It' s time escrita por Lulu Mason


Capítulo 9
Finnick e Darius


Notas iniciais do capítulo

Gente, decidi que sexta-feira é dia de postar! Postarei uma vez por semana pelo menos. Se estão gostando da fic, leiam também minhas outras.
Aproveitem!



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Pov’s Finnick

Estou na praia, surfando, o sol está forte e as meninas berram meu nome. Só mais um dia na vida de Finnick Odair, penso. Mas elas tem que aproveitar, hoje é o último dia que me verão por um tempo.

Olho para as pessoas na areia, procuro por ela. Mas, novamente lá não estava lá.

Saiu da agua salgada do mar, e vou andando pela areia com minha prancha, pessoas me cumprimentam, me dizem adeus.

– Tchau Finnick.

– VÊ se aparece aqui nas férias!

– Sentiremos falta de um rostinho tão bonito!

E muitas coisas deste tipo. Nunca reclamei de ser popular, e não será agora que vou reclamar, mas este povo é muito idiota. É só chegar um cara bonito ( modéstia a parte), engraçado, carismático e relativamente rico, que todos o tratam como rei.

Por mim, está ótimo. Mas, me admira muito ver pessoas que tem cérebro – pelo menos eu acho que elas têm – não os usando.

Recentemente, encontrei com uma menina difere-te, não caia em meus encantos e era muito fechada. Ela era muito bonita, mas, nunca chegamos a ter uma conversa civilizada.

Na verdade, a primeira ( e única) vez que conversamos foi aos gritos.

Eu quase a atropelei quando estava na agua com a minha prancha. Quando a vi, pulei na agua e a empurrei para baixo:

– Você é louco? Queria me matar, seu psicopata? – ela berrou.

– Foi mal! E ei salvei você!

Ela gargalhou sarcasticamente, e eu notei como era bonita. Tinha os olhos verdes e o cabelo loiro ( N/A – Sei que no livro ela não é loira, mas quis diferenciar).

– Sim, você me salvou depois de quase me matar!

– Eu não quase te matei.

Ela me fuzilou com os olhos.

– Não? Quer que eu suba em uma prancha e depois pule em você para ver se afunda?

Sim, ela era linda. Mas estava me dando medo.

Sai da agua e ela saiu também:

– Sou Finnick Odair.

Ela me olhou com cara de porre, como se eu estivesse falando uma mentira.

– Tanto faz. – e virou as costas.

Nem fiquei sabendo seu nome. Só que ela era muito bonita, e que ficava incrível de biquíni.

Voltei lá, mas não a encontrei.

Fui para casa e tomei um banho. Minha mãe estava no andar de baixo fazendo um bolo. Vesti uma bermuda e uma blusa azul, e me joguei na cama, abrindo – pela milésima vez – o panfleto sobre o internato.

Não parecia tão ruim assim. Parecia pior. Uma cadeia. Eles fizeram de propósito! Só para eu não sair mais, ou ser feliz.

Pode achar que estou exagerando, mas quando se convive com uma pessoa 16 anos, você acaba percebendo que ela talvez não goste tanto de você quanto imaginava, ou no meu caso, é egoísta demais.

Meu voo partia as quatro. E eram vinte para as quatro. Pego minhas malas, dou um tchau bem rápido para minha mãe e chamo um táxi.

Quando chego no aeroporto, saiu correndo para fazer o checkin e tudo o mais a tempo. Corro, entrego minha passagem para um cara mau encarado e entrei o avião. Sentei em meu lugar aliviado.

Havia uma pessoa ao meu lado, mas estava lendo um livro que cobria todo o seu rosto.

Me inclino para afrente, para poder ler o titulo do livro:

– ‘’ A culpa das estrelas’’, eu li – digo – é muito bom.

– Você sabe ler? – uma garota diz atrás do livro. Estou começando a suspeitar que ela não está lendo, e sim tentando se esconder de mim.

