Passionais escrita por HinaHyuuga09


Capítulo 1
Can't remember to forget you


Notas iniciais do capítulo

Pessoal! Saudade de escrever por aqui! *-* Estou feliz por estar de volta, apesar de insegura.
Bem, estou participando do "Desafio Songfics Nyah! Fanfiction", para quem não sabe, uma música por dia, um capítulo por dia, uma LOUCURA. Estou acostumada a fazer tudo com calma e esse desafio veio para bagunçar geral, mas veremos o que vira isso.

Depois de muito quebrar a cabeça, resolvi escolher o casal ItaHina (do anime/mangá Naruto, claro!) por diversos motivos.

Bem, depois destas notas iniciais/um capítulo de fanfic por si só, espero que apreciem os meus escritos. Boa leitura!



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Passos duros, firmes e ritmados. Os pés não paravam por nada, seguravam-se para não ir mais rápido. A ansiedade e a expectativa quase palpáveis exalavam da investigadora e a colocavam em um estado exultante. Há tempos seguia pegadas invisíveis e finalmente conseguira uma prova de que o Barão do País do Fogo e a Mulher Incógnita realmente existiam. Se tivesse prestado atenção na denominação dada à mulher, por seu colega de trabalho bem-humorado, teria rido sozinha. A criminosa era realmente boa no que fazia, mas receber um tipo de denominação de quadrinhos era um pouco demais. De qualquer forma, sem nomes ou impressões digitais, não havia porque discordar ou se preocupar realmente com isso.

A oficial posicionou-se diante da porta, já afastada dos demais. Ajeitou as roupas, um costume petrificado em seus atos mais comuns. Pesou a mão na maçaneta e sorriu consigo mesma. Os passos que viriam a seguir estavam prestes a levá-la, verdadeiramente, para um pouco mais próxima casal mais procurado dos cinco países principais.

Dentro da sala estava Kiba Inuzuka. Mãos entrelaçadas sobre a mesa, algemadas. Rosto abaixado, um ligeiro levantar, apenas para levar os olhos indecifráveis até a mulher e abaixá-los novamente para as mãos. Os saltos tamborilaram no piso claro até pararem junto à mesa de metal, onde ela apoiou as mãos.

- Kiba Inuzuka...

Ele levantou o mesmo olhar, os orbes escuros e hostis.

- ...entenda que tudo o que for dito aqui será presenciado e relatado por oficiais de justiça, podendo cada palavra ser usada contra você.

- Mas não há motivos para o meu cliente se preocupar. Que transtornos morais, afinal, carregam os inocentes?

O advogado, calado ao canto da sala até então, se pronunciou, aproximando-se e parando o discurso já decorado para acenar na direção dos vidros escuros, posicionados na maior parede da sala. Do outro lado, profissionais da justiça aguardavam o início do interrogatório. A oficial responsável manteve a postura, apesar de irritar-se levemente com o advogado que ela esquecera o nome, o qual não fazia questão de se lembrar.

- Muito bem. Podemos iniciar, eu suponho. – Ela retomou fala.

- Se o meu cliente estiver confortável...

- O seu cliente é suspeito de roubar o cofre de um estabelecimento comercial, assassinando duas pessoas para chegar ao seu objetivo.

- Não fiz nada! Porra! – Os dois punhos bateram com violência na mesa, tilintando metal com metal.

O suspeito explodira antes de qualquer reação alheia. O advogado preocupou-se pela chamada de atenção, a policial quase se satisfez. Sentou-se de frente com o homem e deu início ao interrogatório.

- Então, por que não começa me dizendo o que estava fazendo no hotel durante os seus três dias de “hospedagem”? – Ela usara um tom ligeiramente irônico ao fim da frase.

- Estava descansando. Sou um cidadão livre nesta droga de país, não sou?

- Pelo menos era. Dependendo do que você disser aqui, talvez ainda seja.

Kiba inclinou-se para frente, como se fosse contar um segredo.

- Eu não roubei e nem matei ninguém. Quantas vezes eu vou ter que repetir?

- Bem, se estava apenas descansando, pode me explicar por que esteve tão agitado nesses dias? Tenho testemunhas que comprovam as suas saídas constantes, inclusive ao meio da madrugada.

- Você está interferindo na intimidade do meu cliente, senhorita...

- Tsubaki. – Ela completou com impaciência. – Senhor, estou dentro dos limites legais. O seu cliente tem direitos explícitos, assim como obrigações. Temos na balança um roubo estrondoso e dois homicídios. O estabelecimento comercial em questão estava em destaque econômico. Talvez o senhor não saiba o quanto temos em jogo aqui, mas isso não importa. Portanto, limite-se a instigar o seu cliente a dizer logo a verdade, para que não se enrole tanto com blefes. Vai ser bem melhor para todo mundo.

- Afinal, que provas você tem contra mim? – Kiba se pronunciou, igualmente irritado.

- Eu sou a responsável pelas perguntas aqui.

- Eu tenho direito de saber! Que tipo de justiça é essa?! – A voz masculina se elevou.

- Tem o direito de abaixar o tom de voz e responder exclusivamente aquilo que lhe for perguntado, senhor Inuzuka.

Kiba pareceu retrair a ira e soltá-la com a gargalhada nervosa que liberou. Levantou o olhar para ela, tão sarcástico quanto a voz que diria, provavelmente, suas últimas palavras de liberdade.

