Nossa Química escrita por Liiah


Capítulo 33
Romance começando.


Notas iniciais do capítulo

OMG -*-*- demorei demais! Acho que já faz uma semana que não posto! Mas eu explico o motivo: Estava revendo todos os capítulos e editando. Sabe por que? Trilhões de palavra erradas. Fiquei até com vergonha na hora que vi aqueles desastres. Por favor, eu imploro me avisem quando acontecer isso! Não tenham vergonha e nem medo porque eu não mordo! Mas pra recompensar fiz um capitulo longo pra vocês( Eu acho que tá longo) e bem especial :3 Boa Leitura, falo com vocês nas notas finais....



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Mensagens? Recebi varias, mas desliguei o celular. Onde estou? No lugar deserto, deitado em meio à grama sem ver nada por meus olhos estarem fechado e derramando lagrimas.

Sim, eu sai da festa sem avisar ninguém depois de ver aquela cena que me deixou até com enxaqueca. Com certeza estão todos muito preocupados, mas quando me sentir melhor eu volto para casa, se eu conseguir me sentir melhor. Por que quando estamos gostando de alguém ficamos tão dramáticos?

Já são mais de onze horas da noite. Talvez os meus amigos avisaram a Mari e ela deve estar delirando, do jeito que é meio histérica é capaz de chamar até a policia dos Estados Unidos, para fazer as buscas.

Eu ainda não estava acreditando ao ter visto aquela cena. Eu lembro do momento em que eu sai em direção a saída sem que ninguém percebesse, tirei o salto e corri por a rua escura. Ouvi alguém gritar meu nome e eu acho que era a Lucy. Nunca tinha sentido isso, muito menos por uma das minhas paixões.

Limpei as lagrimas com força, e perdi a respiração quando alguém me tocou.

– Como sabia que eu estava aqui? – Perguntei assim que vi Lucas sentando ao meu lado.

–Esqueceu que fui eu que te mostrei esse lugar? – Respondeu – Eu sempre venho pra cá quando quero pensar, e você me disse que iria fazer o mesmo quando precisasse. Tem pessoas loucas atrás de você.

– Vocês avisaram a Mari que eu havia sumido? – Perguntei enquanto limpava lagrimas insistentes.

– Achamos que não fosse necessário.

– Mas eu acho necessário você me dar explicações – Alguém falou e eu reconheci a voz, que pertence a Pâmela.

– Acho que nem precisa explicar – Lucy falou se aproximando também – Eu já sei o motivo da “Paranoia” toda.

Olhei confusa para ela e depois olhei para o Lucas que falou que iria atrás do Gui, para avisar que me encontrou. Mas eu percebi que ele queria me deixar a sós com as meninas.

As duas se sentaram do meu lado.

– Porque você saiu de uma festa bombando, veio para esse lugar deserto e ainda por cima – Ela completou – Esta chorando?

– Eu não estou chorando – Menti.

– May eu sei quando você esta chorando – Falou – A ponta do seu nariz fica vermelha.

Lucy riu com o comentário dela.

– May não mente para mim – Foi a vez de Lucy falar – Eu sei por que você esta chorando, eu vi tudo que você também viu – Ela deu um suspiro e continuei – Você saiu que nem uma boba correndo e eu tentei ir atrás de você, eu até gritei o seu nome mas você desapareceu.

– Da pra alguém me falar oque aconteceu? – Pâmela perguntou.

– A May viu o Alex e a Nayara se beijando – Lucy respondeu.

Pâmela me olhou confusa e perguntou:

– Você esta gostando dele?

– Isso é obvio né Pâmela – Lucy falou como se ela tivesse acabado de ouvir algo idiota – Eu vi que a May estava muito sozinha e por isso rodei a casa da Nayara inteira, foi ai que eu achei a May saindo de trás da casa correndo, então eu fui ver oque era e lá estavam os dois se beijando. Eu iria espancar os dois, mas não tinha logica para isso, o Alex não é nada da May, e eu precisava ir atrás dela.

Dei um leve suspiro e as duas me olharam, como se quisessem me confortar.

– May, por favor não fica chorando por ele, vocês sempre se odiaram – Pâmela falou – E não olha para o lado negativo, você é muito bonita e pode fazer o Alex esquecer a Nayara em meios segundos.

