Confusões, Confissões e Paixões! escrita por Suzanna


Capítulo 62
Casar?


Notas iniciais do capítulo

Trailer Oficial: https://www.youtube.com/watch?v=7hu1F_trshw
Confiram!



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__ MÃE! – gritei assim que a vi cambaleando para o lado e prestes á cair no chão se não fosse por Ian que a segurou.

Ela estava apagada, a notícia fora muito forte e agora eu me sentia culpada:

__ Senhora Hudson... – chamou Ian numa tentativa falha de acorda-la.

Corri para o quarto e peguei um frasco de um perfume forte do Ian e voltei-nos mesmos passos até a sala, posicionei o frasco perto de seu nariz e logo vi seus olhos abrindo devagar e ela tossindo por conta do cheiro forte. Ian a colocou deitada no sofá e ela logo me fitou interrogativa:

__ A senhora desmaiou... Eu não deveria ter contado assim! – resmunguei me ajoelhando ao seu lado e deixando uma lagrima escapar dos meus olhos.

__ Não, meu anjo! Eu adorei saber que vou ter um neto... – ela disse tocando meu rosto e se sentando de frente para mim.

__ Jura mãe? – perguntei sorrindo aliviada.

__ Claro. Que avó não gosta de saber que ganhara um neto e ainda mais de uma filha tão especial e um genro tão amável. – ela disse chamando Ian com a mão que se ajoelhou ao meu lado, ela pegou minha mão e a mão dele e as colocou juntas.

__ Eu quero vê-los sempre assim... Juntos e unidos! – completou fazendo nossas mãos entrelaçarem.

__ Nunca deixarei sua filha, senhora Hudson. Eu á amo! – disse Ian.

__ Eu sei... – ela disse abraçando-o.

Ela tem a capacidade de ouvir o silencio.
Adivinhar sentimentos.
Encontrar a palavra certa nos momentos incertos.
Nos fortalecer quanto tudo ao nosso redor parece ruir.
Sabedoria emprestada dos deuses para nos proteger e amparar.

Sua existência é sim um ato de amor.
Gerar, cuidar, nutrir.
Amar, amar, amar...
Amar incondicionalmente sem esperar nada em troca
Afeto desmedido e incontido, mãe é um ser infinito.

Uma semana havia se passado e meu pai ainda não aceitara o fato de eu está gravida, quando minha contou a ele, logo me ligou pedindo para que eu tomasse cuidado e que ele estava transtornado, jurando que mataria o Ian.

Eu estava em casa, depois de um dia normal de colégio, Emily estava comigo, ela jurou que assistiríamos a um filme sem muito sangue e terror para não me fazer mal, tipo tomar sustos e enjoos. Mas, ela mentiu. Lá estávamos nós assistindo Sillent Hill, o filme exatamente de tortura.

__ Emily, abaixa o volume, essa garota grita demais! – reclamei me referindo aos gritos que eu ouvia e pensava ser do filme.

__ Não é ela que está gritando. O barulho vem lá de fora! – ela disse sem me encarar, focada no filme e engolindo uma mão de pipoca.

E então meu coração apertou, vindo às palavras de minha mãe em minha mente – seu pai tentará algo contra Ian – arregalei os olhos e me levantei num pulo, indo até a janela:

__ Quanta curiosidade, Lucy. Vem ver o filme, essa parte é massa. – resmungou a morena de boca cheia.

E então meu mundo desabou:

__ Emily é o meu pai... Ele está batendo no Ian! – gritei correndo para porta e a abrindo, desesperada.

__ Lucy, me espera... – fora só o que eu ouvi, antes de correr escadas abaixo.

__ PAI, PARA! – gritei assim que me aproximei.

Ele jogara Ian sobre o capô do carro e socava seu rosto enquanto o mesmo não reagia, somente recebia os golpes já com os lábios e a sobrancelhas sangrando:

__ Lucy, entra... – Ian sussurrou tentando me proteger.

__ SOLTA ELE... – gritei agarrando meu pai pelas costas e tentando tira-lo de cima do Ian.

__ EU VOU ACABAR COM ESSE DESGRAÇADO! QUEM ELE PENSA QUE É PARA ENGRAVIDAR MINHA FILHA?! – gritou me empurrando.

__ ELE É O HOMEM QUE VOCÊ NUNCA FOI... – gritei de volta, meu pai parou com o soco no ar e se virou me fitando, seus olhos lacrimejados e sua feição decepcionada.

__ LUCY! – gritou Emily aparecendo na escada.

__ Sai daqui... Antes que eu chame a policia. – resmunguei para meu pai de cabeça baixa e com uma dor forte no peito.

__ Você não faria... – resmungou de volta.

__ Sim, eu faria! – revidei levantando o olhar e o mostrando toda minha decepção, passei por ele e fui até Ian, o ajudando a se levantar e o abraçando.

