Querida prima Anne escrita por EmilySofia


Capítulo 12
Capitulo 10


Notas iniciais do capítulo

Esse capitulo mostra um pouco mais do coronel Fitzwilliam e Georgiana.



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Capitulo 10

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“Srta.” Disse o lacaio que entrou segurando uma padeja com uma carta em cima.

“Obrigada.” Agradece a moça. Quebrou o selo e começou a ler.

“Cara Anne,

Consegui me livrar da srta. Bingley no momento e aproveitei para poder escrever a Georgiana e a você é claro.

Nunca vai acreditar no que Charles me aprontou! Na semana passada quando chegamos ele nos avisou que havia um baile e que nós deveríamos ir, - é claro que ele permitiu quem desejasse ficar em Netherfield toda liberdade para ficar. Mas como você pode imaginar eu fui obrigado a ir, ou teria a companhia da srta. Bingley e a sra. Hurst. Não posso imaginar coisa pior! Você esteve reunidas com elas o suficiente para saber que tipo de conversa eu teria.

Enfim, eu deduzi que era mais fácil ficar só em um baile do que na nova casa de nosso novo amigo. Quando chegamos lá foi difícil descobrir o que era pior; estar lá ou não. A música que tocava no salão parou. Isso nunca aconteceu antes! Toda essa atenção. Como eu queria estar ai com vocês, principalmente depois do que aconteceu.

Você sabe que embora eu não gosto de ficar muito só, também não quero ficar rodeado de estranhos. Você talvez goste, eu não.

Fomos apresentados para todos na festa, não me lembro do nome da metade, já basta ter que saber o nome de elite e agora devo decorar o nome de todos que moram nesta cidade?

Perdoe meu humor. A cidade não é desagradável, só me faz sentir desconfortável. E depois de mais um dia com Caroline Bingley não posso ser responsável pelas minhas palavras. Talvez ei reescreva esta carta pela manhã, mas eu desatesto enganar.

Voltando ao assunto anterior. Bingley estava mais que satisfeito de ser apresentados a todos e rever outros. Uma família em especial, na verdade as mulheres dessa família, uma vez que o chefe ele havia conhecido antes. Até agora me lembro da apresentação, não muito bem dos nomes específicos. O senhor falou o seguinte: “Sr. Bingley, permite-me apresentar minha esposa. Sra. Bennet e minhas filhas, srta. Bennet, srta. Bennet, srta. Bennet, srta. Bennet, srta. Bennet.” Por muito pouco meus olhos não saltaram do rosto, esse senhor deve se sentir solitário no meio de tantas mulheres com a mente em vestidos, cabelo, fitas e sapatos. Me lembro apenas do nome das duas mais velhas são a Jane e Elizabeth. A do meio tem um nome comum, mas não é Anne, é tão quieta que não sei se muitos se lembram do seu nome, as mais novas se chamam Kalia e Lívia, não é outra coisa. Não sei como pode esquecer, elas chama tanta atenção. Bem vou me lembrar na próxima carta.

Essas moças segundo me falaram são as mais bonitas da região. Admito que a mais velha é realmente muito bela, mesmo que sorria demais. As mais novas não tem nada de especial. Nenhuma se compara a você ou Georgiana, é claro. Acabo de perceber que fui muto equivocado, a segunda mais velha, Elizabeth pode não ser muito bonita a primeira vista mas, quando se olha de novo ela pode surpreender seus olhos brilham com inteligência e bom humor, a forma do seu rosto é muito bela, e para alguém que nunca deve ter conhecido a alta sociedade ela é naturalmente graciosa em seus movimentos.

Embora as filhas mais velhas são verdadeiras damas, mesmo que não estão na moda, o resto da família se comporta sem se preocupar com boas maneiras. Sim Anne, tenho visto eles depois do baile. Jantamos com eles a dois dias. Eles são a única família nobre neste lugar. Bingley parece ter preferência pela srta. Bennet, só espero que não seja sério.

Ó não a srta. Bingley resolveu olhar no escritório de Bingley e agora não vai me deixar escrever mais. Até a próxima vez que eu conseguir escrever. Tenho que falar com Bingley sobre a tranca quebrada dessa sala, de outro jeito ele nunca vai descobrir,

Seu primo devoto,

Big Fitzwilliam”

A porta se abriu assustando Anne que, deduzindo que não seria incomodada nesta sala, havia sentado com os pés em cima do sofá e se apoiou nos joelhos para ler. Antes que ela pudesse sentar de maneira adequada o intruso a viu.

