Love Different escrita por Louise Borac, Miss Volturi


Capítulo 19
Capítulo 2 - Merda de Vida


Notas iniciais do capítulo

A gente se fala lá embaixo.



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Vídeo promo da fic: http://www.youtube.com/watch?v=12GnTS6vIUU (feito por mim)

POV Alec

Seu nome era o único que se podia ouvir dentro de minha cabeça, tudo me lembrava ela. O céu, as árvores… Principalmente árvores, suas folhas eram tão verdes quantos os olhos dela. Nunca consegui sentir dor, pelo menos, não a dor que sempre vejo descreverem nos livros, tão horrível que você preferia estar morto. Não até ver Heloisa chorando no colo de sua amiga, na frente de todo refeitório. E me senti mal por isso.

Então é isso que é estar apaixonado? É ficar obcecado por uma pessoa, se preocupar com ela e se sentir mal quando ela está mal? É? Bom, então love really sucks! Se eu pudesse ter lágrimas, se eu pudesse chorar, choraria até não agüentar mais. Se eu estivesse vivo, daria a minha vida para ela, a minha Helô.

Nunca pensei que o amor poderia machucar tanto, o que sinto parece tão irreal quanto eu. O amor não é como nos filmes, você ama, sofre e depois tem o seu final feliz. Na vida é diferente, tudo muda radicalmente. Não existem príncipes, princesas, castelos, cavalos brancos. Nada disso existe. E é como os humanos dizem: Aprendemos com os nossos erros.

– Alec. – Disse Jane, com sua voz angelical.

– Sim, Jane. – Respondi com rispidez. Como ela ousa entrar em meu quarto, me tirando de meus pensamentos?

– Aro pediu que terminasse logo a missão, estamos perdendo um tempo precioso.

– Eu sei, mas o que eu posso fazer? Eu não mando no futuro ou no destino. As coisas simplesmente estão acontecendo e eu não posso controlar. – Falei extremamente com raiva. Como se eu fosse explodir a qualquer momento.

– Não quero saber. Se quiser discutir com alguém, discuta com o Aro, não comigo. – e saiu pela porta.

Nossa, essa conversa me deu fome. Acho melhor ir caçar, antes que eu acabe matando a camareira.

Pus o meu casaco preto e também o meu tênis. Como não me importei muito, sai com a blusa e com os jeans que já estava. Passei pela sala, Jane estava lá vendo algum programa sobre um casal que estava vivendo feliz para sempre, ela sabia como me incomodar.

– Aonde você vai? – Disse ela. Nem dei ouvidos. Peguei a chave que estava em cima da televisão e fui embora.

Decidi ir de escada mesmo. Não queria sentir o cheiro dos humanos muito perto de mim. Desci na velocidade vampiresca, como ninguém anda de escadas, estava seguro. Cheguei até o térreo, nem peguei meu carro no estacionamento. Eu tenho que ficar o mais longe possível dos humanos.

Fui andando sem rumo, até achar um humano solitário para me alimentar. Os carros iam de um lado para o outro, as pessoas se movimentavam rapidamente e parecia que eu estava vendo as motos andarem em câmera lenta.

– Sai daqui, o que você quer mais? – Ouvi um pouco distante de aonde eu estava, uma voz feminina.

– Para de graça, sua vadia. Você quis comprar as bebidas e não quer pagar? Vem aqui agora. – Eu corri em uma velocidade humana até aonde vinha a voz. Estava um pouco distante, era em um beco escuro. A menina era de estatura média, cor tão claro quanto a de um vampiro, tinha os cabelos castanhos e usava uma roupa clara, já toda manchada. Já o menino era todo tatuado, sua pele era morena e ele cheirava a bebida. A menina também, mas não tanto quanto ele.

–Me solta, AH! – Ele a agarrou e a puxou pelo cabelo, fazendo com que ela soltasse gritinhos de dor.

–Solta ela. – Falei, eles nem me perceberam ali.

–E você seria quem para me dar ordens? – Ele ainda segurava o cabelo dela.

–Agora, solte-a. – Eu falei e fui para cima dele. Ele tentou lutar contra mim, mas não havia chance. Não agüentei com seu sangue jorrando e mordi seu pescoço. A menina ficou apavorada. Terminei o serviço com ele, quando fui em cima da menina ela suplicou para mim não morde-la.

