Contos Perdidos escrita por Bucaneiro


Capítulo 12
O Lampejo


Notas iniciais do capítulo

Desculpem-me a falta de capítulos desde o susto no capítulo passado, mas tenho estado muito doente. Boa leitura.



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Os aposentos de Rikkey agora eram mais escuros e sombrios do que nunca, eu aguardava ali a decisão dele com o conselho de sábios, era agora o simplório cervo esperando pela benevolência do caçador. Ou não.
– Boas e más notícias - Disse Rikkey um pouco pesaroso ao entrar-
– Você sabe que eu prefiro a sobremesa antes - Disse tentando quebrar a tensão do ar-
– A boa notícia é que você pode ficar...
– Que maravilha! Deu tudo cer...
– Por hora - ele me cortou - Assassinar um oficial de alta patente como o Dricofagis era, geralmente é punido com morte, mas para sua sorte o conselho aceitou meu apelo, mas em uma semana você deve partir.
– E as más?
– Essa foi uma delas a outra...
– Fale logo.
– A arma que eu lhe dei...
– Sim?
– Seu nome é Lampejo da Punição Infernal, ela mata somente o corpo físico, entretanto o corpo espiritual fica intacto
– O que?! Então Louise está...?
– Sim, seu espiritual está vivo

Passei correndo pela porta e fui até o porto onde iria ser a cremação de Louise, quando cheguei ao cais estavam colocando ela no barco.
– PAREM!- Gritei -
Eles pararam e eu corri até seu corpo e a abracei, pela primeira vez desde a sua morte peguei o Lampejo, e segurei próximo ao corpo, carreguei um tiro como se fosse natural para mim, Uma névoa vermelha emanava de Louise, a chuva não desfazia a névoa, pelo contrário esta ajudava a fixar mais ainda a névoa, minhas roupas e cabelos já estavam encharcados, então a névoa tomou forma, reconheci Louise, seu espírito era vermelho-chama, assim como os olhos que um dia foram a janela da minha alma
BOOOM!

Olhei para o outro rio e um pequeno barco havia explodido, provavelmente o de Dricofagis.

Mais tarde eu arrumava a mala quando Louise saiu do Lampejo
– Aonde vai, querido?
– Para a sua terra, quero conhecer os Likama'r

Fui pegar meus novos livros em cima da bancada e notei algo diferente, agora era uma pilha, um, dois, três, quatro... Haviam seis, os peguei com pressa e enfiei em um saco e embaixo deles havia uma pequena carta:

Olá caro leitor

Venha nós visitar. Sei que gosta de poemas então segue um abaixo:

Tu que me mataste.
Tu que pecaste.
Tu que mesmo tão vil.
Ainda é adorado como herói.
O que fazes é crime.
Reles transgressão.
Nem o mais ímpio te almeja.
Sempre ganhas o coração das jovens.
O respeito dos jovens.
Mas teu sábio Pai.
O que teu homem da criação pensa de ti?
Satisfeito?
Não.
Rancoroso?
Talvez.
Desapontado?
Com certeza.
Não passas de reles.
Furtivo.
Ladrão de galinhas.
És a criança que rouba o doce.
O jovem que bate carteira.
E quando fores homem feito.
Qual teu crime?


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