O Alvorecer De Um Novo Sol escrita por Marimachan


Capítulo 52
Capítulo Extra III - Eternamente Sorrindo


Notas iniciais do capítulo

Boa noite, pessoal. ^^
Bem, eu sei que havia prometido outro conteúdo nesse extra para alguns dos meus leitores, mas ainda não me veio a inspiração p ele e agr há pouquinho de repente me bateu uma vontade absurda de escrever alguma coisa triste. Eu já disse q de vez em qd me dá uns surtos assim e não tenho como controlar. jfsdjkgffsjkg' Então, para aqueles q esperavam outra coisa, me perdoem, prometo q o próximo será o q eu disse q seria. Aqueles q esperavam capítulo novo, não se preocupem, no máximo semana q vem o trago. E para aqueles q n esperavam nada, aí está Mugiwaras saindo do forno. :3
Meu coração sempre se parte em dois qd escrevo sobre isso. :'( E ainda, pra ajudar, escrevi ouvindo a versão acústica de See You Again... ~lê um coração sendo quebrado em infinitas partes~
Enfim... Boa leitura! ;)



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Os flocos de neve caíam devagar. O frio daquela manhã, porém, não era maior que o que preenchia a alma da navegadora do Thousand Sunny. Na verdade, não era maior que o frio que cada um dos tripulantes do navio sentiam no peito. O vazio e a angústia que as palavras da pequena rena médica do bando trouxeram na noite anterior devastou cada mísera fagulha de alegria que restava nos corações daqueles piratas por conta da festa que fizeram no último fim de semana.

Eles haviam chegado ao topo, feito de seu capitão o Rei dos Piratas. Haviam descoberto segredos sobre o mundo que nunca imaginariam conhecer. Tinham realizado sonhos que pareciam inalcançáveis e em alguns anos realizariam os que ainda restavam. Mas de que adiantou tudo isso no final das contas? Do que adiantou sonhar tão alto, chegar tão longe, se a realidade se tornou muito pior e mais dolorosa?

Tais perguntas vagavam pela mente da ruiva, embora não tenha obtido resposta alguma além do vento soprando frio em seu rosto alvo.

E então percebeu: o Sunny nunca estivera tão quieto quanto estava naquela manhã de segunda-feira. Olhou ao redor e só então notou que o convés não estava vazio.

Sanji fumava num canto, escorado sobre a madeira que delimitava o navio, olhando fixamente para os flocos que se desfaziam nas águas oceânicas; Robin, pela primeira vez de que Nami se lembrava, não lia o livro que abandonou sobre a mesinha ao seu lado, estava perdida em algum ponto distante no horizonte; Zoro afiava suas espadas, mas não parecia se entreter àquilo, seu olhar parecia vagar no gesto de suas mãos, a mente, porém, vagava muito além dali; Usopp consertava o clima tact, que fora danificado na última luta, mas nunca o vira tão distraído de sua tarefa antes; Brook ajudava Chopper a prensar algumas ervas medicinais, entretanto, o esqueleto sempre tão animado e conversador não trocava uma única palavra com o pequeno, seus instrumentos foram largados em algum canto do deque; Chopper parecia se empenhar em sua tarefa, mas lágrimas solitárias costumavam marejar seus grandes olhos, as quais ele tratava de limpar imediatamente e então voltava ao trabalho; Franky limpava a neve que começava a acumular sobre a grama do convés e mesmo que parecesse concentrado em seu trabalho, seus olhos estavam tão vagos quanto o de todos os outros companheiros.

Nami dali de cima então percebeu mais uma coisa: embora a sombra do silêncio pairasse sobre toda a embarcação, o único que não se encontrava por ali era aquele de quem provinha toda a dor que os piratas sentiam.

Luffy não havia saído do quarto ainda.

O que será que se passava pela cabeça do capitão naquele momento?

Desde que Chopper constatara a presença de sua doença incurável ele não dissera uma única palavra. Ainda assim, a garota observou, no instante em que toda a tripulação estava desabando na enfermaria, Luffy não demonstrou fraqueza ou qualquer outro sentimento parecido em momento algum. Tudo o que ela enxergava era determinação e certo quê de desafio no olhar do companheiro. O que será que ele estava sentindo agora? Tanta dor quanto ela mesma sentia ou algo diferente?

Sorriu fraco.

Provavelmente nunca teria a resposta para aquela pergunta. Luffy, em todos os anos que passaram juntos, nunca revelou qualquer sentimento de dor a qualquer um deles. Sempre demonstrou força e sorrisos.

Montes e montes de sorrisos...

― Já chega disso! ― o grito tão conhecido quebrou a quietude, assustando os presentes.

Luffy acabara de sair do quarto e não parecia ter gostado muito do silêncio absurdo em seu navio, porque sua expressão dizia isso. A tripulação agora o encarava surpresa e confusa.

― Do que está falando, Luffy? ― Usopp fez a pergunta que todos queriam fazer, mesmo que já soubessem a resposta.

― Vamos para Saigo! Eu quero ver o Shanks. ― parou um minuto, parecendo pensativo. ― E acho que vou chamar o Rayleigh também. ― voltou a sorrir. ― Vamos fazer um banquete que vai durar uma semana! O Shanks bêbado é engraçado. Shishishishi.

A expressão que pairava no rosto de cada Mugiwara era de total perplexidade.

― O que estão olhando?! O navio não vai pra lá sozinho, sabiam?! Andem logo! ― ordenou, já se encaminhando para a cabeça de leão, que permanecia imponente à frente da embarcação. Seu sorriso continuava largo, e com este deixara bem claro que não iria permitir tanto silêncio em seu navio.

Nami, por sua vez, só sentiu as duas únicas lágrimas deixando seus olhos, porque o líquido quente entrou em choque com sua pele fria. Observou então cada um de seus nakamas e constatou, pelos sorrisos tristes e pelo brilho de mesmo teor nos olhos, que se perguntavam a mesma coisa que ela...

Até quando seriam presenteados com aquele sorriso?


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Notas finais do capítulo

Até mais. ^^



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