More Than This escrita por Ray


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Demorei né? Mas eu tenho uma boa desculpa para isso! Eu fiquei de castigo e depois tive uma crise de criatividade e meu lado hétero resolveu dizer olá ao mundo.
Eu simplesmente não consegui escrever mais nada!
Eu não passava do primeiro paragrafo e já dizia que tava uma merda e porque diabos eu escrevi um nome masculino no final sendo que ele não tem nada haver com a frase!
E depois de muito esforço, muitas fotos Pezberry e Faberry indecentes, inúmeras fics Yuri's lidas finalmente o lado lésbico entrou em guerra com o outro e ganhou mandando a heterossexualidade do meu corpo para a puta que pariu!
Então, pelas minhas contas minha demora dá... Um mês de capítulos diários! Vocês saíram no lucro ainda.
Então, sem mais delongas...
O capítulo.
Beijos e até lá embaixo.



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Deborah estacionou a moto depois do carro de Quinn e a tempo de ver a irmã abrir a porta para Rachel (ela passou por cima do capô do carro para abrir a porta antes da morena o que causou risos em Deborah) e a judia sorrir para a loira com uma expressão engraçada. Depois a Fabray mais nova fechou a expressão ao ver que não eram as únicas atrasadas e tinha marmanjos e várias vadias olhando para as coxas da sua namorada. Ela sabia que a ideia de Santana ir com ela na moto não era algo inteligente.

Ao que pôde notar Rachel também não ficou contente com os olhares que Quinn ganhou, mas não era como se a diva pudesse fazer algo, elas não tinham definido nada ainda. Mas a judia parece feliz quando a loira passa o braço direito pelos seus ombros e a guia até a entrada.

Santana aperta os braços ao redor da cintura da namorada e ri um pouquinho escondendo o rosto na curvatura do pescoço da menor, inconsequentemente enviando arrepios por todo o corpo da Fabray.

–Eu não quero entrar – resmungou Deborah baixinho enquanto Santana descia da moto. A Fabray desceu também e se recostou na moto puxando a latina para si a encaixando no meio de suas pernas.

–Temos que entrar se não ficamos do lado de fora – disse a latina pincelando o pescoço da menor com o nariz. Quem parasse para ver pensaria logo que aquela não era Santana Lopez e que alguém havia possuindo o corpo da latina, porque não havia outra explicação logica para ela estar sendo tão doce com alguém. – O segundo período começa daqui quinze minutos e eu realmente preciso assistir História Americana.

–Eu te ajudo – Santana sorriu para a namorada que tinha um bico nos lábios.

–Não, acho que precisarei pedir ajuda a Quinn ou a Berry – disse a latina. – Eu não conseguiria prestar atenção em nada e só ficaria pensando em como seus lábios parecem atraentes – a latina deixou um selinho no bico da namorada. – E suculentos – outro selinho. – Ou se você está usando brilho labial ou algum batom – mais um selinho, o bico virou um sorriso. – E quando você perguntasse algo eu iria sorrir culpada e dizer que eu não tinha ouvido nada e você vai ficar brava, ai eu vou te beijar e dizer que você me distraiu, depois vamos fazer amor até não aguentar – o sorriso da pequena Fabray aumentou quando ouviu a expressão ‘fazer amor’. – E no final de contas eu vou reprovar em História Americana.

Deborah riu e beijou a namorada.

–Vamos entrar então, tenho que achar Rachel e Quinn daqui a pouco para irmos para a aula de Literatura – disse Deborah puxando a namorada.

–E eu tenho que achar a Britt – disse Santana.

–Sabe que eu não gosto de te ver com seus ex-namorados? – perguntou Deborah tentando controlar o ciúmes na voz, mas falhando miseravelmente. – E a Britt foi praticamente seu primeiro amor.

–Igual como eu não gosto de te ver com o Puck e o boca de truta – resmungou Santana. – Ou até qualquer outra garota que você dormiu.

–Não chame o Sam assim – Santana murmurou um “tanto faz” para a namorada. – Qualquer outra garota que eu dormi ou a Rose e a Teddy?

–Tanto faz – murmurou Santana novamente. Rose Watson e Teddy Collins não eram pessoas que Santana pudesse dizer que não cometeria algum homicídio se estivessem no mesmo cômodo.

