Line of Fire escrita por I like Chopin


Capítulo 6
Rebels


Notas iniciais do capítulo

DESCULPA A DEMORA!!!!!!!!!!!
Hey, estou de volta!
Ok, sei que mereço um milhão de Crucios e Adava Kedravas e coisas do gênero por demorar tanto.
Mas, agora que estamos na semana do saco cheio (saco transbordante, quase), prometo escrever bastante.
Esse capítulo é presente para Emmy, porque eu não terminei a história no prazo. (Não me mate :D)
E para Alana, que tem a bondade de comentar em todos os capítulos. E para os leitores fantasmas (não custa nada comentar, okay?)
Boa leitura!



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–Sinceramente, espero que tenhamos mais sorte com a Anna. – Marcus e Joan iam juntos para a área rural Long Island em um carro de polícia.

–Ela já tinha sido fichada?

–Há uns dez anos, quando ela ainda era Anna Masner. Ela e o Haynes estavam no meio de uma manifestação contra a Guerra do Iraque. Era para ser uma manifestação pacífica, mas um engraçadinho achou que seria legal ficar atirando para cima, para chamar atenção. O tiro acabou pegando um policial de raspão e a maioria dos que estavam lá passou a noite na cadeia.

Joan apenas concordou com a cabeça. O mar estendia-se, ora azul, ora verde. As ondas, que iam e vinham, conseguiam prender sua atenção mais qualquer caso de assassinato.

A história ainda estava fria, e não havia uma ponta solta que ela pudesse seguir.

A casa de campo da atual senhora Greene era grande e tinha vista para o mar.

–Quanto você quer apostar que ela também dirá que Sofia era uma pessoa maravilhosa, adorável ou algo do tipo? – perguntou Marcus, batendo na porta de madeira.

Joan sorriu, revirando os olhos. Se ela fosse realmente tão boa, porque haveria de ter sido assassinada?

–Posso ajudar?

O homem que abriu a porta era alto, deveria ter por volta de trinta anos, e tinha barba e cabelos castanhos. Segurava um bebê nos braços, de no máximo um ano e meio.

–O que está acontecendo? – uma mulher bonita de vinte e tantos anos apareceu atrás do marido, um tanto assustada.

–Anna Greene? Eu sou o detetive Marcus Bell e essa é a consultora da NYPD Joan Watson. Nós estamos investigando o assassinato de Sofia Meirelles.

–Ah. – a expressão dela se fechou – Liam disse que vocês viriam.

A sala era pintada em tons de azul e verde e tinha uma quantidade exorbitante de porta-retratos. Na grande maioria deles, o bebezinho sorria, acenando com a mãozinha gorda.

–É uma bela casa. – Joan não pôde evitar em dizer.

–Obrigado. – o senhor Greene respondeu. –Eu mesmo a planejei.

–É arquiteto, senhor Greene?

–Joshua, por favor. Sim, sou arquiteto, Joan Watson. Por favor, detetives, sentem-se.

Ele parecia realmente simpático. A única que não parecia tão feliz com a chegada deles era Anna.

–Vocês até que demoraram a chegar. – ela tinha a voz carregada de sarcasmo, como se fosse uma pré-adolescente rebelde.

–Sabia que estávamos vindo, senhora Greene?

Ela deu de ombros.

–Tinha um palpite.

–Então você já sabia que Sofia Meirelles tinha sido assassinada.

–Liam Haynes me contou. Ele nos ligou assim que vocês o deixaram sair da delegacia. O pobrezinho estava desesperado, dizendo que Sofia estava morta e a polícia achava que ele era o assassino. O que é um tanto ridículo, já que ele não é capaz de matar uma barata. Mas não precisam se preocupar; ele também não é capaz de se jogar de uma ponte ou algo do tipo. Só ficou bem deprimido.

–Vocês são tão amigos assim? – Joan tinha se interessado pela moça.

Anna sorriu.

–Desde que éramos dois adolescentes babacas.

–Como conheceu Sofia?

–Liam a apresentou para nós em um encontro de casais. Ela era uma garota realmente adorável. – Joshua Greene respondeu.

Marcus olhou para Joan com o canto do olho, como se dissesse ‘‘Eu não disse?’’.

–Você não sabe de alguém que gostaria de machucá-la, sabe? – Marcus parecia um tanto desanimado com a busca.

–Para sua sorte, detetive, eu sei. – respondeu Anna.

Joan tinha certeza de que Marcus murmurara ‘‘até que enfim’’.

–Anote o nome: Colin Portman. Ele estava disputando a mesma vaga que Sofia na empresa de Mark Dennis. E pelo que Sofia me contou, era um tantinho assim desequilibrado.

Marcus olhou para ela com a expressão confusa.

–Ele fazia ameaças, ou algo do tipo?

–Sofia me mostrou vários e-mails que recebeu dele. Coisas do tipo ‘‘volte para o seu país, sua vadia, e pare de roubar as oportunidades de verdadeiros americanos.’’

