Saudades escrita por Enchantriz


Capítulo 1
Capítulo 1: Saudades


Notas iniciais do capítulo

Legenda: "Onsen" casa de banho publico onde usa água de uma nascente quente natural, ou seja, água termal.



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— Zed?

Chamava a Soberana Sombria Syndra pelo longo corredor vermelho do templo da Ordem das Sombras. A maga estava vestida com um curto short preto e uma blusa branca por baixo do casaco roxo que combinava com seu boné.

— Ei, Zed? – voltou a chamar antes de abrir uma das portas. – Vamos logo.

— Já estou pronto.

Syndra analisou irritada o Mestre das Sombras Zed que estava com a mascara de ferro no rosto vestido com uma calça preta e um moletom vermelho.

— Você não vai correr vestido assim! – reclamou apontando para o homem que tinha um chapéu por cima do capuz vermelho do casaco. – Você vai tirar essa coisa agora!

— Qual o problema? Minha pele é sensível a esse ar e sol poluído de bondade de Ionia. – respondeu de mau humor cruzando os braços.

— Eu não acredito que estou ouvindo isso... – bateu uma das mãos no rosto, inconformada. – Certo, vamos logo antes que eu me arrependa... – bufou balançando a cabeça.

Não demorou muito para que Zed e Syndra começassem a correr distraídos pela trilha de uma floresta distante de folhagens verdes. Mas para a surpresa de ambos, se depararam com outro grupo correndo na mesma trilha vindo em suas direções.

— Oh Deus... – Syndra reclamou baixo ao reparar quem eram. – Isso não vai prestar... – pensou consigo mesma antes de parar do lado de Zed que fechou a expressão irritado.

Os ninjas de Kinkou estavam bem a sua frente. Akali, o Punha das Sombras e Kennen, o Coração da Tempestade pararam com a expressão desconfortável no rosto ao lado de Shen, o Olho do Crepúsculo que estava vestido igual à Zed e mantinha a mesma expressão irritada.

— Zed...

— Shen...

Os ninjas de azul e vermelho falaram ao mesmo tempo entre os dentes, o desgosto na boca ao pronunciar o nome um do outro.

— O que você esta fazendo aqui!? – vociferou Shen.

— Pelo que eu saiba, seu pai apenas deixou o templo para você, não a floresta. – disse serio o encarando.

— Seu bastardo! – apertou as mãos em punho. – Você já esta morto, só não percebeu ainda. – sorriu desafiador por debaixo da mascara azul.

— Tsc! Desafie-me Shen, você não será órfão por muito mais tempo!

Shen e Zed estreitaram os olhos enraivecidos, estavam prestes a dar um salto quando Akali e Syndra se colocaram em sua frente. A ninja vestida de moletom verde colocou a mão no peito de seu colega o impedindo de prosseguir enquanto a maga estendeu o braço impedindo a passagem de seu amigo. As duas se olharam serias, a postura ereta e superior tanto quanto a dos homens.

— Aqui não é lugar para uma batalha. – comentou Syndra normalmente. – Poupe sua energia.

— A indecisão é a semente para a derrota, Shen. – disse Akali no mesmo tom. – Mantenha sua força para uma hora mais oportuna.

— Sai da minha frente, Akali! – sem paciência, Shen empurrou a amiga para o lado que ágil girou o corpo batendo forte o pé em seu rosto, o fazendo cair no chão surpreso ao vê-la o encarar irritada.

— Não se intrometa nisso, Syndra! – berrou Zed ao mesmo tempo colocando a mão no ombro de Syndra para empurrá-la para trás, mas sentiu o corpo travar e a pressão do ar diminuir ficando densa. Ele olhou para a maga que o olhava de canto extremamente enfurecida, o impedindo de se mover com seu poder.

Akali e Syndra se aproximaram, a ninja com os braços cruzados na altura dos seios enquanto a maga estava com as mãos na cintura.

— C-calma ai vocês duas... – gaguejou Kennen tentando amenizar o clima. – E-esta tudo bem, não é? – perguntou sentindo o nervosismo subir-lhe a garganta.