–E alias a Rose foi parar no Colorado e a Teddy é afim da Quinn! Quem devia se preocupar com ela devia ser a Rae! – exclamou Deborah.

–Você pode, por favor, a chamar pelo nome inteiro na minha presença? – pediu Santana ao ouvir o apelido da Berry saindo dos lábios da namorada. Deborah revirou os olhos, mas assentiu concordando.

–E os meninos são meus melhores amigos – resmungou a Fabray assim que ultrapassaram a porta da escola.

–A Britt é minha melhor amiga – disse Santana. – Estamos quites, então?

–Okay, é a Britt... É insano ter ciúmes dela, mas eu não consigo evitar – a menor fez bico, Santana riu beijando a garota. – Bom, temos cinco minutos. Tenho que achar minha melhor amiga que provavelmente está se agarrando com minha irmã.

–E eu tenho que achar a Britt e o Puck – resmungou a latina desanimada causando risos na namorada. Santana puxou Deborah pela cintura e a beijou cessando o riso. Quando se separaram a latina sussurrou para a morena: - Procura no banheiro feminino.

[...]

A porta do banheiro se abriu, mas as duas garotas não se separaram. Pelo contrario, Quinn só pressionou mais ainda Rachel contra a parede da cabine.

As duas pareciam alheias ao mundo.

Do outro lado Deborah olhava debaixo da porta de cada cabine do banheiro.

Vazia. Vazia. Vazia...

Suas costas estavam doloridas pela posição.

Gemeu.

E depois percebeu que o gemido não foi seu e muito menos foi de dor.

Vazia. Vazia. Seus tênis...

É... Achara a cabine.

E descobrira que não queria abrir a porta.

A porta do banheiro se abriu e Santana passou por ela. Deborah apontou para a porta da cabine freneticamente sem dizer uma palavra. A latina revirou os olhos e se abaixou olhando a cabine confirmando que só podia ser duas pessoas.

Infelizmente, as pessoas que procuravam.

–Abre logo – disse a latina sem som.

–Nem morta! – devolveu Deborah da mesma maneira.

–Por Dío! – exclamou a latina ainda sem som.

–Pode ser até por Poseidon, mas eu não vou abrir a porra da porta – rebateu novamente a Fabray.

Santana revirou os olhos novamente e respirou fundo para dizer algo, mas a porta da cabine abriu e por ela passou uma Rachel Berry tranquila enquanto arrumava sua saia e uma Quinn Fabray tentando colocar o cabelo já rebelde em seu devido lugar.

–Olá Deborah, Lopez – disse Rachel sorrindo.

Deborah gemeu encarando a namorada.

–Eu não quero ir pra aula – fez bico e Santana riu. – Principalmente com elas.

–Não seja dramática – resmungou Quinn revirando os olhos. Ela se virou para Rachel e estendeu a mão para a diva que a segurou animada. – É só uma aula de Literatura.

–Uma longa e cheia de açúcar aula de Literatura – disse Deborah e Santana não pode deixar de concordar.

[...]

–Eu quero morrer – sussurrou Deborah pela decima vez batendo a cabeça contra a mesa enquanto observava a demonstração de afeto desnecessária entre Quinn e Rachel.

A loira e a diva sorriam bobas uma para a outra enquanto fingiam prestar atenção ao que a Sra. Lency dizia, mas estavam na verdade trocando mensagens que mataria um elefante de diabetes.

Seu celular vibrou e ela resmungou novamente alguma praga. Sua cabeça estava dolorida, ela estava enjoada, ela queria sua namorada.

“Não seja tão dramática – Juno.”

“Deborah, por favor, pare com isso. Tente se concentrar na aula porque você precisa de pontos em Literatura (talvez, mínimos, mas necessários). Acho totalmente desnecessário suas reclamações a todo o momento sobre Quinn e eu, não importa se estamos ‘enchendo a sala de arco-íris’ ou qualquer que seja. O problema é inteiramente nosso. Não desconte suas frustrações sobre sua namorada estar em outra sala em nós, não temos culpa. Seus resmungos podem ser escutados por ela até. Para com esse drama, não importa o quanto hipócrita isso soe para você vindo de mim. Você está exagerando e isso é um fato... – Rae.”

Deborah revirou os olhos sabendo que a mensagem só acabara porque o limite de caracteres acabara para sua amiga. Até digitando alguma coisa Rachel Berry conseguia fazer intermináveis monólogos.

