Love Different escrita por Louise Borac, Miss Volturi


Capítulo 21
Capítulo 4 - A Sua Morte


Notas iniciais do capítulo

A gente se fala novamente lá embaixo, galerinha - PS: Ignorem esse banner horrível e eu coloquei capítulo 1, é o 4. Tá tudo uma merda :D Ignore, please.



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Encarei seu corpo morto e flácido por alguns segundos, sem falar nada, porém desviei meu olhar, com medo de começar a chorar. Pelo visor do meu celular, pude ver a imagem ao vivo de Cam, que dormia tranquilo no sofá da sala do diretor. Suspirei aliviada, não queria ter de lhe dar explicações ainda.  Alec estava ajoelhado ao lado do corpo, como se o analisasse. Por um momento, peguei-me observando seu rosto e pensando o quanto ele ficaria lindo comum sorriso verdadeiro ou até mesmo uma risada. Balancei a cabeça, tentando espantar esse pensamento. Alec não sorri e mesmo se o fizesse, nunca seria na minha frente. Eu era um fardo que ele era obrigado a carregar, sempre esperando uma boa oportunidade de se livrar desse dever.

- Vamos queimá-lo – disse ele, de repente – É a melhor forma de não verem a mordida e principalmente, não identificar o corpo. Esse loirinho aguado é um filhinho de papai imprestável, ninguém irá duvidar de que ele decidiu fugir de casa porque não ganhou seu carrinho novo. O que acha?

- Faça o que achar melhor – falei, cansada demais para brigar. Alec deu os ombros, tirando em seguida, de seu bolso, que identifiquei ser um isqueiro. Ele era todo prata, largo, antigo, daqueles que se usavam nos anos 50 para acender cachimbos. Em sua frente, havia um grande “V”, todo trabalhado e pintado em ouro. Era lindo.

- Espere! – falei, de repente, um pouco antes dele acender o isqueiro. Alec me olhou surpreso. Com um aceno de mão, mandei-o se calar. Rapidamente, fui até atrás de uma das latas de lixo que havia ali, encontrando exatamente o que estava procurando. Peguei o objeto, e dei a Alec.

- Vodka? Como sabia que isso estava aí?

- Ouvi uns garotos dizendo que iam beber aqui depois da aula, se não ficassem em detenção – disse dando os ombros – Pelo visto, eles não se comportaram hoje.

- E pretende beber agora, Thompson? – perguntou Alec sarcasticamente.

- Não, pretendo jogar no corpo para queimar mais rápido e ter certeza de que o rosto dele não seja identificado, Volturi – joguei a garrafa em sua direção, sem me importar se Alec a pegaria ou simplesmente quebraria em sua cabeça. Dei meia volta, falando uma coisa antes de ir embora – Ao contrário de você, não posso sumir caso eu seja acusada de assassinato, então faça o trabalho direito – diminui o tom de minha voz, na fraca esperança de que ele não ouvisse eu falando – Porque você já me deu trabalho para uma vida inteira.

Dizendo isso, fui embora, sem olhar para trás, deixando várias lágrimas escorrerem pelo meu rosto, mas as limpando logo em seguida.  Sinceramente, não sabia por que estava chorando. Pela morte de Chad ou por Alec ainda continuar indiferente a mim? Mas realmente não importava. Eu estava triste, deprimida, como nunca estive em toda minha vida e tudo por causa de um garoto vampiro estúpido que arruinou a minha vida, tudo que eu havia lutado para construir em menos de três semanas.

Inferno.

Olhei pela milésima vez na tela do celular, certificando se Cam estava bem. De certa forma, agora eu entendia o que Ben sempre sentiu por mim, uma imensa vontade de proteger seu amigo, mesmo às vezes não podendo, porque sabe que tem coisas lá fora que podem machuca-lo e muito. Coisas que muitos pensam que são só lendas, mitos contados para assustar as criancinhas a noite, que infelizmente existem e andam por aí, matando pais, mães, filhos e irmãos, sem se importarem com a dor que ele sofreram pelo resto da vida. De repente, meu celular começou a tocar. Ironicamente, era a música “What Have We Become” do Chris Daughtry. Fiquei uns segundos ouvindo a letra, somente apreciando a música.