— Acredito que você não vá me causar problemas, certo? Seria uma grande perda para o seu povo perder a garotinha favorita deles. – sorriu provocativa.

Akali riu baixo como se estivesse se divertindo.

— Claro, foi apenas um pequeno incidente. – sorriu em troca. – Eu não seria tão egoísta em arrancar a cabeça da maga mais bonita de Runeterra sem dividir a diversão com meus amigos.

Os três homens observaram assustados as duas garotas que se enfrentavam calmamente.

— Vamos deixar algo bem claro, aqui. Se ponha no meu caminho e eu arranco esse seu rostinho lindo. – avisou Syndra com a voz calmamente fria.

— Não se eu conseguir tirar esse seu sorriso primeiro, Soberana. – respondeu ao lhe dar as costas puxando o ninja de azul pelo braço e o pequeno de roxo pelo capuz. – Vamos embora. Respirar o mesmo ar que esses dois está me deixando enjoada.

A maga cruzou os braços os observando se afastar, em seguida, voltou a caminhar passando por Zed, mas parou alguns passos à frente ao perceber que o ninja ainda estava imóvel.

— Você pode ir atrás dele já que é o que tanto quer. – disse ela sem olhar para trás. – Eu não vou impedi-lo, mas também não vou ajudá-lo. – fez uma breve pausa. – Ou você pode esperar o momento certo e vir comigo. – sem resposta, suspirou e continuou a andar. – Eu não vou repetir de nov-- – bateu o rosto no corpo de Zed que teleportou-se a sua frente.

— Cala essa boca e vamos logo dar o fora daqui. – respondeu de mau humor andando na frente. – Você fala demais.

— Você é um saco! – disse irritada massageando o nariz avermelhado ao segui-lo.

Logo, voltaram a correr pelo mesmo caminho que haviam percorrido momentos atrás, porém, pararam perto de um grande estabelecimento de onsen.

— Aah! Era tudo o que eu precisava! – disse animada indo até o local que tinha um doce cheiro agradável. – Você não vem? – perguntou ao estranhar o ninja que não a seguiu.

— Não. Vou esperar aqui fora. – respondeu normalmente cruzando os braços.

Syndra suspirou pesado dando de ombros.

— Ele não vai vir atrás de você, se é isso que esta esperando. – respondeu antes de entrar no local.

O Mestre das Sombras ignorou as palavras da maga. Sentia-se extremamente irritado por ter encontrado Shen, podia jurar que se Syndra não estivesse ao seu lado teria acabado com ele e todos ali mesmo.

— Humpf! – bufou virando o rosto para o lado. – Um dia isso irá acabar.

Não havia ninguém por perto, estava tudo tranqüilo quando, de repente, Zed ouviu Syndra dar um grito seguido de uma pequena explosão. Rapidamente em um impulso ele correu até a sala onde estava a maga.

— Syndr-- – berrou parando perto da porta. Seu rosto esquentou com os batimentos acelerados ao ver Syndra de toalha deitada no chão em meio a densa fumaça da quentura, os cabelos molhados grudados em sua pele enquanto uma esbelta mulher estava em cima de seu corpo, a toalha apertada em suas curvas com os longos cabelos negros caindo pelos ombros.

O ninja tossiu engasgado, tentando disfarçar o nervosismo.

— Ora, não é que ele veio mesmo... – disse a mulher de voz sensual, a Raposa de Nove Caldas, Ahri.

— Você fez tudo isso só para ele vir até aqui!? Aaah... – Syndra colocou a mão no rosto sem acreditar na brincadeira da amiga.

— Eu só queria ver se ele estava mesmo cuidando bem de você. – explicou com a voz melosa, balançando as caldas brancas como a neve.

— Você podia ter me perguntado! – respondeu irritada.

— Eu não sei como vocês duas se conhecem, mas... – Zed voltou a falar calmamente caminhando até as duas garotas. – Não chegue mais um centímetro perto dela, Ahri. – puxou Syndra pelo braço, a levantando. – Eu não confio nem um pouco em você. – encarou serio a raposa.

— Você é realmente esquentado, não? – se levantou cruzando os braços. – Foi só uma brincadeira. Não imaginei que ela fosse quase explodir o local.