O celular vibrou novamente. Não era nenhuma surpresa de quem era a mensagem.

“E na realidade você pediu por isso, porque você se esforçou tanto para juntar nós duas. Você vivia falando em nossas cabeças sobre como éramos e somos apaixonadas uma pela outra, apesar de usar outras palavras. Por isso você não tem nenhum direito de reclamar sobre nada. Eu estou vivendo um sonho porque eu estou com a mulher que amo. Eu aturei você quando ficou do mesmo jeito, hora de retribuir. Eu amo sua irmã, D. Amo com minha vida. E parece impossível amá-la tanto assim, mas eu a amo e parece que isso cresce cada vez mais dentro de mim. – Rae.”

Dessa vez a garota sorriu e encarou Rachel do outro lado da sala (já que os lugares eram organizados em ordem alfabética e ironicamente, Rachel e Deborah eram um dos principais motivos para essa regra) e encontrou a diva a encarando. As duas sorriram e sabiam que haviam entrado em um acordo.

“Vão se ferrar, não estou sendo dramática. Somente estou relatando a verdade. Esse açúcar todo está criando caries nos dentes de todo mundo. E sim Rae, é estranho admitir e dói para caralho dizer sobre isso, mas você está certa. Eu também estou vivendo um sonho. E eu não quero acordar dele nunca. Sei como se sente. E talvez, só talvez, não comemore, eu deva retribuir. Eu sei como se sente mais do que tudo – Pirralha (D.)”

A mensagem foi enviada para as duas ao mesmo tempo e Quinn não sabia de que merda a irmã estava falando. Vivendo um sonho? Que merda? A loira suspirou, nunca descobriria e sabia. Sua irmã e Rachel tinham algo estranho de se comunicarem por enigmas e tudo mais. Elas se entendiam, elas se pareciam demais uma com a outra... Chegava a ser assustador.

“Eu sei – Rae (Rach).”

Quinn revirou os olhos. Será que elas tinham ideia que ela não estava entendendo nada?

“As duas tem ideia que eu não sei de que merdaestão falando, certo? – Juno (Quinn).”

“Sabemos – Pirralha (D.) e Rach (Rae).”

“Isso é tão frustrante. Não vão me contar nada, não é mesmo? –Juno (Quinn).”

“Não – Rach (Rae).”

“Quando contamos algo? – Pirralha (D.).”

“Tão frustrante... – Juno (Quinn).”

Rachel e Deborah se encararam com sorrisos divertidos enquanto Quinn bufava impaciente. Elas se entendiam. Elas tinham mais que personalidades em comum.

E com aquele olhar era como se elas entrassem em um acordo.

“Vivendo um sonho... Viveremos então.”

Quinn bufou. Indignada, impaciente e inconformada.

“Elas estão falando a linguagem só delas de novo – Q.”

Enviou a mensagem para Santana.

“Elas fazem muito isso. Então... Voltando ao assunto principal, quando vai pedir a Berry em namoro? – S.”

“Eu não sei... Não que eu esteja em duvida ou não queira. Eu quero. E muito. Eu gosto muito da Rachel, eu a amo. Mas não sei como fazer isso. Como você fez? – Q.”

“Foi menos complicado. A D. gosta de coisas simples, mas significativas. Eu a levei para um piquenique, no parque, o céu estava perfeito e podia se ver todas as estrelas. Passou uma estrela cadente e ela se encaixou ironicamente perfeitamente no momento. Ela fez um pedido e depois me disse: Que esse momento dure para sempre. E eu percebi que era o mesmo desejo que eu. E ela disse que me amava e pareceu tão simples e natural como se ela pedisse para eu passar o suco de laranja. E eu percebi que eu a amava também, mais que tudo. E pareceu cena de filme. Aqueles romances agua com açúcar, porque começou a chover e o céu estava tão claro antes que não dava para adivinhar. Mas foi magico, sabe? Foi incrível. Foi natural. Ela riu e começou a correr e me puxou com ela. E então disse que estava realizando um sonho e eu perguntei qual e ela não falou nada, só me beijou. Com a chuva caindo em nós. Eu a encarei depois e pareceu a primeira vez que a via e perguntei simplesmente. Ela disse sim e eu comecei a rodá-la e ela rindo. Foi natural e simples. Vai ser assim com você também. – S.”