- Vocês são mesmo uns idiotas. Todos vocês, policiais. Mas você, oficial, é a pior de todos. Se não aprender a ouvir, nunca vai saber a verdade.

- É mesmo? – Ao contrário do esperado, ela converteu a raiva e a vergonha em curiosidade. Não sairia dali enquanto não tirasse o último fiapo de informação. – Então, por que você não me conta?

Ele terminou de rir com desgosto, diminuindo o sorriso até quase sumir com ele, o que aconteceu quando ele finalmente falou.

- Foi aquela vadia. Ela e o filho da puta do namorado dela.

Shizune inclinou-se sutilmente sobre a mesa, escondendo o próprio sorriso com a sua máscara profissional. Era exatamente o que desejava ouvir. Exatamente.

Longe da estrada na qual o Inuzuka assinara sua sentença de prisão dias antes, o casal vencia o asfalto ainda quente pelo contato com a luz do sol, este que já se despedida daquele hemisfério, deixando como despedida alguns últimos raios alaranjados. Estes, atravessando a janela do veículo, assim como o vento, que agitava os fios soltos dele para todos os lados, freneticamente, formavam uma cena apreciável de se ver. A mulher ao lado concordaria completamente com aquilo.

The way he makes me feel yeah, gotta hold on me
I’ve never met someone so different
Oh here we go
He a part of me now, he a part of me
So where you go I follow, follow, follow

A maneira como ele me faz sentir, sim, tenho que me segurar
Eu nunca conheci alguém tão diferente
Oh, aqui vamos nós
Ele é uma parte de mim agora, ele é uma parte de mim
Então, onde você vai eu sigo

Ele percebeu fácil que era observado. Obviamente gostou. Logo aproveitou para olhá-la também, com o canto dos olhos. Apesar da atual bela aparência, ele preferia os cabelos longos e azulados combinando com os olhos loucamente claros, que também não se viam.

- O que foi? – Ela perguntou, sorrindo.

- Eu é que pergunto. Por que está me olhando tanto?

- Ah! – Ela exclamou, mantendo o olhar firme e o sorriso que poderia muito bem enlouquecê-lo. – Por quê? Isso incomoda o Barão?

- Claro! – Ele foi rápido, assim como quando desviou em um segundo o olhar para o sol que ainda estava ali. – Principalmente porque você sempre faz isso quando eu não posso tocá-la.

- Ah, é mesmo? – Ela fingiu-se chateada com os próprios modos. – Mil perdões.

- Vou cobrá-los. Pode ter certeza. – Ele mandou outro olhar quente para ela.

Os olhos eram de tal maneira vívidos e acesos que pareciam ter absorvido o calor solar.

- E por que você não faz isso agora, Barão?

A provocação veio junto com a mão, que de surpresa alisou a perna do motorista, fazendo-o estremecer.

I go back again, fall off the train
Land in his bed, repeat yesterday’s mistakes
What I’m trying to say is not to forget
You see only the good, selective memory

Eu voltei novamente, caí do trem
Pousei na cama dele , repeti os erros de ontem
O que eu estou tentando dizer é para não esquecer
Você vê apenas o bom, memória seletiva

Os pneus gritaram com a manobra inesperada a seguir, surpreendente o bastante para quase assustá-la. Ela, que era tão difícil de se sobresaltar com algo. Ele sorriu de verdade, ao ponto de rir, enquanto os vidros escuros subiam e os isolavam do resto do mundo. Ainda mais rápido, ele já a tinha entre os seus braços, talvez mais quente que o pôr do sol. Fez a mão grande subir à nuca, aproximou-se dos lábios tentadores e ficou ali até que ela implorasse. Ela não o fez. Simplesmente o atacou, como sempre fazia, arrancando risos entre as carícias.

Ali dentro eles fizeram uma melodia própria, até que o rei cedesse lugar à sua bela rainha. Aninhados um ao outro, eles agiam como se o mundo nunca fosse acabar. O deles podia, realmente. Havia muito risco, eles sabiam. E às vezes se danavam para isso. Só queriam o que queriam: um ao outro. Naquele momento, ao menos, eles não se incomodavam em admitir.

Oh, oh, oh, oh
I can’t remember to forget you
Oh, oh, oh, oh
I keep forgetting I should let you go
But when you look at me, the only memory, is us kissing in the moonlight
Oh, oh, oh, oh
I can’t remember to forget you

Oh, oh, oh, oh
Não consigo me lembrar de te esquecer
Oh, oh, oh, oh
Eu continuo esquecendo que eu deveria deixar você ir
Mas quando você olha para mim, a única memória é nós nos beijando ao luar
Oh, oh, oh, oh
Eu não consigo me lembrar de te esquecer

- Nunca mais faça aquilo. – Ela disse, em algum dos momentos em que foi abraçada fortemente.

- Nunca mais, Baronesa.

Ela afastou-se um pouco, sorrindo.

- Acha que eu sou tão fácil assim, Barão? Vai ter que suar muito para me conquistar.

Ele olhou para o próprio peito nu.

– Não acha que eu já suei o bastante?

Ela gargalhou junto com ele. Depois eles se amaram outra vez.


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Notas finais do capítulo

Bem, foi isso. (Primeiro dia atrasado, disfarçando em 3...2...1...) Espero que tenham gostado, pessoal. Eu tentei. E vou continuar tentando.

A saga continua! Haha! Hoje ainda terá mais, fiquem ligados! ;D

Beijos! Obrigada por lerem!

Música: Can't remember to forget you - Shakira (feat. Rihanna)



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