Anything Can Happen escrita por monirubi2009


Capítulo 35
Capítulo 34 – Como é que é? – parte 1




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/542765/chapter/35

Ellie então começa a ler a carta e sua fisionomia vai mudando a casa parte. Don a observa de sua mesa sem saber o que Ellie estava lendo, ele estava curioso. Pouco depois Ellie termina de ler a carta, mas seu rosto está sem expressão alguma; Don somente a observa de longe pensando no que poderia estar acontecendo. Ellie levanta e vai ao banheiro, lá dentro ela decide ligar para alguém.

 

LIGAÇÃO ON

 

— Alô? – fala a pessoa do outro lado da linha.

— Jimmie, eu preciso falar com você. – diz Ellie nervosa.

— Primeiro se acalme. Qual o motivo de querer conversar comigo e não com o Don que com certeza está aí com você? – fala Jimmie confuso.

— Precisa ser com você primeiro. Depois eu converso com o Don. – diz Ellie irritada.

— Está bem, não precisa ficar irritada comigo. Eu só falei o que falei porque sei que você se importa com o que o Don. Ellie o que aconteceu? Se posso saber por telefone. – fala Jimmie.

— Desculpa. Eu sei Jimmie, mas no momento eu realmente tenho que falar com você primeiro. Eu recebi outra carta do Mikhail. – fala Ellie.

— Hum, e o que tem ela? Você está com a voz estranha. – diz Jimmie preocupado.

— É sobre o conteúdo dela que eu queria falar com você. Eu não sei o que pensar ou fazer ou sentir sobre o que eu li. – fala Ellie desesperada.

— Calma Ellie. À noite eu vou até sua casa para conversamos, agora você não pode. Aconteceu mais alguma coisa? O Edward voltou a te incomodar de novo? – fala Jimmie preocupado.

— Vou tentar me acalmar. Sim, aconteceu. Não, não ele não fez nada. Hum, na verdade encontramos o corpo de Edward em um beco, ele está morto. – diz Ellie.

— Que bom. Como é que é? Sério? Mas, vocês tem alguma ideia de quem possa tê-lo matado? – diz Jimmie surpreso.

— É isso mesmo. Edward está morto. Foi o Mikhail. – diz Ellie.

— O que? Como assim? – pergunta Jimmie.

— Junto da carta veio um pedaço de papel falando que havia um corpo em um endereço, Mikhail até pediu desculpas. Quando chegamos ao local percebemos se tratar de um beco sem saída cheio de coisas. Quem achou o corpo foi o Lupine. – fala Ellie.

— Hum, estranho. O Mikhail realmente está diferente. – fala Jimmie.

— Tem um sério motivo sobre ele estar me ajudando e querer que eu realmente o prenda. Mas, só de noite que eu poderei te contar. – fala Ellie.

— Está bem. Toma cuidado com o que você falar com o Don agora. Ele realmente vai querer saber. – diz Jimmie.

— Ok. Eu sei, mas ainda não vou contar a ele. – fala Ellie – Tenho que ir.

— Ok. Até mais de noite. – fala Jimmie.

— Até. – diz Ellie desligando.

 

LIGAÇÃO OFF

 

Ellie dá um suspiro pesado e fica mais um tempo pensando no conteúdo da carta. Ela não sabe o que fazer e Jimmie poderá ajuda-la. Ellie então deixa o banheiro e dá de cara com Don.

 

— O que aconteceu? – pergunta Don.

— Nada. – diz Ellie.

— Aconteceu sim, mas se você não quer contar está bem. – fala Don.

— Está bem. Aconteceu, mas eu vou te contar só não agora, ok? – diz Ellie.

— Está bem. Vou ficar esperando você me contar. E a carta? – fala Don.

— É sobre ela que eu não quero falar agora. Eu ainda não consigo acreditar no que eu li. – fala Ellie.

— Ok, mas eu realmente vou querer saber por que você ficou estranha logo depois de ler. – diz Don.

— Está bem. Quando eu conseguir falar sobre ela com você eu irei falar. Eu sei, é que eu não esperava ler o que eu li. – fala Ellie.

— Hum. Temos que ir ao laboratório, parece que eles acharam alguma coisa. – diz Don um pouco irritado.

— Está bem. – diz Ellie suspirando.

