I Came Back For You escrita por Dave


Capítulo 11
Escolhas




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P.O.V. Percy

Eram cerca de 15:00, e nós estávamos nos preparando para partir em direção à Los Angeles, arrumando minha mochila, marrom com alças de couro fino, fivela dourada em forma quadrada.
Comecei, de repente a me afogar em memorias antigas, cenas de minha primeira missão, quando vi a garota que, definitivamente eu escolheria a ser minha.

Veio a minha mente todo o percurso, o modo de como saímos da sala do trono de Hades, a forma de como Ares e Luke foram controlados por Cronos.
Um cala frio me pegou despercebido pela espinha quando, pensei novamente na possiblidade de Cronos ter pego Thalia e, use-a como instrumento de chantagem com Luke.

Lembro-me de alertar Nico, e logo trato de sair do chalé 3 e ir até o chalé 13. Logo na varanda sentava um garoto de cabelos negros e sedosos, mochila jogada no canto da cadeira de balanço, olhar de tédio estampado.

"Estamos atrasados Nico, precisamos ir logo. Ainda lhe falta algo?"

"Falta vontade de ir nesta missão, Jackson"

"Lembra-se de quando Thalia arriscou a vida dela para salvá-lo? Lembra-se de quando Annabeth foi raptada em sua busca? Lembra-se de quando eu quase dei minha vida pela a de Bianca?! Você não se lembra não é mesmo Di Ângelo?! Você deve toda a gratidão do mundo a Thalia Grace. Não só por ela ter te salvo. Mas também por que vocês veem do mesmo sangue. Se não quiser ir, tudo bem. Mas não eu que irei pagar as consequências, que pode ter certeza que se não fizermos isso... virão.

Ele se levantou contrariado, pegou a mochila e passou por mim dando um sorriso meio que de deboche, pelo discursinho desnecessário, seguindo para a colina meio sangue.
Encontramos Annie e Clarisse. Elas pareciam estar brigando ou algo assim. Trocavam olhares nervosos constantemente, mas não era aqueles tipos de olhares, eram olhares desafiadores.

P.O.V. Annabeth

Eu odiava Clarisse, de todas as formas possíveis. Como uma Garota podia ser tão vulgar, e leviana como ela?!. Ser filho de um Deus não implica nas nossas escolhas. Somos livres para escolher quem somos, e quem iremos ser, mas não entendo como uma mulher pode se portar como ela.

Andávamos em fila reta, em direção à entrada do acampamento, onde Argos estava nos esperando com a Van, para nos levar ao ponto de Taxi mais próximo.

Sem nenhum tipo de contato visual entre eu e Clarisse. Ouvi passos à distância, olhei e logo atrás de nós vinha Nico e Percy.

Expressões Duras.

Olhares Secos.

Nos alcançaram rapidamente, começamos a andar juntos em direção à Van de Argos, que iria ficar na entrada da Colina.

Ninguém dizia nada, todos calados, em seus próprios mundos. E sem ao menos perceber já estávamos em cinco. Jason nos acompanhava flutuando, e nós nem havíamos notado. Ele estava vestindo a blusa do acampamento, uma calça jeans clara, tênis All Star de cor roxa. Nos olhava com uma expressão curiosa, como se tentasse descobrir o que estávamos pensando, e quando percebeu que eu tinha sentido sua presença, olhou para nós e se afastou ainda no ar parando na nossa frente. Com grande susto, Percy, Nico, e Chatice ... quer dizer Clarisse, pararam. Ele começou a falar, e nós o observávamos.

– Qual é pessoal? Não é porque Thalia está desaparecida que iremos ficar cabisbaixos e sem força alguma para continuar a missão, né? Aposto que ela não iria querer nos ver assim! Agora, por favor tratem de ajeitar essas carinhas tristes, e caso isso seja inimizade... – Ele falou como se lesse nossas mentes -, por que não adianta estarmos nos enganando, só o clima que se passa por aqui, já é suficiente para perceber que o que está deixando vocês bolados assim não é a saudade de Thalia, mas sim seus próprios interesses egoístas. Já perceberam, Thalia quase perdeu o que ela considera o amor de sua vida, e agora que Luke está de volta quem some é ela. Vamos nos concentrar na missão, por que acho que essas besteiras egoístas e intrigas bestas não vão salvar nossa punkeira que sofre muito mais agora do que antes.

Depois desse longo sermão que levamos- todos calados, sem nem mesmo hesitar em questionar- Tratamos de nos ajeitar e, tomar como prioridade a vida de Thalia que estava em perigo.
Todos continuamos. Andando agora com mais animação. Fomos em direção a Van de Argos. Nas laterais, o logo com os morangos que o acampamento comercializava para toda a Nova York. Quando todos estavam confortáveis, partimos em direção a cidade que nunca dorme.

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Chegamos em o que parecia ser uma praça muito populosa. Pessoas andavam em todas as direções, suor no rosto, preocupação em suas faces.

