Eu já estava tonta, normalmente isso acontece quando estou tensa ou estressada, logo já vi que estava na enfermaria, mas estava me perguntando: "Por que na enfermaria não na diretoria? Eu que espanquei a coitada "

Veio uma enfermeira, ela segurou meus ombros e, me colocou sentada na cama da grande sala branca conhecida como " enfermaria " ela começou a ver minha testa por baixo de minha franja picotada castanha, ela começou com as perguntas:

– O que aconteceu lá? - ela estava com uma cara séria, não parecia o tipo de enfermeira fácil de impressionar, mas não era nenhuma velha, parecia nova , chuto de estar perto de fazer trinta anos, ela continuou - Olha, não posso te ajudar se você não responder a minha pergunta.

Percebi que passei muito tempo analisando a enfermeira e não respondi a pergunta, gaguejei , eu não estava muito bem com a fala, ela sempre falha quando menos quero:

– Bem...eu...não..sei...- Na verdade eu estava falando a verdade, minha cabeça estava rondando, e eu não havia entendido por que, tudo aquilo aconteceu, por que eu fiz aquilo. A enfermeira me olhou com uma cara séria, tentei explicar a ela, mas não falei sobre as ameças, apenas inventei : " Ela estava me incomodando ".No final ela disse:

– Mas, se foi você que deu um soco no nariz da garota, por que você tem um corte na testa? - Ela me pegou de vez, porque eu realmente não sabia daquele ferimento, "será que eu havia batido em algum lugar enquanto estavam me levando a enfermaria?" pensei. Respondi:

– Eu realmente não sei...- Ela me olhou séria, ela continuou a me interrogar por um tempo, depois me deixou ir. Eu sabia que provavelmente minha mãe iria me matar sabendo que eu cheguei em casa um pouco mais tarde do que eu disse iria chegar, principalmente com um corte na testa.

–****-

Fui para casa de ônibus, a cidade de Londres ficava linda, vendo tudo do segundo andar dos famosos ônibus vermelhos. Cheguei em casa umas sete horas da noite, vi que minha mãe estava me esperando, mas o problema era: ela estava sorrindo. Ela foi andando até mim:

– Então filha, como foi? - Quase engasguei mas, respondi:

–Bem... Mãe, você está bem? - O sorriso no rosto dela aumentou, ela colocou os braços por meus ombros e foi me levando para dentro, respondendo:

– Está surpresa? Eu estou tão feliz! Imagino que tenha ficado com os novos amigos depois da aula, não é? - " Não mãe, na verdade eu espanquei uma colega do clube de tênis, mas tudo bem né? " . Não, não falei isso. Apenas falei:

–É... - Tá bom, pode para de rir, eu falei isso só para não avacalhar com a felicidade dela, ok?