 

Ellie sabe que Don ficou mal por ela não querer não contar pra ele agora e sabe que ele está preocupado também, mas ela não consegue falar sobre o conteúdo por enquanto. Don, Ellie e Lupine deixam a delegacia rumo ao laboratório; eles seguem o caminho todo em silêncio o que os deixam desconfortados. Pouco depois eles estão saindo pelo elevador e dando de cara com Lindsay.

 

— O Mac me ligou dizendo que vocês acharam alguma coisa. – diz Don para Lindsay.

— Sim, Don, achamos. Venham comigo. – fala Lindsay.

— Está bem. – falam Don e Ellie juntos.

Os três seguem até a sala onde Mac e os outros estavam.

 

— O que vocês acharam? – pergunta Don.

— Bem, a faca que o Lupine achou foi usada para contra o Edward. Ainda não sabemos se o Mikhail a comprou em algum lugar ou se ele já a tinha antes. – diz Mac.

— Hum. Há alguma coisa que pode nos dizer o que realmente aconteceu? Ou do porque de Mikhail ter matado o Edward desse modo? – diz Don.

— Não Don. Isso ainda é uma incógnita. Eram somente os dois naquele lugar. Os nós dos dedos de Edward estavam machucados como se ele tivesse bem forte em Mikhail, o que não deve ter dado muito certo. – diz Jo.

— Sei. Mas, como é mesmo a faca que foi utilizada? – fala Don.

— É esta aqui. – diz Mac abrindo uma foto no computador.

 

Todos ali ficam encarando a foto de uma faca comprida tipo de açougueiro, mas dava se notar que era uma faca de caça. Ellie olha a imagem e não acredita que é a mesma.

 

— Ele já usou essa faca antes. – diz Ellie chamando a atenção de todos.

— Como assim? O que você sabe sobre essa faca? – pergunta Mac.

— O Mikhail entrou no quarto em que eu estava amarrada e disse que ele deixaria uma marca em Edward para que o mesmo lembra-se de manter distância. Mikhail tirara essa faca não sei de onde e a enfiou no abdômen de Edward. O mesmo deu um urro de dor, mas não morreu. De acordo com Mikhail aquela marca seria como uma lembrança para Edward não fazer nada comigo de novo. – diz Ellie encarando a todos.

— E só agora você fala isso? – pergunta Don irritado.

— É. Eu não queria lembrar-me mais daqueles dias Don por isso não falei nada antes. – fala Ellie irritada.

— Mas, deveria. – diz Don ríspido.

— Pode até ser, mas eu não estava bem para falar nada sobre isso. – fal Ellie ríspida.

— Podem ir parando vocês dois. O que aconteceu pra vocês estarem assim? Mas, bem, agora temos que descobrir aonde Mikhail achou ou comprou essa faca. – diz Mac.

— Não aconteceu nada. Está bem. – falam Don e Ellie.

 

Ellie deixa a sala e segue sem rumo pelo laboratório. Lindsay, Annie, Stella e Jo seguem Ellie pelo corredor, elas ficaram confusas e preocupadas com o que testemunharam. Don, Mac e Sheldon ainda ficam na sala conversando. Ellie, Lindsay, Jo, Stella e Annie vão até o lugar secreto onde Ellie fica encarando o céu por um tempo.

 

— O que deu em você e no Don para terem falado daquele jeito? – pergunta Lindsay.

— Nada. – diz Ellie olhando as nuvens.

— Quem nada é peixe e a sua cara diz que algo aconteceu. – diz Stella.

— Vocês não vão desistir? – diz Ellie encarando todas.

— Não. Se continuar assim vocês dois vão se machucar. – diz Lindsay.

— Hum. Eu sei, mas foi ele quem começou. – diz Ellie.

— Não interessa quem começou, mas você tem que terminar. – fala Jo.

— Eu sei, mas eu ainda não quero falar sobre o que aconteceu com ele e nem com ninguém por enquanto. – fala Ellie encarando o chão.

— Nós somos suas amigas e estamos aqui para te ajudar, mas não vamos te pressionar. Só te digo uma coisa: toma cuidado para não se machucar. – diz Annie.

— Verdade. Você já leu a carta? – fala Lindsay.

— Já li, mas eu não quero falar sobre isso. E antes que perguntem sim tem a ver com a carta o que aconteceu agora a pouco. – fala Ellie tristemente.

— Hum. Quando você quiser conversar e se você quiser estaremos disponíveis. Não precisa ficar triste, Ellie, eu sei que você vai conseguir superar isso. – diz Annie.

