Swans X Cullens escrita por thatsme, Driboo


Capítulo 3
3. Noite difícil... Talvez


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo.



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Bella PDV

Faz exatamente dois dias desde o “pequeno” incidente na escada.

Você acreditaria se eu dissesse que minha cabeça ainda lateja e meu corpo dói?

Não? Então acredite, porque eu nunca me senti tão destroçada na minha vida.

E não. Eu não esqueci que foi culpa do pequeno grande Edward.

Mas, como eu sou uma pessoa maravilhosa, estou sendo totalmente civilizada.

Essa casa é uma chatice. Não tem nada de bom pra fazer.

Mas, até que é bom porque com a minha cabeça doendo desse jeito é melhor eu nem me agitar muito.

Andei no corredor deserto na direção do meu quarto.

Essa casa dá medo. Que casa gigante no meio da floresta não assusta, certo?

– BELLAAAA TE ACHEI. – gritou a Alice atrás de mim.

Pulei de susto. Meu coração deu duas falhadas e voltou a bater compulsivamente. Eu juro que até os 20 eu não agüento com esses gritos.

– Alice, pelo amor de Deus. Dá pra você parar de gritar? Que mania. Vai matar alguém qualquer dia. – falei irritada. Cheguei à porta do meu quarto e entrei.

– Ai Bella que estresse. Credo. – choramingou e projetou o lábio inferior pra frente.

– Ta, eu não caio nessa de coitadinha. Fala o que você quer. – fui curta e grossa. Ela acha que me engana com essa cara. Ta aprontando alguma, com certeza.

– Okay. – sorriu abertamente e deu vários pulinhos sem sair do lugar. – eu queria ir pra balada. Que tal?

– Hmm, - fiz cara de interessada – então vai. Boa sorte. – terminei deitando na minha cama com os braços atrás da cabeça.

– Não Bella. Nós todos vamos. – falou firme de braços cruzados me olhando séria.

– Não Alice. Eu não vou.

– Vai sim.

– Não vou não.

– ISABELLA MARIE SWAN. VOCÊ VAI E PONTO FINAL. – gritou me olhando com uma cara assustadora. – As sete eu passo aqui. E esteja pronta e impecável. – completou saindo do quarto e batendo a porta.

Continuei paralisada e assustada, olhando incrédula para a porta.

Não vale à pena discutir com ela. Eu sempre perco quando ela faz cara de Bob esponja do mal.

Devo informar que ela me assusta e que é “ligeiramente bipolar”?

Não? Ótimo.

Alice PDV

Eu amo a Bella mais que pão branco. Mas, ela às vezes me tira do sério.

Quando eu falo algo ela e qualquer outro tem que aceitar, certo?

Certo. Mas, ela sempre tem que dificultar as coisas. Que chatice.

Enfim, forcei-a a sair. Ela não tinha escolha mesmo, então.

Já “convidei” todos e eles aceitaram. Eu não disse que ninguém recusa um pedido de Alice Swan? Pois bem.

Só falta pedir para o Jasper nos indicar um bom lugar para festejar. Afinal, só sobrou ele pra isso. Todos os outros Cullen não sabem, ou não querem me informar, onde tem uma balada de categoria aqui nesse fim de mundo. Então, o Pagode é o único a quem eu recorro nesse momento.

Ele estava na cozinha preparando um lanche. Ótima hora para abordá-lo.

– Olá Jasper. – falei docemente. Não posso chamá-lo de pagode então tenho que pensar em tudo que falo para o apelido não acabar deslizando pelos meus lindos e graciosos lábios.

Ele assustou com minha repentina chegada e engasgou. Me senti ofendida por ter se assustado. Eu não sou feia.


– O-oi Alice. – deixou o sanduíche de lado e olhou pra mim. Bebendo água pra desengasgar. – Tudo bom? Eu posso te ajudar em algo?

– Na verdade, pode sim. – sorri graciosamente e me sentei no banquinho ao seu lado.

– Ótimo. O que você precisa? – perguntou prontamente.

Expliquei exatamente tudo o que eu queria e ele ouviu atentamente, prestando atenção em cada detalhe. Por fim ligou para um amigo que conhecia um ótimo lugar para dançar e beber em um sábado à noite e lhe informou o local.

Perfeito. Hora da preparação.

Essa será a primeira de muitas baladas em que Swans e Cullens estarão juntos. Prontos para abalar. Argh, essa foi horrível. Esquece. Preciso melhorar meu repertório.

Edward PDV

Finalmente me entendi com minha namorada. Já estava na hora. Eu realmente sinto muito sua falta quando estamos separados.

Alice chamou a todos para uma “baladinha” e eu prontamente aceitei. Adoro baladas e dançar, me distrair, beber e esquecer dos problemas.

Mas, eu não poderia, de maneira alguma, deixar de chamar a Kenia. Ela ficaria uma fera se soubesse que sai e nem sequer a convidei.

Antes de chamá-la perguntei para a Alice se poderia levá-la. É sempre bom perguntar, ainda mais quando não sou eu que estou organizando a saída.

– É claro que pode Edward. Vai ser um prazer conhecer sua namorada. E ela poderá se socializar conosco normalmente. Fique a vontade para chamá-la. – falou um tanto formal demais. 

O que importa é que eu gosto demais dessa baixinha. Pode ser estranho, mas ela é maravilhosa. Assustadora. Mas, maravilhosa. Identifico-me bastante com ela. Como se fosse minha irmã de sangue. Inexplicável.

À tarde liguei para Kenia que aceitou ir numa boa. Vai ser bom apresentá-la a minha “nova família”.

Bella PDV

Estamos indo a tal balada que o Jasper indicou em Seattle.

Sei não, mas, eu não to muito confiante. O desconfiômetro ta piscando loucamente.

No carro encontrasse as seguintes pessoas: Jasper e Rosalie na frente e atrás eu, Allie e Emm.

Você deve estar perguntando. E o Edward?

Ele está no seu lindo e reluzente volvo. Sim, nós estamos nesse apertado carro da dona Esme e ele está naquele aconchegante e rápido “avião”. Legal né? Eu sei.

Só quando o carro parou eu percebi que tínhamos chegado ao bendito lugar com uma fachada super iluminada e um letreiro gigantesco, dourado e piscante com o seguinte nome: Pegame Fuerte.