Descemos da Van em direção ao taxi estacionado mais próximo.
Não havia contado para o pessoal sobre meu plano de ir no taxi, com o cartão Grana Lótus em que encontrei numa gaveta cheia de roupas e coisas antigas. O cartão estava intacto, parecia não ter menos de um ano, embora fosse de nossa primeira missão.

Parei todos e tomei a palavra:

– Gente, a entrada mais conhecida e que já percorremos, em direção ao reino de Hades, foi nos estúdios M.A.C., em Los Angeles. Percy lembra de como chegamos lá?

– Você mostrou a um taxista um cartão antigo e ele começou a brilhar e emanou um símbolo de infinito ao lado do cifrão. Em seguida percorremos um longo caminho e chegamos depois de uma caminhada e...

– Ok Percy, nossa viagem foi muito longa, e que bom que se lembra, mas o importante é o cartão.

Retirei o cartão do bolso de minha jaqueta e mostrei a eles. Expliquei Tim-Tim por Tim-Tim, e prosseguimos.

Entramos todos no táxi em frente e o taxista nos olhou com os olhos cerrados.

– Aceitam cartão de débitos de cassinos, como... antigamente?

– Alguns...

Ele nos olhou como se nós tivéssemos prestes a dar um golpe, mas pareceu pensar sobre a aceitação do cartão. Por fim decidiu, dizer:

– Para onde?

– Los Angeles.

Não deu tempo de ele dizer algo mais, apenas entreguei o cartão a ele. Que em seguida passou bem rápido e nos entregou.

O taxímetro começou a crepitar. Luzes acenderam e por fim, o símbolo do infinito apareceu ao lado do cifrão, como na nossa primeira vez a 20 anos atrás.

O cara nos encarou, com os olhos arreganhados, e em seguida ele pigarreou, limpou a garganta e disse:

– Como deseja senhorita.

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Quatrocentos e oitenta e dois quilômetros, percorridos em cerca do que pareceu ser 2 horas, super entediantes. O taxista parou uma ou duas vezes para abastecer. Ninguém diz nada a respeito de Thalia. Procuramos conversar sobre nosso plano.

– Você por acaso, faz alguma ideia de como entrar no Mundo Inferior?! – Clarisse indagou-me.

– Bom vai ser um pouco complicado, sem o mapa... Lembra de quando viemos aqui... aquele monstro... acho que se chama... como se diz... Crosta, sabe?!? – Falei como se tudo voltasse na minha cabeça.

– Oh sim! O cara das camas d’agua!!! – Falou Percy

– Isso, ele tinha um mapa. Lembra? Mas acho que o pegamos.

– Então voltamos à estaca zero? – falou Clarisse novamente desanimada.

– Nós temos Nico. Você pode nos ajudar não é Nico?

– Acho... acho que sim, Percy fez um bom trabalho tentando me conscientizar. Bom conheço um cara... Ele veio da Itália, é também um monstro. Poderá nos ajudar, ele conhece tudo aqui.

Quando finalmente, vimos placas avisando de nossa chegada em Los Angeles, todos começamos a nos alertar, afinal já estávamos nos aproximando dos estúdios M.A.C.

Pedi ao taxista que nos deixasse no endereço que Nico pedisse.

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P.O.V. Percy

Descemos em frente à um estabelecimento pequeno, embora aconchegante. A entrada estava sob uma placa bem grande com luzes laranjas neon. Uma porta de madeira, com ladrilhos, ao lado um grande vidro retangular. Típico de lojas americanas.

Escrito na placa dizia, Padaria-Restaurante. Admiramos o local por mais alguns minutos, e entramos, todos juntos. O lugar era bem exótico

A atendente era uma garota loira de olhos verdes, de vez em quando dava a impressão de mudar de cor.

Annie, pediu o cardápio. Um pequeno caderninho, capa dura dourada, com as iniciais “E” e “P” escritos em letra CASTELLAR.

EP cardapio’s

Viramos páginas e no final tinha escrito em uma cor mais escuras:

Néctar ... U$ 3,00

– Querida, pode vir aqui por favor? – A garçonete se aproximou e Annie prosseguiu.- Nós queríamos uma porção de Néc...

– Queríamos falar com Lucas! – Falei à jovem que estava fazendo o serviço de balconista, interrompendo Annie. – Desculpe sabidinha, estamos apressados demais agora.

A menina olhou para os lados, e pediu que a seguíssemos. Eu não hesitei e fui em direção dela, os outros fizeram o mesmo.

Passamos pelo balcão de recepção, e seguimos em direção à cozinha da padaria. Entramos, um híbrido de homem com bicho de seis braços, preparava as refeições e os pães, e sonhos, que Jason olhava com um grande desejo.

A Garota começou a falar com ele, numa língua que me parecia Grego Antigo, embora eu conseguisse entender o que ela dizia, preferi dar uma de surdo, a linguagem dela era bem ridícula para uma garota daquela idade. De repente ele olhou de beirinha de olho para nós cinco e respondeu, como se fosse um “cala boca”.

Ele parecia ser o dono do estabelecimento porque no mesmo instante a menina se calou, algo que me parecia impossível momentos antes.

