – resmungou a morena.

- Vai ficar tudo bem. – disse voltando a alisar o cabelo da amiga.

(...)

Assim que desceu as escadas para o salão comunal, Dominique notou o quão absolutamente vazio esse estava. Isso não a impressionou, amanhã era o grande NOMs para os quintanistas e o NIEMs para os finalistas. Contudo, para sua surpresa, quando chegou na metade do caminho até o buraco do retrato, alguém se pronunciou.

- Você sabe que é estritamente proibida a saída de qualquer aluno a esse horário para ir ver o namoradinho sonserino. – a loira revirou os olhos, reconheceria aquela voz em qualquer lugar.

- James... – anunciou, como se para provar que sabia que era ele, mesmo sem vê-lo. – Deveria estar dormindo, amanhã tem o NIEMs e você sabe... – entre um piscar de olhos, o garoto estava a frente dela, o que foi um tanto assustador.

- É, pela sua cara, eu estou muito pronto para isso. – um sorriso divertido surgiu nos lábios dele. – Você deveria estar na cama bebezinha, amanhã tem um NOMs por vir. – sua voz era um tanto irônica.

- Você sabe muito bem que eu não tenho com o que me incomodar. – sua voz era entediada.

- Você sabe muito bem que eu não tenho com o que me incomodar. – apesar de ser a mesma frase que ela usara, soara completamente diferente saindo da boca dele. O garoto já estava com seu futuro totalmente garantido, enquanto a loira ainda vivia em sonhos. – Sabe que eu não posso te deixar sair, não é? Uma questão de honra. – mais um revirar de olhos dela.

- E por que a dona Rose saiu? – cruzou os braços.

- A dona Rose é uma garota muito madura e não esta por ai namorando sonserinos. – o suspiro pesado de Dominique demonstrava que aquela era uma conversa que estava a se repetir.

- Jay... – murmurou. – O Lorcan é um bom garoto e você tem que parar com essa de desprezo infinito para todos aqueles que são da sonserina, se me lembro bem, o Albus é de lá – a expressão de James mostrava o quão divertido e previsível aquilo estava sendo para o garoto.

- O Albus é o nosso traidor de estimação, já é o bastante. – brincou. – O Lorcan não é para você, e digo isso como observador. Não como amigou ou como um daquele assustadores caras que se apaixonam pela melhor amiga e ficam a perseguindo procurando o momento certo para estragar a vida dela, e ser o porto seguro da garota. Eu não sou esse tipo de cara. Não que eu não seja potencialmente um stalker, ou que nunca irei me apaixonar por seus olhos de um azul tão profundo com os quais eu posso me perder, olhos tão sonhadores que me fazem delirar só de encará-lo. Oh, e seus belos lábios. Nada é tão doce como aqueles gentis lábios... – o tapa veio forte e certeiro no rosto do mais velho. O rosto da garota estava vermelho tanto pela ira, como pela vergonha.

- Vous cochon!1 – difamou a garota. – Como você o conseguiu? – o homem levou a mão ao rosto e massageou o local.

- Bruta. – piscou para a menina. – J'aime ça.2 – a loira estava a ponto de estapeá-lo novamente. – Você realmente não deveria deixar seu diário em cima da sua cama. Você tem noção de quantas garotas que não são do seu dormitório tem acesso fácil a ele? – levantou as sobrancelhas indagativamente. – Você ficaria chocada o quanto uma quintanista é capaz de fazer para ficar com um finalista, como eu. – Dominique bufou.

- Você é tão irritante. – disse e voltou a andar.

Antes que ela desse cinco passos para longe do garoto. O braço dele envolveu sua cintura e a puxou para perto. Um sorriso divertido brincava nos lábios experiente do Potter, os mesmos lábios que estava perigosamente perto da tremula boca da quase francesa Dominique Weasley.