— Esta tudo bem. – avisou a maga tocando no braço do homem. – Ahri não me faria mal algum...

— Tem certeza de que esta bem mesmo? – perguntou vendo por alguns segundos a vermelhidão em um dos braços da jovem pelo tombo.

— Sim. Eu mesmo dou um jeito nela. – sorriu colocando as mãos na cintura o deixando sem jeito com a aproximação, reparando em sua pele molhada levemente rosada pela água quente.

— Aargh! – colocou a mão na mascara irritado. – Volte logo para a água antes que me faça perder a cabeça... – comentou de mau humor.

— Tentador, não? – a raposa provocou antes de o ninja sumir ouvindo sua gargalhada.

— Ahri... – Syndra a repreendeu cruzando os braços, a encarando com um sorriso.

Após alguns minutos, Syndra saiu do estabelecimento vendo Zed sentado embaixo da sombra de uma árvore. Ela retirou seu chapéu e se ajoelhou passando os braços em volta do pescoço do homem, jogando seu peso em suas costas.

— Sei que esta bravo. Eu não vou me desculpar por ter te impedido de matar seu amigo. – comentou em um sorriso.

— Ele não é meu amigo. – retrucou colocando a mão em cima do braço da jovem.

— Você e o Shen são realmente estranhos. – continuou a provocar a paciência do ninja.

— Não me associe a ele. Nós somos muito diferentes. – fez uma breve pausa. – E desde quando você conhece aquela raposa? – perguntou desconfiado.

— Há certo tempo. Eu a salvei quando estava ferida aqui por pert-- – parou de falar ao ver um dos membros da Ordem das Sombras à frente, agachado perante o seu mestre.

— Algum problema? – perguntou Zed ao outro ninja de preto.

— Perdão interrompê-lo, mestre, mas como havia pedido, eles estão saindo.

— Certo. Avise aos outros que estamos de saída. – ordenou vendo o ninja desapareceu. – Escute, não quero que venha até o templo. – iniciou ao se levantar. – Tenho umas coisas para resolver e vou passar alguns dias fora. – explicou serio vendo a maga o olhar em silencio dentro de seus olhos rubis.

Ele não precisava falar o que ia fazer, era obvio que iria atrás de seu inimigo Shen para arruinar seus planos. Syndra nada disse, não era de seu feito dizer para que tomasse cuidado ou que ficasse, não havia necessidade dessas coisas, conhecia bem o ninja e sabia de seus motivos e a grande força que tinha para não ser derrotado por qualquer um, afinal, não era a toa que era temido por muitos e estava ao seu lado. Então, ela apenas sorriu ao se levantar e entregar a ele seu chapéu antes de passar reto com cabeça erguida. Zed se virou para a observar seguir seu caminho.

A Soberana Sombria desejava tanto quanto o Mestre das Sombras que um dia Ionia caísse aos seus pés, e naquele momento, a única coisa que poderia fazer era torcer para que esse dia chegasse rápido. E foi o que aconteceu com os dias... Quatro semanas se passaram desde que Zed havia saído. Ele retornou ainda sem dar um fim a sua luta com Shen devido a alguns empecilhos. Apesar da longa viagem, antes de ir para a Ordem das Sombras passou pelo templo que flutuava escondido nos céus de Ionia.

— Ei, Syndra? – chamou sem resposta caminhando pelo quarto já familiar, se quer sentia a presença da maga dentro daquele enorme templo. – Onde ela foi a essa hora? – se perguntou remexendo nos livros em cima da mesa. – Não estou gostando disso.

Não sabia como ou porque, mas estava com um mau pressentimento. Apressou-se em procurar pela maga. Foi até as profundezas de uma floresta onde tinha um pequeno estabelecimento escondido por entre alguns galhos velhos. O cheiro bom e o agradável calor dali impregnaram em seu nariz ao entrar no estabelecimento quase vazio.

— Olha só quem apareceu. – ouviu a familiar voz sedutora da Raposa de Nove Caldas. Ahri que estava sentada perto do balcão quando se levantou ao ver o ninja. – Até quem fim. – disse cruzando os braços. – Por um momento pensei que o famoso Mestre das Sombras tinha morrido. – sorriu provocativa.