Nomezinho bem apropriado.

Desci do carro e entrei no local com os outros logo atrás de mim.

* * *
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* * *

Ah que lindo. Agora eu entendo o porquê do nome.

Alguém me explica porque estamos em uma BOATE GAY?

Tem como não se estressar com isso?

O lugar é todo purpurinado com paredes em cores chamativas. No centro do salão tem uma enorme pista de dança, em frente um palco com um cano no meio, instrumentos e microfone. Ao lado do palco tem duas portas, provavelmente é o banheiro. Eu que não me atrevo a entrar lá. Tem um bar bem equipado com barman jogando garrafas para o alto. Até que é bonitinho. O problema é que fede a urina de porco. Não que eu tenha cheirado urina de porco. Mas, enfim, parece. Ah esquece.

Tem gente se pegando em cada canto do moquifo e a Alice está sorrindo alegremente olhando em direção ao bar.

Perfeito não? Agora vou ter que agüentar uma bêbada inconseqüente.

Olhei no rosto de cada Swan e Cullen procurando o culpado.

Edward de boca aberta e assustado porque um gay acabou de passar a mão em sua bunda. Quem não passaria né? Aii credo. Eu falei isso? Que nojo.

Alice correu para o bar pedindo algo generosamente forte.

Emmet no meio do povão dançando.

Rosalie atrás de mim incrédula.

E Jasper de cabeça baixa olhando desconfiado de um lado para o outro.

Achei o culpado.

– Como você tem coragem de nos trazer aqui? – perguntei enraivecida com os braços cruzados.

– A culpa não é minha. – se defendeu – foi o idiota do Max que me deu esse endereço. Você acha que EU iria trazer todos nós para uma balada GAY? – perguntou incrédulo

– Ta tanto faz. Mas, EU vou embora. – falei virando em direção a saída

– Não Bella qual é? Fica ai. A gente veio até aqui então agora vamos ficar. – falou Rose segurando meu braço.

– Okay então. Mas depois não reclama quando a Alice ficar bêbada e começar a pular feito uma perereca louca e dançar macarena na pista. – falei indo beber algo no bar.

Essa é a única coisa que eu vou fazer hoje. Beber.
Eles que se virem pra agüentar a Alice depois.

# # #

Eu avisei que não era pra reclamar quando a Alice ficasse chapada. Não avisei? Então. Não adiantou porque de minuto em minuto alguém vem me importunar falando que a Allie está bêbada subindo em cima das mesas e descendo até o chão.

O que eu faço? Dou risada é claro. Quem agüentaria ver ela dançando feito uma lagarta com dor de coluna? Ninguém é de ferro.

Eu ri mesmo e eles que se virem com ela. Eu avisei. Eu avisei.

Eu não estou bêbada. Ainda não. Prefiro ficar sóbria por enquanto. Querendo ou não eles precisam de mim. É incrível.

É bem melhor ficar no bar e pedir uma marguerita... só pra não ficar com sede, é claro.

Varri o local procurando o pessoal e mesmo com a visão um pouco turva eu os achei. A visão está turva porque uma mosca pousou em cima do meu olho, eu não estou bêbada.

Emmet e Rosalie estão em uma mesinha no canto do salão conversando. Iiih tem coisa.

Jasper sumiu desde que chegamos e Alice está em uma mesa perto do palco com um grupinho de homossexuais jogando truco. Pelo menos não ta brigando com ninguém. É difícil segurá-la quando esta brava.
Bem... e o Edward também está no bar bebendo... água.

Ele vem pra balada pra beber água. Pode uma coisa dessa? Água eu bebo em casa.

Ta, eu também não prefiro bebidas alcoólicas e tal. Mas, hoje eu estou meio que estressada então nada melhor que uma bebidinha básica pra acalmar os ânimos.

* * *
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* * *

A música invadia o lugar todo com uma batida forte e eletrizante fazendo todos no salão dançarem.

Até eu entrei nessa. A musica é tão boa que não consegui ficar parada.

Chamei Alice “manguaça” e a Rose pra dançar comigo e os meninos continuaram a fazer... nada. Eita gentinha chata.

Comecei a dançar de acordo com a batida da música. Ou tentei dançar né. Porque eu sou um desastre. Mas eu não poderia ficar sentada ouvindo a música ir embora sem fazer nada.

Senti a energia passar pelo meu corpo e me movi sem pensar no que estava fazendo.

Essa é uma das coisas que eu faço sem pensar e acaba saindo bom: Dançar.

Nós dançávamos como se fosse tudo coreografado. Nosso quadril se movia juntamente com as batidas, em um ritmo quente e envolvente.

Infelizmente a musica acabou e a próxima a tocar era extremamente chata. Sai da pista e fui à procura do que fazer. Por fim voltei novamente ao barman para pedir mais um drink, numa festa gay, a única coisa que resta é beber. Pensando melhor foi bom eu ter vindo, fazia tempo que eu não saia pra me divertir.

Só quando me aproximei percebi que o Edward estava com uma garota morena de pele bronzeada e lisa, cabelos da cor chocolate meio dourado e alta. Muito bonita mesmo.

Os dois estavam abraçados trocando carinhos e pararam assim que perceberam nossa presença. “Nossa presença” porque só agora me toquei que Alice e Rose estão bem atrás de mim.

– Alice, Bella, essa é minha namorada Kenia. – falou com o braço em sua cintura e sorrindo alegremente.

– Olá é um prazer conhecer vocês. – ela sorriu simpática e acenou

– Oi. – me limitei a um simples aceno e sorri educadamente.

– E AI GAROTA TUDO BOM COM VOCÊ? – gritou Alice indo abraçá-la

Gente segura à chupadora de cana senão ela faz estrago. Eu tenho medo dessa fase Alice.

– Alice solta. Você ta enforcando ela. – falei rindo e puxando-a pra longe da garota toda amassada e com os olhos arregalados.

É eu acho que ela não é muito de contato físico.

Empurrei a Allie pro meio da multidão e me despedi rapidamente pra correr de novo atrás da Alice que com certeza se espatifou em cima de algum gay no recinto depois do leve empurrão.

Pois é, eu estava certa. A coitada da anã tava caída no meio da pista  em posição fetal, como se estivesse pronta para nascer. Engraçado mas, trágico.

