Chuck como se fosse a primeira vez escrita por Annie Walker


Capítulo 20
Chuck X a Tailândia


Notas iniciais do capítulo

Assistam ao ep 08 da 4ª temporada como referência para o capítulo, boa leitura! ;)



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P.O. V Sarah

            Cheguei à Compre Mais pouco tempo depois de deixar Parker falando sozinho no Castelo, nada parecia fora do normal não fosse pelo fato de Chuck não estar no balcão dos nerds. Corri os olhos pelos corredores – “onde você está Chuck?”- tirei o celular e disquei o número de Casey equanto ia em direção à sala dos armários.

            “Casey?” chamei enquanto entrava devagar na sala, alguma coisa não estava me parecendo bem. Tentei o celular novamente, o som do aparelho começou a ecoar pela sala – “Casey?”– chamei mais alto, ainda sem resposta. O som do celular ficou mais alto quando abri a porta nos fundos da sala, indo em direção ao depósito...

Walker”— ouvi um murmuro vindo de um dos cantos do depósito – “Walker”- novamente.

“Casey?” – corri em direção a um acúmulo de caixas vazias, em um canto mal iluminado na sala – “Casey” – gritei, ele estava jogado no chão, o rosto machucado e as mãos algemadas em um sistema de encanamento na parede. Casey mal conseguia abrir um dos olhos, seja lá quem tenha o atacado fez isso com uma competência fora do comum, derrubar John Casey não é tarefa das mais fáceis.

Casey, onde está o Chuck?” – corri os olhos pela sala, na esperança de encontrar Chuck desacordado em algum lugar ali.

“Walker, acho que levaram Chuck”— as palavras de Casey me fizeram paralisar por um segundo, meu corpo pareceu perder as forças e quase perdi o equilíbrio fazendo com que eu e Casey cambaleássemos um pouco. Ouvi passos rápidos vindo em nossa direção, saquei minha pistola e me atentei ao som:

Walker?” – A voz de Parker ecoou pela sala me fazendo respirar aliviada.

Aqui”— gritei em direção a Parker.

As câmeras registraram Chuck sendo levado por um homem. Vim o mais rápido que pude, Karina está no Castelo tentando rastrear o carro em que ele foi levado” – Parker falou firmemente enquanto segurava Casey e o apoiava em seu corpo, - “Vamos Walker, precisamos levar John para um hospital”— as palavras de Parker pareciam flutuar na minha mente, chegando até mim de forma lenta e gradativa, o único pensamento pulsante em minha cabeça era Chuck.

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“Ainda não localizamos o carro, general”— Karina falava encarando o monitor no Castelo – “Mas isso não vai demorar muito, eles devem ter deixado alguma pista”— o monitor se apagou assim que eu entrei na sala, Karina caminhou em minha direção:

“Carter será encontrado”— me encarou por um instante.

“Eu não quero Carter, eu quero Chuck.” – respondi seca e a encarei. Karina se aproximou de mim – “Walker, nossa missão sempre foi Carter”— trinquei os dentes:

A sua missão, porque a minha missão sempre foi Chuck

O que está acontecendo aqui?” – Parker nos surpreendeu ao descer a escada. Karina se afastou de mim e encarou os monitores – “Walker e seu sentimentalismo de sempre” – responder me encarando novamente. Parker me observou por um instante:

“Sarah, é melhor você ir pra casa e descansar um pouco, eu e Karina ficaremos aqui, ao menor sinal de informação você será avisada”

“Eu não vou sair daqui, Parker. Vocês não se importam com Chuck”— falei nervosa

“Você tem a minha palavra, agente Walker, não medirei esforços para achar Chuck”— Parker se aproximou e falou calmamente, senti verdade em suas palavras e mesmo contra todos os meus instintos, segui em direção a Eco Park.

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A casa estava calma, entrei lentamente no quarto, segurava a pistola só por garantia. A cama ainda estava bagunçada por conta da noite anterior, algumas roupas jogadas no chão. Encarei aquele quarto e a ideia de não ter Chuck ali fez meus olhos se enxerem de lágrimas, sentei na beirada da cama com a sensação de que já havia sentido aquela angústia antes. Pus o rosto entre as mãos antes de liberar o choro que estava prendendo há algum tempo – “toc...toc’— duas batidas fracas na porta me fizeram levantar o rosto, tentei enxugar as lágrimas enquanto encarava um Morgan preocupado me observando na entrada da porta, por um minuto o cenário mudou e o mesmo Morgan estava lá, era em outro tempo, algum lugar no passado, mas a angústia era exatamente a mesmo. Aquilo era mais uma lembrança.

Sarah, aconteceu alguma coisa?”— Morgan se aproximou

Chuck, levaram o Chuck”— Respondi tentando me recompor, levantei e fui em direção a janela, Morgan me encarou em choque:

“O quê?”— a voz esganiçada de Morgan denunciando o nervosismo – “Sarah, precisamos acha-lo, onde está o Casey?”

“Casey está no hospital, o homem que levou Chuck se preocupou em apagar o Casey antes, Karina e Parker estão no Castelo tentando rastrear alguma coisa.” – Caminhei em direção ao closet e observei as roupas de Chuck, tentei me concentrar em não me desesperar na frente de Morgan.

“Sarah”— Morgan me chamou, fazendo com que eu me virasse e o encarasse – “Nós vamos achar ele” – ele disse olhando em meus olhos e saiu. Observei as roupas de Chuck novamente e de repente estava em outro tempo, eu estava desesperada porque Chuck havia sido sequestrado, descobri  os planos dele para me pedir em casamento, algo envolvendo carros e uma praia. Chuck havia sumido sem que eu pudesse dizer a ele o quanto eu... – a visão se apagou, eu estava novamente no quarto encarando as roupas de Chuck, peguei uma de suas camisas e a cheirei, tinha o perfume de Chuck. Deitei por um tempo, abraçada à camisa, não estava nos meus planos dormir.

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Estava em um laboratório, no meio da selva da Tailândia, Chuck estava deitado em uma cadeira, ligado a fios e eletrodos, monitores rodeavam a sala. Eu estava desesperada, implorava que Chuck me ouvisse – “Chuck eu amo você”— repetia inutilmente para um Chuck imóvel – “Eu quero me casar com você”— meu desespero se igualava ao daquela Sarah, mas o alívio me consumiu quando Chuck abriu os olhos e tudo em minha volta ficou claro.

“Sarah?” – Morgan chamou da porta -  "O agente bonitão está aqui."— Levantei um pouco tonta ainda, havia recuperado mais lembranças, tenho a impressão que minha memória não está completamente perdida, ela precisa apenas de gatilhos para ser alcançada e Chuck é meu gatilho na maioria das vezes.

“Walker, localizamos o carro de Carter. Foi deixado próximo ao aeroporto há alguns minutos. Desconfiamos que Carter quer fugir do país levanto Chuck, certamente para algum lugar em que a CIA não possa intervir”— Parker falava enquanto entrava no quarto acompanhado de Karina.

“Algum lugar tipo a Tailândia?”— Morgan gaguejou.

“Não vão levar Chuck a lugar nenhum”— falei enquanto recarregava minha pistola – “Eu vou pegá-los antes disso’”.


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