–Por favor, você não precisa disso. Eu não conto para ninguém.

–Desculpe, mas não posso correr esse risco. – Falei e a mordi. Suguei seu delicioso sangue rapidamente, agora sim eu estou cheio. Limpei-me e levei os corpos até um lugar estranho, por aí.

Fui para casa, nem olhei na cara de Jane. Entrei no meu quarto e fiquei lá, lendo “A Última Música”, eu havia comprado esse livro, fazia quase um ano e meio, mas como nunca curti romances não li o livros. Não tinha nada para fazer, então li. Comecei as 19:10 e acabei exatamente as 6:45. Terminei e fui tomar meu banho. Tenho que ir para uma merda chamada escola.

POV Heloisa

– Ã, pai… Não me entenda mal, eu te amo e o anel é lindo, não vou mentir, mas eu acho que é contra lei pai e filha se casarem – falei me levantando da cadeira e indo até a geladeira, estava morrendo de fome. Optei por pegar um iogurte de morango, meu preferido.

– Rá rá, muito engraçado Heloisa – papai revirou os olhos – Sério, o que acha do anel?

–Para aquela vadia que você chama de namorada? – Eu disse levando o meu iogurte até a boca. Aparentando estar calma.

–Não a xingue, Heloisa. E sim, eu vou a pedir em casamento. – Ele disse calmo e sereno.

–O QUE VOCÊ DISSE? - Eu falei, na verdade gritei com ele.

–Para começar, abaixa o tom. Não sou um dos seus amigos, sou seu pai. – Eu não me encolhi, levantei da cadeira. Deixando o meu iogurte cair, mas por sorte foi em cima da mesa. – Eu vou na casa dele. E você, limpe isso. Não quero ouvir mais reclamações, entendeu? Entendeu. – Falou meu pai. Ele pegou sua jaqueta e saiu pela porta, sorridente.

Peguei o pano e limpei a mesa. Estava xingando até a terceira geração da família daquela vadia. Que ódio, se eu for daqui a um tempo uma psicopata, a primeira pessoa que matarei, será ela. Olhei no relógio, não estava tão tarde. Eram 20:45, estava na hora de dar Querido John, estou doida para ver esse filme.

Fui para a sala, liguei a TV. Ainda não tinha começado. Voltei a cozinha, e pus uma pipoca sabor Bacon no microondas. Demorou 2 minutos e 50 segundos. Peguei a pipoca, pus em um bote e peguei Coca-Cola. Vi o filme, mas não vi tudo. Acabei dormindo na sala.

–I can be tough

I can be strong

But with you It's not like that at all. – A música tocava, me lembrava ele. Não hesitei em deixa-la tocando.

–There's a girl

That gives a shit

Behind this wall

You just walk through it


And I remember

All those crazy things you said

You left them running through my head

You're always there

You're everywhere

But right now I wish you were here. – E as lágrimas rolaram pelo meu rosto. Como eu fui tão tola em me apaixonar, logo por ele? Que ódio.

–Helo, quer que eu te leve de carro? – Ouvi a voz do meu pai. Ele estava descendo a escada, assim que ouvi sua voz limpei meu rosto.

–Não. Leva a sua noiva e a filhinha dela pra escola. – Falei mantendo a voz em alto e bom som.

–Heloisa, como eu disse ontem. Eu sou seu pai exijo respeito! Você vaioi comigo de carro. Ande, vá se arrumar. – Disse ríspido. Sai do sofá e me arrumei rapidamente.

A viagem até a escola foi silenciosa. Nem olhar naquele homem que eu chamava de pai, eu queria. Chegamos na frente da escola. Eu abri a porta e saí, nem ao menos lhe dei tchau. Sai andando. Logo achei Mah, ela estava lá, sentada lendo um livro. Cameron estava do outro lado do pátio da escola, ele estava ouvindo música em seu aparelho extremamente caro. Eu não sabia para aonde ia. Se falaria com o Mah sobre o acontecido ou se iria ficar um pouco com o Cam. Optei para ir na Mah, o Cam poderia esperar.

–Oi, Mah. – Eu disse sorrindo, pela primeira vez esta manhã.

–Oi minha pipoquinha.

–Pipoquinha?

–Sim, ou era Pipoquinha ou Puta. Não vou começar lhe xingando em plena manhã.

