Swans X Cullens escrita por thatsme, Driboo


Capítulo 8
Momentos




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Duas semanas depois...

Bella PDV

Duas semanas se passaram desde o dia de minha decadência e incapacidade mental...

Isso mesmo, desde o dia em que Edward me beijou.

Na verdade ele me lambeu.

Pois é.

Ele vem pra cima de mim querendo pagar de gatinho, mas, não sabe se quer beijar.

Fiquei toda babada. Se fosse baba com cheirinho e gosto de bala, tudo bem, mas não, era baba podre. Tenho uma leve impressão de que ele não escova os dentes. Acho que ele também nem toma banho.

Nossa, foi nojento.

No momento irracional até pareceu bom. PARECEU.

Não foi bom. Nunca vai ser bom. Venho convencendo minha mente disso. A desgraçada teima em me falar que ele é bom.

É eu estou falando da minha mente.

Não sei como a namorada dele agüenta.

E como eu fui esquecer que ele tinha namorada? Me diz.

Eu andei pensando bastante sobre isso... Não sobre o beijo, lógico que não, imagina, eu pensando sobre ele, até parece... Pára isso é ridículo...

Enfim, ele era corno, quer dizer, ele É corno, mas, agora a biscaranha também é.

Que droga! Só ele deveria ser o corno manso.

Ah, mas ela merece um chifrezinho, vai.

Só que, pensando bem, eu até entendo o porquê dela trair...

ELE BABA.

Tem motivo mais... Han... Qual a palavra? Ah é, tem motivo mais digno do que este? Acho que não.

O bom dessa babação toda é que: se eles forem pro deserto sozinhos, sem comida, sem nada... Pelo menos ela não passa sede.

Ah essa foi boa. Mas, é verdade.

É melhor ele nem pensar em vir se aconchegando em mim de novo. Eu mato ele, se aquela boca de buero chegar perto.

Alice PDV

Alguns dias antes...

“Sir Henry Baskerville e o Dr. Mortimer estavam prontos no dia combinado. Assim, logo estávamos a caminho de Devonshire. Sherlock Holmes foi comigo à estação e fez-me as ultimas recomendações.

– Não quero sugestioná-lo com minhas teorias e suspeitas, Watson – ele disse. – Quero simplesmente que você me relate os fatos com todos os detalhes possíveis. Deixe que eu formule as teorias.”

Eu estava sentada em um banco de praça lendo meu livro quando alguém senta ao meu lado, tirando totalmente minha concentração.

– Sherlock Holmes: O cão dos Baskervilles? – perguntou o desconhecido.

– Exatamente.

– Em que capitulo você está? – continuou puxando conversa. Até então eu nem sequer tinha olhado para ele. Por fim resolvi levantar a cabeça e identificar o estranho.

– Capitulo VI: A Mansão de Baskerville. – falei meio tonta com a Beldade que vi em minha frente. Não é possível, nesse lugar só tem gente bonita, vou mudar pra cá, ta decidido.

– Hum. Maravilhoso. Amo romances policiais. – falou sorrindo, mostrando seus dentes lindos e brancos.

– Eu também. – sorri envergonhada.

– Oh! Que indelicadeza minha. Cheguei aqui te atrapalhando e nem mesmo me apresentei. – sorriu meigamente. – Prazer, meu nome é Alex. – falou estendendo a mão.

– Prazer, Alice. – estendi a mão para Alex, que pegou e levou até seus lábios macios em um simples e singelo beijo. Ai que lindo. Nunca mais lavo a mão.

– Lindo nome. – falou soltando minha mão delicadamente e olhando em meus olhos.

– Obrigada. – sorri sentindo minhas bochechas queimarem.

Conhecer o Alex foi a melhor coisa que me aconteceu. Ele é um doce de pessoa e o melhor amigo que eu poderia ter conseguido aqui. Passamos todos os dias juntos. Não nos desgrudamos por nada. Aonde eu vou, ele vai atrás e vice-versa.

Graças a ele eu passo menos tempo com minha família. Isso é ótimo porque eu não agüento a briguinha sem sentido deles, é decepcionante presenciar isso todos os dias a toda hora.

