Aquela viagem não estava sendo nada fácil para Dean. O Impala parecia imenso, mais do que jamais fora, mesmo nos tempos em que ele viajava sozinho em busca do pai, antes de Sam… Embora ele fizesse força para pensar que era a falta de costume da ausência do irmão, sabia por trás dela que era algo maior que isso.

Por um segundo, eu estava no controle
Eu tinha isso, embora eu tenha perdido
E o tempo todo, o fogo lá embaixo aumentava

Diabo, Lavignia, você tinha que ser tão inconsequente?! Em um dia tudo te parece um absurdo, você não acredita em céu, em inferno, em deus e no diabo… No outro, você fica obcecada com essa ideia de apreender tudo o que pode a respeito do que ignorou a vida inteira, e se coloca em risco sem mais ou menos. Você não sabe que está condenada pelo simples fato de termos cruzado seu caminho?!... E que nada te aconteça, você não tem esse direito de me impregnar de si mesma e depois se deixar levar...

Lembre-se, era uma vez
Quando eu era seu, e você era cega
O fogo brilhava em seus olhos
E nos meus

E todas as suas perguntas o levavam direto para a imagem do seu pesadelo, medo mais absurdo e mais provável, porém, pela primeira vez, seu coração doía mais que seu ego, sua garganta se contraía mais que as suas culpas… Pela primeira vez já não era apenas por ele, mas ele por meio dela e isso mudava completamente a perspectiva, se fosse capaz de enxergar…

Se você não me ama, minta, minta para mim
Só diga que você me ama
[...]
Chame isso de amor verdadeiro