Nossa Química escrita por Liiah


Capítulo 13
Revendo


Notas iniciais do capítulo

Ih esse capitulo tem algumas surpresinhas, ou melhor lembrancinhas.



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Lembrei-me de quando eu tinha a idade da Malu, e descobri que o meu pai me odiava pelo fato de eu ter matado a minha mãe, e eu acho que a Malu estava sofrendo assim como eu havia sofrido.

– Malu abre a porta, me deixa falar com você. – A Mari dizia desesperada, batendo na porta do quarto da Malu, que estava trancada lá dentro e derramando rios de lagrimas.

O João Pedro chegou em casa e perguntou oque estava acontecendo, assim que viu a expressão de angustia da Mari.

– Ela descobriu tudo Pedro!

Ele ficou meio sem entender, mas depois a Mari explicou direito, que era sobre ela ter descoberto que era adotada. Ele tentou acalmar a Mari enquanto falava para a Malu, para abrir a porta e conversarem.

Nada além do silencio. Eu não aguentava ver a Mari assim.

– Malu, me deixa falar com você, eu não sabia de nada então não tem o porquê de você ficar com raiva de mim. – Eu disse, torcendo para que ela abrisse a porta.

Ela abriu a porta e disse que só eu poderia entrar. A Mari e o João Pedro resolveram não insistir, pois sabiam que seria a forma mais fácil de acalmar a situação. Eu entrei e percebi o rosto dela completamente vermelho, e que algumas lagrimas ainda escorriam por suas bochechas, que de um lado tinha uma covinha, quando sorria.

– Olha Malu, eu sei oque você esta sentindo.

– Não May, você não sabe, porque você não é adotada.

– Mas eu sou pior que isso, eu não tenho mãe, e a única pessoa que eu tenho na vida é meu pai, e sabe oque ele faz? Me odeia.

Ela ficou em silencio assimilando cada palavra que eu disse. No fundo ela sabia que eu tinha razão.

– Mas você sempre soube a verdade, já os meus pais mentiram para mim.

– Uma hora eles iriam te contar Malu, só que eles acharam que você ainda não estava preparada, e eles tinham razão, olha o seu estado, olha como você reagiu.

Ela ficou mais uma vez em silencio, procurando mais uma desculpa.

– Eu estou me sentindo estranha, como se esse lugar não fosse meu, como se eles nunca tivessem sido os meus pais, eu achava minha vida perfeita, eu tinha pais perfeitos.

– Ninguem tem uma vida perfeita, nem pais perfeitos, todos nós temos problemas. Eu me senti do mesmo jeito, quando eu descobri a verdade sobre minha mãe, que eu estava em outro lugar, em meio a estranhos e se seus pais mentiram, eles fizeram isso para não te ver sofrer.

– Mas oque adiantou? Eu estou sofrendo agora.

– Malu, nós todos erramos, todos nós somos humanos, se você nunca errou eu quero que você me diga agora, e ainda esfregue na minha cara.

Ela ficou quieta.

– Está vendo você também já errou. A vida não é perfeita Maria Luiza, e eu acho que você já esta com a mente preparada para saber disso. Nós nascemos para sermos felizes e não perfeitos.

Ela começou a chorar e me abraçou. Eu a confortei e disse:

– Sua mãe e seu pai estão sofrendo assim como você sabia?

Ela saiu dos meus braços e foi correndo atrás dos pais. Ela abraçou os dois e pediu desculpas, e eles ficaram naquele momento familiar, só eu que não fazia parte daquela família, mas bem que eu queria fazer parte. Na hora de dormir, eu dormi bem diferente dos outros dias, aquela noite tinha sido mais confortável, sem ficar com o pensamento longe e com aquelas olheiras profundas. Acordei e me arrumei para enfrentar a escola, como de costume fui com a Lucy para a escola, só que dessa vez a pé, pois o pai dela levou o carro para concertar, aproveitei o momento e contei que estava namorando o Lucas.

– Agora só falta eu com o Gui.

– Só toma cuidado com a Nayara, por que ela já está correndo atrás dele.

– Eu acho melhor você tomar cuidado May, se ela souber que você e o Lucas estão juntos, vai correr atrás dele, assim como era com a Pâmela.

Ela tinha razão, mas eu não deixaria aquela oferecida, dar em cima dele, muito menos na minha frente. Chegamos à escola e as aulas foram normais, logo se aproximaria as provas e eu precisava estudar muito, para recuperar os dias que fiquei com o pensamento longe. Na hora do intervalo, o Lucas veio até mim e a Lucy e ficamos juntos, até que a Nayara chegou e falou:

– Vocês dois tem alguma coisa? Ultimamente vocês estão tão próximos. –Ela disse analisando eu e o Lucas.

– Somos namorados algum problema?

Ela riu e chegando mais perto do Lucas disse:

– Cuidado viu Lucas, vacila com a pessoa certa, que a errada te mostra como doí.

– E você acha que você é a pessoa certa Nayara? Se enxerga, eu não me contento com pouca coisa como você, se você está tentando estragar o meu namoro com a May assim como você tentou estragar o meu namoro com a Pâmela , que para variar gerou muita discussão entre nós dois é melhor você desistir, por que ela sim é o suficiente para mim. – Ele disse apontando para mim.

Eu fiquei olhando para o Lucas admirada. Ela ficou completamente indignada com que havia acabado de ouvir, que fez que nem ligou e se aproximou da Lucy e disse:

– É melhor eu procurar o Gui, em vez de perder meu tempo com esses dois. E falando com a maior cara de pau, completou: - Você sabe onde ele está Lucy?

– Por acaso, eu tenho cara de balcão de informação? – Ela disse com a maior expressão de raiva.

A Nayara revirou os olhos e saiu andando pelo pátio.

– Eu vou matar ela. – A Lucy dizia furiosa

– Calma Lucy! – O Lucas falou.

– Como eu posso ter calma? Ela está dando em cima do Gui, e ainda vem esfregar isso na minha cara.

Ela falou que precisava de um pouco de agua e de paciência por que se não ela iria matar alguém naquele dia, e foi andando pelo pátio em direção ao bebedouro.

– Eu quero te apresentar alguém. – O Lucas disse com um sorriso largo no rosto.

– Quem?

– É meu melhor amigo, mas eu não sei onde ele se meteu.

– Melhor amigo? Mas eu nunca te vi andando com nenhum menino aqui na escola. Bom, eu já vi com alguns meninos, mas não de se chamar de melhor amigo.

– É que esse meu amigo, ou melhor, o Alexander, mas como ele não é muito fã do nome e precisa ser chamado de Alex, achou que não era necessário vim nos primeiros dias de aula, se fosse por ele, e , ele faltaria à semana inteira, mas então eu contei para ele que ele havia perdido o trabalho, então ele resolveu vim, só que você estava com o braço quebrado.No dia da apresentação do trabalho que você veio, ele não veio, já que não iria apresentar nada. Parece que o destino não queria que vocês se conhecessem.

– E pelo jeito, ainda não quer que a gente se conheça, já que você não sabe nem onde ele está.

– Espera, eu acho que o achei. – Ele disse segurando minha mão e me guiando.

Ele me levou para o canto do pátio, próximo à quadra e me mostro um menino que estava de costas. Com um sorriso largo no rosto disse:

– Alex, essa é minha namorada.

O menino se virou e eu levei um susto, do mesmo jeito que eu tinha conhecido, só que dessa vez com o cabelo um pouco bagunçado, e uma roupa surrada. Era ele. O menino da festa.


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Notas finais do capítulo

Ixxi oque será que vai acontecer nesse reencontro?



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