O relógio antigo de carvalho escuro que ficava no canto da sala fazia um barulho que agora me irritava profundamente, essa semana não tinha sido nada divertida.

Minha querida neta não fala mais comigo e tudo é culpa minha... Eu não deveria ter deixado “aquela” informação com ela! Espero que ela não tenha sido... Bom espero que ela esteja bem.

Ninguém deveria saber da relação de sangue dela comigo. Nem ela sabia a pouco tempo... Porque? Desse jeito vou enlouquecer.

A resposta deve chegar a qualquer momento

- Milady! Achamos! Estava junto dos pertences da Rainha Vitoria!

- A Rainha Vitoria? Eu sabia que era algo do passado, mas faz tanto tempo? – Felip veio correndo com um envelope que apesar de séculos parecia recém entregue.

Peguei a carta na mão, o papel tão macio e relativamente limpo estava escrito com uma tinta azul “Cão de Guarda” Abri a carta que tinha um selo de vela, a imagem era um escudo com uma coroa em cima e dois corvos em cada lado mostrando uma asa cada, era incrível como a carta ainda estava em tão boas condições.

Dentro do envelope eu tirei a carta que pelo meu espanto era em uma folha empresa, mas as de hoje em dia, tipo A4. Mas que raios de brincadeira é essa?

O conteúdo da carta era:

Olá querida rainha Elizabeth II

Se você está lendo essa carta significa que meus serviços são mais uma vez necessários, eu imagino que você conhece os “termos” e que eu sirvo para o reino em sua vontade, mas que se for necessário medidas drásticas serão tomadas (morte).

O número é 98*7#552

Atenciosamente o Cão De Guarda de vossa majestade

Número atualizado dia: 27/03/2014

Como... Ele entrou aqui...?

Minha boca deveria estar aberta, pois Filip veio e Leu a carta, no final ele também ficou igualmente surpreso.

-Milady não entendo.

-Nem eu! Céus ele realmente é bom.

Cai sentada na cadeira que era bem macia, eu afundei nela tentando entender como ele passou pelas cameras de segurança, guardas etc, etc. Pensei que pessoas como essa não existirem mais, não sei se devo peie a ajuda dele ou não, principalmente por ter conseuqencias mais especificamente a morte de pessoas…

A sala principal é um comodo gigante, com tons principalmente em vermelho e dourado, que para mim depois de minha vida inteira andando por esse castelo, acabei ficando enjoada da cor forte, só vinha nessa sala pêra cadeira incrivelmente confortável.

Depois de ponderar bastante sobre o assunto, fiz minha decisão, o Cão de Guarda voltaria a ter sua coleira.

-Felip! Traga o telefone, tenho que fazer um telefonema.

-Yes, Milady.

Ele se curvou e saiu apreçado pela porta. Eu acho que fiz a desição certa, porque eu não quero que descubram a minha linhagem com a pobre garota… Eu só quero que ela esteja bem.

Tempos depois Filip volta com um telefone em mãos.

-Aqui está milady.

-Obrigada. - Pego o telefone e disco o número estranho rapidamente. Começa a tocar

Bip

Bip

Bip

-Alô? - Era a voz de um homem.

-Eu solicito o Cão de Guarda. - Disse firmemente, mas por dentro estava quase desabando.

-Ora ora, tempos que não temos trabalho a fazer, estamos a caminho.

-Temos? - mas antes de conseguir ou vir minha pergunta o telefone foi desligado.

-Então?

-Eles estão vindo.

-Eles?

-Eles.

Vush!

Do nada um vento frio entrou pelas janelas, apagando a luzes, que foi algo incrivelmente bizarro, já que as luzes são movidas a energia elétrica.

O quarto estava completamente escuro, mas depois de me acostumar com a pouca luz, vi uma terceira silhueta no centro da sala.

-Você chamou vossa majestade?