Impossibilidades Perina escrita por Lilith


Capítulo 73
Todas aquelas palavras não ditas


Notas iniciais do capítulo

Oi galerinha! Como vocês estão? Final de domingo, passei aqui só para deixar esses dois capítulos para vocês, sei que esperaram muito por isso e agradeço a paciência e todo o carinho que vocês dedicam a IP.
Aproveitem a leitura, temos um bônus nesse capítulo que espero que curtam e que ouçam a música, ela é fundamental para a cena.



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Karina ainda estava parada na calçada em frente ao local da festa sem saber o que fazer em seguida. Não conseguia conformar-se com a forma que o namorado a tratara, as coisas que foram ditas e que não paravam de circular em seus pensamentos:

“Ele me expulsou. Ele nunca falou assim comigo, nem daquela vez que o machuquei. ”

–Eu não queria brigar. – Verbalizou baixinho para o nada.

“Mas quando vi aquela patricinha com a mão nele me subiu o sangue! Será que ele ia beijá-la? Não o Pedro não é assim. Ele não faria isso comigo, faria? Ele estava tão estranho essa semana, tão...distante. Pensei que fosse pelas provas, agora já nem sei o que pensar.”

Lembrou do momento em que a garota a julgou sendo um menino: Seu amigo não pode voltar depois?

Com raiva, socou o que viu em sua frente e resmungou – Lixeira estúpida! – Arrependeu-se instantaneamente ao sentir o impacto no ombro já contundido. – Preciso sair daqui.

Ao colocar a mão no bolso do moletom, encontrou o celular e por um momento considerou ligar para o Felipe. – Péssima ideia. – Afirmou.

O ideal naquele momento seria ir embora caminhando, era sempre bom para pensar e espairecer. Mas já era noite e poderia ser perigoso por não ser tão próximo de sua casa. Não que ela sentisse medo, mas isso não era desculpa para ser imprudente.

Então saiu em busca de um ponto de ônibus, encontrando depois de seguir por uns quinze minutos. O ônibus não demorou a passar e pouco depois a lutadora saltou no Catete. Seu telefone tocou.

–Droga. Oi pai.

–K? Posso saber onde você está? Na academia eu sei que não.

–Vim com a Galera da Ribalta tocar em uma festa. Não vou voltar tarde.

–Certo, você está com o Capi então eu fico mais tranquilo. Não esqueça que amanhã saem cedo para a viagem.

–Viagem estúpida!

–O que você disse?

–Nada não, pode deixar que lá pelas 22h estou de volta. – desligou. A lutadora não sabia ao certo porque tinha mentido, mas não se sentia pronta para ir para casa. Deitar na cama e chorar pelo namorado? – Não mesmo.

Sentou em um canto escondido na Praça José Wilker e encarou a lua. Aos poucos foi repassando a briga daquela noite em sua cabeça e embora se arrependesse de suas palavras, tão pouco aceitava as de seu guitarrista.

“Eu estou trabalhando Karina, você não devia estar aqui” – Desde quando ele não me quer por perto? Ele sempre disse que eu o inspirava, principalmente quando está tocando. Vai ver ele estava realmente a fim daquela patricinha, claro, a minha presença ali só iria atrapalhar.

“ Você acha que pode vir aqui, me falar esse monte de porcaria e aí pedir desculpas que fica tudo bem? Eu vim aqui tocar e não pegar mulher. Eu sempre respeitei o seu sonho, está na hora de você respeitar o meu” – Eu respeito o seu sonho Pedro, eu não queria brigar. Só não consegui me controlar quando vi aquela oferecida. E você não ajudou também, permitindo que ela ficasse assim tão próxima. Minha vontade é de te matar, cada vez que me lembro!

“Desculpa, mas você nem está vestida para essa festa. É traje Esporte Fino e você está de jeans e moletom” – será que você não percebe guitarrista, o quanto essas palavras vindas de você me machucam? Eu não me importo com o que os outros comentam sobre a forma como me visto. Mas você? E aquela conversa toda de eu amo seus defeitos? Será que você não me ama mais como antes? Isso explicaria ele com a patricinha. Onde foi que eu te perdi?