“É assustador. – Q.”

“É, realmente é. Você não viu nem metade ainda – S.”

“Por onde eu começo? – Q.”

“Que tal... ‘Hey Hobbit, quer sair comigo?’ – S.”

“É tão simples, Q. Pare de drama. A hobbit está tããããããão na sua... Só basta pedir, ela dizer sim, vocês saírem e o resto ocorre naturalmente – S.”

“Tudo bem, vou fazer isso. Mas como vai ser o encontro, eu não faço ideia do que fazer... AH MEU DEUS! O que eu faço? – Q.”

“Quinn, pare de dar a louca na aula da Sra. Lency. Piquenique? – S.”

“Mas você fez exatamente isso com minha irmã! – Q.”

“E daí...? – S.”

“Elas são melhores amigas... Deborah deve ter contado isso para Rachel de alguma maneira, você sabe... Como você e eu – Q.”

“Oh merda, verdade – S.”

“E então? – Q.”

“Eu não sei Juno! Talvez o parque que abriu aqui em Lima recentemente...? – S.”

“Nah... A Rach merece algo exclusivo e original... Qualquer um pode fazer isso, além do mais, é nosso primeiro encontro – Q.”

“Sem cinema então? – S.”

“Totalmente – Q.”

“Então o que? – S.”

“Eu não faço ideia...? Espera, que dia é hoje? – Q.”

“Quarta-feira...? – S.”

“Não, número – Q.”

“27, eu acho... Por quê? – S.”

“E isso significa...? – Q.”

“Que hoje é quarta-feira dia 27? – S.”

“NÃO! Que sábado é dia 30! – Q.”

“Tudo bem loira, sempre achei que a tinta estivesse afetando seu cérebro mesmo... Mas, peraí... O que? O que sábado tem haver com isso? – S.”

“Tudo Santana! – Q.”

“Você tem ideia que eu não estou entendendo merda nenhuma, certo? – S.”

“Certo. Sábado vai passar um cometa por Lima que só vem a cada cinco anos – Q.”

“Me ilumina porque eu ainda acho que você deveria trocar a tinta – S.”

“Eu quero leva-la... Lembra do telescópio da minha irmã? – Q.”

“Oh, sim! Aquele telescópio me trás lembranças boas... – S.”

“Argh! Que nojento – Q.”

“Direi o mesmo de você e da Berry quando estiverem acasalando – S.”

“Idiota... Então, eu vou pegar ele, leva-la ao parque, preparar um piquenique e veremos o cometa passar por nós. Romântico? – Q.”

“Para uma primeira vez estou impressionada. Boa sorte Fabray, pegue seu anão! Yap! – S.”

“Você não muda mesmo – Q.”

“Claro que não. Por que mudaria? Você já me ama assim – S.”

“Você tem que passar em História Americana, Lopez. Pode voltar para sua aula – Q.”

“Urgh! Odeio quando tem razão. Até mais e boa sorte – S.”

“Obrigado, eu acho – Q.”

Quinn suspirou e encarou Rachel do seu lado direito. Era só digitar três palavras... “Quer sair comigo?” ou talvez fosse seis... “Quer ir a um encontro comigo?”. Estava tão confusa.

Ela respirou fundo e desbloqueou a tela do seu celular e os dedos pararam sobre as teclas... Oh céus, o que escreveria?

Respirou fundo, era só uma mensagem. Olhou novamente sua morena que estava entretida com o celular e vez ou outra soltava um lindo sorriso. Olhou para o outro lado da sala onde sua irmã sorria convencida. Revirou os olhos e depois se lembrou de que ela e Santana eram a mesma coisa.

Só uma mensagem...

Só uma mensagem...

O pior que Rachel poderia dizer seria ‘não’...

Oh Deus, Quinn não queria que Rachel dissesse não.

Foi com muita coragem (e sabendo que Santana chutaria sua bunda se ela não fizesse aquilo agora) que ela começou a digitar a pergunta.

“Hey Rach, eu estava pensando, se você não tiver nenhum compromisso ou algo importante, que a gente poderia sair no sábado. Aceita ir a um encontro comigo, Berry? – Quinn.”

