Amelia Pond suspirou repetidas vezes enquanto observava o vai e vem de pacientes nos corredores do St.Melody, havia gente dos mais distintos tipos e com as mais diversas condições mentais.

“E eu não sou diferente”. Pensou Amelia enquanto analisava a camisola hospitalar que recebera.

–Srta. Pond? – Uma voz familiar tirou-a de seus devaneios. – Podemos começar?

– Claro. –Amy concordou adentrando a sala do psiquiatra.

– Já faz dois meses que você está aqui. – O homem comentou sentando-se em sua aparentemente confortável cadeira de couro. – E então, como se sente?

– Não muito diferente de quando eu entrei aqui. – A Pond respondeu. – Só acho que tal coisa não seja necessária.

– Entendo. – O psiquiatra disse abrindo a característica caderneta. – Bem Amelia, hoje eu gostaria de tentar um método, digamos um tanto radical. O que você acha da hipnose?

– Eu não acredito em tais práticas. – Amy retrucou. – Mas se acha que isso vai mudar alguma coisa, então vá em frente.

– Muito bem, eu quero que feche os olhos, relaxe e preste atenção apenas no som da minha voz.

E Amelia o fez, pouco a pouco os sons a sua volta desapareceram gradativamente restando somente a voz de John Smith, esta que aos poucos, também se dissipou no ar.

– AMY, ACORDA! – Berrou o maltrapilho em seus ouvidos.

– Doutor... – Ela proferiu ainda sem ter plena consciência do que estava ocorrendo.

– O Krafays está tentando entrar, uma ajudinha aqui, por favor. – Pediu o Doutor enquanto tentava, com todas as suas forças manter a criatura alienígena fora da sala.

– Claro, desculpe. – Disse a Pond caminhando até o Maltrapilho.

Não demorou muito até que conseguissem selar a porta.

– Estamos a salvo? – Uma terceira pessoa indagou ao Doutor.

– Ainda não, ele esta rodeando a sala, tentando achar uma maneira de entrar. – Disse o Senhor do Tempo analisando os dados em sua chave de fenda sônica.

– Você é Vincent Van Gogh! – Exclamou Amelia Pond para o homem de cabelos tão ruivos quanto os seus que se encontrava junto ao Doutor.

– Sim, e você é Amelia. – Ele estranhou-a.

– Claro que é Vicent Van Gogh, como pude me esquecer de você? – A ruiva sussurrou para si mesma.

Os dois homens se entreolharam confusos antes de qualquer um se pronunciar.

– Amy, você está bem? – Indagou o Doutor preocupado.

Amelia! Amelia!

– Sim? – A garota despertou subitamente, estava de volta ao consultório.

– Amelia, Vincent Van Gogh? – O homem indagou incrédulo.

– Sim, eu e o Doutor o salvamos de uma criatura alienígena chamada Krafays.

O psiquiatra analisou-a por mais alguns segundos antes de soltar um longo suspiro e tornar a anotar em sua caderneta.