Nesse momento a garota não conseguiu mais conter as lágrimas ou o nó que ardia em sua garganta. Ela se permitiu chorar, sendo observada apenas pela Lua e pelas estrelas. Ao menos elas não a julgavam. Consumida pela dor daqueles pensamentos, puxou o celular e enviou uma mensagem para o namorado: Eu não queria brigar.

Tentando se distrair da resposta que não chegava, cantarolou baixinho. "Você vai dizer eu não fiz por mal, eu não quis te magoar. E eu vou dizer que seria ideal, fugir e te abandonar para sempre. Para sempre...”

Um lampejo de luz chamou sua atenção. Era o QG, que até poucos minutos estava apagado. Pareceu ter uma movimentação estranha por lá e sem pensar duas vezes, enxugou as lágrimas e foi checar.

Colocou a cabeça para dentro e chamou:

–Cobra?

–Aqui. – O amigo respondeu com dificuldade. Estava de costas para ela, apoiado no balcão e parecia segurar as costelas do lado esquerdo do corpo.

–Você está bem?

–Estou ótimo, pode pegar seu rumo.

–Cobra, o que aconteceu?

–Vai para casa loirinha.

–Não sem antes você conversar comigo!

–Hoje não Karina.

–O que você quer dizer com hoje não? – Perguntou incrédula, ficando de frente para ele.

–Sem paciência para os seus dramas hoje. Ai será que o Gael me ama mesmo não sendo meu pai biológico? Ai será que o Pedro me ama mesmo eu parecendo um moleque? Ai a Bianca é tão egoísta, quer tudo para ela. Hoje. Não. – Afirmou entredentes.

Essa resposta foi como um tapa na cara da lutadora, fazendo-a refletir do porquê todos tinham aparentemente tirado aquele dia apenas para brigar com ela.

O lutador moveu-se para o fundo da loja, onde ficava seu quartinho improvisado. Escutou o barulho da porta batendo e suspirou aliviado. Poderia ficar sozinho, enfim. Com sua consciência e sua dor.

Karina dirigia-se para a porta, quando teve um insight: O amigo falara aquilo exatamente para ofende-la e assim conseguir afastá-la. Ele já fizera isso antes. A diferença é que ela não era a mesma garotinha e embora tenha se ofendido, não daria esse gostinho a ele. Ia cumprir seu papel de amiga, ficar e cuidar dele, já que Cobra não tinha ninguém que o fizesse.

O lutador levou um susto quando a amiga surgiu, segurando um kit de primeiros socorros.

–Escuta aqui pirralha...

–Escute aqui você! Não venha pensando que me atinge e que assim vou me afastar. Sou sua amiga Cobra, talvez sua única amiga. E eu vou cuidar de você, mesmo que você não queira porque é isso que amigos fazem. Agora fica quietinho enquanto eu limpo esses ferimentos.

–Eu não quero conversar loirinha.

–Não precisa porque eu também não estou interessada em ouvir.

–Ai, essa foi direto no coração.

–Fica quieto.

Karina limpou os ferimentos, fez compressa gelada nas costelas que estavam com um hematoma bem feio e fez alguns curativos. Eles não trocaram palavras, ela pode ter decidido relevar, mas não daria moleza para ele.

Depois de longos minutos, Cobra rompeu o silêncio.

–O que aconteceu?

–Nada.

–Qual é? O que tem de errado?

–Nada ué. O que te faz pensar que tem algo de errado?

–Essa ruguinha aqui. – Comentou tocando com o indicador o ponto entre as sobrancelhas da garota. –Quando você está com ela, é porque tem algo te incomodando.

–Meus dramas não te interessam.

–Loirinha, você sabe que falei isso de propósito.

–Saber disso não significa que não me machuque, agora me deixe em paz. Toma esse analgésico que deve ajudar com a dor. Eu vou pegar um pouco de água.

Ele aceitou o copo d’água e quando a garota foi se virar, prendeu-a pelo punho direito, fazendo-a encara-lo.

–Obrigado por cuidar de mim. Você é a única pessoa que realmente se importa comigo.

–Cobra eu não sou burra, você se envolveu em luta ilegal. Por quê?