– Nico! Há quanto tempo, me lembro da primeira vez que você veio aqui garoto! Como está sua irmã Bianca? Deve estar uma linda mocinha. Quem são seus amigos?

– Olá Lucas! Realmente faz tempo... – Nico disse e em seguida começou a ficar cabisbaixo como se o passado voltasse a doer dentro dele. – Sinto lhe informar, doe ainda em mim! Bianca morreu a muitos anos, durante a primeira missão.

– Oh meus Pêsames!

– Bom, nós viemos aqui na verdade, a pedido que nos ajudasse em nossa missão.

Nico conversou com o tal monstro por alguns minutos, explicou toda a situação, em quanto isso nós não falávamos nada. Estávamos de alguma forma sentindo a tristeza de Nico, assim como naquela época em que Bianca morreu. O passado de Nico como o rei do fantasma nos ajudará muito, no mundo inferior, assim espero.

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Após algum tempo de conversa, Lucas aceitou de bom grado nos levar aos estúdios, ele estava comovido, e percebíamos isso, inclusive Nico. Não que ele estivesse fazendo chantagem emocional. Apenas deixava que o monstro fizesse o favor por ele.

Paramos de andar, numa avenida, negra como o breu da noite, parecia ter sido pavimentada a poucos dias. Há alguns metros mais longe, tinham as mesmas letras douradas gravadas no mármore negro. ESTUDIOS DE GRAVAÇÂO M.A.C.

Na porta de vidro, as exigências ainda diziam o mesmo, PROÍBIDO A ENTRADA DE ADVOGADOS, VAGABUNDOS E VIVENTES.

Entramos no saguão do estúdio, e atrás do balcão de segurança, lá estava ele, o guarda com óculos escuros, terno azul marinho italiano, fones de ouvido, aparência séria.

Nada havia mudado, paredes cinza-chumbo, carpete escuro, alto-falantes tocando música ambiente suave. Os cactos no canto das paredes ainda estavam nos mesmo lugares. E como se fizesse parte da decoração, estava Caronte, com fones de ouvidos, lendo uma revista, como se não importasse o tempo que passasse.

Pedi aos outros que ficassem na entrada ou sentado num dos sofás, de couro preto como antigamente.

Eu fui sorrateiramente até o balcão onde Caronte estavam e toquei um pequeno sino que havia, ele me olhou sobre a revista, deixando os olhos cerrados.

– Queríamos descer ao mundo inferior, sim?

– Ele abaixou a revista como se estivesse altamente entediado com a situação.

– ...E eu com isso?! Não posso te ajudar em nada! – Ele falou quase me ignorando... quase.

Caronte se levantou e começou a gritar:

– PERSEU JACKSON! É VOCÊ MESMO? MEUS DEUSES, MUITO OBRIGADO, HADES DEU O AUMENTO QUE VOCÊ TINHA ME PROMETIDO. COMO POSSO LHE AJUDAR? - Caronte tinha um olhar de gratidão e começou a observar o próprio terno italiano. - FOI GRAÇAS A VOCÊ, QUE EU CONSEGUI COMPRAR ESSA BELEZURA. MUITO OBRIGADO.

– Caronte... bem você pode ver que eu não vim só. Aquelas pessoas ali, estão em missão comigo. Precisamos entrar no Submundo, para resgatar Thalia Grace. A filha de Zeus recentemente desaparecida, ou ... capturada por ... – Ele me olhou, e depois de poucos segundo pareceu entender o alguém que sequestrou Thalia.

– Quer dizer que ele ressurgiu, e está liberado para destruir tudo por ae?

– Isso.

– Caras, sinto muito, Zeus terá que entender, sou servo de Hades, não posso desobedecer a ordens expressas. Está vendo isso aqui? – Ele apontou para uma luz atrás do jarro mais perto e percebi, o que me pareceu ser olhos começou a me encarar. Fique parado, percebi que era um tipo de vigia.

– Estão te vigiando?

– Desde, que vocês tiveram passagem para lá. Sinto muito.

– Tudo bem daremos um jeito.

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Apressei o passo quando saímos de lá, eu estava aflito, Thalia tinha sido capturada por Cronos.

Nós estávamos indo em direção ao Centro de Los Angeles, quando Nico começou a apressar o passo, tomou nossa frente e pediu que o seguíssemos. Ninguém discutiu, ele estava irradiando liderança pela primeira vez. Começou a andar mais rápido em direção a um monumento, E de repente parou, trombei nos outros quando arranquei a velocidade. Ele começou a estender as mãos e as pedras em lugar dos olhos de monumento, começaram a brilhar, elas giravam como se fossem mecanizadas, e então de repente, pararam e uma escada se fez existente em nossa frente. Nico virou:

– Sinto que é por ali. Já estive aqui antes ia levar você a uma outra entrada, mas sinto algo nos chamando lá em baixo.

– Então o que sugere, senhor líder da missão? – Disse Clarisse

– Sugiro que desçamos pela escada.

Ninguém discutiu.


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Notas finais do capítulo

Favoritem, comentem e não me ODEIEM!



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