Eu riu:

– Sim, eu sei ler. Mas se quiser me dar umas aulas...

– Nossa – a pessoas bufa ainda atrás do livro – você nem é convencido!

Ela abaixa o livro, é uma menina muito bonita, na verdade, é a menina que eu supostamente atropelei com a prancha.

– Eu me lembro de você – diz – tentou me matar.

Não tentei mata-la:

– Sorte que seu rosto não foi danificado com a queda.

Ela está me olhando com cara de porre de novo. Meu Deus! O que há de errado com ela? Isso derrete todas as garotas:

– Essa é sua melhor cantada? – pergunta em um tom de divertimento.

– Não, tenho muitas ainda. – falo e olho meu relógio – Temos ainda nove horas de voo, então terei muito tempo para lhe mostrar todas.

– Oh, Meu Deus! – ela fala desta vez sorrindo.

Provavelmente será a melhor viagem de avião que já fiz.

Pov’s Darius

Acordo cedo com o som do despertador. Seis da manha. Aquele seria o dia que eu pretendia fugir com minha irmã.

Estamos neste orfanato há muito tempo. E hoje finalmente alguém pretende nos adotar. Mas, eu não quero ser adotado.

Levanto, arrumo meu cabelo com as mãos, enfio tudo o que eu e Grace temos - o que dá um total de duas mochilas – e vou para fora do quarto compartilhado com o resto dos órfãos.

Vou em direção há ala feminina. Para minha surpresa, a porta está trancada.

– Sabíamos que faria isso. – ouço a voz dela e estremeço.

– Darius, porque faz isso consigo mesmo? Ou melhor, porque faz isso com Grace?

– Não pode falar nada. – digo.

– Ela está na recepção, com seus novos pais.

Pais. Quando ela disse esta palavra tive vontade de avançar em seu pescoço.

– Não dá para resistir, sabe disso. – ela fala feliz.

Seu nome é Rose, ela é a diretora do orfanato. Uma verdadeira bruxa, para não dizer pior.

Ando até a recepção e encontro Grace, com duas tranças brincando com uma mulher sorridente e um homem.

– Senhor e Senhora DiLaurents?

Os dois se viram:

– Este é o Darius? – a mulher pergunta.

– Sim – digo infeliz – sou eu.

Grace vem para o meu lado:

– Vou ganhar um cachorrinho! – ela fala animada.

Forço um sorriso, como se isso fosse a melhor noticia do mundo.

– Ótimo.

– Sou Amanda DiLaurents, e este é Tom, meu marido. – a mulher diz.

Só assinto.

– Esta animado para ver a nova casa? – Rose diz já sabendo a resosta.

Dou um enorme sorriso:

– Nem um pouco. – e o sorriso dos DiLaurents desapareceu.

– Acho que gostará bastante da casa! – Tom começa – Você gosta de futebol, certo?

– Não, não gosto mais.

– Bom, queiram me acompanhar por favor, DiLaurents, temos alguns assuntos para conversar.

– Claro! – Amanda não desiste fácil.

Tom me entrega dinheiro:

– Comprem sorvetes.

– Sou alérgica a lactose. – minha irmã diz triste.

– Então, comprem refrigerantes, que tal?

– Ebaaaaaaaaaaaaaaaaa! Adoro refrigerante!

Os DiLourents sorriram. Eles pareciam realmente gostar de ideia de serem pais. E Grace é uma criança encantadora, então é óbvio que eles gostaram dela.

Antes que eu fosse atrás de minha irma, e antes que Rose entrasse em sua sala atrás dos DiLourents, ela me disse:

– Você pode estragar tudo, agindo assim. Eles podem não quererem vocês mais. Ou pior, não querer você.

E bate a porta.

Não ligo para Rose. Mas não vou viver separado de minha irmã. Até porque, nesses sete anos que se passaram, só tínhamos um ao outro.

Suspiro e vou atrás de Grace, que está sentada no banco do lado de fora do orfanato:

– Por que você na gosta da mamãe e do papai? – ela pergunta triste.