— Corta essa. Onde ela esta? – exigiu ao se aproximar.

— Ei, vai com calma ai apressadinho. – respondeu com sua voz melódica se colocando na frente do ninja. – Porque não se senta e aproveita um pouco?

Por um instante, ele olhou por trás da mulher vendo a Soberana Sombria sentada em um banco com o rosto adormecido no balcão, e sentado ao seu lado estava Varus, a Flecha da Vingança. O homem calmo retirou uma mecha do cabelo branco do rosto da jovem e em seguida passou os dedos por sua bochecha, a acariciando com um sorriso bondoso.

Um nó se formou na garganta de Zed com a cena. Tomado por uma agonia súbita, ele apertou a mão em punho estalando os dedos com a força.

— O que o Varus esta fazendo! – sua voz estrondou em raiva.

Em um impulso, Zed enraivecido voou em cima de Varus apontando as lanças afiadas de seu braço para a garganta do homem à frente, a lamina encostando em sua pele.

— O que você pensa que esta fazendo com ela!? – vociferou com os olhos avermelhados quase em chamas.

— Zed não! – berrou Ahri tentando conter a briga. – Não é o que você esta pensando... – sorriu nervosa.

— Eu não fiz nada. – respondeu Varus serio, sem se intimidar.

— Eu juro, que se você tiver encostado um dedo nela--

— Você pode verificar se quiser. – o interrompeu empurrando o braço do ninja. – Eu não fiz nada a ela, por mais que eu queira, acredite. Se você quer alguém a quem culpar, a Ahri esta bem ali. – apontou para a raposa que se encolheu. – Foi ela quem deixou a maga beber mais do que a conta. – cruzou os braços.

Zed se afastou guardando as lanças, encarando a raposa de nove caldas antes de suspirar pesado.

— Desculpe... – pediu ela sincera. – Não imaginei que ela fosse tão fraca com o álcool. Eu sinto muito mesmo. – encurvou-se um pouco para se desculpar. – Ela estava tão chata e para baixo querendo ficar trancada naquele lugar que eu trouxe ela pra cá e... bem... – fez uma pausa colocando um dos dedos sob o lábio inferior rosado. – Deu nisso.

— Certo. – disse tentando se acalmar. – Eu vou levá-la daqui antes que você a faça entrar em coma.

— Ei! Eu não sou uma amiga tão ruim assim. – colocou as mãos na cintura, o encarando emburrada.

O Mestre das Sombras colocou Syndra nas costas com os braços pendurados em volta de seu pescoço enquanto segurava suas pernas. A maga dormia pesado com a cabeça encostada no ombro do ninja que se dirigiu até a porta quando parou ao ouvir a voz do arqueiro atrás de si, mas não olhou para trás.

— Ei, Zed. – chamou Varus. – Acho melhor você tomar conta dela melhor. Se você não cuidar dela, cuido eu. – o avisou calmamente.

— Tsc! Como se eu fosse deixar isso acontecer. – respondeu antes de lhe dar as costas saindo do local. O sangue em suas veias gritava loucamente para voltar até lá e arrancar a cabeça do arqueiro, só então, percebeu que com tamanho ódio apertava as coxas da jovem que resmungava inconsciente. Bufou. – O que você pensa que esta fazendo, enm...? – se perguntou irritado.

Zed caminhou calmamente por uma trilha iluminada pela luz da grande lua. Tudo estava silencioso devido o tardar da madrugada. Não demorou muito até chegar ao templo da Ordem das Sombras que o recepcionaram ao entrar e lhe deram todas as informações do que aconteceu quando estava fora. Sem delongas, foi direto para seus aposentos e colocou Syndra na cama que voltou a resmungar.

— Ahri, eu preciso ir para casa... – murmurou enquanto o ninja pegava um cobertor. – O Zed vai me matar quando chegar e não me encontrar...

— Pelo menos você sabe disso. – respondeu de mau humor.

