Pov ' Cato

Catito, se ferrou.

Meu amigo me mandou uma mensagem. Respondi-lhe:

Cala a boca, seu filho da mãe!

Mas ele tinha razão, eu estava ferrado.

Não era novidade para meus pais que eu era um sem futuro, na verdade já ouvi isso muitas vezes de meu pai. Acho que só minha mãe ainda tinha esperança.

Agora vejo como é ruim não ter nem mesmo uma pessoa que acredita em você. Você acha que não precisa de ninguém, mas está errado.

Vou contar por que estou agora, dentro de um carro sem minha família indo para um internato. Pensando bem, não tem muito o que contar.

A uns anos decidi que não tinha futuro na escola, nunca seria melhor que meu iramo. E desisti de tentar. Passei a ir a festas, beber, beber muito e as vezes eu nem me lembrava no dia seguinte quais meninas eu peguei.

É bem simples, um dia perdi a conta das cervejas e acordei com minha mãe horrorizada, eu estava em minha cama,com mais seis garotas. Meu pai, teve um ataque e aqui estou eu.

Não me lembro direito quando eu comecei a realmente me chatear com a vida. Mas sei, que eu não a odiava por mim, e sim por outra pessoa.

Ela era minha única amiga. A única que eu realmente me importava pelo menos. Ela era dura, fria, irônica mas era minha. Era realmente alguém que eu nunca perderia.

Por isso, fiquei muito bravo, furioso quando Clove foi levada para longe de mim. Nossa, por que ainda me importo? Isso faz oito anos.

Ela era uma das únicas que me chamava de babaca, e não caia em meus charminhos. E eu era o único que sabia como ela sofria.

Mas, isso é passado. Não sei para onde ela foi. Não sei por que me importo ainda com isso.

Clove foi a pessoa que me fez ver que eu não era um fracassado, por mais que todos dissessem o contrario.

Ui! Catito ficou bravo.

Ela me chamava assim.

Catito o caramba, desgraçado! ]

Desliguei o celular e não li mais as mensagens que Dereck me mandava.