FLASHBACK

Emma entrou em desespero quando não sentiu as pernas, não podia acreditar que isso estava acontecendo que ela não podia mexer as pernas ou senti-las, começou a chorar e a gritar não e não repetidas vezes enquanto balançava a cabeça de um lado para o outro, se negando a acreditar que no que tinha acontecido com ela.

–Emma respira, vou chamar o Whale para vê isso, precisa ter calma. Falava Regina tentando acalmar a loira.

Regina sai da sala e chama Whale que logo aparece e faz alguns exames, Emma ainda se encontrava desolada sentada em sua cama de hospital esperando os resultados, mesmo ela sabendo quais seriam.

Whale volta e dá a noticia tão terrível para a salvadora. Ela não andaria mais, tinha uma possibilidade de recuperação a custa de muito esforço e trabalho em conjunto, mais teria que ter total dedicação para isso.

Nos primeiros três meses, Emma segue o tratamento a risca e ainda era quem incentivava e fazia os outros a acreditarem que tudo ficaria bem e que isso seria apenas mais uma fase que eles estavam passando.

No quarto ela não estava tão esperançosa, tinha parado o tratamento e ficava deitada na cama, pensando no que tinha feito de errado para que o problema tivesse acontecido com ela, no quinto estava revoltada e com ódio, não conversava com ninguém e nem dava mais sorrisos, comia pouco e estava ficando doente, até que sua filha chegou no quarto um dia e conversou com ela, Emma jamais esqueceria as palavras e como a menina tinha sido sabia.

“-Mamãe eu te amo, mesmo quando você não ama a si mesma”. Disse a menina fazendo carinho nos cacho loiros, deu um beijo na bochecha da mãe e correu para fora do quarto, não queria sua mãe loira zangada, mais antes de parti gritou.” – Sei que parece impossível agora mãe, mais todos temos nossos finais felizes, precisa deixar vir”. E correu para fora.

Naquele dia Emma prometeu a si mesma que jamais veria os olhos da filha marejados como viu e se visse não seria pela tristeza que ela traria e a parti daquele dia prometeu que tentaria, nem que fosse a ultima coisa que faria.

Já Henry tinha se afastado e mesmo ela dizendo milhares de vezes que não era culpa dele, ele achou melhor não ficar por perto, se sentia terrivelmente culpado, por não ter alertado sobre a Snow Queen e Hans. Quando Regina disse que o menino não vinha por que não queria vê no que ajudou sua mãe a se torna, Emma chorou a noite toda, parecia que aquele dia era o pior e para completar, ouviu os soluços de Regina enquanto ela estava deitada ao seu lado, com certeza se Emma achava que tinha que melhorar, aqueles acontecimentos provaram que era o único caminho a seguir.

FIM DO FLASHBACK

Emma estava acordada e deitada ao lado de Regina, no meio da noite sonhou novamente com o dia da noticia e depois não conseguiu voltar a dormi, neste momento estava revivendo tudo novamente, ainda não acreditava que tinha perdido os movimentos, seis longos meses e nada de mudança em seu quadro a não ser claro quando sua filha tinha beijado suas pernas e quando pensou em sua menina, toda as lembranças vieram em sua cabeça e lagrimas começaram a descer pelo seu rosto, Emma se sentia confusa e sufocada, não sabia o que pensar, por um lado vinham as lembranças de sofrimento da sua família por ela e do outro, todos momentos que ela passou e tudo que sentiu, era grande demais todo esse sentimento, Emma queria apenas por um dia esquecer tudo aquilo e ter sua vida de volta, ou seja, não queria se sentir esmagadoramente triste e com medo, medo de não ser aquela salvadora, de não ser o suficiente para sua família.

E perdidas em seus pensamentos, Emma não percebeu quando Regina acordou e a ficou observando, Regina sabia que todos os sorrisos da loira desde o acidente não eram os mais sinceros, exceto quando dedicados aos filhos, ela queria poder mudar a situação, queria até poder tomar o lugar da esposa, mais não podia, só podia sorrir e ser solidaria, Regina se odiava por ter as mãos atadas em relação a toda situação atual, mais no momento sabia que se queria Emma de volta, não podia deixar a loira desistir e não deixaria.

–Mil beijos por seus pensamentos. Sussurrou Regina.

Emma sorri e vira para encarar a esposa. – Primeiro o pagamento. E dá uma gargalhada que faz automaticamente Regina sorri, sentia falta disso na esposa.

–Mais é muito ousada, não mesmo. Primeiro me diga o que é, depois eu a beijo. Fala Regina se apoiando no cotovelo e encarando Emma.

A loira não queria estragar todo clima, então se limitou a dizer a parte boa. – Em você e nas crianças, quem mais povoaria meus pensamentos? Fala Emma sorrindo e se inclinando pouco para beijar Regina, que retribui o beijo.

