Amizade... Ou Não? - É só o começo. escrita por Alessa Beckett Castle


Capítulo 16
Depois da Palhaçada


Notas iniciais do capítulo

Oi gentem!!! Primeiro, desculpe pelo nome do capítulo. Segundo, desculpe pela demora para postar. Estou com umas ideias para um monte de fics e escrevendo todas ao mesmo tempo e meio que protelei para começar os outros caps desta aqui. Neste findi vai ter capítulo especial de páscoa, com uma surpresa!

Espero que gostem do capítulo!!



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      Anne chegou bem na hora em que os pais de Johnny deixavam o quarto. Passara um mês desde que Johnny havia levado o tiro. Anne conversara com Kate uma semana depois do diálogo profundo delas, pedindo para cumprir seu castigo naquele mês, pois ele não demonstrava sinais de melhora. Tanto ela, quanto Castle ficaram surpresos com a atitude. Ela concordara também em visitar Johnny uma vez ao dia, sendo levada por um deles somente. Ela trazia o dever de casa dele e se sentava na mesma poltrona ao lado da cama dele, onde ele permanecia imóvel.

      - Oi Jon. Vou pedir de novo. Acorda, por favor. Seus pais sentem a sua falta. Espo e Lanie também. Eles vieram me falar que o apartamento deles não é o mesmo desde que você entrou em coma. Ryan disse também que está com saudades, e o que ele não daria para ouvir uma de suas piadas de novo. Toda a família Castle sente a sua falta. Eles querem ver o geek mala favorito deles sorrindo e conversando na sala do loft. E, não menos importante, eu sinto a sua falta. O seu jeito único de me fazer sorrir, o quanto você faz eu me sentir especial do seu jeitinho. Sempre faz eu me lembrar de que está bem ali para o que for. Eu sei que não demonstro muito, mas eu preciso de você. Já perdi meu pai, meu padrinho, nunca tive mãe... Não sei como conseguiria seguir sem você. Só diria que não dá. Você é meu melhor amigo, meu parceiro, tanto no crime quanto na lei. Mas também é quem eu mais amo. Eu daria qualquer coisa só para ver você acordado e garantindo que está bem. Céus, eu jogaria o J.R. no fundo do Hudson só para ter o seu sorriso de novo. Desisto da minha Harley se for preciso, e isso é dizer alguma coisa, pois aquela moto significa muito pra mim. Caramba, já faz um mês que eu venho aqui, me sento e falo tudo isso. Por favor Johnny. Se não por você, volte por sua família e seus amigos. É muito cedo para você ir embora. E eu também preciso de alguém que ature comigo aquele papo doido do Joker Boy. Ele fala coisas sem sentido do tipo “Eu matei o meu Batman.” Juro que no último interrogatório eu voei no pescoço dele.

      - Sério? Você o matou?

      - Não, mas ele chegou a ficar ro... Ahn... Mas o q... Como qu... Eu não acredito! – Ela disse, quando finalmente percebeu que ele acordara. – Há quanto tempo você está acordado?

      - Acordei na semana passada, mas pedi para ninguém falar nada. Até porque você não acreditaria. Grande discurso. Bonito.

      - Eu não sei se te bato, te beijo ou desmaio. De repente faço os três. – Ela deu um soco no ombro direito dele, o beijou, mas não desmaiou. – Você me assustou nesse mês.

      - Soube que você tomou juízo.

      - Desde quando quase matar um criminoso é tomar juízo?

      - Bom ponto. – Respondeu ele, rindo. – Eu jamais iria deixar você. Mas nem se atreva a me deixar. É muito cedo mesmo para eu ir. Tenho tanta coisa pela frente. Terminar a escola, ir para Yale, discutir bastante com você sobre qual é o nome do nosso filhote de Golden Retriever, talvez comprar um sítio... Sem falar que eu te prometi um filho. Temos muitas décadas pela frente e... – Ela o interrompeu com um beijo.

      - Eu já te amo. Não precisa fazer eu me apaixonar mais.

      - Tem como? – Indagou ele, arqueando a sobrancelha.

      - Calado Ridges. – Disse ela, o abraçando. – Não me assusta mais assim. – Suspirou, os olhos marejados.

      - Nunca. – Respondeu ele, finalmente.

      ----- // -----

     Johnny recebera alta no dia seguinte, onde ele saíra e fora direto à delegacia. Anne contara a ele que Napier, que na verdade se chamava Michael Rodgers, seria transferido para a prisão de segurança máxima de Washington. Ele queria assistir isso pessoalmente. Estava posicionado junto dos outros policiais quando Rodgers passava por eles. Ele olhou para os detetives e parou na frente de Johnny.

     - Eu vou voltar Bruce. Eu vou voltar para te caçar, e não vai ter Liga da Justiça para te apoiar. Procure abrigo na BatCaverna.

      - Chega Rodgers. Leve ele daqui. – Interviu Anne, chegando ao limite.