Eu tenho que suportar isso? Me diz que não? Por favor.

Fui até ela e a peguei levando até a mesa em que o Emmet há poucos minutos estava.
Ótimo, onde foi parar aquele garoto?

– Alice? – chamei devagar. Ela girou a cabeça procurando pela voz e olhou pra mim com cara de manga seca. – Eu vou procurar o Emmet. Você fica aqui ta? – falei pausadamente pra que ela entendesse.

– Ta bom Bellinha... Eu quero o leite com muito açúcar e coloca um pouquinho de graspa? Valeu. – falou abaixando a cabeça na mesa e apoiando nos braços.

Eu não mereço isso meu Deus. Ela nem ouviu o que eu falei e ainda pede leite. E que coisa é esse graspa? Nem quero saber.

Fui à procura do quarterback* - leia-se Emmet. Eu não entendo como um cara daquele tamanho consegue sumir tão facilmente. Graças às luzes super, extra fortes que piscavam constantemente, o encontrei encostado na parede, no canto do salão próximo aos banheiros fedidos, com uma garota a sua frente não o deixando passar.

Andei até eles querendo ouvir o que acontecia. E foi ai que percebi quem era a garota.

– Vai gato, ele não vai ver. Você vai recusar um pedido meu? – falou passando a mão no peito do Emm.

Epaaa para tudo. O que essa coisinha quer com meu irmão? Ah que ousada.

– Não Kenia, eu não quero e não sou fura olho, agora me deixa passar. – falou segurando seus ombros a afastando para longe. O que não adiantou muito porque a vacalinha foi pra cima de novo se apertando junto a ele.

Agora já chega. Hora de acabar com a pouca vergonha.

– O que está acontecendo? – perguntei de braços cruzados atrás da individua que assustada se virou de olhos arregalados, provavelmente não acreditando que eu estava ali vendo sua ceninha.

– Bella? Tudo bom querida? – perguntou à cínica se afastando do Emm. Safada.

– O que está acontecendo aqui? – perguntei novamente sem paciência.

– N-nada... Han, nós estávamos conversando. Não é Emmet? – falou olhando para o meu irmão que olhou pra mim indeciso se falava a verdade ou não.

– É Emmet? – pressionei estreitando os olhos. Ele não mente pra mim.

– É-é-é... É sim B-bella. – gaguejou e deu pra ver claramente o suor descendo pela sua testa. Sinal de mentira.

– Hmm... – fiz cara de quem acreditou na mentira e comecei a rir. Eles se assustaram com minha reação e me olharam franzindo a testa. – Vocês acham que me enganam? Emmet que coisa feia. Mentindo pra sua irmã? Que decepção. – falei e ele baixou a cabeça envergonhado. – E você Kenia? – falei desprezando o nome. – Não tem um pingo de vergonha na cara né? Quem diria que justo você faria isso com o Edward. – sorri cínica.

– Eu não sei do que você está falando. – me enfrentou com o nariz empinado.

– Ah você não sabe? – perguntei rindo e ela negou com a cabeça. – Okay. Então eu te explico. Você é uma safada que tem namorado e mesmo assim se joga LITERALMENTE em cima de outros. Eu conheço muito bem esse seu tipinho bisca. Só que querida com meu irmão não. Porque eu não vou deixar ele se ferrar com uma rodada igual você. – falei mesmo. E daí que a conheci há pouco tempo? Eu não tenho paciência pra enrolação não. Comigo é na lata. Falo o que der na telha. To nem ai.

Até parece que eu ia deixar ela dar em cima do meu irmão sendo que tem namorado. Imagina só a confusão se o Edward ver essa perua de amasso com o Emm. A sorte é que o Emmet é parceiro e não ficaria com garota comprometida. O azar é que ele é bobão. Mas isso se resolve.

– Assim você me ofende Bella. – olhou por cima do meu ombro baixou a cabeça e fingiu chorar. Que falsa. Logo depois percebi o porquê das lagrimas de crocodilo. Edward. Ele estava vindo em nossa direção e a vacaranha se fez de coitadinha. Ah se eu pego ela não sobra nem cabelinho pra contar história.

– O que está acontecendo? – perguntou Edward.

Pô essa frase ta famosa hoje heim. Terceira vez usada na mesma confusão. Seria engraçado se não fosse uma situação precária.

– Kenia, porque você está chorando? – foi até ela abraçando-a e alisando seu braço. Reconfortando a santinha do pau oco.

– A-a B-bella... E-em-met... t-trai-ir... v-você... e-e-eu. – soluçou algo que eu não entendi direito. E não é que essa coisa é boa atriz?

– Eu não entendi meu amor. Se acalma e fala devagar. – disse tirando o cabelo dela da frente do rosto e olhando em seus olhos. Ela –fingiu- chorou mais ainda e se virou pra mim.

– Bella eu jamais trairia o Edward. De onde você tirou isso? Eu o amo. – falou a profissional de esquina

– Como assim me trair Bella? – perguntou Edward olhando sério pra mim.

Ri sem humor negando com a cabeça, não acreditando no que aquele projeto de vudu estava dizendo.

– Ela me acusou de trair você com o Emmet. Mas nós estávamos apenas conversando. – respondeu por mim e fungou enxugando as - talvez - lágrimas.

– Ah que mentira. – arfei desacreditada.

– Então o que houve? – perguntou o namorado da picatchu de saia.

– Eu estava procurando o Emmet e achei os dois aqui e ela – fui interrompida por ela que se virou pro Edward e fez bico.

– Você vai acreditar em mim não é Ed? – acariciou seu rosto e deitou a cabeça em seu peito fingindo novamente chorar.

Ele olhou pra mim e pra rodada chorando, parecendo indeciso. Mas logo levantou sua cabeça , olhando em seus olhos.

– É claro que eu acredito em você. – beijou levemente seus lábios.

Que cretino idiota. Ele não vê que essa coisa ta mentindo?

Ah que raiva. Que vontade de esquartejar alguém.

O olhei incrédula e puxei o Emmet. Fui ao casal 20 e murmurei com todo o ódio que sentia.

– Mantenha essazinha – apontei pra ela com desprezo – longe do meu irmão. Se ela se aproximar dele de novo eu não respondo pelos meus atos. – me aproximei mais do rosto do cabeça de nós todos e sussurrei. – está avisado.

