I Came Back For You escrita por Dave


Capítulo 3
Memórias


Notas iniciais do capítulo

GEEENTEEE
muuuuito obrigada por todos os leitores que estão acompanhando e os que favoritaram a história, sério mesmo, isso motiva muito um escritor. Adoro vocês



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– Eu quase me juntei a elas – Admiti – Luke, Annabeth e eu as encontramos uma vez, e Zoe tentou me convencer. Ela quase conseguiu, mas...

– Mas?

Meus dedos se agarraram ao volante

– Eu teria de deixar Luke

– Ah

– Zoe e eu tivemos uma briga então. Ela me disse que eu estava sendo estúpida. Disse que eu me arrependeria de minha escolha. Que Luke um dia me decepcionaria.

– É duro isso – Ele falou – É duro admitir que Zoe estava certa.

– Ela não estava certa! Luke nunca me decepcionou. Nunca.

– Vamos ter que lutar contra ele – Percy afirmou – Não tem como evitar

Não respondi

– Faz tempo que você não o vê – Ele advertiu – Sei que é difícil de acreditar, mas...

– Farei o que tiver de fazer

– Mesmo que isso signifique matá-lo?

– Faça um favor – Eu disse – Saia do meu carro

[...]

– Thalia, chame o Ofiotauro – Insistiu Luke – E você será mais poderosa que os deuses

– Luke... – Minha voz estava fraca e cada palavra pronunciada me doía – O que aconteceu com você?

Sua aparência estava horrível, ele estava fraco e sua voz saía por um fio, de fato, Cronos estava tomando todas as suas forças;

– Não se lembra de todas aquelas nossas conversas? Todas as vezes em que amaldiçoamos os deuses? Nossos pais não fizeram nada por nós. Eles não têm o direito de governar o mundo!

Eu balancei a cabeça, me recusando a acreditar que aquilo estava acontecendo

– Liberte Annabeth. Deixe-a ir.

– Se você se juntar a mim – Ele prometeu. Quanto tempo mais eu vou ter que sofrer? Quanto tempo mais ele vai insistir em uma vingança sem sentido? –, pode ser como nos velhos tempos. Nos três juntos. Lutando por um mundo melhor. Por favor Thalia, se você não concordar...

A voz dele falhou

E o meu mundo desabou. De novo. De novo e de novo

Luke estava implorando por ajuda e nesse momento eu entendi... Entendi porque Luke não parou de servir a Cronos quando eu acordei. Ele não podia, Cronos estava ameaçando a todos. Mesmo sem Luke, Cronos ainda poderia se reerguer e acabar com tudo. Acabar com todos.

– É minha ultima chance. Ele vai usar outro método se você não concordar. Por favor.

E depois de ver o grande exercito que estava se erguendo próximo ao Princesa Andrômeda, eu soube que nenhum dos dois lados tinha chances. Eu e Luke não tínhamos mais uma chance. Ele estava sendo manipulado e eu estava com uma saudade que nunca poderia saciar;

– Isso é só uma amostra do que está por vir – ele fez uma voz forçada – Logo nós estaremos prontos para a invasão do Acampamento Meio-Sangue. E, depois, do próprio Olimpo. Tudo oque precisamos é da sua ajuda.

Eu hesitei em dizer não

Meu defeito mortal é lealdade, não iria abandonar os que me amam por uma vingança

Mas eu hesitei

Hesitei porque tudo oque eu mais queria nesse mundo era acreditar em Luke.

Tudo oque eu mais queria no mundo era correr, abraçá-lo e dizer que tudo ficaria bem.

Mas eu não podia.

Tínhamos uma barreira e essa barreira se chamava Cronos. Chamava-se guerra. Uma guerra que ele criou por mim.

Olhei no fundo de seus olhos azuis, procurando algo, alguma pista do antigo Luke.

Tudo na minha cabeça estava nublado. Se não fosse seu olhar opaco e sem vida, eu até acreditaria que aquele era o meu Luke

Apontei minha lança

– Você não é Luke. Eu não o conheço mais.

– Sim, conhece Thalia, - Ele implorou – Por Favor. Não me faça... Não faça com que ele destrua você

Eu assenti e Percy me entendeu

– Agora – o filho de Poseidon pronunciou

Atacamos

[...]

Com um golpe simples, desarmei Luke e minha lança foi parar na sua garganta. E tudo oque eu mais queria era não ter que fazer isso. Eu não agüentaria.

– Vamos levar Luke de volta – Pediu Annabeth – Para o Olimpo. Ele... ele será útil

Como eu queria acreditar que Luke se renderia aos deuses e essa guerra acabasse

Como eu queria acreditar que teria meu Luke de volta

Mas não teria, pois meu Luke estava cego de vingança. Uma vingança desnecessária

– É isso que você quer, Thalia? – debochou Luke – Voltar para o Olimpo em triunfo? Agradar seu pai?