– Ela tem razão – Lucy confirmou.

– Como vocês conseguem ser tão pragmáticas? – Foi oque eu consegui dizer.

– Não somos pragmáticas, você que olha tudo pelo lado ruim – Pâmela respondeu.

Ficamos um tempo em silencio e resolvi refletir tudo.

– May, a Nayara sempre esnobou todo mundo, talvez esta na hora de você mostrar pra ela que alguém sabe pisar melhor. Sabe como ela deve te considerar? Uma ingênua e insegura. Ela acha que só por que o papaizinho dela é empresário que ela pode conseguir tudo com míseros dinheiros, mas ela deve ser meio estupida e não lembra que não é só o pai dela que é empresário – Pâmela falou.

– Não quero esnobar ninguém – Falei.

– Não estamos falando de esnobar – Lucy falou – Estamos falando de mostrar que também é capaz.

Lembrei-me do dia em que vi Nayara beijando outro menino. Ela acha que pode ter todos os meninos aos seus pés e viver os seus caprichos.

– Quer saber – Falei limpando os olhos e me levantando – Vocês tem razão. Eu cansei de ser a menininha ingênua com sonhos bobos que nunca vão se realizar. Qual é o plano? – Perguntei sorrindo.

As duas me olharam sorridentes e foi nessa hora que eu tive certeza que eu teria que depositar toda a minha confiança nelas e principalmente em mim mesma.

**

Acho que já faz duas semanas em que os vejo de mãos dadas pela escola. Sim, me refiro a Nayara e ao abusado.

Mas eu mudei, cansei de ser a menina ingênua de sempre, e tentei ao máximo confiar em mim. Mudei o meu físico assim como o meu psicológico. O abusado voltou a me perturbar e isso me agradou bastante, eu sentia muita falta das suas perturbações.

Mas a Nayara sempre me jogava um olhar matador quando me via junto dele, e eu simplesmente ignorava e não demostrava medo algum dela.

Estou curtindo ao máximo meus amigos, e o abusado nunca nos deixou mesmo depois de namorar a Nayara. Confesso que eu não deixei de reparar o seu sorriso provocador de sempre.

Estou sendo menos ignorante com ele, mas ele continua o mesmo provocador de sempre. E eu amo isso.

Minhas notas estão cada vez melhores, e estou conseguindo me interagir melhor com as pessoas. Esses dias foi aniversario da Malu e ela começou a ficar mais vaidosa, por que me contou um segredo: Está gostando de um menino. Ela esta ficando doidinha por causa disso, por isso reparei como ela esta crescendo e ficando parecida com a Lucy.

– May – Lucy gritou meu nome assim que me viu, sentada no refeitório.

Lucy não mudou em nada nesse tempo e ela continua melosa com o Gui.

– Por que não me esperou? – Perguntou.

– Por que você estava enrolando de tanta melação que estava com o Gui, e eu estava morrendo de fome.

Ela revirou os olhos.

– Como sempre - Falou – Come, mas ainda consegue manter a forma.

Avistamos a Pâmela vindo em nossa direção e sentando em nossa mesa.

– Tenho convites para vocês hoje – Falou assim que se sentou – Oque vocês acham de ir à Pizzaria Talents?

A Pizzaria Talents tem sido nosso lugar preferido para ir, é aquela pizzaria que uma vez fomos comemorar quando ganhei o segundo lugar no concurso e que possuía um pequeno palco nos fundos. Adoramos ir lá para ver as pessoas cantarem e pelas maravilhosas pizzas.

– E você acha que eu recusaria ir nesse lugar? – Lucy perguntou.

– E sabe quem vai ir também?– Pâmela perguntou olhando para mim - O grande amor da vida da May.

Eu ri. Nesses últimos dias elas estão fazendo o de tudo para ele se apaixonar por mim. É cômico ver as duas fazendo isso.

– Você vai né? – Lucy perguntou para mim.

– E você acha que eu vou perder aquelas pizzas maravilhosas?

– Você não quer perder a pizza ou não quer deixar de ver o seu bonitão lá? – Lucy perguntou rindo e olhando para o abusado.

Eu ri mais ainda, mas um riso tímido. Acho que os dois.

