Quando Mary voltou para Downton, Lord Gillingham voltou com ela. Ele estava lhe pondo em nervos, não tanto quanto Richard Carlisle, mas ele não era quem ela queria por perto.

Tom e Mary tinham caçado algumas vezes coelhos para a Sra Patmore e Tony já tinha ido com eles uma vez; Como era o prato favorito de Tony, Cora queria muito que fosse servido e pediu para Tom ir á caça, quando Mary se ofereceu para ser sua ajudante Tony se ofereceu para ir também.

"Mas você não gosta de caçar Tony, me disse isso da outra vez" Mary disse tentando despistá-lo. "Eu vou, nem que for para segurar a arma." E então estava decidido. Tom achou que estaria preparado para isso, só que não estava.

Tony ficava tocando Mary a todo momento e fazendo ela se sentir desconfortável, enquanto Tom tentava se concentrar na caça ele tentava agarrá-la.

Tom olhou pra trás irritado e Mary se assustou, então ele sorriu para ela e disse: "Você não quer tentar?". Mary ficou surpresa: "Faz tempo que não atiro!" ela disse sorrindo. Tom olhou para ela de forma maliciosa "Eu te ajudo"

Mary estava intrigada sobre o que Tom tentava fazer mas decidiu que isso poderia ser excitante, então foi. "O que você está fazendo?" - Mary disse cochichando; Tom sorriu pra ela, se posicionou por trás, colocou a mão no joelho dela e disse "Flexione mais" olhou para trás e disse "Tony você pode chegar só um pouco mais para trás para não atrapalhar a visão periférica dela?" Firmou as mãos de Mary na arma, ajudando-a com a mira, aproximou mais o seu corpo pressionando-o contra o dela, fazendo com que ela soltasse um leve gemido, e disse baixinho no ouvido dela: "Concentração, eu apenas estou trazendo a sensualidade de volta, porque alguns homens não sabem como agir com as mulheres"

"Você está me colocando em apuros, isso sim!" Ela dizia quase sem sair nenhuma voz. Tom pensava consigo mesmo: "Se essa é a sua garota, é melhor você prestar atenção, porque eu vou fazê-la pegar fogo!". Ele deslizou as mãos pelos braços dela e nesse momento Tony tossiu desconfortável lá atrás, Tom se virou rapidamente e fez sinal com a mão pedindo silêncio. Voltou a segurá-la, só que agora mais forte.

"Você tem algo especial aqui atrás, posso sentir" Ele disse colocando discretamente uma das mãos em seu quadril e uma nos ombros dela. Mary controlou o riso -"Oh, cale a boca!"

Mary decidiu entrar no jogo dele e balançou os quadris e com esse movimento, ela despertou mais coisas do que ela poderia imaginar. Ela então virou discretamente e olhou nos olhos dele: "Cuidado com isso!"

"Você sabe que eu tenho tomado muito cuidado com isso, mas se quiser, podemos compensar esse atraso" Mary estava sem fôlego, fazia muito tempo que ela o queria e de repente Tom começou a fazer toda a sexualidade aflorar dentro dela novamente. Ela estava sentindo o corpo aquecido de Tom pressionado no dela e o desejo queimava entre os dois. "Algum problema com a arma?" Tony cortou o silêncio.

"Acho que ela travou, vou tentar arrumar, você não quer ir no carro buscar a arma reserva?" Tom soltou Mary por um instante e ela aproveitou o momento para recuperar o fôlego. "Não podemos voltar outro dia?" Tony tentou persuadi-los ; "Oh, mamãe vai ficar arrasada se não conseguirmos nenhum coelho" - Mary virou pra falar, ainda ruborizada.

Tony foi até o carro que estava a quase meio km de distância; Tom fez que ia arrumar a arma.