Rachel mal podia acreditar no que tinha acabado de ler. Soltou um sorrisinho idiota e em vez de responder imediatamente foi contar para a única pessoa que poderia. Ironicamente, essa pessoa estava do outro lado da sala.

“A Quinn me chamou para sair com ela no sábado! – Rae.”

“E o que você está esperando para aceitar? – D.”

“Eu não sei... Ai meu Deus! Eu vou pirar! – Rae.”

“Percebe-se – D.”

“Cale a boca – Rae.”

“kkkkkkkkkk Hilário – D.”

“Idiota! O que eu faço? – Rae.”

“Achei que fosse muito obvio e simples – D.”

“O que? – Rae.”

“Só uma palavrinha... Só três letras... Basta dizer ‘sim’ – D.”

“Eu vou pirar – Rae.”

“Só responde a porra da pergunta da minha irmã, mulher! – D.”

Rachel engoliu uma grande quantidade de ar e soltou e digitou a resposta para a pergunta da loira.

Quinn encarou o celular e depois Rachel que tinha um sorriso brincalhão no rosto, a loira sorriu, contente com tudo.

“Por que não? – Rach.”

[...]

Rachel marchou pelo corredor até o seu destino.

Três garotas com o uniforme das Cheerios, impotentes e poderosas, conversando animadamente ao lado de seus armários (infelizmente segundo a latina entre elas) eram o destino da baixinha.

–O que vão fazer com Dave Karofsky? – perguntou direta ao chegar às três. As líderes de torcida a encararam surpresas por sua presença e por sua pergunta.

–Oi para você também, Berry – resmungou Santana sarcasticamente. – E por que acha que faremos algo com o idiota?

–Quer que eu liste todos os motivos? – questionou a judia com uma sobrancelha arqueada.

–De preferencia – disse a latina.

–Primeiro: ele mexeu com a D., o que por si só já é motivo o suficiente para matá-lo – assim que Rachel disse isso as outras duas loiras na conversa imediatamente começaram a prestar atenção em suas palavras. Porque eram verdade. – Segundo: ele foi preconceituoso e agiu com extrema ignorância – Britt acenou com a cabeça positivamente indicando que a garota mais uma vez estava certa. – Terceiro: ele mencionou Beth para Quinn de uma maneira grosseira – Quinn sorriu de maneira fraca. – Quarto: vocês são a Trindade Profana. E último... Eles mexeram com pessoas importantes para vocês, então é logico e totalmente plausível afirmar que vocês irão se vingar ocasionalmente desse ser estupido.

–Você é uma vidente, Rach? – perguntou Brittany depois de alguns instantes de silencio.

–Não, Britt – respondeu Rachel com delicadeza. – Não sou.

–Isso deve ser porque você ainda não descobriu isso, não se preocupe, eu vou te ajudar com suas visões – disse a loirinha novamente e Rachel assentiu levemente achando melhor não discordar.

–Tudo bem, Berry... Você nos pegou e se provou mais eficiente que o FBI também – disse Santana e Rachel revirou os olhos. – Diga, o que você quer? Tem que ter alguma coisa que você esta interessada para não dizer nada para a D., porque sabemos que ela as vezes pode ser incrivelmente rebelde e coisa e tal, mas é completamente contra violência e vingança e ela ficaria mal em saber que fizemos algo de ruim a uma pessoa por causa dela, mesmo se a pessoa merecesse e muito.

–Eu quero ajudar – respondeu simplesmente a Berry e no segundo seguinte a Trindade Profana estava com os olhos arregalados e tossindo, completamente assustadas.

–Você o que? – perguntou Quinn se pronunciando pela primeira vez (e completamente assustada).

–Eu quero ajudar – repetiu Rachel lentamente. – Deborah é minha melhor amiga e eu odiei vê-la naquele estado. Eu a amo e odeio vê-la quebrando. Ela é como uma irmã mais velha idiota, intrometida e protetora que eu nunca tive... E eu não aceito que um imbecil sem massa cinzenta no crânio a machuque. Pode ser contra alguns de meus princípios, mas ela é mais importante que isso.

Rachel cruzou os braços dizendo mudamente que não voltaria atrás. Brittany sorriu e deu pulinhos empolgados. Santana soltou um mínimo sorriso e também cruzou os braços, mas totalmente satisfeita. E Quinn? A loira sorriu alegre e amplamente, orgulhosa.