O moreno desviou o olhar e travou o maxilar. Essa não era uma questão confortável para ele, mas Karina não se deu por vencida.

–Você está precisando de dinheiro?

–Não. – Respondeu firmemente.

–Então por que Cobra? Por que se arriscar assim, se machucar dessa forma?

–Eu precisava de algo que me fizesse sentir, sentir que ainda tem sangue correndo em minhas veias, que aqui dentro desse peito ainda tem um coração. Porque agora me sinto oco, sem vida.

–O que te aconteceu Cobra? Eu não vou te julgar.

–A dama terminou comigo. Por causa de um erro eu perdi o que mais me importava. Eu tenho me esforçado tanto K para ser uma pessoa melhor. Mas no fim eu sempre sou apenas um vagabundo. Eu não consigo mudar, eu sempre estrago tudo. Não mereço nem sua amizade.

–Não fala isso porque não é verdade!

–É sim. Sou um zé ninguém, um imprestável.

Sentando de frente para ele, respondeu:–Não Cobra, você é o meu melhor amigo, um excelente lutador e um cara que não depende de ninguém para sobreviver. Alguém que sempre me apoia mesmo quando nem eu percebo que preciso. Eu sei que você gosta mesmo da Jade e ao invés de deixar isso te destruir, você deveria encontrar uma forma de reconquistá-la.

–Não faz sentido, eu não sou o que ela precisa. Eu não sou do mundo dela.

–E mesmo assim é você que ela quer.

–Não sei se quer mais.

–O que você fez afinal?

–Lembra daquele dia na sinuca?

Ela confirmou com a cabeça e a boca apertada em uma linha fina. –Eu te avisei que aquilo não acabaria bem.

–A Jade descobriu. Disse que isso é algo que ela não pode aceitar, eu fiz ela se sentir como um... – ele brecou a fala, estava prestes a chorar e não faria isso na frente de ninguém, nem mesmo de Karina.

–Eu também não sei se seria capaz de perdoar uma traição. – Ao afirmar isso, uma lágrima transbordou daquela piscina azul e Cobra surpreendeu-se.

–Não me diga que aquele moleque?

–Não. Quer dizer, acho que não. Não quero falar dele. – Lembrou-se da mensagem e checou o celular. Nada. Suspirou.

–Loirinha se você precisa chorar, sabe que pode fazer no meu ombro né? Eu não vou te julgar. – Ofereceu ainda segurando o punho dela.

Ela o abraçou forte, que resmungou pela costela.

–Desculpe, esqueci.

–Tá tranquilo. Você não precisa ir ainda. – Comentou ao vê-la se levantar.

–Preciso, viajo amanhã cedo. Além disso seu analgésico vai fazer efeito a qualquer momento.

–É. Ei! Se cuida ok?

–Pode deixar. E você nada de luta ilegal até eu voltar ok?

–Entendido.

Karina tratou de ir para casa, trocou de roupa e antes de dormir checou novamente o celular. Sem resposta. O namorado deveria estar ocupado demais para enviar uma mensagem de volta. Por fim, adormeceu chorando silenciosamente.

Já Cobra, lidava com sua dor. Enquanto esperava o entorpecimento do analgésico, sua mente divagou para um momento que só o fez ter certeza que precisaria encontrar um modo de tê-la de volta.

FLASHBACK ON

Cobra parou a moto no portão de um prédio que ficava na orla de Ipanema e acionou um controle, permitindo o acesso à garagem.

–Para onde você está me levando vagabundo? – A namorada perguntou, com o sorriso sempre presente na voz. Parecia uma garota travessa e isso era uma das coisas que ele mais gostava nela.

–Eu disse que tinha uma surpresa, não disse?

–Mas porque estamos entrando aqui?

–Paciência dama.

Após estacionar, subiram de elevador até o sétimo andar onde Cobra destrancou uma das portas no corredor, abrindo espaço para ela entrar.