–Ela não contou isso a mais ninguém?

–Não. Ela não queria problemas e não achava que as provocações eram grande coisa. Achava que ele só queria ameaçá-la e que logo acabaria com isso. E agora, ele acabou com a vida dela.

–Sofia não contou isso nem ao Liam?

–Ela achava que se contasse, ele provavelmente iria atrás do colega.

–Pensei que Liam Haynes não fosse capaz de matar uma barata.

–E não é. Mas com certeza seria capaz de encontrar o Colin e dar-lhe um belo chute na bunda.

Joan tinha certeza de que gostara de Anna Greene e que ela não estava mentindo para eles.

–Bem, isso é realmente tudo o que precisamos. – disse Marcus, se levantando. – Obrigado pelo seu tempo, senhor e senhora Greene. Se tiverem qualquer informação sobre o assassinato de Sofia, não hesitem em ligar.

–Eu não hesitaria. Apenas prendam o bastardo que atirou na minha amiga. – ela se virou para pegar o filho nos braços, e foi quando Joan viu a tatuagem no pescoço dela.

Antes que partissem, Joan pediu:

–Anna, você se incomodaria de pegar um copo de água para mim?

Ela sorriu.

–Claro que não. – virou-se para o corredor à direita – Venha, a cozinha é logo ali.

Como o resto da casa, a cozinha também era pintada em azul e verde. Anna colocou o filho sentado na cadeirinha e pegou um copo no armário.

–Você gosta de tatuagens? – perguntou Joan.

–Gosto. É quase uma mania, sabe. Tenho desde a adolescência.

Anna tinha uma letra ‘‘A’’, um ‘‘J’’ e um ‘‘R’’ tatuados nos dedos, um enorme ramo de flores na perna direita e dois olhos nos calcanhares. E também havia uma letra ‘‘R’’ no pescoço, totalmente floreada e delicadamente trabalhada. Mas Joan já havia visto aquele mesmo padrão naquela manhã. Na nuca do cadáver de Sofia Meirelles.

–O ‘‘R’’ em sua nuca, é de?

Ela instintivamente levou à mão esquerda ao pescoço, cobrindo a tatuagem. Virou-se para Joan, sem sorrir. Os olhos verdes estavam quase negros.

–R de Robbie.

Joan soube que ela estava falando do filho.

–Mesmo? Eu não entendo muita coisa de tatuagens, mas se fosse para dar um palpite, diria que essa é a mais antiga de todas. Pela tinta, pode-se ver que foi feita há 10 anos no mínimo, e seu filho não deve ter mais de dois.

Ela sorriu, contrariada.

–Tenho essa tatuagem há quase onze anos. E Robbie tem um ano e nove meses. Você quase acertou.

–O R é de ‘‘Rebelde’’, não é mesmo?

–O que você pretende, senhorita Watson? Isso é algum tipo de ameaça?

–Claro que não. Só quero a mesma coisa que você. Ver o bastardo que atirou em Sofia na cadeia. Você já sabia que ela tinha a mesma tatuagem no pescoço, certo?

Ela não respondeu.

–Anna, nós temos motivos para acreditar que Sofia foi morta por um integrante da UGRF.

–Não, isso é impossível. Nós somos pacifistas. Não matamos ninguém, muito menos alguém que pertence ao nosso próprio grupo.

–Vocês duas são parte da UGRF?

–Éramos, para falar a verdade. Liam também.

–E o seu marido?

Ela sorriu:

–Joshua é mais conformado que nós três éramos.

–Por que saiu do grupo, Anna?

–Quando se é jovem e não se tem nada na cabeça, a gente faz coisas que não tem muito sentido. Quando tínhamos dezessete anos, era legal participar de passeatas e falar mal do governo. Mas depois de um tempo, eu e Liam começamos a perceber que é um pouco idiota xingar as pessoas para as quais nós pagamos impostos.

–E Anna? Ela é mais nova que vocês, e só passou a morar nos Estados Unidos há quatro meses.

–O nome do grupo é ‘‘United Global Rebels for Freedom. ’’ Destaque para ‘‘Global’’. Nós estamos em toda parte, senhorita Watson. Sofia fazia parte dos rebeldes brasileiros. Quando se mudou para cá, passou a freqüentar as reuniões nova-iorquinas. Simples assim.

–Não há a mínima chance de um rebelde realmente tê-la matado?

Anna mordeu o lábio. Parecia insegura.

–Não, não há.

Joan suspirou.

–Olhe, Anna, se você tiver alguma pista ou quiser somente conversar, pode me ligar. – ela lhe deu o seu número de telefone.

–É realmente gentil da sua parte. – Anna sorriu para ela.

Joan terminou de beber seu copo de água e partiu com Marcus, a procura de Colin Portman.

Tinha a leve sensação de que ela e Anna voltariam a se ver em breve. Só esperava que ela não estivesse errada sobre os rebeldes, e que esse encontro não acontecesse no necrotério.


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Notas finais do capítulo

Good-bye, sweeties. :)



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