As canções de nossa vida escrita por Andreos


Capítulo 10
Hoje à noite não tem luar, para deuses gêmeos


Notas iniciais do capítulo

Décimo dia de desafio. É, não foi hoje que consegui vencer o capítulo perdido.
Hoje à noite não tem luar, de Legião Urbana, mas originalmente da banda Menudo.
11/09/2014



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Era só alguns dias separado de Thommem, poucos dias, mas Theor já sentia uma saudades que não ficava somente no seu peito. Ela borbulhava por seu corpo e alterava horrivelmente seu humor, de forma a quase matar seus próprios aliados.

Maldições.

Ele ainda podia desistir daquela ideia idiota.

Kalat atacou-o novamente. O deus estava tentando ajudá-lo com a falta de seus dons. Ele ensinava-o formas de lidar com Luminar sem ter a necessidade de usar o fogo, ou a força que já não possuía.

Mas ele estava cansado do tempo quase inexistente entre ele e o irmão.

–Você não pode simplesmente desfazer esse maldito selo?

Ele admitia, estava cansado de tudo aquilo e queria dar atenção a seu irmãozinho, finalmente. Ficar próximo a ele e simplesmente olhá-lo por horas a fio, sabendo que estavam próximos finalmente.

Mas, claro, o deus não pensava da mesma forma.

–Não posso fazer isso, e já lhe expliquei, Theor.

Ele não perdia a paciência, por incrível que pareça. Sabia o que o seu Herdeiro sentia, e não o julgava nem o recriminava. Ele próprio estava morrendo de saudades de seu próprio irmão, aquela criança instável e ranzinza. Pelos seus criadores, ele, sendo um deus, ainda não entendia porque o sangue dos Deuses tinham que herdar suas malditas maldições.

Devia ser a coisa de que a magia tinha um preço, e todos tinham de pagá-lo.

Será que eles não podiam serem simplesmente felizes? Ele daria seu total apoio aos gêmeos, se fosse necessário. Mortais podiam ser tão idiotas, às vezes.

–Eu ainda não entendo. Como um deus não pode desfazer uma magia?

Ok, até mesmo seu Herdeiro tinha espaço para burrice. Ele sabia que o mais novo só não queria aceitar os fatos. Ele achava que sua limitação impediria de proteger seu irmão gêmeo, mas não era dessa forma. Ele podia usar ao seu favor, ele só tinha que tentar.

Mas o sangue de Kalat não era conhecido como cabeça-oca a toa. Até ele tinha de admitir isso, porque, bem, ele não era muito diferente de seus Herdeiros.

–Pare de choramingar. É uma magia antiga, uma magia criada por Har e Kryniier, já lhe expliquei que não posso quebrar magias e maldições.

O deus perdeu seu pouco de paciência. Ele jogou a espada para o lado, e ambos a viram criar uma fenda na coluna e atravessá-la. Encararam-se por alguns segundos antes de rirem, descontraindo o clima tenso de pouco tempo atrás.

As portas foram abertas naquele momento inoportuno, mas Theor sorriu com quem entrava.

–Desculpe incomodá-los. E perdões a intromissão, meu Deus.

Thommem era sempre tão certinho perto de Kalat que ambos, deus e seu Herdeiro, rolaram os olhos e cruzaram os braços. Foi tão automático que eles nem mesmo repararam. Mas o mais novo sim, e ele escondeu um sorriso atrás da mão.

–Posso roubar meu irmão?

Ele perdeu a postura rígida e o deus deu risada, abanando para que eles fossem embora logo. Theor puxou o mais novo pelo braço e eles saíram apressadamente.

Kalat sorriu para a cena.

Era uma noite sem luar para ele, sem seu irmão, mas os gêmeos eram a luz que ele precisava para descontrair-se por enquanto. Ele esperaria o tempo que fosse necessário por mais um tempo com Daevon.

Descontraído, assim como o tempo dos gêmeos mais novos.


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Notas finais do capítulo

Ah, juro que não sabia como escrever esse capítulo. Como bem notado, Spoiler.
Até



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