      - Eu virei atrás de você também Batgirl! – Gritou ele, personificando a risada do palhaço.

      Quando o elevador fechou, todos suspiraram aliviados.

      - Finalmente. Não aguentava mais aquele palhaço. – Desabafou Espo.

      - Acho que não verei nada relacionado a Batman por um tempo. – Disse Anne. – Oficial! Meu herói é o Flash.

      - Hey. Achei que fosse eu. – Brincou Johnny.

      - Depois de você, é o Flash.

      - Quem quer ir ao Remy’s? – Perguntou Espo.

      - O médico disse para eu evitar frituras por um tempo. – Comentou Johnny. – Só até tudo ficar em ordem.

      - Tudo bem. Tem uma lancheria que faz uns sanduíches incríveis. Eles têm até o meu molho favorito. – Falou Kate. – Vamos?

      - Pode ser. – Eles concordaram.

      ----- // -----

      - Caramba, isso é o manjar dos deuses! – Disse Johnny, mastigando seu sanduíche.

      - Eu sei, é perfeito, mas engole primeiro. – Provocou Anne.

      - Não sinta ciúmes, ainda prefiro você. – Anne corou ao ouvir a resposta.

      - Hey, nada legal Ridges. Nada legal. – Respondeu Castle, rindo.

      - Senti falta disso. – Disse Espo. – Só me sinto quase culpado de deixar a papelada para Ryan.

      - Você fez o quê? – Indagou Kate. – Pelo menos leve um sanduíche para ele então.

      - E coloque esse molho maravilhoso! – Interviu Anne. – Qual é o nome mesmo Kate?

      - Cebola agridoce? – Respondeu, sem saber se era a esse molho que ela se referia.

      - Exato. Melhor. Molho. Do Mundo!

      Eles riam uns dos outros e se divertiam naquele dia, torcendo no fundo para não pegar um caso como esse novamente.

     ----- // -----

      A noite, eles estavam no loft. Rick dando banho em Jamie, Kate preparando o jantar ao mesmo tempo em que mantinha um olho no jovem casal sentado na sala. Johnny estava pensativo, e Anne estava lendo o último livro de Castle.

      - Então... Podemos conversar? – Pediu Johnny.

      - Claro, sobre... – Começou Anne, fechando o seu livro.

      - O J.R. – Respondeu, respirando fundo.

      - Sabia. É o que eu já havia falado. Recebi muitas propostas, e ainda recebo. Algumas bem tentadoras.

      - E por que ainda não vendeu? – Indagou ele, curioso.

      - Porque não cabe só a mim essa decisão. Querendo ou não, o sistema é metade seu. Eu penso em aceitar, mas somente com sua autorização.

      - Mesmo depois de...

      - Sim. Eu sei que você nunca quis dizer o que disse, ou fazer o que fez.  Eu vou buscar as propostas para você dar uma olhada. – Com isso, ela saiu da sala apressada da sala.

      - Que bom que você está de volta. – Comentou Kate. – Ela só falava em quando você ia voltar, e SE ia voltar, e o que podia acontecer se desse algo errado.

      - Nossa. Paranoica assim?

      - Paranoica assim. Ela até me contou um pedaço da história de vocês com esse J.R.

      - Me deixa adivinhar, ela contou por cima, sem dizer como foi a discussão.

      - Como você sabe?

      - Ah, Anne... Sempre poupando palavras... Não vou mentir, foi feia aquela briga... Começou assim...

      * Flashback *

      - Jon. Você nem sabe. Uma empresa de monitoramento está interessado no HackMaster. O que acha de vendermos para eles, depois do fim do projeto?

      - Ann, acho que devíamos mantê-lo exclusivamente para a escola. Afinal, é para isso que estamos desenvolvendo ele.

      - Sim, eu sei. Mas ele tem tanto potencial. Veja bem, poderíamos vender ele para a CIA, ou para a Interpol! Imagina quantos criminosos internacionais eles iriam capturar com esse sistema?

      - Potencial? “HackMaster” é um sistema de vigilância. Nada além do que eles já possuem. Agora, vamos focar em finalizá-lo.

      Ela fechou o notebook a frente de Johnny.

      - Jonathan. Você não vê? Temos as ferramentas para tornar o HackMaster exatamente o que o nome diz.

      - Também para torná-lo um excelente sistema de hackeamento de bancos. Se cair nas mãos erradas, vira um pesadelo a todos.

      - Só garantir que não caia. Isso é fácil com esses gigantes da investigação.

      - E quem garante que os ladrões não estão lá dentro mesmo? Não sabemos que tipo de pessoa trabalha nesses lugares.

      - Se não podemos confiar nesses caras, vamos confiar em quem? Pela descrição, o meu vizinho pode ser um serial killer sem eu saber.

      - Por que não podemos simplesmente trabalhar em algo para a nossa escola?

      - Porque podemos trabalhar em algo para o Mundo! Creio que você não está pensando direito.