Quando Tony estava fora das vistas dele Tom jogou a arma no chão e puxou Mary pra ele "Eu não suporto vê-lo perto de você!" Ela então o beijou "Tom o que foi aquilo, eu quase... quase..." Mary não tinha palavras para expressar o que teria acontecido com ela se Tom tivesse continuado."Esse idiota não sabe como agir, então eu estava querendo compensar o que te falta". Tom estava tenso, furioso e enciumado; Era a combinação perfeita para que um homem como ele perdesse as estribeiras. Mary não era nenhuma santa, e ela o amava e por tanto tempo, o desejava. Ela o puxou pelo colarinho "Agora que você começou, termine"

Tom sorriu pra ela "Você é mais atrevida do que eu imaginava" e então os dois beijaram de forma intensa novamente "Quando voltarmos pra casa nós terminamos isso, eu prometo"

Ele sabia que Tony já deveria estar na metade do caminho de volta "Agora vamos caçar logo esse coelho" então voltou a colocar Mary em sua frente e os dois tentaram prestar mais atenção na caça do que neles, embora fosse difícil devido a atração dos corpos que eram tão próximos. Quando Tony estava chegando perto viu Mary atirar, Tom a segurou depois do impacto, "Você pegou!" ele gritou feliz.

"Eu estou impressionado com o que eu vi" Tony disse.

"Tom é um ótimo parceiro, então eu sou sortuda" Mary replicou enquanto caminhavam.

"Eu sou o único sortudo aqui" Tom disse olhando para ela.

"E sobre seus planos de morar na América, Tom?" Gillingham perguntou visivelmente enciumado pela troca de elogios que acabara de escutar.

"Nada certo ainda" Tom disse se preparando para atirar em um coelho avistado. "Aqui está seu homem" ele gritou quando viu que acertara o coelho. Quando Tom saiu para buscá-lo Tony trouxe á tona a conversa sobre a propriedade e o casamento; ele não fazia ideia de que Mary sabia sobre a divida do seu pai para com ele. Quando chegou na parte do casório, Mary mais uma vez pediu para ele esperar ela ter certeza. Tom voltou "Bem, está ficando tarde, precisamos voltar pra casa e entregar a carne para Sra Patmore limpar" e Mary rapidamente concordou.

Quando eles chegaram da caça, Mary disse que estava muito cansada e que precisava dormir um pouco, não estava acostumada a acordar tão cedo. "Depois do almoço nos falamos" e ela se despediu de Tony. Subiu e correu para o quarto de Tom que a agarrou, colocando-a em seu colo levando-a para cama. "Essa é a maior das loucuras que nós já fizemos em toda nossa vida!" Ele dizia enquanto a despia; "E olha que já fizemos muitas" ela afirmou puxando o corpo dele sobre o corpo dela. Ele conseguiu despertar toda sensualidade que podia existir entre um homem e uma mulher, ela precisava sentir e provar dele, os dois não queriam mais resistir a nada.

Eles finalmente estavam fazendo amor. Ainda era de dia, nem nove horas da manhã, toda a casa estava acordada e por isso eles tiveram que fazer o mínimo de ruído possível mesmo sabendo que a essa hora todos já estavam lá embaixo. Mesmo com as cortinas fechadas ainda estava um pouco claro e ele podia vê-la; Cada pedacinho do seu corpo estava ao alcance de suas mãos e de seus olhos e olhar para o rosto apaixonado e cheio de prazer de Mary fazia Tom amá-la ainda mais. Eles eram um só agora, em um ritmo acelerado, frenético e mesmo assim doce e terno, para cada gemido abafado dela, ele sussurrava "Eu te amo" em seus ouvidos e não demorou muito para que os dois chegassem ao clímax da paixão, juntos. A respiração ainda estava ofegante, ela ficou agarrada nele. "Eu não quero ir embora" - ela sussurrou e Tom respondeu:"Eu não quero te deixar ir"; ele passava a mão nos cabelos úmidos e embaraçados dela. Mary olhou nos olhos dele, o beijou e declarou: "Eu te amo tanto que não posso suportar a ideia de que não vai ser você ao meu lado quando eu estiver envelhecendo"

"Você é minha Mary e o destino vai ter que entender isso, é só uma questão de tempo, não tenha medo, acredite em mim"

Depois de um beijo e mais algumas repetidas promessas de que tudo ficaria bem, Mary sorrateiramente foi para seu quarto e chamou Anna para preparar um banho.

Ela era dele agora e ele pertencia a ela também. "Eu sou do meu amado e ele é meu" ela se lembrou dessa frase embora não soubesse nem de onde isso surgiu. "Você está tão feliz hoje Milady, não consigo me lembrar da última vez que te vi assim" Anna comentou com ela. "Eu sei. E espero me sentir assim por toda a minha vida se Deus me permitir." ela respondeu com o rosto radiante.