“Sofie!? Eu sinto muito, o criado me disse que você estava aqui. Eu não teria entrado se eu soubesse!…”

“Tudo bem Rich. Eu devia me sentar direito nas salas publicas.” Ela disse envergonhada.

“Eu passei aqui para cuidar de vocês como prometi a Darcy.” Ele tentou aliviar o clima fazendo cuidar parecer mais uma desculpa esfarrapada para o fato de que ele queria se divertir com suas duas primas e não que era o que ele estava fasendo.

“Entendo.” Olhou para o vestido enquanto se arrumava de forma adequada.

“Você não vai ficar nem um pouco vermelha?” Rich zombou.

“Como?” Ele sabia que ela tinha um leve rubor, mas para um observador desatento ou qualquer outro que não a conhecia não havia nada lá.

“Você é realmente a prima do Darcy. Olhar para baixo e sério não costuma contar como vergonha sabia? Se você fosse tímida estaria em apuros. Você seria muito séria.” Impressionante a capacidade dos Darcy de mostrar uma emoção que vai ser interpretada como outra.

“Como Fitz?”

“Como ele.” Balançou a cabeça sério. Os dois sabiam que seu primo não era sociável. Tinha uma natureza tímida, que as vezes poderia ser interpretado errado. Mas como o ajudava fugir de pessoas interesseiras eles não se importavam. “Diga o que você estava lendo?” Ele apontou a carta.

“Ah. É do Fitz. Quer ler?” Quando eram mais novos os dois estavam acostumados a mostrar as cartas interessantes que recebiam de Darcy um para o outro e comparar as diferenças.
“Eu adoraria! Ele nunca me escreve cartas tão boas como escreve para você.” Ele pegou a carta e leu durante a leitura ninguém falou. Então a risada do coronel rompeu o silêncio.

“Pensei que você fosse rir mais cedo!” Anne tentou não rir mas, a risada do coronel era contagiante.

“Eu ia começar a rir na parte que ele fala do “pobre senhor Bennet” mas, o resto parecia tão interessante.” O coronel fez uma careta que fez a moça rir mais ainda.

“Verdade. Será que ele não percebe a hipocrisia do que ele disse sobre a terceira Bennet?”

“Talvez ele estava muito ocupado olhando a srta. Elizabeth dançar! Quando foi a última vez que ele realmente elogiou uma mulher em carta?”

“Nunca!” Ela gritou com um sorriso no rosto.

“Deus! Ele é tão ruim assim?”

“Um pouco.” A moça riu e o coronel a acompanhou durante um tempo.

“Não conta pra ele que eu li a carta.” Ele tentou parecer preocupado e com medo, sem sucesso. Anne o conhecia muito bem.

“Ele terá que me matar antes!” Ela pôs a mão no coração.

“Ah não!” De repente seu rosto ficou preocupado de verdade. “Ele vai estragar tudo!”

“Por que?” Anne estava confusa.

“Segundo o que ele escreveu o lugar o deixa desconfortável, então…”

“O olhar altivol…” Ela falou consigo mesma enquanto o rapaz apenas acenou com a cabeça. “Você tem que ir pra lá!”

“Não! Darcy me mataria se eu deixasse vocês sozinhas agora!”

“Mas… Agora que ele achou alguém vai precisar de ajuda.”

“Ele já se apaixonou antes e não precisou de ajuda Sofie!”

“Mas ele tinha a gente por perto para melhorar o humor dele.”

“E agora ele tem o Bingley. Você viu como o rapaz consegue deixar ele a vontade.”

“Ao contrário da irmã dele. Aquela mulher é terrível.”

“Eu sei. E ela me odeia.” Ele riu um pouco. “Não consigo resisto de provocar, ela faz ótimas caretas.”

“Ela também parece me odiar.” A moça também estava rindo. “As caretas dela!” E caiu na gargalhada quando o coronel fez uma. Durante um tempo os dois não conseguiam parar de rir. O coronel foi o primeiro. Ele olhou para Sofie por algum tempo até que ela lhe deu um olhar que perguntava “Que foi, por que você está me olhando assim?”. O bom coronel limpou a garganta desconfortável antes de falar.

“Uhum! Ah… Cadê a Georgi?”

“Ouça... Ela está tendo aula de piano agora.”

“E você não faz aula não?” Ele provocou.

“Não é possível o professor dar duas aulas diferentes é?”

“Calma Sofie! Menina brava. Se fosse permitido mulheres na guerra você certamente seria uma heroína!”