- Você tem NOMs amanhã, vá dormir, já está tarde Nique. – o sussurro de James tão perto de seu rosto, deixava os seus lábios absolutamente convidativos e a fazia se sentir culpada com relação a Lorcan, apesar de não haver realmente um contado entre os lábios.

- Eu tenho que ver se a Rose está bem, ok? – se deu por vencida, não gostava de dar satisfação a James, porém, não podia se dar ao luxo de se sentir tão tentada. – Ela simplesmente surtou por causa do NOMs. – o moreno sorriu e beijou a bochecha da prima.

- A mais leal, não é mesmo, Nique? – dessa vez, James a soltou. Não porque queria deixa-la ir, ou pelo fato de que ela não iria estar indo ver o namoradinho sonserino. Uma das coisas que James mais admirava na garota era o seu senso de lealdade.

(...)

A torre de astronomia era uma das partes mais frias do castelo, e era por isso que Rose estava basicamente congelando ali, entretanto, não queria sair de lá, pensar em como estava com frio a impedia de pensar o quão mal ela iria se sair na prova de amanhã. Maldito dia em que fez a promessa a Ronald Weasley. Prometera que seria melhor que o Scorpius Malfoy. Era uma promessa e tinha de cumprir.

- Vai ter uma hiperretia se continuar nesse frio. – a voz de Dominique parecia mais um sussurro de tão pesada que estava a cabeça da garota por causa do frio.

- Hipotermia. – corrigiu assim mesmo. – E eu estou bem aqui. – sussurrou ainda encarando o céu estrelado.

- Ros, eu sei que você está com medo. – afirmou a loira, aproximando-se da prima. – É um grande momento, porém, se você ficar toda nervosinha, vai se dar mal amanhã. – disse a meia-francesa com um olhar cheio de compaixão.

- Ah, pra você não importa. – grunhiu a morena. – Amanhã não é um dia decisivo na sua vida. Você passar o resto da sua vida estudando nereidas... – um tremor atravessou seu corpo, por isso, parou de falar e respirou fundo antes de voltar. O ar gelado ardeu em suas vias respiratórias. – Merda! Você quer estudar nereidas na França, eu quero ser algo muito maior do que uma simples pesquisadora ou historiadora, eu quero fazer algo de importante para sociedade bruxa! – isso era o que acontecia sempre que Rose ficava na defensiva. Ela gostava de monólogos e gostava de deixar as pessoas sem resposta.

- Eu sei, a Roxie sabe e a Lanna sabe. – a loira cruzou os braços. – Tirar O em todas as matérias do NOMs não é um feito inédito, muitas pessoas já fizeram isso e isso de nada acrescentou em suas vidas. – admitiu. – Você só quer cumprir uma promessa estupida. Você tinha 11 anos, por muito tempo foi fácil até vocês virarem vizinhos e competirem em tudo. – a voz dela era monótona. – Ganhar do Malfoy não é honra. Todos sabem que você é melhor que ele no quadribol, no xadrez-bruxo, em duelos, até mesmo naquele estúpido jogo de cartas trouxa. Você já tem honra de mais. Isso é puro orgulho. – continuou a loira. – E isso irá te consumir. – Rose não respondeu, porque era verdade. A promessa era seu orgulho disfarçado. - E, fala sério, você está de pijama no meio da escola, isso é um tanto humilhante. - um leve sorriso surgiu nos lábios de Rose.

Não houveram mais palavras, a loira já sabia que conseguira convence-la a não morrer de hiporemia, hiportima, ou seja lá como se chamava aquilo. Não havia ganhado, porque aquilo não era uma competição, e se fosse, definitivamente, Rose ganharia, a garota era absolutamente incrível em ganhar. Dominique apenas estendeu a mão para a prima que a agarrou e caminharam juntas de volta ao dormitório de grifinória.

*

Seu porco!¹em francês.

Eu gosto disso.² em francês.


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Notas finais do capítulo

Então, curtiram??? Digam que sim, tá? :D Sem pressão.