I Came Back For You escrita por Dave


Capítulo 9
Sonhos




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P.O.V Thalia

Uma neblina cinza cobria minha visão. Até que foi ganhando forma. Uma garotinha com cabelos cor de areia, ela se preparava para descer uma ladeira com skate. A garota parecia muito nova para tentar algo tão arriscado, em torno de seus sete anos. Ela olhou de relance para mim e pude notar seus olhos azuis elétricos cobertos pela franjinha.

Ao redor da menina notava-se uma rampa. Especial para skate, e por incrível que pareça existia uma casa ao lado da rampa, em estilo padrão americano. Embora com sua beleza natural, nada muito normal. Na verdade, pode se dizer até que era uma casa exótica.

Janelas calculadamente quadradas, porta de madeira comum, suas vidraças embaçadas por conta do clima úmido deixava com ar de elegância.

A menina ajustou as joelheiras e sorriu orgulhosa de si pela coragem. Então ela subiu no skate e deu impulso com o pé. Ela agachou um pouco em cima do skate, parecia saber bem o que estava fazendo. Ela gargalhou alto quando já estava no plano. Pulava com as mãos para cima, feliz por ter superado um desafio. Um garoto mais velho apareceu subindo a rua do lado oposto de onde a menina estava. Ele tinha cabelos negros como petróleo e lindos olhos azuis límpidos. Ele tinha cerca de 10 anos e tinha um rosto bonito, como o da garota, e com poucas diferenças. Ele sorriu, mostrando algumas janelinhas e correu até a garota.

– Rich! Não sabia que você já havia chegado da escola! – A garota largou o skate no chão e correu de encontro ao garoto, Rich.

Ele por ser mais alto, agachou e recebeu o abraço desajeitado de sua irmã.

– Sim, liberaram agente mais cedo da aula. Do que você quer brincar? – Ele perguntou separando delicadamente sua irmã.

– Eu acabei de descer a ladeira com a Pitty

– Pitty?

– Sim, meu skate.

O moreno gargalhou alto de sua irmã

– Hey Effy – Chamou Rich

– Sim? – A garota respondeu

– Está com você – O garoto bateu fraquinho bem no topo da cabeça da garota e saiu correndo pela grama verdinha que era do jardim de sua casa.

Ele corria rápido e deixava a garota para trás muito facilmente.

Os dois brincavam pela extensão do jardim, mas até que enfim, a garota pegou seu irmão e depois eles, cansados e ofegantes, se deitaram embaixo de um grande carvalho que existia próximo a casa. Observaram as folhas o carvalho se movendo com o vento e o farfalhar das folhas.

Os pássaros cantando, as borboletas voando pelo jardim.

Era uma cena linda. Um verdadeiro paraíso para Thalia.

Até que então, um homem alto e com porte de surfista saiu da casa cor de céu em estilo americano padrão.

Ele tinha os cabelos cor de areia e olhos azuis límpidos. Os músculos eram perceptíveis pela camiseta polo clarinha. Ele usava uma bermuda e um chinelo praiano. A barba estava por fazer e uma cicatriz cortava desde o começo da sobrancelha esquerda até metade de sua bochecha direita. A cicatriz deixava ele com um ar ainda mais másculo e assustador. Mas aí, ele sorriu, mostrando os dentes brancos alinhados quando viu seus filhos.

E o cara másculo e assustador, virou um pai brincalhão e presente, preocupado na localização de seus filhos.

– Rich, Effy. O almoço já está pronto, crianças – Sua voz era grossa e tinha um tom brincalhão.

As crianças olharam para seu pai e se levantaram da grama. Correram até o homem e os três abraçaram-se.

Um abraço longo e demorado, daqueles que só pais e filhos sabem como é.

Quando se separaram, o homem pegou a garotinha e colou a garota na curva de seu pescoço, na cacunda. Effy riu e eles entraram em casa.

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Acordei, só existia ruínas, como num templo derrubado.
Não sabia aonde estava, mas sentia um... algo... um ar, estranho.

Der repente ouvi uma voz:

– É... netinha, sonhos ainda existem. Mas, são só sonhos!

Senti minha cabeça doer, e adormeci.

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Abri os olhos lentamente. Sentindo cada músculo tenso e dolorido. Meus cílios pareciam chumbo e fiz um grande esforço para abrir os olhos. E quando abri, vi o céu, em uma grande e cinzenta nuvem. Só que não era como se eu estivesse deitada ao ar livre. Era como se eu estivesse no alto. Como se o céu estivesse perto de mais e qualquer hora pudesse engolir meu corpo sem pudor.

Com mais esforço ainda, tentei olhar para o lado. Vi ruínas. As ruínas do palácio de Cronos. Eu estremeci completamente e cada poro do meu corpo se arrepiou. Olhei para o outro lado e vi Atlas. Em seus punhos, descansavam grandes e pesadas algemas, presas com correntes, e as correntes, eram presas no chão da montanha. E sobre suas mãos incrivelmente gigantes, estava o céu. O grande titã, castigado pelo meu pai. E sua pena... Seria agüentar o peso do céu.

O titã olhava para mim como se eu fosse a presa.

– Cronos! A garota. – Ele gritou e sua voz alta e forte se fez audível. Devo confessar que não estava em condição para levantar e lutar com qualquer que fosse minha arma. Por isso, continuei deitada, olhando para o céu cinzento e angustiado. Uma lágrima escorreu pela minha têmpora e minha Iris azul tinha lágrimas que eu me recusava derrubar.

Esse sonho... Sonhos de semideuses nunca são normais. Eu sabia quem era aquelas crianças, e sabia quem era aquele homem.

E eu tinha quase certeza que isso era um castigo das Moiras. Antes de eu morrer, ou ter meu corpo possuído, ou seja lá qual for meu horrível destino, eu teria que saber o que aconteceria se eu tivesse escutado Luke.

E eu soube. E agora, eu me arrependerei durante o restante de minha vida e durante toda a minha morte.

As Moiras são cruéis.

Então de repente, eu senti uma áurea. Uma presença, forte e... Macabra.

– Olha quem finalmente acordou. Mas, eu te perdoou, afinal, aquele sonho era realmente muito bom. Pena que... Era só um sonho. – A voz áspera e dura de Cronos me atingiu e mais uma lágrima escorreu.

Não me atrevi a olhar para nenhum lado. Só olhava para o céu nublado. Tento flashes do sonho na minha mente. Aquelas duas crianças... Eu tinha uma ligação com elas. Eu sabia quem elas eram. E eu sentia uma enorme angustia por não ter ouvido a indicação de Luke e ter enfrentado Cronos no meu sonho. Castellan me avisou que era para eu ouvir as ameaças em silêncio. Mas meu instinto não permitiu. Eu enfrentei Cronos. Eu o desafiei. E por isso estou aqui. No precipício entre a vida e a morte. E o pior é que eu não posso fazer nada para mudar minha situação.


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