Cheguei em casa cansado e com dor de cabeça. Tinha tido várias reuniões na compania e desde que Felicity tinha decidido deixar o cargo de minha assistente para montar sua própria empresa tudo lá parecia ainda pior. Não que eu não tivesse apoiado a sua decisão, especialmente por ter sido tomada com o intuito de trabalhar de casa e poder ficar mais tempo com nossa filha Emily, na época apenas um bebê e hoje já com três anos. Estávamos casados há cinco anos e não posso dizer que já tomei melhor decisão do que essa.

Assim que abri a porta da nossa casa e vi as duas na sala, foi como todo o estresse deixasse meu corpo. Felicity estava deitada no sofá abraçada com Emily e “Meu malvado favorito 2” rodando na televisão, as duas cantando a música do filme, Happy. Parei no batente da porta e as observei. Emily se levantou e começou a pular no tapete acompanhando o ritmo da música. Felicity então se sentou, rindo com a filha. Passaram-se alguns minutos até Emily me ver e vir correndo até mim.

- Papaaaaaaaaaaai – ela gritou enquanto vinha. Abaixei-me e a peguei no coloco, lhe dando um beijo na bochecha.

- Oi, minha princesa.

- Oi, papai. Vem assistir o filme com a mamãe e eu. – Ela pede e, como sempre, eu vou.

Me sento ao lado de Felicity e coloco a menina no chão, que se senta no tapete a nossa frente, prestando atenção no filme. Viro-me para ela e a beijo docemente.

- Tudo bem?

- Tudo sim, Oliver, como sempre. – Ela responde revirando os olhos. Todos os dias era a mesma coisa.

- Que bom. – Digo sorrindo e a beijo rapidamente de novo.

Passo um braço por seus ombros e nos recostamos no sofá, sua cabeça em meu ombro e meu outro braço a envolvendo pela cintura. Não estava realmente vendo o filme, mas aproveitando aquele momento tão cotidiano, mas que que anos atrás nunca me imaginaria vivendo.