Contos Perdidos escrita por Bucaneiro


Capítulo 16
Mercenários




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Acordamos e continuamos mais três dias de viajem, claro que parando para descansar e procurar mais suprimentos. Caminhávamos a procura de um abrigo, já era tarde da noite e até agora nada. Depois de muito procurar terminamos por fazer uma fogueira na estrada de terra mesmo.
– Amanhã devemos chegar à montanha.
– Conselheiro. – Chamei e ele se virou para mim, devo admitir que seu rosto ficava um tanto quanto ameaçador sendo iluminado pela bruxuleante fogueira.-
– Sim?
–Qual seu nome mesmo?
– Me chamo Aliquam – Ele pareceu não querer dar continuação ao diálogo, parecia estar muito entretido com as coxinhas. -
– Já está tarde, você fica com o primeiro turno? – Perguntei e ele assentiu com a cabeça-

Pela manhã, andávamos em direção ao norte quando um homem de pele alaranjada e careca correu até nós. O homem tinha um porte físico de um guerreiro, mas não trajava nenhuma armadura.
– Ajudem-me! – Gritou ele desesperado
– Acalme-se, diga-nos o que aconteceu?
– Eu e alguns amigos voltávamos de uma caçada para nosso vilarejo quando mercenários apareceram e os capturaram!
– Acalme-se eu irei dar uma olhada, Aliquam permaneça aqui. -

Caminhei cuidadosamente pela estrada e me escondi atrás de algumas pedras, então senti uma pancada forte na nuca. Acordei algumas horas depois com os gritos de Aliquam:
– ME SOLTEM! Seus animais! Juro por tudo que é sagrado que se sair daqui irei dar uma surra em cada um de vocês. – Os mercenários riram- E por tudo que não é sagrado também!
– Aliquam! – Sussurrei e ele se virou para mim, seus pequenos olhos negros arregalaram-se e brilharam com intensidade ao me ver.- Fique quieto, acho que descobri como tirar a gente daqui
– Qual de vocês é o líder ? – Gritei e o homem alaranjado que nos veio pedir ajuda deu um passo a frente, só que agora ele usava uma armadura de metal negro. -
– O que você quer? –Disse ele rindo. -
– Saber se sua mãe está bem.
– Ela vai muito bem – Respondeu sem entender.
– Diga a ela para não sentir minha falta, logo vou voltar.
– Ora seu... Lhe darei uma verdadeira lição de modos! – Ele me tirou da gaiola na qual estava e me entregou minhas adagas – Não quero lutar com uma moça indefesa!
– Fique calmo, você não vai lutar com a sua mãe- Ele avançou com um machado, mas eu desviei rapidamente. -
– Sabia que eu só não sou seu pai porque sua mãe tinha troco para 20 moedas de ouro?- Ele brandiu o machado na minha direção e avançou de novo, felizmente desviei e vi uma brecha na armadura e então o perfurei com uma das minhas adagas. Ele gritou de dor e jogou o machado que acabou acertando um dos mercenários– Olha só o que você fez! Sua mãe adorava aquele cara! – Dessa vez ele avançou com as próprias mãos e eu fiz dois cortes rápidos enquanto saia do caminho, ele apanhou uma das armas dos mercenários e atirou, eu segurei a arma e devolvi na mesma força que acabou atingindo outro mercenário que não teve tempo de desviar e o careca alaranjado disse:- Você arruinou toda minha família, Se você não fizer essas “piadinhas” eu lhe escolto até seu destino.
– Então meu amigo se prepare, pois será uma longa viajem.


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