Nossa Química escrita por Liiah


Capítulo 19
Perguntas & Respostas


Notas iniciais do capítulo

Achei curto, quer dizer não acho, tenho certeza, mas quem sabe vai prolongando. Vamos fazer um acordo? Comentários e o capitulo prolonga.



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– A onde você estava Mayane? Você esta toda molhada! Quer ficar doente? Oque aconteceu? – A Mari dizia sem ao menos respirar.

– Eu estou com uma enxaqueca terrível agora Mari, depois a gente conversa.

Ela pareceu ficar irritada, mas me deixou subir para o meu quarto. Entrei no banho, e refleti tudo oque tinha acontecido, e eu acho que foi bom esse termino com o Lucas, eu acho que o destino não queria que ficássemos juntos, pois em nenhum momento eu senti que era ele mesmo que eu queria, e fiquei com aquelas melações de menina apaixonada, e o pior de tudo, nenhum beijo aconteceu. Deitei na minha cama, como se minha cabeça estivesse explodindo. Tentei dormir mais não conseguia, e não queria levantar para não ter aquele excesso de perguntas de novo, pois isso só aumentaria a minha dor de cabeça. Fiquei olhando para o teto, e pensei sobre oque o Lucas tinha falado de mim e do abusado. Dei uma risada irônica e disse para mim mesma: Nunca! E dormi.

Senti uma mão passar pelo meu cabelo e levantei assustada. Fiz uma cara de alivio quando vi quem era.

– Eu fiquei preocupada, você chegou e subiu para o quarto toda encharcada, e com uma enxaqueca terrível. – A Mari falou.

Eu dei um sorriso sem graça e falei que já estava melhor.

– Você não vai me falar oque aconteceu?

Comecei a chorar de repente, feito uma criança, eu sempre fui assim, me perguntam oque aconteceu e eu não me seguro. Ela começou a me acalmar, e falou que eu não precisava falar. Mas eu queria falar, eu precisava falar com alguém.

– Eu e o Lucas terminamos, ou melhor, ele terminou comigo.

– Oh, May! – Ela disse me abraçando, como ela sempre fazia me tratando feito criança. – Vocês brigaram?

– Não, ele ainda gosta da ex namorada dele, se é que ainda é ex, eles podem estar se beijando agora. – Eu falei irritada ao pensar nessa possibilidade.

– Você não vai ficar com raiva dele, ou vai?

– Não, eu já estava consciente de que ele ainda gostava dela. Só que eu estava iludida por ele, acho que era uma paixão.

Ela sorriu e ficou me confortando por um tempo.

– Está com fome? – Ela perguntou.

– Muita. – Eu respondi com uma careta.

– Já estão devorando tudo lá embaixo.

Eu me levantei e fui descendo as escadas, pois eu sim estava com mais fome que todo mundo. Fui dormir tarde, por que fiquei assistindo filme com a Malu, que a todo instante ficava falando que eu e o Lucas éramos um casal perfeito, e que não deveríamos ter terminado me deixando cada vez mais para baixo.

**

– Eu não acredito! Bem que eu já adivinhava, eles sempre foram tão fofos juntos. – A Lucy falou, assim que ficou sabendo que terminei com o Lucas.

– Está ajudando muito Lucy.- Eu falei.

– Não ligue para isso Mayane, você tem que aproveitar a vida em vez de ficar pensando em namoro, segue o exemplo da Luciany, não é filha? – O Pai da Lucy falou, sorrindo para a Lucy pelo retrovisor.

– Claro pai! – Ela respondeu.

Eu revirei os olhos. Até parece.

– Tudo bem senhor Marcos, vou seguir o exemplo da sua filha, vou começar a perseguir o Guilherme.

Ela me olhou como se quisesse me matar, mas eu fingi que não liguei.

– Que historia é essa? – Ele perguntou franzindo a sobrancelha e olhando para a Lucy.

– Nada papai, a May é muito brincalhona, não é mesmo May?

Eu assenti com a cabeça e ele parou em frente à escola. Descemos do carro, e fomos para o pátio. Fiquei olhando para os lados para ver se encontrava o Lucas, mesmo sabendo que ele não chega a essa hora. Avistei a Pâmela chegando, e se sentando no refeitório sozinha. Pelo menos ele não terminou comigo e saiu correndo para ela logo no dia seguinte. Depois dos dez minutos, o sinal tocou e vi o Lucas chegando, a Lucy ficou me apressando, mas eu falei que iria beber um pouco de agua, e deixei que ela subisse para a sala. Fiquei esperando a Pâmela sair do refeitório, e dar de cara com o Lucas. Ela se levantou e passou perto do Lucas, ele olhou para ela e sorriu, com uma troca de olhares, e ela fez o mesmo.

