—Polícia de Nova York! Abra!

Com um sinal dado por Marcus, dois policiais arrombaram a porta de madeira do quitinete no Queens, aonde o endereço na lista os havia levado.

Segurando a arma com uma mão, Bell empurrou a porta e adentrou o cômodo pequeno e desarrumado.

Peças de roupas, maços de cigarros, estojos de maquiagem cobriam quase todo o chão.

O cheiro de perfume barato impregnava o ar.

—Limpo!

Adentrando o banheiro de ladrilhos sujos, teve tempo de ver a moça pular pela janela para a escada de incêndio.

Pegando o walkie-talkie preso na roupa, gritou:

—A suspeita está descendo a escada de incêndio, vai fugir pelo beco!

Com o coração preso na garganta, a menina japonesa corria o máximo que suas pernas permitiam.

Não estava realmente pensando no que fazia, só se lembrava da regra que todo imigrante ilegal deveria seguir quando visse um policial: fugir.

Faltava aproximadamente um metro e meio para que chegasse à rua e pudesse sumir no meio da multidão quando tropeçou em uma barra de metal estendida na altura de seus tornozelos.

Com um grito, caiu de bruços no chão, cuspindo palavrões em japonês.

Sentiu que alguém segurava seus braços atrás do corpo. Percebeu que era uma mulher quando ela disse: ‘‘Espero que saiba inglês. Temos algumas perguntas para fazer a você, Sakura.’’