— Pode deixar, mas acho que eu vou ter que conversar primeiro com o Don e depois com vocês. – diz Ellie encarando o céu.

— Não se preocupe, o Don pode ficar do jeito que está, mas ele vai se acalmar. – diz Stella.

— Obrigada, amigas. Vocês realmente são demais. – diz Ellie.

— Nós sabemos. – falam Stella, Lindsay, Jo e Annie juntas.

— Convencidas. – diz Ellie rindo.

 

Lindsay, Stella, Jo e Annie dão um abraço caloroso em Ellie que fica mais calma. Pouco depois Don, Ellie e Lupine deixam o laboratório rumo à delegacia, o silêncio impera no caminho novamente. Na delegacia Don segue até a sua mesa e Ellie vai até a sua própria mesa onde ela senta-se na cadeira e fica pensativa. O dia passa e a noite chega. Já em casa Ellie explica a Dominic que ela iria conversar com o Jimmie e não queria que ele ouvisse a conversa; Dominic estranha, mas aceita ficar no quarto com Toddy e Lupine. Pouco depois de Ellie e Dominic jantarem a campainha se faz ser ouvida pela casa. Dominic segue até o quarto sendo seguido por Toddy e Lupine. Ellie vai até o interfone e fica sabendo que era o Jimmie que já havia chegado, ela então segue até a porta.

 

— Até que enfim você chegou. Eu estou nervosa com o teor da carta. – diz Ellie dando passagem para Jimmie entrar.

— Calma Ellie. Você não vai morrer, mas se bem que sua fisionomia diga o contrário. – diz Jimmie adentrando na casa – E Domi?

— Eu sei. Estou assim por duas coisas: a carta e o Don. Ele está bem, depois ele desce. – diz Ellie.

— O que aconteceu? Depois eu quero vê-lo sim. – fala Jimmie preocupado.

— Vem comigo. Está bem, depois. – diz Ellie.

 

Jimmie segue Ellie até a sala onde se sentam nos sofás e ficam se encarando.

 

— Aqui está a carta. Eu gostaria que você a lesse e descobrisse a verdade. – diz Ellie entregando a carta para Jimmie.

— Hum, vamos ver o que te deixou assim. – diz Jimmie pegando a carta.

 

Jimmie então começa a ler a carta.

 

“Querida Ellie, sou eu, Mikhail, novamente. Dessa vez eu decidi te mandar uma carta que contasse o verdadeiro motivo de eu querer que seja você a me prender e de eu ter te ajudado com o Edward quando ele te sequestrou. Eu me lembro de quando seu pai nasceu. Ele parecia sua avó, era igualzinho a ela, de mim ele só tinha os olhos verdes. Eu fiquei contente por ter um herdeiro, mas ao mesmo tempo fiquei triste porque eu ainda vivia para ter a minha vingança. Eu abandonei sua avó e seu pai para seguir viagem atrás daqueles que mataram minha família por causa de um homem como Stalin. Algum tempo se passou e eu soube que sua avó havia se casado com um homem que ela começara a amar, eu fiquei triste, mas não fiz nada; deixei-a ficar esse homem. Eles estavam vivendo bem, meu filho às vezes me via próximo a eles e sorria para mim, isso me deixava maravilhoso e feliz. Alguns se passaram e seu pai se casou, não fui ao casamento, mas eu o vi casado; sua mãe era realmente linda, seu pai teve muita sorte em tê-la. Alguns meses depois eu ficara sabendo que sua irmã, Angelina, havia nascido. Eu ficara maravilhado quando pude vê-la. Quando sua irmã tinha uns 4 anos você nasceu, eu fiquei mais feliz ainda pois meu filho tinha duas filhas lindas. Sei que ele não falou sobre mim até porque ele era pequeno quando o deixei junto com sua avó para ter a minha vingança. Eu fiquei triste em saber que meu filho e nora haviam morrido em um acidente de carro, mas não podia fazer nada. Vi você se mudar para morar com a sua irmã e começar uma nova vida. Desde a época em que eu soube que você se tornara policial eu havia decidido que teria que ser você a me prender e que eu deixaria você fazer isso. Quando você se tornou detetive de homicídios eu pensei que agora realmente daria para você ir atrás de mim, mas eu sei que levou um tempo. O Dominic me parece ser um garoto bem legal, de a ele um pouco mais de espaço até porque ele precisa e merece. Não gostei muito do Carlos, ele poderia ter feito tudo diferente, mas não fez. Principalmente porque foi por culpa dele da sua irmã ter morrido, sei que os atentados tiveram a ver também, mas se não fosse por ele a estar a traindo com aquele outro ser, sua irmã não teria ido atrás dele. Quando você veio para New York eu pensei agora é a minha chance de fazer contato, desculpa se te assustei algumas vezes, mas eu não estava preparado para revelar o que estou revelando. Logo, logo tudo irá terminar e você poderá ficar aliviada. Sei que seu parceiro é também seu namorado e percebi que vocês realmente se amam por isso tome cuidado para não se machucarem assim como aconteceu comigo. Cuidado com o que vocês fazem porque às vezes pode não haver volta. Eu realmente amei sua avó e seu pai, mas me deixei levar pelo sentimento de vingança. Não deixe que suas decisões tornem seu relacionamento com o seu namorado destruído. Eu te salvei daquele jeito do Edward porque era o único que eu conhecia; eu te salvei por você ser minha única neta viva. Eu não tenho medo do que pode me acontecer comigo, mas eu tenho medo do que pode com você querida Ellie. Eu matei sim o Edward, porque ele estava pretendo te fazer mal novamente, só que pior desta vez. Eu o achei no beco com algumas coisas nas mãos, quando eu perguntei o que ele pretendia fazer ele me falou de você. Minha raiva ferveu e eu comecei a falar algumas coisas para ele. Foi ele que me atacou dizendo que se me matasse ele poderia te pegar, sim ele me bateu, mas eu quase não senti nada fisicamente. Edward tentou ir embora para ir atrás de você, mas eu não deixei. Eu só o ameacei com a faca, mas ele veio pra cima de mim com um bastão de ferro para tentar me bater. A faca o penetrou no peito sem eu ter enfiado. Quando eu vi, ele caiu morto no chão. Eu não queria tê-lo matado, mas eu não tive escolha. O próprio Edward se matara. Bem, fico por aqui agora. Até mais ver minha neta.”

