Chuck como se fosse a primeira vez escrita por Annie Walker


Capítulo 11
Chuck X O primeiro beijo


Notas iniciais do capítulo

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9 segundos para a explosão... “Foi bom te conhecer” – Chuck fechou os olhos e esperou pela a morte que já era certa. Não consegui vê-lo daquela forma, ver Chuck morrer sem fazer o que eu estava prestes a fazer. Quando puxei Chuck para mim não pensei em mais nada a não ser a vontade de beijá-lo que estava me consumindo há muito tempo, dessa vez não era um beijo para o disfarce, dessa vez era real. Chuck me segurou contra seu corpo se apegando a mim como se fosse a última coisa que ele faria na vida, e realmente era. Se íamos morrer, pelo menos morreríamos assim...

Chuck eu te amo... O cenário mudou, estava na sala em Eco Park, Chuck acabara de chegar de uma consulta com o médico, eu não podia mais esperar para falar o que sentia...

Um tom alaranjado tomou conta da cena, abri os olhos lentamente e vi que o sol já havia nascido. Essa foi uma noite de muitos sonhos, ou melhor, lembranças. De alguma forma no meio da noite, me aninhei nos braços de Chuck e estou presa a ele, sua respiração bate suavemente contra minha testa enquanto observo nossas mãos entrelaçadas uma na outra. Fecho os olhos por um instante, apenas sentindo aquele momento. Faço um leve movimento com a mão, acariciando a mão de Chuck que estava por baixo da minha, ele responde instintivamente. Levanto um pouco a cabeça para olhar em seus olhos, ele já está acordado.

“Bom dia”— Sussurro olhando-o ainda em seu estado de embriaguez pelo sono

“Bom dia”— Ele responde com a voz um pouco embargada. “Não dormia tão bem assim há muito tempo”— Ele sorri de leve e tira uma mecha de cabelo que está na minha testa, o encaro lembrando-me dos sonhos da noite passada.

“Chuck?”— Falo desviando meu olhar para nossas mãos, ele parece não ter percebido ainda a nossa situação. “Como foi nosso primeiro beijo?”

“Você quer saber o primeiro beijo contando com o disfarce de namorada ou o primeiro sem disfarce?”— Perguntou, sentando na cama ao perceber que estávamos enlaçados como se fossemos realmente um casal.

“O primeiro sem disfarce”— Respondi me ajeitando na cama e sentando ao lado dele.

“Bem, nós íamos morrer...uma...”

“Bomba ía explodir”— Eu o interrompi.

Chuck me olhou confuso “Sim, uma bomba ía explodir. Você estava com raiva de mim, não sei porque me beijou. Você se lembrou?”

“Tive um sonho...Eu não estava com raiva de você, estava com raiva por ver você morrer e não poder fazer nada”— Respondi olhando para um ponto na janela do quarto.

“Por que me amava?”— Ele perguntou meio tom abaixo, se aproximando um pouco.

“Talvez...”— Respondi fraco – “Eu demoro um pouco para admitir meus sentimentos”.

“Isso é verdade”— Chuck concordou se aproximando mais um pouco de mim.

“Quero lembrar de você Chuck”— Falei sem pensar muito, encostando nossas testas. Senti Chuck suspirar pesadamente e fechar os olhos como se estivesse decidindo o que fazer.

“Quero que lembre de mim”— Sussurrou ainda de olhos fechados.

“Me faça lembrar”— Puxei Chuck para mim e selei nossos lábios em um beijo profundo, as mãos de Chuck enlaçaram minha cintura enquanto seu corpo ficava por cima do meu na cama. Corri a mão para seu cabelo bagunçando-o um pouco, beijei seu pescoço de leve sentindo o mesmo cheiro que me fez dormir abraçada ao travesseiro na noite passada. Chuck desceu a mão para minha coxa, apertando-me cada vez mais contra seu corpo. Minha respiração falhava junto com as batidas descompassadas do meu coração, meu corpo pulsava como se estivesse conectado ao dele. Lembrando ou não, o que eu estava sentindo ali naquele momento não era simplesmente desejo.

Uma batida na porta nos fez saltar, nem precisei me recuperar muito para saber quem poderia estar do outro lado da porta. Chuck levantou com cara de poucos amigos.

“Hey Chuck bom dia, bom dia Sarah! Vim apenas te lembrar que hoje vamos sair lembra?”— Morgan piscou sem disfarçar para Chuck.

“Você podia ter me falado quando eu saísse do quarto Morgan”— Chuck falou um pouco ríspido. Morgan me olhou desconfiado, depois para Chuck.

“Atrapalhei alguma coisa?”— Perguntou inocente. “Imagina Morgan, você nunca atrapalha”— Respondi falsamente, mas ele pareceu acreditar. “Ta bem então! Chuck amigão vai se arrumar, você ta horrível”. Chuck fechou a porta e me olhou por um instante, não contive o riso que estava prendendo.

“Morgan sempre chega nos melhores momentos”— Ele disse sorrindo também e foi para o banheiro se arrumar. Fiquei ali na cama ainda por um instante, acho que algumas lembranças vieram à tona durante o beijo. Algo me diz que posso lembrar da minha antiga vida.


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