Com um sorriso nos lábios ela analisou o apartamento, a decoração era na maior parte em tons pastéis e com algumas estampas. Tinha um certo requinte, provavelmente custou uma nota. Apenas um balcão separava a cozinha da sala, este com banquinhos charmosos. Os móveis eram mínimos, nada muito exagerado e que acabava dando uma sensação de amplitude ao local. Na sala apenas um sofá, uma televisão fixada na parede à frente com uma rack também fixada. Próximo a porta, uma mesa média com cadeiras. À direita tinha um pequeno corredor com o banheiro e outro cômodo que aparentava ser um quarto.

Jade aproximou-se da janela, observando a beleza das ondas quebrando. A maré já havia subido e o mar parecia revolto. A brisa do mar chegava até ela, trazendo o gostinho da vida que existia abaixo dali.

–Gostou? – O lutador perguntou, despertando-a de volta.

–Cobra como você conseguiu esse lugar? Nós não estamos invadindo né?

–Dama se fosse invadido eu teria as chaves? – Balançou o chaveiro no ar.

–Verdade. Mas então como? Aqui deve ser caríssimo!

–Sinuca.

–Como assim? Fale a verdade vagabundo!

–É a verdade, estava jogando sinuca com uns amigos e resolvemos apostar. Um cara apostou um final de semana nesse apartamento que ele tem para alugar, eu ganhei. Fim da história.

–Então você conseguiu apostando?

–Vai dizer que isso te incomoda?

–Na verdade eu acho isso quente.

–Então vamos aproveitar esse tempo junto minha dama. Eu sei que você não pode ficar aqui o fim de semana todo comigo, mas essa noite você pode.

–Com certeza vamos aproveitar muito. Só está faltando algo!

–O que? – Perguntou preocupado por decepcioná-la.

–Música! Deixa que eu coloco.

Tinha um aparelho de som daqueles que se conecta o celular na parte superior, a dançarina selecionou uma música que adorava – Dance for You da Bey - e ainda de costas mexeu-se um pouco de acordo com a batida. Cobra sentiu que tinha algo vindo e ficou bem paradinho observando ela de cima a baixo. Jade vestia um de seus shorts curtos de cintura alta preto e uma blusa roxa com um decote profundo, marcado com pedrarias. Linda.

A morena jogou o quadril para o lado e percorreu a lateral do corpo sensualmente com as mãos, ergueu os cabelos. Fez alguns movimentos com o braço enquanto rebolava em forma de oito o quadril. Com uma meia lua colocou-se de lado e rebolou de acordo com a música, subindo a mão pela coxa e tronco. O sorriso maroto marcava a satisfação por vê-lo completamente enfeitiçado.

Caminhou lentamente, colocando um pé a frente do outro e prendendo o olhar dele ao seu. Seguindo o ritmo da música, olhou para baixo, forçando-o a acompanhar com os olhos o movimento que a mão dela fazia ao percorrer suavemente seu colo, seios, barriga. Cobra sorriu, mordendo o lábio. Passando por ele, ela deu um giro completo e puxou uma cadeira da mesa. Colocando a perna direita no assento, a dançarina deslizou a mão pela perna até o tornozelo, o tronco acompanhando o movimento até ela estar completamente inclinada e erguer-se rapidamente com uma jogada do cabelo. O lutador já estava com a respiração acelerada só com esses movimentos. As pernas da namorada eram lindas, a textura da pele era tão macia que ele sentiu vontade de tocá-la. Mas não podia, não enquanto ela estivesse jogando com ele.

Ainda com a perna no assento, ela rebolou, girando também os cabelos lentamente. Ela o chamou até a cadeira e ele se sentou, com os olhos pregados nela, que inesperadamente fez uma meia abertura ao lado da cadeira, erguendo-se rebolando. Colocando-se entre as pernas e de costas para ele, ela dobrou o corpo quase tocando o chão com as mãos e movimentou o quadril sensualmente. Novamente ergueu-se e rebolou em oito ainda na frente do lutador, que já sentia seu membro rígido. Jade rodeou a cadeira e parou em suas costas com as mãos nos ombros dele. Deslizou-as lentamente pelo abdômen, enquanto inclinava seus seios para ele. As mãos dela percorrendo os quadradinhos o enlouqueceu, mas ele conseguiu conter o impulso de puxa-la para seu colo. A dançarina puxou a camiseta vermelha dele fora. Contornou novamente a cadeira e se posicionou com uma perna dele entre as dela. Inclinou-se sobre ele e ao mesmo tempo puxou os cabelos dele, forçando a cabeça para trás. Assim ela provocou os lábios com os seus. Cobra tentou beijá-la para valer, mas a dançarina recuou. O coração dele batia tão rápido que parecia querer pular do peito. Essa mulher era um espetáculo.