Afastei-me e olhei no rosto de cada um dos dois.

Kenia estava bufando de raiva com os olhos estreitados. Já o pote globo estava meio chocado e irritado e logo assumiu sua postura de arrogância. Dei as costas e puxei Emmet junto comigo pra longe daqueles dois.

Eles se merecem.

A Kenia é uma égua rodada e manipuladora e ele um burro arrogante e estúpido que acredita em qualquer mentira que aquela plantadora de chifres fala.

Quer saber? Eu não to mais nem ai pra eles. Eu tentei todo esse tempo tem uma convivência legal com ele e consegui. Mas depois disso, não quero nem vê-lo na minha frente.

Ta bom que eles são namorados e ele com certeza iria acreditar nela, afinal porque ele acreditaria em mim? Uma garota que conheceu há poucos dias e que não tem quase nenhuma intimidade. Mas pô, ele não vê que ela ta mentindo? Tava na cara. Só aquele idiota que não vê.

Eu falei que não estou nem ai pra eles. E não estou mesmo. Só que tem um, porém. Se aquela garota se aproximar do meu irmão de novo a coisa muda. Muda drasticamente. E ela vai conhecer a fúria de Isabella Marie Swan.- Esquece a Marie. Só Isabella Swan ta ótimo.- Ela que se cuide. E não se atreva a cruzar meu caminho.

Eu não tenho ciúmes do Emm, mas eu sei que ele está gostando muito dessa junção de família e se aproximou bastante do Jasper e do Edward. Pra ele seria o fim perder a confiança de qualquer um que ele gosta. E eu não vou deixar aquela prosti* acabar com a felicidade do meu irmão.

Emmet PDV

Sim, essa é uma balada gay. Mas, quem liga? Eu não.

Pra falar a verdade, eu estou adorando a convivência noturna com esses transmorfos. É transmorfos que os gays são chamados né?

Ah não tem importância o nome que se dá à gayzisse. O importante é que essa festa ta o bicho.

O cabeção – leia-se Edward – nos apresentou sua maravilhosa namorada. Linda, muito linda. Eu até dava uns pegas se eu não estivesse caidão pela Rose e se ela não fosse comprometida.

Eu estava na minha quetão esperando a Rose voltar da “dança de garotas” quando essa Kenia aparece querendo conversar comigo. Eu como um bom cavaleiro fui conversar.

O que eu não sabia é que ela queria outro tipo de conversa. Digamos que uma conversa mais carnal, se é que me entende.

No começo ela tentou me beijar e eu esquivei. Garota abusada. Eu não sou um homem objeto. Acha que é só chegar e beijar? Não senhora. Eu sou gostoso, mas isso não significa que sou do povão. Quero respeito. Ta pensando o que dragão? Eu me irrito com essas atiradas e sem pudor. 

Na verdade, eu até gosto, admito. Mas, ela é namorada do garoto de cabeça oblonga. E repito, estou muito afim da Rose. Não vou me entregar pra qualquer uma. Só pra minha linda e vitaminada quase – repito, QUASE – irmã.

Por sorte a minha absoluta verdadeira irmã “Bellita de todas as horas” chegou pra me salvar.

Ela deu uma comida de rabo gostosa na ordinária da Kenia. Tava na hora né? Pô a garota não se toca que não faz meu tipo.

E não é que ela ainda fez ceninha quando o globo chegou? Cara que raiva. Como ela ousa desmentir minha irmã na cara dura?

A Bella – como sempre – ficou super irritada e ameaçou os dois.

Foi exagero? Claro que não. Eu tava louco pra ver a coisa esquentar, mas, só rolou um papo nervoso e a Bella saiu bufando e me puxando junto.

– Eu já vou te avisando. Não se aproxima daquela animal, entendeu? Senão eu arrebento vocês dois. Se aquele idiota do Edward não quis acreditar o problema é dele. Mas, você sabe que ela não vale nada, então, não dê uma de engraçadinho, porque se o cabeça souber vai sobrar pra você... Você sabe disso né? – falou estreitando os olhos e apontando o dedo no meu rosto. Acenei com a cabeça, confirmando e ela relaxou. – Ótimo. Agora vê se não some porque a Alice não ta nada bem e você precisa levá-la pra casa depois, porque eu sozinha não consigo. – terminou dando as costas e indo embora.

Tenho que obedecer, é claro. Eu que não quero ver ela com raiva.

Fui para o meio da pista a procura da Rosalie. Vou tentar resolver minha situação com ela. Hoje nós temos que dar pelo menos um celinho. Ou dançar grudadinho pra mim já ta ótimo. Só preciso do seu calor humano. Romântico né? Eu sei, eu sei.

Rosalie PDV

Essa noite está saindo melhor do que eu imaginei. Não gosto muito de balada, mas até que essa não está tão ruim. Deve ser porque a maioria do público é gay.

Quem se enturmou bastante com os gays foi o Emmet. É hilário o ver dançando. O melhor é quando ele interagi normalmente com todos sem nenhum preconceito ou falta de respeito.

Estamos até nos conhecendo melhor. Isso é maravilhoso. Devo repetir que ele é um cara incrível, muito fácil de fazer amizade. Estou devidamente encantada.

* * *
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* * *

Depois que voltei da dança com as garotas, ele não estava na mesa em que se encontrava minutos atrás.

Resolvi, por fim, voltar a dançar até que ele aparecesse de novo. Não sou muito fã de ficar sozinha em balada. As meninas sumiram e o Edward ta com a Kenia. Nem me pergunte do Jasper, não o vejo desde que cheguei.

Continuei dançando de cabeça baixa e olhos fechados me mexendo de acordo com a música, até que senti uma respiração próxima a minha orelha direita, meus pêlos se arrepiaram violentamente de uma forma prazerosa.

– Será que a senhorita me concede essa dança?- sussurrou uma voz doce e máscula. Quem será? Han? Nem preciso falar né.

– Claro que sim. - sorri e estendi minha mão para que ele pegasse.

Começamos a dançar no mesmo ritmo lento e coordenado em que eu estava dançando. Seus braços seguraram minha cintura, meus braços em seu pescoço e nossos olhos ligados.

Okay, a música não é lenta, mas, foi inevitável não dançar calmamente. Estranho, eu sei.