–Atá, obrigada então. – Ri e no mesmo momento o sinal tocou. Quando eu ia andando, meus fones caíram ao chão, quando fui me virar para pegar Cameron os pegou para mim.

–Olá, Heloisa.

–Só Helo. Me sinto incomodada quando me chamam pelo meu nome.

–Tá, desculpa. Só Helo. Vamos para a classe? – Quando me dei conta Mah ao estava a meu lado, saiu andando. Ela estava tão entretida com a sua leitura. Estava a ler “Querido John”, um livro apaixonante. Pelo o que me lembro, eu iria ver esse filme ontem, mas dormi. Acompanhei Cam, mas ao me virar eu o vi ali. Encostado em seu carro, quando me olhou, logo desviamos o olhar. Cameron entregou o fone em minhas mãos, não as soltei. Ele olhou para as nossas mãos, mas eu não me incomodei.

Assistimos todas as aulas juntos, conversamos pra caramba também. Não sei como, mas ele me deixava feliz. Até mais que Mah. Porra, como eu posso ter dito isso? Calma, Helo. Ele é apenas um amigo, Mah vem em primeiro. Ela é sua amiga, faz um ótimo tempo.

–Quer almoçar comigo hoje, Helo?

–Eu? Você está me chamando para um encontro?

–Não é um encontro. É apenas sair com uma amiga, nova melhor amiga. Depois podemos ir ao cinema.

–Tá bom. Eu aceito. – Disse eu. Depois apertei suas mãos que estavam estendidas para que eu as apertasse.

Conversei o recreio todo com ele, Mah estava ocupada com seu livro. Ela ama romances, ainda mais como esses que o moçinho é perfeito. Como se isso fosse verdade. Nem me importei, o foco foi a nova professora. Eu e Cam só falávamos disso. Era alta, morena, baixa, porém era legal. Nos passou um trabalho valendo 2 pontos na média e não nos encheu de dever. Foi isso, minha manhã na escola foi assim, só vi ele uma vez. Graças a Deus, não queria chorar na frente do Cam. Não sei porque, mas quanto mais o Alec me machucava, mais o Cameron me fazia cicatrizar os ferimentos. Ele fazia bem para mim, tenho que me acostumar a sangrar por dentro e aparentar bem, mas com ele é diferente. Com ele eu me sentia viva.

–É verdade, Helo? – Nos interrompeu, era Chad.

–O que?

–Que o seu pai pediu a mão da mãe da Haley em casamento?

–Sim, aquela puu... mulher vai ser a minha madrasta. – Ele ouviu e foi interrompido por Haley.

–E ae, Thompson? Feliz?

–Não, e cala a boca.

–Não.

–Calem a boca, vocês duas. – Era uma voz masculina, quando me virei. Era ele, Alec estava em pé, atrás do Cam.

–Não se intrometa aqui, tá bom Volturi? Ninguém lhe chamou para a conversa.

–Eu sei, não preciso ser convidado. Haley, suma daqui, deixe a hu... Heloisa em paz, essas suas briguinhas já cansaram.

–Pelo o que eu saiba, quem está cansando é essa sua paixão com ela. “Eu não vivo sem você” “Você é o amor da minha vida” Parem de blábáblá. – Alec fechou as mãos em punho.

–E você não tem nada a ver com isso. Como o Volturi disse, esas briguinhas já cansaram. Puta que pariu, deixa de ser assim. – Ela ouviu Cam e se retirou.

–Obrigada. – Disse para Cam.

–De nada, essa briguinha já acabou.

–Não acabou nada.

–O que, Volturi?

–Eu falei uma coisa e você ouviu.

–Cam não! – Gritei, mas já era tarde demais.




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Notas finais do capítulo

Eu sei, eu sei, podem me matar, dois meses sem postar é foda. Mas tenho vários motivos e... Bom, se quiserem saber, perguntem por MP, to sem paciencia pra falar aqui.
AH, fomos eu e a Bella que escrevemos o capítulo (mais ela que eu) e espero que tenham gostado. E tipo, desculpem pelos erros, é que a merda do meu pen drive não salvou o capítulo betado ¬¬ Depois arrumo.
Prometo que responderei os reviews assim que der, mas só... Outro dia.
Beijos
xoxo