Voltei pra casa depois de mais uma tarde com Alex. Ele me levou até em casa, deu-me um beijo na bochecha acompanhado por uma mordida, como sempre, e sorriu entrando em seu carro e indo embora.

Entrei em “casa” pela porta da frente, passando pela recepção onde encontrei Jasper de braços cruzados ao lado da janela.

Eu ia passando reto sem nem notá-lo, mas quando percebi seu olhar em mim, virei em sua direção, sorri e me aproximei.

– E ai? Tudo bem? – perguntei tentando desvendar sua cara emburrada.

– Quem era aquele cara? – perguntou

– Porque você quer saber? – levantei as sobrancelhas sem entender nada.

– Apenas responda.

– Não.

– Alice, por favor, não faz isso, me responde. – suplicou sem paciência.

– Ele é meu amigo, por quê? – falei baixo percebendo que todos na recepção olhavam para nós dois. Jasper também percebeu e me puxou pelo braço até o andar de cima.

– É sério? – perguntou de forma estranha.

– O quê? – perguntei mantendo distancia, sua expressão me assusta.

– Vocês são apenas amigos? – perguntou novamente sem paciência.

– É eu já falei.

– Okay. – respirou de alivio. Eu não entendi o porquê de tudo isso, mas tudo bem. Virei às costas e segui até meu quarto, preciso de um banho, hoje o dia foi cansativo.

– Alice?

– O que? – virei para olhá-lo.

– Não se envolva com ninguém desse lugar, okay? – pediu com sofrimento aparente.

– Por quê? – perguntei com desdém.

– Apenas faça o que eu pedi, por favor. – pediu novamente se aproximando e pegando em meu rosto. – Eu sei que não tenho nada a ver com sua vida, mas, é para seu bem, acredite. – terminou acariciando minha bochecha e indo embora.

Fiquei parada vendo-o partir sem dar explicações.

Eu particularmente não entendi pindaíbas do que ele falou. Pra que todo esse drama? Ele é apenas meu amigo, nada demais. E o Jasper quer fingir que é meu irmão? Ah, me poupe. Nem o Emm é assim. Ele que tire o cavalinho da chuva, eu já to cheia de irmãos problemáticos, mais um querendo cuidar da minha vida é demais. Ele ta parecendo um psicopata, é melhor ficar longe, vai saber o que esse doido pode aprontar, eu gosto bastante do Jazz, mas, ele esta agindo muito estranho ultimamente. Essas suas reações inesperadas e sem sentido me deixam temerosa. Cada vez mais acredito quando a Bella fala que essa família sofre de problemas psicológicos. Vai saber né?

Rosalie PDV

Faz algum tempo que não falo com Emmet. Desde o dia em que nos beijamos. Eu jamais pensei que isso fosse acontecer, mas, acho que estou gostando dele. É difícil admitir, já que nós somos praticamente irmãos. Sinto-me como se estivéssemos num incesto. É a coisa mais estranha que me aconteceu. Mas, é bom ficar com ele, ele faz com que eu esqueça os problemas que me assolam diariamente.

Estava deitada em minha cama assistindo o último episódio de sobrenatural. Chorei como um bebê, sentindo meu coração se partir, lembrei dos momentos tristes em minha vida. É tão devastador quando se perde alguém ou algo que se ama. Chorei soluçando, como sinto falta daqueles dias. Olhar para o rosto dos Winchester me faz derramar litros e litros de lágrimas, eu já senti e sinto exatamente a mesma coisa que eles estão sentindo.

O medo de perder alguém que se ama.

Meu choro e pensamentos foram interrompidos quando Emmet entra no quarto e se apavora me vendo inchada, chorando compulsivamente.

– Rose? O que foi? Eu ouvi seu choro lá do meu quarto. O que aconteceu? – perguntava insistentemente.

Continuei soluçando sem conseguir falar uma palavra.

Com destreza ele me pegou em seu colo, me fazendo deitar a cabeça em seu peito.