**

Nem sei se for para a pizzaria seria tão ideal hoje. O céu estava nublado e nuvens cinzentas e carregadas ameaçavam cair agua.

Mas já estava combinado, todos os meu amigos iriam e inclusive ele. Eu estava enrolada em uma toalha em frente ao meu guarda-roupa sem saber oque vestir.

Eu queria que a Lucy estivesse aqui. Acho que é a primeira vez que eu desejo isso, antes eu nunca queria que ela escolhesse minha roupa, por me fazia parecer o estilo dela. Mas agora eu mudei me visto diferente e quero que as pessoas enxerguem isso.

Revirei todo o guarda-roupa e resolvi usar o vestido da minha mãe que eu guardava. No exato momento em que peguei o vestido foi como se passasse um FlashBack do dia em que Lucy insistia para que eu fosse na festa de novatos com ela. Se não fosse por essa festa, talvez o meu caminho e o do abusado não haveria se cruzado e não teríamos tantas brigas.

Suspirei calma e vesti o vestido. Arrumei-me como da primeira vez na festa de novatos. Um salto que combina com o vestido e uma maquiagem neutra.

Fiquei em frente ao espelho e fechei os olhos me lembrando de alguns dias atrás.

–---Eu estava no canto do pátio da escola, teria um show de talentos na escola, eles sempre fazem isso quando tem amostras culturais.

Avistei varias pessoas com violões e vários outros instrumentos. – Eu não iria tocar, pois apesar de ter mudado, uma parte da minha timidez continuou em mim.

Quando estava levantando para sair de lá do canto do pátio, senti passos se aproximando. Era ele. O abusado. Ele pegou um violão com um dos meninos que iria tocar e falou que depois devolveria e então ficou sozinho.

Ele colocou o violão no colo e começou a fazer uns arranjos no violão. Observei atentamente. Mas logo o menino voltou e falou que estava precisando do violão. Achei uma droga, por que queria o ver tocar. Apesar dele me dar aula, ele nunca tocou para mim ver.

Então ele devolveu o violão para o menino, mas continuou sentado. De repente ele começou a batucar as mãos na perna e a cantar. Sorri ao ver aquela cena. Sem o violão sua voz continuava perfeita. Prestei atenção na canção e me envolvi nela. Logo me lembrei da musica e quem cantava: Pra você, da banda onze e vinte.

Envolvi-me por inteira na letra da musica e em quem cantava.

“Você nem quis ouvir o que eu sentia
E é por isso que não deu pra te esperar
Você não entendeu o que eu queria
Era te levar daqui pra nunca mais
Ouvir dizer que eu não servia pra te fazer feliz

Fiz esse reggae pra você
Pra nunca mais se esquecer
Que eu ainda to aqui
E que não tem por que fugir
E quando ouvir cê vai saber
Que nada foi em vão, foi tudo por você
Deixa acontecer

Fiz esse reggae pra você
Pra nunca mais se esquecer
Que eu ainda tô aqui
E que não tem por que fugir
E quando ouvir cê vai saber
Que nada foi em vão, foi tudo por você

Você nem quis ouvir o que eu sentia
E é por isso que não deu pra te esperar
Você não entendeu o que eu queria
Era te levar daqui pra nunca mais
Ouvir dizer que eu não servia pra te fazer feliz

Fiz esse reggae pra você
Pra nunca mais se esquecer
Que eu ainda tô aqui
E que não tem por que fugir
E quando ouvir cê vai saber
Que nada foi em vão, foi tudo por você
Deixa acontecer

Fiz esse reggae pra você
Pra nunca mais se esquecer
Que eu ainda tô aqui
E que não tem por que fugir
E quando ouvir cê vai saber
Que nada foi em vão, tudo que eu fiz
Foi por você
Por você
Por você
Por você

Você nem quis ouvir”

Sua voz era totalmente viciante e ficava penetrada em meus ouvidos. Mas logo Nayara chegou e eu senti amargura. Eu a encarava com escárnio.

– Eu não sabia que você cantava tão bem amorzinho – Falou com voz enjoativa.

Eu só conseguia encara-la com desdém.

– Você estava ouvindo esse tempo todo? – Perguntou e ela assentiu – Não exagera, está falando isso só por que é minha namorada.

