Use Somebody escrita por Thaís Romes


Capítulo 13
Oliver Queen. Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Vocês são simplesmente as melhores leitoras que existem!!!! Beijos.



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–Dig posso te fazer uma pergunta? –Disse entrando no carro.

–Pode até fazer, mas não garanto resposta alguma levando em consideração que você vêm ignorando todas as minhas. –Respondeu divertido.

–Você sabe o que está acontecendo John! –Acusei. –Só quer me ouvir falar para poder dizer “Eu avisei”.

–Você quem sabe. –Disse se fazendo de difícil.

–Eu e Felicity. –Franzi os lábios. –Droga Diglle! –Praguejei por ele conseguir me persuadir. -Nós estamos juntos.

–Finalmente. –Comemorou.

Revirei os olhos em resposta.

– Estou sendo cauteloso como nunca fui antes. –Comecei. -Não quero pular nenhuma etapa se é que me entende...

–Não! –Segurou o riso.

–Vou ignorar isso. Mas como eu estava falando, quero contar toda minha história para ela antes de avançarmos...

–Pode para Oliver! –Interrompeu. –Não começa a procurar desculpas para afastar Felicity, e tenho certeza que por mais que você tente assustá-la, não vai conseguir. Ela tem mais fé em você do que qualquer um que conhecemos. –Diglle me olhava através do retrovisor. –Vá em frente, eu apoio que se abra para ela! Só não espere que ela te rejeite meu amigo, por que não vai rolar.

–Tenho medo que ela pare de ter fé quando descobrir tudo o que já fiz. –Comecei a falar rapidamente. –Você sabe o que é preciso fazer para sobreviver a uma guerra Dig. E Felicity é linda! Tem compaixão e bondade, ela me ajudou sem pedir explicações apenas por acreditar que poderia confiar em mim. Ela nem me conhecia! E se eu arruinar tudo? Se acabar a perdendo para sempre?

–Ela te ama! –Gritou me fazendo calar. –E aposto que você sente o mesmo.

–Obrigado. –Acrescentei respirando fundo.

–Não por isso. –Disse com os olhos na estrada. -Ei cara, não se julgue tanto assim, eu e Felicity sabemos o quanto precisou sacrificar para estar aqui hoje. E não estaríamos ao se não acreditássemos no herói que você é.

Assenti mais uma vez agradecido.

–Mais uma coisa Oliver. – Chamou. Já sabia o que viria a seguir me virei para encará-lo. –Eu avisei! –Disse Diglle com satisfação.

Apesar de todo deboche no final estava certo como sempre, senti-me estranhamente mais leve ao ouvi-lo afirmar com tanta certeza que ela não desistiria assim tão fácil. Felicity e eu apenas trocamos alguns beijos e abraços desde o dia da festa em sua casa, e a maioria deles nos despedindo quando a deixava em casa antes da minha ultima ronda da noite. Não era por falta de vontade de estar ao lado dela, pelo contrário, mas todos os meus relacionamentos até hoje foram 99% sexo e nos últimos anos Felicity acompanhou de camarote cada um eles falhar das piores formas. Por esse motivo tento ser único em cada toque ou palavra quando se trata dela. Por ela ser a mulher com quem eu quero acertar. E Deus sabe o quanto tenho me segurado para não tirar suas roupas nos poucos minutos que estamos sozinhos. Quantos banhos gelados minha recente atitude de bom moço me custou.

Chegamos à caverna e Roy estava ensinando alguns golpes para Felicity, sinalizei para que Diglle não fizesse barulho e nos sentamos em silêncio do lado oposto a onde eles treinavam.

–Ela precisa ser menos boazinha. –Observou Diglle. –Parece estar com medo de machucar Roy. O que ridículo se considerarmos seu tamanho e fragilidade.

Como se nos escutasse Felicity exigiu que Roy parasse de pegar leve com ela.

–Ele deveria ir com calma. –Reclamei quando a fez cair pela terceira vez consecutiva. –Não foi uma ideia tão boa assim colocar Roy para treinar Felicity.

–Oliver! Calma. –Disse Diglle me segurando quando tentei levantar para intervir. –Felicity é esperta.

–Aconteceu uma coisa hoje Diglle. –Comecei. –Quando liguei para ela pela manhã.

–Mais uma?

Narrei toda a história do telefonema para Diglle que ouviu paciente tentando não rir no final.

–A questão é que isso a incomoda.

–Vocês precisam ter a conversa Oliver.

–Que conversa?

–Sobre relacionamentos passados.

Fiquei pensando no assunto enquanto a observava apanhar de Roy já com vontade de ir até lá dar uma surra nele. Tivemos que segurar o riso quando ela perdeu por fim a paciência e se jogou nas costas de Roy socando sua cabeça com suas mãozinhas frágeis.

–Acho que ela acabou de ficar menos boazinha. –Observou Diglle abafando uma risada com as mãos.

–Felicity para! –Gritou Roy. –Não existe técnica nenhuma nisso que você está fazendo!

Ela o largou, mudando de estratégia. Roy corrigiu sua postura e movimento dos pés, quando ela começou a tagarelar sobre biologia, sorri ao perceber o que ela estava pensando e só precisou de um segundo de distração para Felicity acertá-lo com um lindo cruzado de direita. Diglle e eu aplaudimos como pais orgulhosos no dia da apresentação da peça teatral de fim de ano do colégio.

–Há quanto tempo estão ai? –Perguntou constrangida.

–Chegamos quando ainda estava no boneco. –Respondeu Diglle. –Mas gostei da técnica de entediar a pessoa até o nocaute que você usou contra Roy!

Então descobri a solução para nossos problemas e ainda teríamos tempo de jantar e quem sabe estender a noite?!

–Minha vez! -Disse levantando e estralando o pescoço.

–Está de brincadeira comigo? –Ela parecia amedrontada.

–Não. Vamos lutar.

–Tem certeza disso? –Cochichou Diglle.

Acenei para ele enquanto tirava minha camisa. –Sei o que estou fazendo.

–Oliver você sabe que não vou ter a menor chance. –Ela parecia ainda menor quando assustada.

–Precisamos resolver nossos problemas Felicity. Chega de pesadelos para você!


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Notas finais do capítulo

continua...