Se ele soubesse oque eu realmente queria, nem teria começado essa guerra

Em um ato desesperado, Luke tentou segurar a minha lança. E eu, por instinto, o chutei. E ele caiu. Uma queda de quinze metros. Ele caiu e seu grito desesperado me preencheu os ouvidos, e meu coração... bem... foi destroçado, mais uma vez.

E eu só percebi que estava chorando quando as lágrimas alcançaram minhas roupas

E eu só percebi que havia o perdido quando ouvi o grito de Annabeth

Mas tudo o que eu mais queria era poder ter dito que o amava, era poder ter dito que ele era meu herói e que nunca me decepcionou.

Mas eu nunca tive essa chance

E ele vai voltar. Voltar para fazer tudo certo e me pedi perdão. Não queria aceitar suas desculpas, mas eu sou uma drogada e Luke Castellan é uma droga viciante.

[...]

E sem permissão, as memórias me invadiram enquanto eu andava pela praia fora dos limites do acampamento. Queria liberdade, fugir dos problemas, das memórias e de todos. Mas eu já tentei fazer isso várias vezes, e foi em uma dessas tentativas que eu entrei para a caçada. Ou seja, não tem jeito de me livrar de Luke Castellan nem do sentimento que a muito tempo eu carrego.

– Thalia! – Virei e olhei a loira de olhos cinzas

– Annie? Aconteceu alguma coisa?

– Luke... E-Ele quer te ver... Acabou de chegar e quer muito falar com você

Não consegui responder alguma coisa se não um suspiro de cansaço. Virei de costas e voltei a caminhar.

Não estava orgulhosa das minhas decisões, não mesmo.

Estava fugindo de Luke pois não tinha coragem de olhar em seus olhos. Fugia de um sentimento que carreguei anos em meu peito. E agora? Bem, meu plano é ficar sozinha.

Eu e minhas lembranças... Boas lembranças.

Não quero vê-lo, acho que ainda não estou preparada para isso.

Mas foi aí, alguém pulou em cima de mim, me derrubando no chão. Senti o cheiro de morte e tentei controlar meus batimentos cardíacos. Sem arma, sem ninguém e fora dos limites do acampamento. Muito inteligente, Thalia – pensei.

Ativei Aegis e o cão infernal recuou, mas não o suficiente para eu poder atacar com seja lá qual fosse minha arma.

E naquela hora, no momento de desespero, eu percebi que não tinha tempo. Para nada. Eu tinha que viver esse dia como o ultimo da minha vida. Não se sabe o dia de amanha. E eu estou desperdiçando o tempo que eu podia gastar com o garoto que eu realmente amo.

O cão infernal atacou e me jogou longe.

Da ultima foi de bater a cabeça em um pedra e de ver um vulto loiro entrando no caminho que o monstro iria me atacar.

POV Luke

Já havia chegado a colina, e fui apresentado ao acampamento por Quíron na hora do almoço no pavilhão do refeitório. Hoje, podíamos sentar em mesas aleatórias então sentamos eu e Annie na mesa do chalé de Poseidon junto com Percy.

Annie me contou que eles estavam juntos e eu fiquei feliz em saber que ela tinha me superado e tinha seguido em frente, Percy é uma ótima pessoa e tenho certeza que vai cuidar da sua sabidinha.

– O Bucth é um dos melhores treinadores de pégasus e o Percy tem um ciu... – A loira me contava sobre alguns campistas novatos mas eu estava meio que admirando ela, nem parecia aquela garotinha de 7 anos que tentou me atacar com um martelo.

– Annie? – Chamei

A loira olhou pra mim e eu a fitei

– Estava com saudade – Falei e ela olhou para Percy, ele assentiu e ela se levantou e me deu um abraço apertado

Depois que a loira voltou para seu lugar, sentada ao lado de Percy, ele passou um dos braços ao redor dos ombros dela e ela sorriu, tentando esconder o rubor do rosto fitando o chão

– Sempre achei que podíamos ser bons amigos, Percy – Falei e ele sorriu

– Sabe... Até que podíamos treinar esgrima qualquer dias desses, só pra ver se você consegue recuperar seu titulo de melhor esgrimista

Eu ri

– É só marcar – Falei

Passou um tempo em silencio e eu varri o pavilhão com os olhos, atrás da minha morena

Annabeth entendeu quem eu procurava, sempre muito esperta

– Vou atrás dela, Luke

Senti minhas bochechas queimarem e ela se afastou da mesa de Poseidon

– Tem sorte Percy, Annie é uma ótima garota e tenho certeza que você vai fazer minha irmãzinha feliz

– Sabe Luke, eu nunca esqueci o dia da luta que você se sacrificou e perguntou se ela te amava... Oque você quis dizer com isso?