Ouvi-lo dizer aquilo me deixou pra baixo. Foi péssimo ouvir sair da sua própria boca que ela era a sua namorada. Por isso resolvi sair dali. -----


Abri os olhos e segundos depois Lucy e Pâmela já estavam me esperando no carro. Entrei e as cumprimentei, para dar partida. As nuvens que estavam carregadas já haviam liberado a agua e agora embaçava a vista do carro.

– Cadê o Gui e o Lucas? –Perguntei para quebrar o silencio que estava permanente no carro.

– Eles já chegaram lá, estão nos esperando – Lucy respondeu.

**

Chegamos e sentamo-nos à mesa dos fundos aonde se encontrava o Lucas e o Gui. Mas quem eu esperava não estava ali.

– Qual pizza vocês vão querer? – A garçonete perguntou.

Olhamos o cardápio e decidimos oque queríamos. A garçonete anotou e foi para de trás do balcão.

– O Alex não ia vim? – Lucy perguntou e sua pergunta me despertou para a resposta.

– Falando nele – Lucas apontou – Olha ele ali.

Olhei para aquelas duas mãos dadas, e quase pirei.

– Por que não me disseram que ela viria? - Sussurrei para Paamela e Lucy.

– Mas nós não a convidamos – Lucy respondeu.

– O Alex que dever ter convidado ela – Pâmela falou.

Os dois se sentaram e reparei em Nayara. Completamente vulgar, um vestido decotado e curto. Seu cabelo estava em uma trança longa e alguns fios estavam desfiados, acompanhando com um batom sangue.

– Então – Lucy pigarreou – Quem te convidou? – Perguntou sarcástica se referindo a Nayara.

– Fui eu – Alex respondeu – Ela é minha namorada e eu quis convidar, e, por favor, não mecham com ela.

Senti uma amargura em ouvi-lo dizer aquilo. Nayara sorria como se tivesse ganhado o mundo só por ouvi-lo dizer aquilo. Lucy revirou os olhos e ficou quieta. Um silencio permanecia na mesa, todos tínhamos receios de falar coisas na frente da Nayara, pois pra mim e nem pra ninguém ela nunca vai ser de fiel confiança.

A Pizza chegou e cortamos os pedaços e distribuímos o refrigerante.

– Eca – Nayara falou enquanto afastava o prato – Eu não como isso, preciso manter a forma.

– Queridinha- Lucy falou irritada- Seu namorado não avisou que iriamos para uma pizzaria?

– Sim, mas não vou comer isso – Respondeu e chamando a garçonete perguntou se não tinha algo mais natural.

**

Ela só sabe falar dela mesma, já estamos a horas nos entupindo de pizza enquanto ela pede outras refeições. A pizzaria já estava ficando mais agitada e algumas pessoas arriscavam cantar.

– Você precisa parar de comer essas coisinhas amorzinho – Falou para Alex.

Amorzinho pra cá, amorzinho pra lá. Estava mais enjoativo do que a Lucy.

– Amorzinho você sabia que... – Falou mas eu a interrompi.

– Chega! – Gritei e todos na mesa olharam para mim – Isso está me enjoando e se você não parar eu vou fazer você amar o asfalto, por que vai ser lá que eu vou esfregar essa sua cara de desgraçada – Falei sem tentar gritar agora.

Ela me olhou espantada assim como todos da mesa.

– Está com ciúmes querida? – Perguntou e eu não fiz questão de responder.

Logo depois ela deu um beijo no Alex para me provocar. Aquilo me deixou com raiva e pior do que a primeira vez que eu os vi se beijando. Ele ficou imóvel ao beijo mais depois retribuiu. Aquilo doeu mais ainda.

– Eu vou embora- Falei tentando não chorar e conter a raiva.

– Já vai queridinha? – Falou fazendo bico.

– Quer saber? – Perguntei com raiva – Antes preciso fazer uma coisinha.

Eu não sei oque me deu na cabeça, mas só sei que eu estava fervendo. Sem nem pensar eu já estava no palquinho com o microfone na mão, eu queria desistir mas todos estavam me olhando fixamente, esperando algo.