O ninja ignorou as alucinações do efeito do álcool e cobriu a maga que começou a rir parecendo se divertir com suas próprias palavras. Ela colocou as mãos no rosto e logo seu riso se transformou em um choro baixo.

— Porque esta chorando? – perguntou a observando preocupado.

— Eu não queria, eu juro que não queria, – disse com a voz embargada sem retirar as mãos do rosto. – mas eu sinto tanto a falta dele... – Zed arregalou os olhos surpreso, o coração acelerado. – Aquele idiota do Zed! Como ele ousa ir embora e me deixar aqui sozinha! – ela virou-se para o lado socando o travesseiro. – Eu odeio aquele ninja imbecil! Egoísta e egocêntrico! – reclamou irritada apertando os dedos na fronha, escondendo um pouco o rosto no travesseiro.

A maga ficou em silencio por alguns instantes.

— Ele disse que não ia me deixar sozinha... – resmungou novamente. – mentiroso. – murmurou antes de adormecer.

O Mestre das Sombras imóvel, ainda surpreso com as palavras, abafou um riso por baixo da mascara de ferro a qual retirou ao se aproximar da cama se encurvando um pouco para tocar os lábios nos cabelos brancos.

— Sua idiota... – disse ao se afastar vendo o rosto escondido da jovem com os cílios molhados. – Eu não sou mentiroso, você que esta bêbada demais para não ver que estou aqui. Tsc! – trincou os dentes ainda sem acreditar na situação. – Eu também senti sua falta, Soberana. – sorriu gentil. – Boa noite... – deslizou os dedos por uma longa mecha de seu cabelo.

O dia nasceu com os quentes raios do sol dentro do quarto. Com a claridade, um par de belos olhos prateados se abriu vagarosamente sonolentos, reconhecendo aos poucos o local onde estava. Por um instante, um sorriso gentil brotou em seus lábios.

— Imbecil... – sussurrou ainda irritada pela noite anterior.

Apesar do mau humor, uma sensação de alivio percorreu em seu corpo que sentia um peso nas costas. Zed dormia desajeitado em cima de Syndra, os dedos entrelaçados nos dela. A maga permaneceu imóvel ouvindo sua cansada respiração perto de seu ouvido.

— Syndra... – o ninja resmungou apertando ainda mais seus dedos com os da jovem.

— Que tipo de sonho você esta tendo comigo? – se perguntou estranhando.

— ...seja minha. – ele murmurou quase inaudível em meio ao sono pesado.

Syndra arregalou os olhos surpresa com as bochechas avermelhadas e o coração acelerado, as palavras a deixando sem jeito. Franziu as sobrancelhas.

— Idiota... – voltou a sussurrar irritada. – Quem foi que disse que não sou sua? – respondeu fechando os dedos nos do homem. Suspirou pesado. – Como eu te odeio por isso... – fechou os olhos por alguns instantes sentindo a dor de cabeça se alastrar cada vez mais forte, a obrigando a se sentar. – Ah, minha cabeça parece que vai explodir... – reclamou massageando a testa. – Acho que bebi demais, droga.

— Volta pra cá, – sobressaltou-se ao ouvir a voz do ninja em bom tom. – esta cedo ainda... – disse sem abrir os olhos, levantando um dos braços para que a maga pudesse voltar para onde estava perto de seu corpo.

Ela piscou os olhos sem acreditar no que ouvia, e mesmo com a dor, voltou a deitar se aconchegando naqueles quentes e fortes braços que a envolviam, a fazendo sentir novamente a inquietação e as bochechas queimarem com aquela aproximação. Não era algo ruim, apenas, pouco familiar naquele mundo cheio de guerras e sentimentos frios.

— Descanse um pouco, vai se sentir melhor. – disse Zed calmamente.

O Mestre das Sombras apertou ainda mais a Soberana Sombria em seus braços, respirou fundo sentindo aquele cheiro agradável que vinha da pele da jovem, quase o excitando.

Eles não admitiriam, mas precisavam da presença um do outro quase como precisavam do ar.


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Notas finais do capítulo

E esta pronta mais uma historinha, espero que tenham gostado. =)
Quando vi a imagem do grupo todo correndo não pude deixar de imaginar algo para escrever, kk'.