Algo que eu não esperava aconteceu. Emmet aproximou lentamente sua cabeça em minha direção. Perai, ele vai me beijar?

Não Rose sua idiota, ele vai jogar xadrez com você.

* * *
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* * *

Graças aos céus a música trocou e rapidamente me esquivei mexendo o pescoço para um lado e para o outro e estralei os dedos no ritmo da música. Com muita destreza me afastei de seus braços e continuei dançando. Dessa vez sozinha, com ele sorrindo incrédulo pela minha reação inesperada.

Segurei sua mão o fazendo mexer e dançar junto comigo até ele interromper a dança e me olhar sério, pensativo.

– O que foi Emmet? Tudo bom? Ta passando mal? – perguntei preocupada com a mão em seu ombro. Ele pegou minha mão e segurou delicadamente.

– Rose... – parou indeciso, o olhei incentivando a continuar – Você é o ovo que falta na minha marmita. – falou concentrado e... emocionado? Acho que sim.

Arregalei os olhos não acreditando no que estava ouvindo. Ovo de marmita? Essa é horrível. Gargalhei alto com a mão na barriga e os olhos lacrimejando. Ele pareceu ofendido e soltou minha mão derrotado.

– Ai Emmet, assim eu não agüento. – voltei a gargalhar, cada vez mais alto.

– Não era pra você rir. – falou triste e baixou a cabeça. Parei de rir imediatamente.

– Okay, desculpa. Eu não deveria ter rido. É que eu nunca tinha escutado essa. – sorri e levantei seu rosto com a mão em seu queixo. – Me desculpe.

– Ta bom. Posso tentar outra? Essa você vai gostar. – perguntou com o humor completamente melhorado e sorrindo abertamente. Acenei afirmando para que prosseguisse.

– Você é o vagalume que ilumina minha noite. – sorriu mostrando as covinhas nas bochechas.

– Ah essa foi bonitinha. Gostei, manda outra. – sorri e assim foi com ele me contando várias cantadas sem sentido que me fizeram rir como nunca tinha feito antes.

Não vou negar que me sinto atraída por ele. Quem não se sente né? Pô o cara é um armário totalmente musculoso e bonito. Mas, eu não sinto nada emocionalmente por ele. Nada que seja considerado um começo de amor. Eu gosto dele, como amigo. Não me vejo em um relacionamento amoroso com o Emmet. Ah qual é, ele agora é da família, mais ou menos, seria insano ficar com ele né? Eu acho que sim. Não quero ferir seus sentimentos, se é que existe algum. Isso é só atração nada mais, então não creio que o magoei. Ainda é cedo pra sentir algo um pelo outro. Ele não gosta de mim. Mas, ele me faz ficar alegre. Isso é bom.

Não vou dizer que é igual a todos os outros homens, porque ele não é. Mas, está na essência. Eu não quero ser enganada e muito menos usada. Portanto, prefiro ser apenas amiga.

Me cansei de dançar e chamei o Emmet para ir sentar comigo na mesa em que estávamos. Todos estavam lá, até mesmo Jasper.

O que eu estranhei foi ver a Bella do outro lado da mesa quieta e com ar de deboche olhando para Kenia.

Sentei ao seu lado e senti a tensão que saia de todos.

– Ta tudo bem? – sussurrei em seu ouvido.

– Tudo ótimo. – continuou da mesma forma – Com licença. – falou altiva levantando-se e indo para a bancada do bar.

– Peraí Bellinha, eu vou também. – Alice levantou correndo, mas parou no meio da pista, desnorteada, procurando algo. Olhou para um grupinho de gays dançando, sorriu arteira e se jogou neles, - Oiii alegrinhos - eles começaram a rir e brincar com a louca varrida que mexia o quadril como na dança do ventre.

Essa com certeza bebeu algo que não devia. Foi impossível não rir.

Bella PDV

Cara esse lugar ficou chato de repente ou eu estou louca? Eu adoraria ir embora. Mas, como a Alice iria grudar no meu pé como uma criança de 4 anos, é melhor ficar e beber. Quem sabe assim eu não me alegro, certo?


Errado. Com aquela carnicenta da Kenia vai ser impossível me divertir. Até mesmo com uma quantidade matadora de álcool no sangue, sua presença me tira do sério. Acabei de conhecer e já tenho vontade de arrancar cada cabelinho escovado daquela cabeça de progressiva.

Calma Bella, tira a maldade da mente. Ela é uma vaca e o Edward um chifrudo, então ta tudo maravilhoso. Arranca fora os pensamentos mortais e se concentra em algo bom.

– Me manda uma dose ai, por favor. – pedi ao barman bonitão – porém, gay. Uma dose é considerado algo bom não é? Bom começo Isabella, parabéns.

Só então depois de beber uma dose dupla percebi que a Alice não estava atrás de mim, como ela disse que viria.

– TO AQUI BELLA. – gritou a bendita no meu ouvido, sentando no banquinho ao meu lado.

Arregalei os olhos minimamente me questionando se tinha falado alto ou se ela ouviu meu pensamento.

– Não eu não ouvi seu pensamento Bella. – bufou revirando os olhos e pedindo um uísque extra forte.

– Okay, você está me assustando. – me afastei dela, mantendo uma distancia segura.

– Ih que exagero. Bellinha caso você não saiba da pra saber o que você está pensando só de olhar pra essa sua carinha bonita. – falou despreocupada bebendo todo o conteúdo do copo em um gole.

– Hmm. Desse jeito seu fígado não dura até os 30. – repreendi

– Essa é a saideira. Última noite em que bebo até cair. – cruzou os dedos e beijou fazendo uma promessa.

– Ah ta. Você disse isso ano passado na formatura lembra? – ri lembrando o vexame. – E caso você não tenha percebido. Você já esta completamente bêbada querida.

– Não estou não. – soluçou, olhou pra mim e gargalhou. Não disse que já tava chapada?

E passaram-se minutos... horas... dias... talvez segundos. Não faço idéia. Só sei que bebi pra caramba e minha cabeça ta girando. Ótimo, eu e a Allie bêbadas e sem ninguém pra nos socorrer.

* * *
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* * *

– Eu não acredito que vocês voltaram a beber. – questionou o garoto loiro. Com essa voz de moça deve ser o Jasper. É, é ele sim. Acertei. Bingo.