 

— Então ele te contou. – diz Jimmie encarando a carta.

— Como assim? Você já sabia? – pergunta Ellie.

— Mais ou menos. Eu estava tentando descobrir mais sobre o Mikhail e esbarrei no parentesco dele com sua família. Só não te contei antes dessa carta porque eu não tinha total certeza. – diz Jimmie surpreso com a carta.

— Hum, mas e agora? O que eu faço? Minha avó e meu pai nunca me contaram meu avô. Eu sabia que o marido da minha avó não era exatamente meu avô de sangue. – diz Ellie confusa.

— Eu não sei o que você pode fazer em relação à verdade. Você tem que descobrir por você mesmo. – fala Jimmie.

— Só que eu não sei se acredito nele ou não. Estou em dúvida. – diz Ellie confusa.

— Hum, olha é verdade o que ele falou na carta, mas eu não sei o que você pode fazer. – fala Jimmie se aproximando de Ellie.

— Que difícil. Eu sempre achei que meu avô de sangue havia morrido e por isso não estava conosco e não imaginava que ele fosse uma pessoa vingativa para deixar a família de lado por uma vingança. – fala Ellie.

— Eu sei. Ninguém espera isso de seus familiares. Ellie olha você vai que decidir por si mesma. Ah, e você vai ter que conversar com o Don sobre sua família e a carta. Ele merece saber o mais rápido possível. – diz Jimmie encarando Ellie.

— Eu sei. É agora vou ter que contar sobre tudo. Não vai ser fácil pra eu ter reviver tudo e falar que o Mikhail é o meu avô que deveria estar morto. – diz Ellie tristemente.

— Eu te aconselho a se preparar antes. Não se esqueça de nada. – fala Jimmie.

— Vou tentar. Hum, quer ver o Domi agora? – fala Elie sorrindo.

— Você consegue. Claro e pode deixa que eu não falo nada sobre a carta para ele. – diz Jimmie sorrindo.

— Vamos lá então. Obrigada. – fala Ellie.

 

Jimmie e Ellie vão até o quarto de Dominic onde o mesmo se encontra no computador com o fone de ouvido. Assim que vê Jimmie, Dominic vai até o mesmo e o abraça fortemente. Eles ficam conversando um pouco mais até que Jimmie precisa ir embora. Ellie agora precisa tomar coragem para contar ao Don sobre uma parte de sua vida que ela gostaria de deixar de lado, mas ela não pode mais se esquivar disso.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Anything Can Happen" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.