      - Não. Você não está pensando direito. Está deixando a sua ambição subir à cabeça. Vamos manter o plano e usar esse sistema só para a escola.

      - Eu nunca disse que ele não ia para a escola. Mas depois disso, ele vai para uma organização ajudar em investigações importantes e nós vamos ganhar dinheiro. É um plano onde todos ganham.

      - Ou essa porcaria para nas mãos de alguém que vai usar para roubar bancos internacionais. Já passou isso pela sua cabeça?

      - Agora é uma porcaria? Quando estávamos esquematizando era uma excelente ideia.

      - E não deixou de ser. Mas você com esse seu pensamento irracional está transformando ele em uma porcaria.

      - Ah, é minha culpa então? Achei que quisesse trabalhar junto comigo nisso. E você sabe quão grande é a minha ambição. E você vem e me diz AGORA que não gosta dela?

      - Só disse agora porque agora que ela está nos atrapalhando. Eu nunca achei que você fosse colocar dinheiro acima de um projeto futuramente caridoso. Dinheiro acima da nossa amizade.

      - Você vai me fazer escolher entre dinheiro e a nossa amizade?

      - Vai ser preciso? Se for, que seja. Ou nós esquecemos isso e voltamos ao nosso trabalho normal, ou a nossa amizade termina aqui e você segue o seu sonho doido.

      Anne o olhava incrédula. No entanto, a sua voz não reproduzia o seu pensamento, o que deu a Johnny uma certeza que não queria ter.

      - Que seja. Viva rolando na sua montanha de dinheiro. Adeus Annelise. – Respondeu ele, furioso. Ele pegou as suas coisas e saiu, batendo a porta com força.

      * End *

      - E foi assim que acabamos a nossa amizade. Voltamos a ser amigos durante o processo do Detetive Mirim.

      - Quer dizer que a ambição dela ficou no meio de tudo?

      - Ficou. Depois disso eu jurei que nunca mais iria ser ambiciosa com algo. – Respondeu Anne, descendo as escadas. – E infelizmente eu nunca havia conseguido responder às suas opções. – Disse ela a Johnny, entregando a ele os papeis com as propostas.

      - Do que você está falando? – Indagou ele, analisando as folhas que recebera.

      - “Ou nós esquecemos isso e voltamos ao nosso trabalho normal, ou a nossa amizade termina aqui e você segue o seu sonho doido”. Eu ia responder que optava pela nossa amizade. Nenhuma quantia no mundo vale a pena se eu te perder.

      - Vo-você o quê?

      - Exatamente isso que eu acabei de falar. E o que eu disse no hospital, sobre arremessar o J.R. no Hudson, eu quis dizer aquilo. Eu faria mesmo. É só você pedir.

      - Geralmente eu sou o cara das palavras. Mas você está me surpreendendo. – Ele a abraçou e beijou apaixonadamente. – Mas eu jamais ia pedir isso. E você está certa. O J.R. pode sim auxiliar essas companhias. E tem umas propostas bem interessantes aqui.

      - O que você quer me dizer?

      - Se é a minha autorização que você quer, você a tem. Pode vender, mas tem algumas condições.

      - O que você quiser. É só falar.

      - Primeiro: Vamos ver as propostas juntos e entrar em um acordo. Segundo: O nome vai voltar a ser HackMaster. Questões confidenciais, sabe? E terceiro: Você vai fazer umas panquecas para mim.

    - Concordo com as duas primeiras e vou pensar na última. – Respondeu ela, dando um soco fraco no ombro direito dele.

      - Ah, qual é? Eu levei um tiro de um palhaço!

      - Kate, eu fui assim quando tomei o tiro? – Questionou Anne.

    - Quase isso. Resmungava sobre não poder voltar ao precinto. – Respondeu ela, rindo. – Faça as panquecas para o rapaz. Não vai machucar.

      - Viu? Sua mãe me apoia. – Retrucou ele distraidamente. No segundo seguinte, ele percebeu o que dissera, e tentou corrigir. – Kate. Kate me apoia.

      - Tudo bem. Eu até que gostei. – Respondeu Anne.

      - Eu não me importo também. Só queria que fosse verdade. – Disse Kate.

      - Vocês até que são parecidas na fisionomia. – Comentou Johnny. – Certeza que você não é adotada?

      - Não me dê falsas esperanças, Ridges. – Pediu Anne. – Vou fazer suas panquecas. – Disse, beijando-o na bochecha.


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Notas finais do capítulo

Então... Finalmente descobrimos o que aconteceu durante o lance do J.R.

E referente ao capítulo de páscoa, quem adivinha qual é a surpresa? Quem acertar, ganha um personagem com o seu nome. Respondam nos comentários! Vocês têm até as 12h de domingo para mandar suas apostas.

Ale,vale mais de uma resposta? Vale. Por que não?

Até o próximo capítulo! Bjs, Ale ;)



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