Alice e eu nos entreolhamos viramos para o Jasper e rimos, rimos muito, muito, compulsivamente. Alice estava tão desnorteada que até caiu do banco. Sorte dela que o “pequeno Jazz” a pegou a tempo.

– Alice você está bem? – perguntou preocupado, ela o olhou atentamente e sorriu passando a mão em seu rosto.

– Estou bem sim pagode.

Pagode? Ai minha barriga dói. Gargalhei alto e o “pagode” parecia confuso com o apelido carinhoso. Pára, que garoto burro. Até eu entendi o porquê de pagode.

– Pagode? Não entendi. – sorriu sem graça a segurando firme pelos ombros pra que não caísse.

– Nossa seu lesado. – deu um tapa na testa dele que se surpreendeu com o ato e franziu as sombrancelhas. – É pagode porque seu apelido é Jazz. Eu não gosto de Jazz. – negou com a cabeça – eu gosto de pagode. – levantou a mão direita demonstrando o pagode e a outra mão esquerda representando o Jazz. – Pagode é um ritmo legal. – gesticulou a mão direita – Jazz é chato. – movimentou a mão esquerda – então prefiro te chamar de pagode, ritmo quente, legal e envolvente. – sorriu pela conclusão – Pagode legal. – mexeu a mão direita e ele a olhou, ela apontou para a mão esquerda que também se mexeu, ele novamente olhou para outra mão. E o pior estava por vir. – Jazz é chato. – fez careta e com a mão esquerda lhe deu um belo de um tapa bem no meio do rosto.

Ui essa doeu até em mim. Ri da sua cara de palhaço - e pedi uma soda pra eliminar um pouco a dor na cabeça. Se funciona eu não sei -.

Ele se espantou e pareceu irritado, assustado e incrédulo.

– Alice você ta louca? Eu não entendi nada do que você disse. E é melhor você parar de beber, porque isso não vai dar certo. – falou sério a olhando no fundo dos olhos. Ela manteve o olhar e novamente gargalhou fazendo seu corpo inteiro tremer. O que era risada se transformou em um choro compulsivo e com direito até a soluço. O idiota magoou seus sentimentos. Coitada.

– Porque você esta chorando? Eu te machuquei. – tentou achar algum problema enquanto ela esperneava e chorava mais e mais.

– Você não entendeu o que eu falei e ainda tentou me hipnotizar. – choramingou

– Okay, desculpe. – pediu passando a mão nos cabelos dela que rapidamente se acalmou – Eu entendi o que você falou, ta? Foi muito criativo. – sorriu abertamente acariciando sua bochecha com o polegar.

Gente quanta caricia heim? Que coisa. Isso é abuso quase sexual.

– Que bom que você me entende. – o abraçou – Eu amo ... – ele se surpreendeu com a frase dita e a afastou com os olhos arregalados. – amo você... Lady Gaga.

Agora me diz se não é pra rir. Ela chamou ele de Lady Gaga. A sua expressão de incredulidade e ofensa é impagável. Eu ri e muito. To nem ai, dou risada até cair no chão. Essa foi muito boa, com certeza vou adotar esse apelido. De agora em diante Jasper Cullen é a nova versão de Lady Gaga macho.

Ele finalmente se rendeu ao talento humorístico da Allie e riu.

– Alice... – falou aproximando sua boca entreaberta da dela. Eu fiz careta, claro. Essa cena é horrível. Esse pessoal ta muito romântico credo.

Ela por incrível que pareça estava gostando da aproximidade. Eu é que não vou ficar de vela né. Quando me virei pra sair ela gritou.

– AAAAAAAAAAAAAAAAAAAH TARADOOO, BELLA ELE QUER ME BEIJAR, SOCORRO. – gritou empurrando o Lady Gago ( essa foi boa, fala ai ) pra longe e o esmurrando.

Assumi minha postura pronta pra morfar em cima do tarado Jasper que quer corromper a inocência da minha pequena irmã, quando ela coloca as mãos em cima da boca, levanta de onde estava sentada e girou no mesmo lugar com uma mão pra cima pedindo socorro. Aff, sei que sinal é esse. Vomito na certa. Que horror.

Na mesma hora que fui socorrê-la aparece a caipiranha Kenia e o asno Edward abraçados.

– Da pra ouvir os gritos do outro lado do salão. – repreendeu - Alice o que você tem? – perguntou o “cabeça de nós todos”. Ela tirou a mão da boca e respirou fundo pra ter certeza de que nada de ruim e fedido saísse.

* * *
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* * *

– Eu queria vom – foi nessa hora que o vomito saiu e caiu bem em cima da “linda” roupa da nossa querida Kenia. Dalê Alice. Amei. O ruim é que fede pra caramba. Mas, não foi em mim mesmo, então, dane-se. Outro lindo momento para rir. Essa noite ta uma maravilha, admito.

– ECAAAA QUE NOJO. – gritou a baranga afastando a roupa vomitada do corpo.

– Me desculpe. Foi sem querer. – falou a Alice. Foi impressão minha ou a Allie foi meio irônica e indiferente? Depois dessa eu ri mais ainda e tentei ampará-la pra que não caísse ou vomitasse em mais alguém, o que não seria uma má idéia, desde que não fosse em mim.

– Foi uma péssima idéia eu ter vindo até aqui Edward. – resmungou furiosa enquanto ele tentava limpar sua roupa. – Eu vou embora, QUE NOJO. – gritou mais uma vez e se afastou em direção a saída.

– Espera, eu te levo pra casa. – falou o capacho nos deixando a beira mar e indo acompanhá-la.

– O que aconteceu aqui? – perguntou Rose surgindo da multidão (que, aliás, estavam nos olhando nesse momento) com Emmet ao seu lado.

– A Alice vomitou na Kenia. – falei rindo

– Eu queria ter visto isso. – riu o Emmet

– Eu já falei que foi sem querer. – sorriu Alice com outro copo de vodka na mão. Perai, como ela pegou esse sem eu ver?

– Alice solta isso você já bebeu demais. – adverti, peguei o copo de sua mão e bebi em um gole. Ela fez cara de criança quando perde pirulito e gargalhou alto.