–Tudo bem, hobbit. Você ganhou, vai nos ajudar – Santana disse a sentença final. – Chame Puck e nos encontre no armário do zelador na hora do almoço. Não se atrase.

Rachel sorriu vitoriosa.

–Ela está chegando – anunciou a diva depois de alguns minutos olhando para uma pessoa saltitante no meio dos alunos apressados.

Deborah pousou ao lado delas delicadamente e examinou o rosto de cada uma das quatro. Nada anormal.

–O quarteto Faberrittana reunido? Qual a ocasião especial? – perguntou a recém-chegada desconfiada.

Ninguém perguntou que porra era aquilo daquela vez. Não precisavam. Brittany sabia o que era. Santana não se importava. Quinn e Rachel estavam acostumadas com a maluquice da garota.

–Oh, eu super shippo Faberrittana! – exclamou Brittany animada. – Nossa amizade é incrível. Mas não devia ser FaFaberrittana?

–Por quê? – Deborah ficou confusa dessa vez, sem saber do que a amiga falava.

–Porque você também esta inclusa e sem você e suas palhaçadas idiotas, piadas sem graça e sorrisos inoportunos não tem graça! E foi você que nos juntou, devia ter credito também – Deborah sorriu para a loira mais alta e a abraçou de repente, Britt correspondeu surpresa. – Ah, e atos inesperados e imprevisíveis também!

–Eu te amo, Brittany – murmurou Deborah de repente e logo depois “o quarteto Faberrittana” tinha os olhos completamente arregalados. – Eu amo tanto vocês... Tanto.

A surpresa passou para desespero quando a Fabray morena começou a chorar no pescoço de Brittany. A loira mais alta apertou mais a pequena contra si, sem saber como animá-la ou fazê-la parar de chorar, não se importava com o fato de que a atual de sua ex estar a abraçando, Deborah acima de tudo era sua amiga e fazia melhor para Santana.

–D... – Britt estava quase em prantos também. – D... Por que está chorando?

–Eu amo tanto vocês... – repetiu e Rachel se juntou ao abraço.

–Sabemos, baby – disse a diva carinhosamente. – Nós sabemos e também te amamos.

–Claro que sim, de formas diferentes... Mas amamos – disse Quinn. – O que aconteceu?

–Desculpa... – murmurou novamente não respondendo a questão principal.

–Por que está se desculpando? – questionou Quinn preocupada.

–Eu não queria, mas não posso ir contra, é mais forte do que eu... – disse Deborah lentamente entre soluços e se acomodando mais ainda contra o peito de Brittany. – Olhem para o final do corredor... Ele deve estar vindo, estava atrás de mim.

–Quem? – exigiu Rachel.

Mais uma vez Deborah desviou do assunto.

–Mamãe me ligou hoje depois da aula de Literatura para dizer, um juiz estava do lado dele e o advogado dela está fazendo de tudo para reverter a situação... Mas parece impossível – fungou novamente.

–D... Está me confundindo – disse Brittany confusa. – E assustando.

–Russel... – Quinn disse dando para trás e batendo no armário. No final do corredor os alunos davam passagem para o seu pai que passava por eles impotente. – O que ele está fazendo aqui?

Deborah fungou novamente e se afastou minimamente de Brittany somente para encarar a irmã e a namorada.

–Russel conseguiu minha guarda – anunciou tentando controlar o choro. – Em dois dias eu parto para Chicago com ele.

As reações foram diversas.

Brittany apertou mais Deborah no abraço e chorou com ela. Rachel paralisou se separando do abraço como se queimasse e ficou branca. Quinn se curvou como se respirar fosse difícil e estivesse sentindo muita dor. E Santana perdeu a cor, deu dois passos para trás com os olhos lagrimejando, olhou para a namorada implorando para que aquilo não passasse de uma brincadeira e quando encontrou uma resposta negativa, ela quebrou.


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Notas finais do capítulo

Bom, vocês sabem como funciona. Comentários. Eu preciso de comentários.
Eu posso até começar a postar como uma maquina agora, todo santo dia durante um mês. O que eu não garanto que eu consiga, ou talvez os capítulos diminuirão.
Vocês que sabem. Três gigantes por semana ou todo dia pequeno?
Comentem, deixem sua opinião. Tudo só começará com os comentários.