– Percy eu amo Annie como uma Irma mais nova, mas ela me encarava como algo mais que isso. Só queria ter certeza, antes de morrer, que ela seria feliz e seguiria sua vida normalmente na medida do possível para semideuses. E foi oque ela fez... Thalia por outro lado...

Ele ficou calado por um tempo

– Ela ficou arrasada quando você caiu do monte em São Francisco. Ela acreditava que você podia parar a guerra quando ela acordou, mas você não podia não é mesmo? Cronos estava praticamente no comando não é mesmo?

Não tive tempo de responder, pois avistei uma loira correndo até nossa mesa então Percy percebeu e parou a conversa por aí

– Na praia, fora dos limites do acampamento, você sabe como ela é. Boa Sorte

– Você é demais, Annie

Eu me levantei, ela se sentou e eu me despedi deles, correndo até a praia

[...]

E lá estava ela, a pele clarinha refletida ao sol e os cabelos negros se misturando com a brisa.

A imagem podia se julgar divina, ver aquela garotinha de 12 anos andando na praia calmamente depois de anos parecia um sonho muito insano até mesmo para mim.

Ela estava muito maior, pode se julgar com seus 20 anos ou mais. O corpo de uma mulher revelando curvas que eu até então eu não havia visto.

Quando comecei a me aproximar aos poucos, um cão infernal apareceu e a atacou

– Thalia!

Gritei e corri até ela, acho que ela não ouviu mas mesmo assim eu corri. Ela ativou Aegis e o monstro recuou mas ela não atacou. Estava sem armas.

Tirei o colar dela dentro do bolso e o olhei enquanto corria.

Vamos pai, uma espada, por favor – pensei

O monstro atacou novamente, a jogando para o lado, onde ela colidiu a cabeça em uma pedra. Arfei enquanto corria até o monstro.

O cão infernal estava preparado para atacar Thalia novamente, mas eu estava lá, e senti um peso a mais na minha mão. O pequeno colar de Thalia, se transformou em uma espada de bronze celestial. O monstro tentou fazer o mesmo comigo me jogando para o lado mas eu cortei sua pata e ele caiu de lado, pulei por cima de sua barriga e cravei a espada em sua coluna. Vi o monstro se dissolver em pó, voltando para o mundo inferior.

Sentei na areia e olhei para a espada, o cabo dela era de ouro e tinha o mesmo raio do colar decorando o cabo. Peguei a espada e passei o dedo por cima do raio prata se destacando no dourado. A espada voltou a ser apenas um colar feito sobre medida para minha Thalia.

Levantei e andei poucos metros até Thalia, ela estava desacordada e eu lamentei não poder ver os olhos tão divinos que eram os dela.

Sua blusa estava molhada e eu me limitei, olhando apenas para o ferimento em sua barriga. Não era uma ferida muito profunda, mas isso não impedia de sangrar bastante.

Estávamos longe o bastante do acampamento para umas duas horas de caminhada. O corte não parava de sangrar.

Peguei Thalia em meu colo e levei até a areia, longe das pedras e da água. Olhei novamente para o ferimento na barriga da minha morena. Precisava estancar antes que saísse mais sangue.

Tirei minha camisa e amarrei na cintura fina de Thalia, tentando com sucesso estancar o sangramento. Depois disso, eu deitei ao seu lado na areia e olhei para o céu, forçando a vista contra o sol forte. Estava muito cansado, mas isso não me impedia de admirar a morena de olhos azuis.

Corpo esbelto e pele de porcelana. Thalia parecia uma boneca, mas não a que eu conheci a anos atrás, essa Thalia tinha a personalidade mais forte e presente. Levei minha mão a seu rosto e acariciei sua bochecha, fitando seu rosto e tentando pegar o máximo de detalhes dessa nova garota. Tão linda. Tão misteriosa.

Tirei o colar do bolso e o fechei em seu pescoço

– Eu fiz errado, fiz errado em ti deixar por uma guerra. Quero me redimir, por favor, me dê mais uma chance - Disse mais para mim do que para ela

– Cada respiração é uma segunda chance, Castellan – O susto foi inevitável. Lá estava ela com seus olhos elétricos me observando

POV Autora

E foi como um choque térmico, depois de anos da guerra, depois de anos de sofrimento tanto na caçada como no mundo inferior, eles se encontraram novamente e foi como amor a primeira vista. Só que essa primeira vista era nova e velha ao mesmo tempo, era como uma lembrança. Uma ótima lembrança, para os dois


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Notas finais do capítulo

oque acharam?!
quero muito saber a opnião de vcs, por que não deixa um comentário? sempre respondo todos com um ótimo humor.
espero que comentem e favoritem a fic, amo muito todos vocês
até o proximo capitulo
Blue Kisses



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