Looking through distorted eyes (Olhando através dos olhos distorcidos)

Beautiful disaster (Belo desastre)

Adding up a million lies (Somando um milhão de mentiras)

So much for "ever after" (Era demais para um "final feliz")

“Alô?” – atendi depois de alguns segundos.

“Olá minha pequena Heloisa”.

“Gustavo. Já faz algum tempo desde que você não me liga. Devo me sentir magoada?”.

“Nem pensando, minha Heloisa. Odeio-te ver chorando”.

“Porque está me ligando Gustavo? Nosso acordo ainda não venceu, sabe disso”.

“Sim, sim. Ainda faltam alguns meses, se não estou enganado. Mas não é por isso não, fique tranquila. É que estou na cidade e queria te ver, pequena”.

“Não me chame de pequena” – falei trincando os dentes, de raiva – “E nem pense em chegar perto de mim ou de qualquer pessoa da família do Ben, incluindo ele. Entendeu-me?”.

“Ou o que Heloisa? Seu amiguinho mestiço vai me atacar? Ou dessa vez é seu novo namorado, o Volturi?” – Gustavo riu maliciosamente – “Não tenho medo de ninguém que more nessa cidade. Esteja na frente do Big Bang exatamente as dez da noite e venha sozinha. Se não, vou entender isso como uma aprovação para o massacre da preciosa família de Hard Johnson”.

Estava prestes a protestar quando o telefone ficou mudo. Grunhi alto de raiva, tocando o celular no chão, que desmontou, voando partes por todo o corredor.   

- Merda!

- Helô? Está tudo bem?

Olhei para trás, encontrando um Cameron de cabelos todos desarrumados, que o deixavam incrivelmente sexy, e olhos vermelhos, com um corte fino na testa, coberto com um curativo improvisado que eu havia feito, com medo de que ele sangrasse perto de Alec.

Assenti, andando em sua direção.

- Está melhor? Você bateu bem forte a cabeça.

- Bati é? – assenti, passando as mãos por seus cabelos, fazendo um carinho de leve – Cara, eu não me lembro de nada. Só que nós estávamos andando pelo corredor e de repente o Volturi chegou. E acho que depois seu ex, aquele tal de Chad chegou também... Não sei, tudo está tão confuso.

- Shh, tudo bem, tudo bem. Não aconteceu nada demais, você só decidiu brigar com o Chad e acabou batendo a cabeça, só isso.

- Mas..,

- Esqueça Cam – falei enquanto o abraçava. Senti-o corresponder, afundando seu rosto entre meus cabelos – Está tudo bem, tudo vai ficar bem.

Ou pelo menos espero.

-Não seria eu quem deveria falar isso? – Falou Cam, com um tom de sarcasmo.

-Sim, mas não foi. Eu quem tenho que pedir desculpas. – Falei saindo de seu abraço.

-Não tem nada, Lo. Você tem que permanecer forte, eu só caí.

-É, mas você se machucou.

-Não mais que você. Você terá que aguentar a Haley e a mãe dela por 3 longos anos.

-É. – Falei um tanto triste. Por que ele teve que lembrar?

-Ah, desculpe. Lembrei-lhe de tudo o que ocorreu. – Disse Cam percebendo a minha tristeza.

-Nem ligue pra isso. Está melhor mesmo?

-É claro que sim! Pare de me perguntar isso. – Ele disse. Chegou perto de mim e tirou um cabelo que estava batendo em cima do meu rosto. Estava de certa forma, formigando. Não hesitei e o deixei fazer isso.

-Vamos?

-É claro. – Respondi. – Só que antes, deixa eu te mostrar algo.

Fim do Capítulo


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Notas finais do capítulo

Bem, a Helo não estava conseguindo postar o cap :S Então estou aqui, é. Quem leu deve estar com dúvidas, correto? Então, elas serão esclarecidas no próximo cap. E quem acertar quem é o Gustavo vai escrever um capítulo de LuvD *-* E ah, ignorem esse banner horrível e eu coloquei capítulo 1, é o 4. Tá tudo uma merda :D Ignore, please. Fiz com uma pressa do caramba. Beijos da titia Bebella ;*