– Eu quero dançar, Lady Gaga. – se jogou em cima do Jasper que se esforçou para não derrubá-la. Rose e Emm olharam pra mim confusos com o apelido. Eu ri e acenei que depois explicava.

– Vamos Alice e Bella, vocês já beberam demais. Vamos pra casa. – falou Jasper. Eu não estou bêbada, só um pouco fora do controle, nada demais.

Jasper e Rosalie seguraram Alice a mantendo em pé até a saída da boate. E o Emmet me suspendeu no ombro até a porta do carro, onde ficou Rosalie e Emmet na frente dirigindo e eu, Alice e Jasper no banco de trás respectivamente.

# # #

O carro parou em frente a “casa Cullen” e descemos. Ao descer do carro, Emmet tropeçou no meio fio e caiu de cabeça na árvore do jardim que fica na entrada da casa.

Eu e Alice nos entreolhamos e gargalhamos alto da cena hilariante do Emmet esparramado no jardim.

– Bella, vamos fazer também? Parece divertido. – Alice sorriu arteira e se jogou no jardim. Logo depois me joguei ao seu lado enquanto riamos loucamente e o pagode nos olhava questionando nossa sanidade.

– Vocês não podem rir tão alto. Se o Carlisle aparecer nós estamos perdidos. Então, parem já. – mandou tampando nossa boca e nos fazendo levantar do chão. – Eu vou levar vocês para o quarto, em silêncio entendido? – acenamos obedientes. Ele é bravo percebeu? Eu tenho medo de psicopatas. Será que toda essa família é de psicopatas? Medooo. Acho que o álcool atingiu minha mente. Não sei mais o que estou falando. Preciso de café.

– MÃE – gritei fazendo com que Jasper me olhasse de forma assassina – traz café? – sussurrei e o vi revirar os olhos negando algo com a cabeça. Depois eu que sou estranha.

Emmet PDV

Essa noite foi turbulenta. Dancei em uma boate gay, levei um fora da Rose e agora tropecei no meio fio e bati a cabeça na árvore. Lindo né? É tão confortável ficar caído na grama com sua cabeça latejando. Perfeito.

Ouvi risadas e dois corpos caindo próximo ao meu. Ótimo, alguém morreu e eu estou ferido. Acharam o Obama pra nos salvar do ataque? Binladem está em Forks? Alguém me socorra.

– Emmet? Você está bem? – uma voz doce e melodiosa perguntou me virando de barriga pra cima. Continuei de olhos fechados, vai que ela tenta fazer respiração boca a boca. Eu saio ganhando fala ai.

– Emm fala comigo. – senti sua respiração próxima a meu rosto. Ela me chacoalhou e eu não me movi, colocou a cabeça em meu peito como se estivesse ouvindo meus batimentos e deu leves tapinhas em meu rosto. Abri minimamente o olho esquerdo para saber o que ela fazia.

Foi ai que ela aproximou de novo o rosto do meu e tentou ouvir minha respiração. É agora a minha hora.

Abri os olhos, segurei seu rosto com as duas mãos, ela pareceu assustada e surpresa, trouxe seu rosto pra mais perto e pressionei meus lábios nos seus.

Eu fui ao céu e voltei. Ta, foi um celinho, mas foi doce, gostoso e prazeroso sentir seus lábios macios nos meus.

Ela continuava surpresa de olhos arregalados com nossos lábios ainda colados.

Algo pareceu estalar em sua mente e ela me empurrou pro chão de novo me olhando furiosa.

– Eu aqui preocupada e você me engana e me beija? Idiota. – virou e saiu em direção a casa.

– Rose me espera, desculpa. Eu estou bêbado é isso. Não tenho consciência dos meus atos. – levantei e corri atrás dela. Que droga Emmet. Você a magoou. Não era minha intenção desrespeitá-la, eu sempre faço tudo errado. Que ódio.

Tentei segurá-la para que me ouvisse, mas ela já estava no topo da escada pisando fortemente. Parei no meio da sala pensando no que fazer e senti algo escorrer pela minha testa. Levei minha mão até o local que escorria e trouxe ao meu rosto para identificar o que era.

– Ah droga. Sangue. – minha cabeça girou, tudo ficou escuro e depois disso não lembro nem meu nome.

Jasper PDV

Assim que fiz as meninas levantarem do gramado nós subimos em direção aos quartos, deixando a Rosalie tentando reacordar o Emmet. Eu não posso fazer duas coisas ao mesmo tempo né. Se o Edward estivesse aqui seria mais fácil, mas como ele desapareceu com a Kenia, sobrou pra mim.

Enquanto tentava fazer as garotas ficarem em silêncio pra não acordar ninguém, Rosalie passou ao nosso lado furiosa murmurando algo que não consegui decifrar e bateu a porta de seu quarto com força ao entrar. Pronto, que maravilha, eu aqui tentando fazer o mínimo de barulho e ela arrebenta a porta desse jeito. Ninguém merece.

Logo depois ouvi um baque no andar de baixo. Olhei para a Bella e para Alice pra saber se elas também tinham ouvido, mas as duas estavam praticamente dormindo em pé e cambaleando de um lado para o outro sem rumo. Essas com certeza não ouviram nada. Deixei pra lá e continuei a batalha pra conseguir colocá-las pra dentro dos quartos.

A Bella que estava um pouco mais sóbria me ajudou a colocar a Alice dentro de seu quarto.

– Não é melhor colocar ela pra tomar banho? – perguntei apontando pra Alice esparramada. Bella deu de ombros e eu fui até a cama. Me agachei e coloquei a Alice sentada.

– Allie, você esta me ouvindo? – perguntei lentamente. Ela levantou a cabeça, olhou pra mim e sorriu levemente acenando um sim.

– Ótimo, você precisa tomar banho. Vou te ajudar ta? – ela novamente acenou. Quando me preparei pra tirar sua camiseta, sinto um tapa ardente na cabeça. Me assustei e olhei em direção a agressora que estava de braços cruzados e emburrada.

– Nem pense nisso Lady Gaga pagodeira. – falou Bella. Sério que esse apelido vai pegar? O que eu fiz pra merecer isso?
Desisti de pensar em argumentar e arrumei a Alice na cama. Saímos do quarto e deixei Bella em frente sua porta.