–No que exatamente? Questiona Regina se se encostando ao peito de Emma.

–No dia que você implorou para casarmos. Fala Emma rindo e recebendo um tapa de Regina.

–Não fique zombando disso, eu realmente fiquei sem saber o que fazer, não é toda hora que engravido alguém. Fala Regina fazendo biquinho.

–Own, mais é fofa essa mulher. Fala Emma sorrindo enquanto olha para o bico da esposa.

–Se quer lembrar-se de coisa fofa, por que não se lembra da sua choradeira quando estava de três meses? Pergunta Regina gargalhando e se sentando para tentar respirar direito.

–Reginaaa, prometeu não tocar nesse assunto. Fala a loira fazendo bico agora e colocando as mãos no rosto. – Isso é muito vergonhosoo. Sua fala sai abafada pelo fato da loira está com as mãos cobrindo sua face.

–Foi bonitinho, lembra? Você veio chorar pra mim, por que tinha acabado o sorvete que você estava tomando e que depois pra piorar sua calça não servia? Ai você disse que era minha culpa e me odiava? Fala Regina rindo muito e depois fica seria. – A parte que disse que me odeia eu não gosto, só pra deixar claro.

–Você já deixou isso claro, todas as vezes que prometeu que era a ultima vez que iria falar sobre isso. Reclama a loira.

–Ok, essa foi a ultima, sensível. Fala Regina rindo e dando um selinho nela.

–Vou confiar novamente. Fala Emma de forma divertida e dá um beijo na bochecha de Regina e a aperta em seus braços.

–Agradeço por sua confiança, agora me largue que eu preciso fazer nosso café da manhã e ir trabalhar ainda. Fala a loira se desvencilhando e indo para o banheiro.

Emma dá um sorriso e fica admirando a morena, quando Regina entra no banheiro, a loira resolve se arrumar para não dá trabalho para Regina.

Então faz todo o processo que tem feito todos esses meses, puxa a cadeira, a trava, estabelece o corpo perto da beirada e se firma na cadeira que está de lado na cama agora, se senta e solta o ar, vai até a cadeira, onde Regina sempre prepara a roupa dela, troca a camiseta e troca a calça o que sempre era mais difícil, pois precisava apoiar de um lado para outro. Termina de se arrumar e vai ate a porta do quarto, a abre e sai, encontrando Henry de pé no corredor olhando para o quarto da filha.

–O que faz ai rapaz? Pergunta Emma enquanto chega até ele.

–Bianca me chamou e mandou eu a esperar aqui, exatamente aqui é o que estou fazendo. Reclama Henry enquanto coça a nuca e olha para a mãe, que assim que se aproxima o menino se abaixa e beija sua testa.

–Por que você sabe? Pergunta Emma.

–Nope. É a única coisa que Henry responde.

Logo Regina aparece na porta do quarto e vê os dois parados na porta e pergunta o mesmo e quando recebe a mesma resposta da loira se junta a eles.

–Mais que demora Bianca. Grita Henry.

–Já vou. Fala a menina e depois de intermináveis trinta minutos ela aparece toda arrumada e penteada, com seus sapatinhos e um sorriso brilhante encarando os três.

–Mais o que é isso. Diz Henry abrindo um sorriso e olhando para a menina que estava com o rosto todo verde e as mãos também, era a única coisa que não estava encaixando.

–Bianca Mills Swan o que você acha que está fazendo? Pergunta Regina já indo em direção a menina e pegando – a no colo.

–Hulk? Questiona a loira, ótima fantasia. Declara a loira deixando os dois a olhando sem entender. – Pessoal a nossa princesa disse que iria ter festa na escolhinha e que tinha que está a caráter com um personagem que gostasse, ela ama o Hulk assim como eu não é princesa? Fala Emma a pegando do colo de Regina e colocando sentada no seu.

–Sim. Sim... mamãe e eu adoramos o homem verde, por que ele é incrível. Fala a menina entusiasmada e sorrindo feita boba para todos.

–Ok, hulk, vamos logo por que não posso me atrasar. Diz Regina indo na frente e rindo, Henry a segue.

Emma para e olha para a sua menina beija seus cabelos e começa a andar com a cadeira de rodas. – Está linda viu. Fala a loira babando na filha.

–Eu sei. Comenta a menina sorrindo e ganha outro beijo.

Regina e Henry iam andando na frente e Henry comenta. – Bem alguém tinha que puxar a ela. Fala rindo e Regina apenas concorda e ri junto dele.

Logo estão tomando café da manhã tranquilo, quando a campainha toca e Regina vai atender a porta.

Quando a rainha abre, seu sorriso se amplia e ela abraça a pessoa do outro lado, deixando a loira que a seguiu extremamente irritada.