– Vai ficar tudo bem. Eu não vou te deixar. Eu estou aqui não se preocupe. – falou me balançando.

Lembrei do Dean falando essas mesmas palavras para o Sam. Meu choro piorou mais ainda. Também foi exatamente essas palavras que eu falei naquele momento difícil da minha vida, sentindo culpa pelo que aconteceu. Tentando consertar a besteira que fiz. Falando essas palavras de conforto, consegui acalmar meu coração, mas até hoje isso me atormenta. Não consegui parar de chorar. A camiseta de Emmet estava encharcada com minhas lágrimas.

O sol se pôs e ele ainda continuava ali, me acalmando, afastando os meus medos.

– Ta melhor? – perguntou ele puxando meu rosto para olhar meus olhos.

– Sim. – falei com firmeza. Sentindo-me bem melhor.

– Então eu posso falar ou você vai começar a chorar de novo?

– Pode falar. – sorri.

– Okay. Eu na verdade estava vindo até seu quarto para falar com você sobre o que aconteceu aquele dia entre nós, foi ai que te ouvi chorando e entrei. Eu entendo que você não quer falar sobre o motivo do choro, eu respeito isso. Então vou passar para o assunto que me trouxe aqui. Se você permitir. – falou apreensivo.

Sai de seu colo, sentando em sua frente. Acenei com a cabeça para que continuasse. Eu queria mesmo saber o que ele tinha a falar.

– Bem, nós nos beijamos, foi uma experiência maravilhosa pra mim. Porque desde o dia em que eu te vi, eu senti algo diferente.

– Na verdade você foi atraído pelo meu corpo, é diferente. – falei sorrindo.

– É verdade. – admitiu rindo. – mas, não foi só isso. Você é uma garota doce que me conquistou por completo. Não posso falar que estou apaixonado, porque ainda é cedo pra dizer e tenho certeza que você pensa o mesmo. – acenei com a cabeça concordando. – Então, não quero me precipitar, sei que é difícil pra você. Mas, eu gostaria de tentar com você.

– Você quer dizer: tentar um relacionamento? – perguntei confusa com sua proposta.

– Exatamente. Nós ainda temos muito que aprender um sobre o outro até que consigamos assumir um relacionamento sério. E é isso que eu quero com você. Um relacionamento sério.

– Mas, temos que ir devagar. – interrompi.

– Isso mesmo. Eu passei todos esses dias pensando em um modo de nos relacionarmos, só que com calma, sem pressão. Porque eu sei que você se importa muito com a opinião do seu pai, e se ele souber que estamos juntos o velho pira. – riu.

– Pois é. – sorri.

– Então, o que você acha? Vamos tentar? – perguntou segurando minhas mãos. Olhei seu rosto pensando no que falar. E quer saber? Dane-se. É isso que eu quero então, é isso que vou fazer.

– Vamos. – respondi sorrindo. – Mas, ninguém pode saber, por enquanto.

– Certo. – sorriu feliz me pegando no colo. – Eu sou um estabanado, mas, os meus sentimentos são verdadeiros. E eu falo com segurança que tudo que eu quero agora é te fazer feliz e vou fazer o possível e o impossível pra que você nunca mais chore como chorou hoje.

– Obrigada Emm. – falei emocionada. Ele chegou mais perto e me beijou ternamente selando nosso primeiro dia de “compromisso” um com o outro.

Assim como ele, vou me empenhar pra que isso dê certo. Vai ser difícil, mas, cá entre nós o que é fácil na vida?

Edward PDV

– Droga! Droga! Droga!

Subi as escadas em direção ao quarto resmungando.

Bati na porta do quarto e me mandaram entrar.

Jasper estava sentando em sua cama com as mãos na cabeça.

– E ai Edward. – falou ele. Agora me senti como se estivesse em O Poderoso Chefão. Por incrível que pareça, Jazz é o chefão e eu o capacho que fez merda.

– Jazz, preciso te falar uma coisa.

– Fala ai. – levantou-se em direção ao banheiro.

– É sobre a vingança. – assim que falei, ele parou e virou para me olhar com um sorriso sinistro de canto.

CONTINUA...


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