– Eles não são nossos pais. – falo. – Você sabe disso, não sabe, Grace?

– Eu nem me lembro deles. – ela fala triste – E os DiLaurents parecem bonzinhos.

– E a órfã também. – resmungo. – Mas isso não a impediu de ser uma louca doente.

– To com fome.

Pego em sua mão:

– Vamos comer alguma coisa.

O dinheiro deu para comprarmos duas batata frita e duas cocas . Comemos devagar no McDonalt em frente ao orfanato.

Não comíamos algo que prestasse a algum tempo. E Grace caiu em cima da comida. Ela acaba comendo todo o meu lanche, também.

Eu fico apenas mexendo no canudinho e remoendo o que Rose me dissera.

– Aí, estão vocês! – disse Tom DiLaurents sentando- se ao meu lado e logo depois Amanda se sentou ao lado de Grace.

– Comerão demais? – perguntou Amanda – Pois tem um jantar esperando vocês em casa.

– Ainda estou com fome! – diz Grace sorrindo.

– E você, Darius? – Tom pergunta sereno, segurando um sorriso triste em seu rosto.

– Humm... sim...claro.

Eles tinham um volvo azul, e nós nos acomodamos nos bancos traseiros.

Grace passou a viagem toda tagarelando sobre besteiras da escola e eu simplesmente coloquei meus fones de ouvido.

O que você está ouvindo? Talvez você me perguntasse.

Nada. Não estou ouvindo nada que você não esteja. É só para as pessoas me deixarem em paz.

Olhando tudo que estava acontecendo, minha irmã parecia estar se dando bem com eles. Mas os adultos sempre gostam de Grace. Sempre. E geralmente não gostam de mim. Não gostam nem um pouco.

Com este pensamento, adormeço.

. . .

Acordo com Grace em cima de mim:

– Chegamos, Bela Adormecida. – ela fala sorrindo e pula para fora do carro.

Saiu e olho para minha futura casa. Ela é bem grande. Era uma construção em estilo vitoriano de tijolos.

– Amanda está pondo a mesa para jantarmos. – Tom diz assim que entro e fecho a porta atrás de mim.

– Humm, estou com fome sim. – digo.

Sentamos em uma longa mesa de mogno. Percebo que tem apenas quatro lugares a mesa arrumados com talheres de prata. Mas, na mesa daria perfeitamente para mais pessoas:

– Vocês têm mais filhos? – pergunto me servindo de carne.

Amanda olha para Tom tristemente.

– Tínhamos. – ele diz.

– O que ouve com ele? – Grace pergunta.

Não quero deixa-los constrangidos.

– Em um lugar melhor. – digo. Bom, o que eu podia dizer? Nos filmes as pessoas sempre dizem isso. Se bem que nos filmes tudo sempre da certo.

Comemos em silencio. Logo Amanda leva minha irmã para conhecer a casa.

– Gostou daqui? – Tom pergunta.

Viro minha cabeça, eu estava na varanda da frente olhando as estrelas.

– Sim.

– Não demonstra muito, não é mesmo?

– Por muito tempo era só ela e eu. E...bom, de qualquer forma, é estranho ter mais alguém. Até porque já passamos noites em que gostaríamos muito de receber um pouquinho de amor.

– Entendo.

– Darius? – ele pergunta e eu viro meu rosto para ele – Acho que será meio difícil para você se adaptar. Eu tenho uma ideia, mais, você quem decide.

Ele me fez a oferta de estudar no Panem High School, um internato. É um lugar para desajustados, pude perceber, mas parecia legal.

Aceitei. Ele parecia se importar de verdade. E mesmo que eu não demonstrasse. E mesmo que antes de eu dormir naquela noite eu não tivesse lhe dito, estava muito feliz por ter mais alguém.


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Notas finais do capítulo

O próximo sera mais animado. Eles chegaram na escola e se encontraram.



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