“Algumas mulheres foram pra guerra.”

“E nunca deu certo!”

“Nós realmente estamos falando sobre isso?”

“É tem razão. Não é uma conversa para uma dama.”

“Me poupe! Posso conversar do que você quiser.”

“Agora que tal um jogo enquanto esperamos?” Ele sentiu que se fossem conversar agora não ia ser um a conversa muito produtiva.

“Que jogo?”

“Qualquer um desde que não fale sobre rendas e vestidos!”

“Engraçadinho!” Ela disse com raiva simulada. “Tem um tabuleiro de xadrez naquela gaveta.”

“Xadrez?” Ele levantou a sobrancelha.

“Só pega o tabuleiro.” Ela lançou um olhar irritado. Como se derrotado ele baixou os ombros e caminhou na direção apontada.

“Aqui?”

“Não a de baixo… é…”

“Já vou avisando Sofie vou ganhar de você!”

“Nunca! Só porque você é soldado não significa que pode prever minhas jogadas.” Ela o desafiou.

“Quer apostar?”

“Uma dama não faz apostas Rich.”

“Se você fizesse uma aposta não deixaria de ser a dama que você é.” Ele disse com um brilho no olhar.

“Vamos só jogar, tudo bem?” Ela não estava confortável com os elogios disfarçados. Ele sempre tinha feito esse tipo de elogio para ela, mas agora depois de tantos anos, ela podia corar, o quase corar como diria o coronel.

“Sim, senhora!” Ele fez um reverencia antes de sentar para arrumar o jogo. Jogaram até que Georgiana se juntou aos dois. O coronel Fitzwilliam ficou até o jantar e depois foi para a casa de seus pais. Ele não podia ficar na casa de Darcy uma vez que Anne não era verdadeiramente sua prima e o dono não estava lá. Richard lamentou esse arranjo, mas estava feliz em poder passar ao menos as tardes em companhia das duas moças.



Três dias depois Anne recebeu uma nova carta. Deste vez Richard estava lá e viu sua reação ao ler a carta que dizia o seguinte:

“Minha querida prima,

As pessoas desta cidade parecem gostar muito de Bingley. Ele tem talento para agradar onde quer que vá. Se ele vai a jantares sempre faz todos satisfeitos, mas ultimamente você diria que ele se tronou um homem distraído. Não deixou de dar atenção a ninguém somente sua atenção está sempre focada na srta. Bennet. Ele costuma ficar nervoso perto dela e se tornar um pouco gago. Se não fosse terrivelmente mal educado rir em publico de alguém que está do seu lado, eu temo que teria caído na gargalhada no jantar na casa de Sir William Lucas. Ele parace ter medo de agradar seu Anjo. Eu acho difícil isso acontecer já que não é difícil tirar sorrisos da moça. E que a gagueira costuma ir embora depois de um sorriso da dama, para minha sorte.

Bingley agora resolveu me provocar. No mesmo jantar que comentei acima ela fez uma observação muito incomoda. É melhor contar tudo do começo; srta. Elizabeth estava conversando perto de mim e eu por acaso ouvi a conversa. De repente a moça se vira pra mim e faz uma pergunta com humor zombeteiro brilhando em seus olhos, como você costuma fazer. Sua amiga a provoca dizendo que iriamos rir dela em breve quando ela tocasse o piano e cantasse. Quando ela cantou eu não vi motivos para rir; a voz dela era linda, mais linda que a sua ou de Georgiana. Logo ela deixou o piano e sua irmã, Mary a terceira mais velha, tomou seu lugar e logo as mais novas, Catherine e Lydia, a conversaram tocara algo para que possam dançar, ao que parece é só o que se passa em suas cabeças. Srta. Elizabeth então veio para o lado da sala onde eu estava tentando conversar com Sir William. Esse cavalheiro quando a viu passando sugeriu que nós dançássemos ela recusou, mesmo quando eu pedi, ela também não deve gostar de dançar com estranhos. Quando ela recusou pela última vez olhou para mim com um olhar brincalhão e aquele brilho que eu ainda não reconheço. Eu fui então deixado sozinho, até que Caroline Bingley veio dizer que sabia que a festa não me agradava. Quando eu respondi meus pensamentos ela sugeriu que minha intenção de pedir a srta. Elizabeth em casamento e como você ficaria decepcionada comigo. Nesta noite eu descobri como vocês mulheres tem a mente rápida, uma vez que você também fez uma sugestão parecida em suas cartas. Aqui vai minha resposta as duas: enquanto a mulher pula de conhecidos a noivos, o homem prefere fazer tudo lentamente para ter mais chance de felicidade e não deixar a sorte tomar conta.