Resolvi cantar uma musica das minhas cantoras preferidas: Manu Gavassi. E o nome da musica era Odeio,que fala tudo que eu estava sentindo no momento. Malu, Mari e João Pedro sempre falavam que eu canto muito bem, mas o único lugar que já cantei é no chuveiro.

Resolvi começar, por que todos já me encaravam impacientes.

Eu odeio o seu sorriso, e seu jeito de falar...

Quando comecei a cantar Nayara me olhou como se pensasse que a musica fosse para ela, mas na verdade era pra quem estava ao seu lado.

Concentrei na musica e continuei.

Eu odeio quando você me olha, e eu dou risada sem pensar
Eu odeio quando você me chama para conversar
Eu odeio quando você vem, e odeio mais ainda te esperar

Eu não sei o que fazer
Não tem ninguém aqui pra me impedir de te escrever
Outra canção pra me fazer entender
Que eu te odeio tanto porque gosto de você

Eu nunca acreditei que era mesmo pra valer
Eu nunca admiti que me importava com você
Agora tanto faz não quero mais me esconder
Estou falando na sua frente que eu te odeio
Por gostar tanto assim de você

Eu odeio dar conselhos que você nem vai usar
Eu odeio quando você fala dela e eu finjo não ligar
Eu odeio ver você com alguém que não tem nada a ver
Eu odeio ela ser tão sem graça
E você nem perceber

Eu não sei o que fazer
Não tem ninguém aqui pra me impedir de te escrever
Outra canção pra me fazer entender
Que eu te odeio tanto por que gosto de você

Eu nunca acreditei que era mesmo pra valer
Eu nunca admiti que me importava com você
Agora tanto faz não quero mais me esconder
Estou falando na sua frente que eu te odeio
Por gostar tanto assim de você

Você vai acordar um dia e perceber
Que mesmo sendo, um pouco estranha do meu jeito
Eu tentei te convencer

Que hoje eu acredito que é mesmo pra valer
Confesso, eu admito que me importo com você
Agora tanto faz não quero mais me esconder
Estou falando na sua frente que eu te odeio
Por gostar tanto assim de você.

Quando terminei olhei a reação de cada um que me encarava: Lucas e Gui se entreolhavam surpresos. Lucy e Pâmela estavam boquiabertas. Nayara me encarava com um par de olhos furiosos e ele apenas me encarava.

Eu ainda não estava acreditando que havia feito aquilo. Desci do palco correndo e fui para as portas do fundo aonde precisava passar pelo corredor.

Quando estava próxima a saída senti alguém segurar meu braço. Olhei para trás e vi ele me encarar com brilho nos olhos. Seus olhos estavam verdes relutantes e eu só conseguia encara-los.

– Essa musica foi pra mim? – Perguntou.

Fiquei sem jeito mas resolvi ser ignorante, agora eu só queria distancia, pois assim doeria menos.

– Oque foi garoto, acha que o mundo roda só pra você? – Perguntei.

– Sua mãe não te deu educação? – Perguntou nervoso.

– Não, sabe por quê? –Perguntei com os olhos marejados-Por que eu não tenho! – Me soltei e sai da pizzaria, na chuva.

Ele saiu da pizzaria também se molhando e me segurou novamente.

– Desculpa, eu não sabia – Falou embolado – Droga! Por que May? Por que você faz isso?

Olhei para ele sem entender, e ele se aproximou e fitou com os olhos.

– Você me deixa louco – Falou e me segurou pela cintura –Louco por você.

Meu coração acelerou ao ouvi-lo dizer aquilo. Estávamo-nos encharcados em meio à chuva e eu sentia sua respiração ofegante a minha.

– Você estava mesmo cantando aquela musica pra mim? – Perguntou mais uma vez, ainda colados.

Sorri e cantei um trecho da musica no pé do seu ouvido:

Estou falando na sua frente que eu te odeio

Por gostar tanto assim de você”

Ele sorriu e aproximou seu rosto ao meu, me puxando ainda para mais perto. A chuva fria que corria em nossos rostos,foi acrescentada com o nosso beijo.





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Notas finais do capítulo

Musicas: Odeio - Manu Gavassi: Link :: http://www.youtube.com/watch?v=LbjhX8Wa95s

Pra voce - Onze e vinte: Link :: http://www.youtube.com/watch?v=nCRheu5bvBw

Amo as duas musicas