__ Lucy... – eu o cortara.

__ Some daqui! – ordenei de costas para ele, deixando as lagrimas saírem de meus olhos, enquanto Ian me fitava dolorido e acariciava meus cabelos.

__ Ele se foi... – disse Emily se aproximando.

E então tudo escureceu, tive tempo somente de sentir Ian me segurar antes do meu corpo cair...

***

Abri os olhos, vendo a única coisa que eu queria naquele momento. O dono do sorriso mais lindo, dos olhos mais penetrantes e do coração mais apaixonante de todos:

__ Como se senti? – Ian perguntou tocando minha testa, estávamos em nossa cama, eu deitada e ele sentando ao meu lado.

__ Bem... Você até que fica sexy com o lábio sangrando! – eu brinquei e ele riu.

__ Estava preocupado... – ele resmungou me puxando para me sentar e me abraçando forte.

__ Nós estamos bem... – sussurrei me referindo á mim e ao bebê.

__ Onde está Emily? – perguntei me soltando do abraço.

__ Na sala com sua mãe e seus irmãos! – respondeu.

__ Deve ter sido um choque para eles. – suspirei.

Ian me ajudou á chegar à sala e então eu os vi, eles correram para cima de mim, em abraçando e chorando feitas quatro crianças:

__ Eu ainda não acredito que o papai fez isso... – choramingou Selena.

__ Nem eu... – rebati.

__ Tenho vontade de mata-lo! – bufou Pietro.

__ Não diga isso... – repreendeu minha mãe.

__ Como está querida? – perguntou logo depois.

__ Bem. – respondi sorrindo.

__ E o bebê? – perguntou Emily.

__ Com fome! – respondi e eles sorriram animados.

Enquanto os outros preparavam um lanche na cozinha, minha mãe me chamou para conversar na sala:

__ Eu vou pedir divórcio! – informou-me.

__ O que?! – eu não acreditava no que estava ouvindo.

__ Eu vou me separar do seu pai. Seus irmãos já sabem e disseram que irão morar comigo, então se você quiser... – disse.

__ Mãe, não faz mais sentido eu morar com a senhora estando gravida do Ian e além do mais, nós pretendemos nos casar logo! – respondi.

__ E oque estão esperando? Sua barriga não caber mais em um vestido? – disse.

__ Não, eu... – ela me interrompera.

__ IAN! – gritou fazendo o mesmo correr para sala.

__ O que houve? – perguntou preocupado vindo me minha direção.

__ Por que ainda não pediu minha filha em casamento? – perguntou.

__ Mãe... – a repreendi ouvindo risos dos meus irmãos e da morena.

__ Eu já pedi senhora Hudson! – respondeu ele.

__ E o que estão esperando? – perguntou ela.

__ Na verdade nada! Falarei com o padre amanhã mesmo. – Ian respondeu sorrindo fantasticamente e me olhando enquanto eu me mantinha surpresa.

__ Eu quero ser a madrinha! – disse Selena arrancando risos e uma pequena discussão com Emily, já que as duas queriam.

***

Eu ajeitava minha roupa enquanto escutava os resmungos de Charles ao meu lado, ele estava puto da vida por saber que eu ia me casar e ainda mais que seria daqui a um mês. Os outros estavam felizes, eu ainda tinha que decidir quem seriam os meus padrinhos e minhas madrinhas, Ian tinha que me apresentar à família dele, e isso era o que mais me incomodava. O que eles achariam de mim?! O que falariam da minha idade?! E o que diriam a respeito do bebê?!

__ Ainda com a paranoia da família dele na mente? – perguntou Cristal atrás de mim, eu havia dito às meninas que eu estava preocupada.

__ Sim! – respondi mordiscando minha unha.

__ Relaxa. Eles vão te amar. Quem não te ama?! – disse sorrindo meiga.

__ Obrigada sua fofa! – eu disse a abraçando.

***

Uma semana se passou e eu ajudava minha mãe na mudança juntamente com meus amigos e meus irmãos, ela já tinha conseguido o divorcio. Meu pai nos observava da janela e eu morria de medo dele tentar algo. Assim que fomos embora de lá, senti um alivio imenso. Minha mãe comprara uma casa simples e bem confortável no mesmo bairro que o apartamento do Ian.

Estava ajudando Selena arrumar seu novo quarto quando senti meu celular vibrar:

“Amor, meus pais chegaram. Jantaremos juntos
hoje á noite!” – Ian.

E meu coração deu um pulo, não tinha mais para onde correr!

(...) E que Deus me ajude!


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