Creio que minha carta está longa e, devo aproveitar o tempo enquanto srta. Bingley está ocupada e não vem me atrapalhar. Logo mando uma carta maís detalhada sobre o que acontece aqui, mesmo que eu imagino que a rotina não é muito animadora.

Atenciosamnete

Fitzwilliam”

“Você parece ter gostado da carta. Sofie.”

“Sim, muito. Tom.” Richard pegou a carta enquanto Georgiana olhava confusa.

“Nós sempre fazemos isso querida. Mas não conte ao seu irmão, Rich não sobreviveria um dia depois que ele descobriu.

“Como?” Então e moça sorriu. “Ah! Você estava brincando!” Ela deu um leve risadinha.

“Sim, mas eu falo sério quando digo para não contar.”

“Eu não conseguiria esconder isso dele, você sabe. Mas desde que ele não pergunte eu não conto.” Então o coronel bufou em zombaria.

“O quê é isso no fim da carta?”

“Isso é Fitzwilliam Darcy.”
“Magoado ou aborrecido?”

“Não sei.” Anne segurou o riso. “Mas você viu o resto da carta?”

“Lógico! Essa Elizabeth parece ser como você, Sofie. E também parece entender o humor dele. Te avisei que não precisava se preocupar.”

“Quem é Elizabeth?”

“Seu irmão não disse nada na carta que ele te mandou Georgi?”

“Não.”

“O que ele disse, então?” Anne ficou curiosa

“Que ele conheceu muitas famílias e que uma delas tem cinco filhas.”

“Ele não citou a Srta. Elizabeth?” Richard forçou a voz no nome da moça com humor.

“Não, não mesmo.” A menina continuava confusa. Mesmo que os irmão eram próximo, ainda havia muitas coisas sobre ele que Georgiana não entendia, por causa da diferença de idade.

“Que interessante Sofie…” Seu olhar disse tudo para a Anne.

“Você acha…” Ela disse, os olhos brilhando de excitação.

“Com certeza!” Ele começou a imaginar como poderia provocar seu primo sobre isso.

“Mas nós temos que ter certeza que ela não está atrás do dinheiro dele.”

“O quê está acontecendo?” Georgiana ficava cada vez mais curiosa com a conversa de sues primos.

“Você sugere que ele vá falar com ela.”

“Ah ele vai falar com ela sim. Quando conseguir coragem. E se ela o enganar?” Eles não ouviram a garota.

“Ele é mais esperto que isso Anne. Você não esteve aqui nos últimos anos mas, eu sei que ele não vai ser enganado por isso.”

“Por que ele vai ser enganado?” Ela tentou de novo.

“Tem certeza?” Eles ainda não ouviram.

“Lógico!”

“Mas mesmo assim eu quero ter certeza.” Ela disse pensativa.

“Por favor, respondam!” Georgiana já estava perdendo as esperança e a voz. Ela não entendia com esses dois conseguiram esquecer que ela estava na sala.

“Vocês duas logo estão indo para”

“Giorgi! Perdão, pode falar.”

“Pedão meu anjinho, eu não te ouvi.” Se ela fosse como Anne teria falado algo como: “percebi!”, mas ela não queria magoar seus primos.

“Ah...É… O que aconteceu com meu… irmão?” Diante da inocência da moça os dois se seguraram para não rir da moça. Contaram então sua suspeita que o sr. Darcy de Pemberly estava apaixonado. Gorgiana no começo achou improvável, mas depois aceitou, afinal seus primos entendiam seu irmão melhor que ela. Juntos, os três bolaram como iriam conhecer essa mulher que havia conquistado Fitzwilliam. Ficou decidido que quando as moças fossem finalmente para Hetfordshire o coronel arranjaria um negócio importante com o primo depois de duas semanas. Todos estavam satisfeito com o plano e a noite se despediram animados sobre a idéia de conhecer a famosa srta. Elizabeth.

A srta. Elizabeth, não tinha a menor ideia de ser tão famosa. Na verdade a única coisa que passava em sua mente era sobre como o sr. Darcy era orgulhoso, desagradável e parecia ter o costume de procurar defeito nela, todo instante quando estavam juntos ele ai olhar para ela com reprovação. Isso estava deixando ela irritada.


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Notas finais do capítulo

Como ficou o coronel? ;)



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