– Droga. – Eu pensei e subi emburrada para a sala.

– Oque houve? – A Lucy falou assim que eu me sentei e viu a minha expressão.

– Oque houve foi uma troca de ‘’risinhos e troca de olhares lá embaixo’’ – Eu falei fazendo aspas com as mãos.

Ela começou a rir.

– Do que você esta falando May?

– Do Lucas e da Pâmela.

Ela soltou uma gargalhada.

– Você esta com ciúmes? – Ela perguntou.

– Claro... Que não.

– Até parece que não está, olha a sua cara.

– É a minha de sempre, se não gostou oque está fazendo olhando ainda? – Eu falei sem ao menos pensar.

Ela me olhou meio sem graça e eu me arrependi do que havia feito.

– Desculpa Lucy, eu não deveria estar descontando em você, mas é que sei lá, eu me acostumei com o Lucas.

– Mas agora você vai ter que esquecer ele May, quando ele e a Pâmela estão juntos é difícil separar.

– Você tem razão, eu preciso esquecer ele, até por que eu acho que nunca fui tão afim assim, era uma espécie de paixão, mas eu nunca vou perder a amizade dele.

A Professora entrou na sala e iniciou a aula. Essa semana seria uma semana de muito estudo, provas e trabalhos. Concentrei-me ao máximo no conteúdo, mas às vezes olhava para o lado e ficava encarando a Pâmela. Esse era mais um dos meus defeitos.

**

As aulas passaram bem devagar, mas o intervalo se aproximou, e eu senti um grande alivio por poder me livrar de todos aqueles livros e cadernos. Não me contive em procurar o Lucas. Olhei para os lados e não o encontrei, mas a sua mão logo encostou no meu ombro, e eu demostrei o susto.

– Desculpa, eu não queria te assustar.

– Tudo bem. – Falei.

– Estava me procurando?

– Não... Porque eu estaria? – Eu falei mais soou meio como grossa.

– Não sei você estava olhando para os lados, como se procurasse alguém.

– Eu estava procurando a Lucy.

– Mas ela está ali do lado. – Ele falou apontando para ela.

Eu dei um sorriso de lado, meio sem graça.

– Há sim, Obrigado! – Falei um pouco baixo.

– May... Eu não quero que as coisas fiquem assim, você esta me tratando como se eu fosse um estranho, pensei que você disse que seriamos amigos.

– Mas somos. – Eu falei sem ter certeza disso.

Ele sorriu e o abusado chegou atrás dele.

– A Pâmela está ali Lucas, você não estava doido para falar com ela?

O Lucas o olhou com desprezo e raiva ao mesmo tempo, depois olhou para mim sem graça, e depois olhou para o chão.

– Eu preciso ir. – Ele falou com a voz fraca.

– Tudo bem.

Ele se virou, mas eu o chamei de volta.

– Lucas, não fique se importando comigo, nós sempre vamos ser amigos, e ninguém vai mudar isso, a Pâmela é uma menina linda, e vocês merecem ficar juntos, não sou eu que vou atrapalhar isso.

Ele sorriu e agradeceu e falou que se fosse outra menina não aceitaria tão fácil assim.

– Por isso que eu falei que você é especial May, você ao menos entende. – Ele falou e foi em direção a Pâmela.

Senti um grande alivio, ao ver ele junto com a Pâmela, os dois sorrindo, eu não estava mais com aqueles ciúmes, eu não podia ficar interrompendo os dois, pois eu mesma não iria gostar de ser interrompida. Eles ficavam lindos juntos, e isso eu não posso negar.

– Você merece ser feliz Lucas, eu só não sei se vou ser feliz assim como você. – Eu falei para mim mesma.

O sinal tocou e subi para a sala. E todos aqueles estudos começaram, mas eu sabia que valeria a pena.

A ultima aula foi de Filosofia e a professora falou que iria passar um trabalho e iria sortear as duplas amanhã, todos reclamaram mas a professora não cedeu, todos queria escolher suas próprias duplas, mas quando aquela professora cisma, não tem quem a faça mudar de ideia. Eu também não concordei, mas se fosse para ganhar nota, eu aceitava. Agora um novo trabalho, e mais um peso nas costas.


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Notas finais do capítulo

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