– Precisa de ajuda Bella? – perguntei tentando abri-la. Ela entrou virou pra mim e sorriu enquanto eu me encostava no batente. De repente ela fecha a cara, segura a porta fortemente e levanta uma sombrancelha.

– Não, eu não preciso. Cai fora. – após dizer isso fechou-a bruscamente na minha cara.

PQP meu nariz com certeza caiu. Gemi de dor com a mão no nariz que provavelmente está deformado e eu terei que fazer a mesma plástica do Little Michael.

Essa garota é mal educada até quando ta bêbada.

Isso que dá ser gentil e bom, sempre leva na cara, literalmente.

Edward PDV

Depois da sessão vomito. Levei Kenia pra casa com ela o caminho inteiro reclamando.

Ta bom que o que aconteceu foi horrível, mas a Alice não fez por querer. E foi até engraçado vai.

Chegamos ao seu prédio as 23h13, eu achei que fosse até mais tarde, tirando os incidentes, essa noite foi melhor do que imaginei. Sai do carro e abri a porta pra que ela descesse.

* * *
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* * *

– Você fica comigo essa noite Ed? – pediu manhosa.

– Okay, vamos. – eu não negaria isso a ela. E nem quero negar.

Entramos em seu apartamento e ela foi direto ao banheiro trocar de roupa e tomar banho.

Fui até seu quarto esperá-la e preparar a cama para dormirmos.

Depois de mais ou menos 30 minutos ela saiu do banheiro, de banho tomado e pijama um tanto curto, devo dizer. Se eu gostei? É claro que sim, porque não gostaria?

Me sentei na cama e ela sentou em meu colo, de frente pra mim.

– Ed, eu amo você. – disse carinhosa passando as mãos em meu cabelo. Segurei firme sua cintura e beijei levemente seus lábios.

– Eu também te amo. – falei beijando seu pescoço e deslizando minha boca até a sua.

# # #

Acordei as 6h30 com meu celular tocando. Droga de despertador. Esqueci de desligar. Ontem fui dormir super tarde, na verdade quando fui dormir já era hoje.

Levantei da cama tentando não acordá-la e fui à procura da minha camiseta que estava em algum lugar jogada pelo quarto.

Troquei-me e dei um singelo beijo em sua testa. Escrevi um bilhete avisando porque fui embora e sai sem fazer barulho.

Eu nem deveria ter ficado com ela ontem. Meu pai gosta de responsabilidade e eu não avisei onde estava.

Claro que eu já sou um adulto e faço o que eu quero, mas eu tenho obrigações. Como por exemplo, ter ficado na festa ontem cuidando da Rosalie como meu pai pediu – ele morre de ciúmes da filha protegida -, e eu não fiquei. Ou avisar onde vou dormir para que ele não fique preocupado. E eu também não fiz isso.

Quando cheguei guardei meu carro na garagem e entrei pela porta da frente.

A cena que presenciei foi um tanto engraçada, devo admitir.

Emmet estava jogado no chão, de barriga pra baixo, boca aberta e acho que vi uma grande quantidade de baba escorrendo daquele local. Quase dei risada quando vi meu pai agachado ao lado dele medindo seus batimentos, verificando se ainda estava vivo.

Percebendo minha presença meu pai levantou-se lentamente e me olhou sério.

– Acho que você sabe que precisamos conversar, não é? – falou cruzando os braços. Acenei e baixei o olhar.

– Ele está mesmo dormindo? – perguntou Esme aparecendo de algum lugar. Meu pai acenou e pegou o copo de água que ela segurava e bebeu, lhe dando um beijo de agradecimento. Ela me viu e veio ao meu encontro sorrindo. – Olá Edward querido. Bom dia. – acariciou meu rosto.

– Bom dia. – sorri levemente e beijei seu rosto.
Já falei que amo essa mulher? Ela é como se fosse minha mãe. É impressionante o sentimento de segurança e proteção que ela me passa quando está por perto.

– Amor, você poderia acordar as crianças e chamá-las até aqui, por favor? – pediu meu pai. Pô criança foi horrível. Nossa. Se eles são crianças eu sou o que? Os pais têm uma mania de chamar os filhos marmanjos de criança né?

– Claro. – falou subindo as escadas

Olhei para meu pai esperando a bronca e ele me olhava pacientemente e sério. Cansei de esperar sua iniciativa e fui sentar em uma das poltronas. Assim que me sentei, Bella apareceu na sala com uma bolsa de gelo na cabeça e olheiras imensas e roxas. Ressaca das brabas, com certeza. Ela ignorou minha presença e sentou no sofá mais longe de onde eu estava. Eu que deveria estar com raiva. Ela fez uma acusação gravíssima contra minha namorada. Isso foi decepcionante pra mim. Eu não pensei que ela fosse assim tão... tão... é até difícil pensar numa palavra correta. Se não quer conversar eu não faço questão. O que fez foi errado. Eu esperava mais dela, já que começamos a ter uma ótima convivência. Mas quer saber? Não vou me importar com ela.

Respectivamente desceram atrás, Rosalie emburrada e espantada ao ver Emmet caído no chão, Jasper com cara de nada como sempre e Alice com os olhos vermelhos e a mesma bolsa de gelo na cabeça encostada no ombro de Esme que envolvia os braços na cintura da filha. Esse pessoal ta mal mesmo. Ainda bem que eu não bebi. Deus me livre ficar desse jeito. E é impressionante como todos eles ignoraram o coitado do Emmet caído. Que gente sem coração.

– Sentem, por favor. – falou meu pai indicando os sofás e se posicionou em frente a todos nós pronto pra começar a falar.

– Ahn, pai? O senhor não vai acordar o Emmet? – perguntei com a testa franzida. Foi ai que todos, menos a Rose que permaneceu indiferente, notaram a presença do individuo semi morto na sala.

– Nossa, é mesmo. Eu tinha esquecido. – falou de olhos arregalados e foi finalmente acordá-lo.

Depois de muita chacoalhada ele acordou ainda meio desnorteado e com sangue seco na testa. Meu pai fez um curativo e deu algo pra que ele bebesse. Finalmente todos se juntaram nos sofás, atentos e inquietos esperando o que viria a seguir.

– Bem, – parou olhando para todos, cruzou os braços e continuou. – é hora de termos uma conversa séria.

CONTINUA...


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Obrigada por lerem e relerem *-*



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