Ainda não contente com a sessão de tortura, Jade abaixou-se rebolando até sentar na perna dele e requebrou sensualmente. Ajeitando-se no colo com uma perna de cada lado, ela continuou a rebolar. A mão dele foi automaticamente para as pernas dela, que o impediu. Em outra tentativa, ele conseguiu soltar a blusa que ela vestia e tira-la, deixando apenas o sutiã. A dançarina travou as duas pernas nas costas da cadeira e se inclinou para trás, movimento que o fez segurá-la automaticamente e aproveitar para descer seus lábios na barriga dela, que se arrepiou. Ela permitiu que ele a puxasse de volta e acariciasse a perna dela, estacionando as mãos no bumbum. Apoiando no encosto da cadeira, ela subia e descia rebolando no colo do lutador que deixou de se segurar e passou a puxa-la para junto de si, aperta-la e beija-la. Beijaram-se por vários minutos, Cobra provava toda a pele possível com calma, mas de maneira firme. Por vezes o roçar da barba malfeita a arranhava de leve e mesmo assim só conseguia se excitar cada vez mais. O suor fazia um caminho pelo corpo, quando ela decidiu abrir a calça dele. Juntos puxaram para baixo, ele aproveitou para abrir o zíper lateral do short da dançarina, livrando-se dele também.

Cobra atacou os lábios agora vermelhos da morena, mordiscou, sugou. Jade percorria todo o abdômen forte do namorado, saboreando cada músculo. Livrando-se do sutiã, ele sugou com vontade os pequenos seios rosados. Cabiam perfeitamente na palma de sua mão e o toque quente de sua boca arrancava alguns gemidos abafados da garota, que adorava quando ele circulava o mamilo com a língua. Não conseguiu conter uma mordida leve, Jade o deixava selvagem e acabou rasgando a lateral da calcinha de renda que ela vestia, livrando-se dela facilmente.

Verificou se ela estava pronta para ele e não conseguiu evitar brincar um pouco com o clitóris, fazendo-a se contorcer em sua mão. E então a dançarina cansou de esperar, acariciou-o sobre a boxer e libertando-o, montou lentamente, torturando-o. Nesses poucos segundos o lutador se esqueceu de respirar.

Jade rebolava sobre ele, subindo e descendo e mantendo o ritmo. Ele capturou com a língua uma gota de suor escorrendo entre os seios. Os braços que estavam agarrados no quadril, passaram a percorrer firmemente as curvas da morena e vez ou outra desferia um tapinha na nádega, o que só a incentivava a continuar. Depois de alguns minutos nesse sobe e desce, o lutador sentiu o corpo da garota tencionando e sabia o que estava por vir. Segurando-a firmemente, ele rapidamente se levantou e ela travou as pernas no quadril dele que a empurrou com força contra a parede e passou a dar fortes estocadas, até que finalmente sua dama inclinou a cabeça para trás na parede e fechou os olhos entregando-se totalmente ao êxtase. Ele precisou segura-la com mais força já que aparentemente suas pernas viraram gelatina e perderam a força na cintura dele. Teve uma ideia e caminhando poucos passos até a mesa ele a depositou suavemente sobre e recuperou seu ritmo enquanto tomava seus lábios, agora inchados. Percorreu o pescoço dela, inalando aquele maldito perfume que lhe gerava sentimentos contraditórios.

Aumentando mais ainda a força das estocadas, não demorou muito para ele chegar ao ápice, deixando uma marca de seus dentes no ombro da bailarina.

*****

Cobra acordou no início da manhã com a namorada acariciando seus cabelos, ainda nua pela última vez que se amaram antes de pegar no sono. Ele permaneceu imóvel, deitado de bruços e agarrado ao travesseiro, fingindo dormir para não romper aquele momento. A morena percorreu os dedos pelas costas nuas do lutador e depositou um beijo no ombro. Voltando a acariciar os cabelos dele, falou baixinho:

–Tem muitas coisas que me dão medo em você vagabundo. Mas estou cansada de ouvir todos dizendo que eu mereço coisa melhor, quando tudo o que eu preciso é você. Você não é só um lutador bronco, você cuida de mim e é o único que consegue me entender. E eu só preciso estar com você para me lembrar que eu não posso desistir de lutar todos os dias. Eles não vão nos vencer!

Depositando outro beijo no ombro dele, ele sentiu que ela se levantava da cama. Após alguns segundos decidiu espiar e encontrou-a de pé na porta da sacada, vestindo sua camiseta que devia estar caída em algum canto do quarto. Provavelmente sem mais nada por baixo e só esse pensamento já enviou calafrios por todo o seu corpo. Ele não se preocupava nem um pouco em ser consumido por esse fogo que era Jade, totalmente belo e doloroso. Uma chama em meio a escuridão que era a sua vida. Quem a olhava pensava ser imbatível, inabalável, mas ele sabia melhor. Sabia que sua dama era tão frágil quanto uma flor e que era muito fácil feri-la. Por isso ele tinha prometido cuidá-la e protege-la e não deixar jamais que nada apagasse essa fagulha de dentro dela.

O lutador levantou com o maior cuidado possível para não fazer barulho e se aproximou de sua dama, surpreendendo-a com um abraço pelas costas. Envolveu a cintura dela com seus braços fortes e mergulhou o rosto no pescoço dela, inalando seu cheiro.

–Que susto Cobra!

–Senti sua falta. Não consegue dormir?

–Estava só admirando a vista. É lindo, não é?

Ele não respondeu, mergulhando novamente no pescoço dela e fechando os olhos, deixando o barulho do mar o envolver.

–Eu gostei daqui. – Ela continuou.

Ele podia sentir o coração dela batendo contra sua pele, completamente calma.

–E eu gostei de ter você aqui. – Retrucou, ganhando um sorriso estonteante. –Dama?

–Hum?

Depositando beijos suaves ao longo do pescoço dela, ele parou e sussurrou em seu ouvido:–Eu sempre vou te proteger, até de você mesma. – Com essa declaração sentiu a dançarina ficar completamente tensa.

–Você...não acredito! Você me ouviu? – Perguntou rindo, tentando virar para olhá-lo.

–Eu não estava realmente dormindo. – Confessou com um sorriso safado.

–Isso é golpe baixo vagabundo! – Conseguiu se virar e colocou os braços em torno do pescoço dele, roubando uma mordidinha no lábio.

–Golpe baixo é aquelas coisas todas que você disse. – Beijou-a rapidamente. - E você estar aqui, toda gostosa com a minha camisa. – Observou, apertando o bumbum dela por baixo da roupa.

–Cobra! – Advertiu, mesmo sabendo que não conseguiria resistir aos toques dele por muito tempo.

–Presta atenção no que vou te dizer. – Buscou novamente a orelha dela e sussurrou– Eu te amo!

Jade pulou no colo do lutador, beijando-o com intensidade enquanto ele a carregava de volta para a cama.

FLASHBACK OFF

E com a única certeza de que precisaria do perdão dela para seguir, Cobra enfim entregou-se ao entorpecimento e adormeceu.


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Notas finais do capítulo

Uau! Cobrade pegando fogo não é?! Adoro e vi como uma oportunidade de escrever um hot um pouco mais pesado, vocês estão sempre pedindo por isso, mas ao meu ver Perina ainda precisa caminhar com um pouco de mais calma. Confesso que fiquei com bastante vontade de escrever outros hots deles, enfim, espero que vocês me contem o que acharam disso tudo!
E vamos embora porque no próximo capítulo teremos a tão esperada viagem!

Gente, acho que vocês conhecem a Cá e eu quero indicar uma Oneshot dela que vale muitíssimo a pena ler!

http://fanfiction.com.br/historia/609617/Como_Tudo_Deve_Ser_-_Perina



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