Impossibilidades Perina escrita por Lilith


Capítulo 45
Capítulo XLIV


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal, como prometido o terceiro capítulo da minha volta!
O próximo só amanhã agora ok?
Meus novos leitores que tem comentado, sejam muito bem vindos e fiquem a vontade para comentar/criticar sempre! Logo mais respondo todos!
Um beijo para todos
A garota do forninho esse capítulo é para ti, que está sempre me divertindo!



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Karina tomou um banho para acordar e vestiu uma regata cinza, completando com jardineira curta jeans e All Star.

As irmãs se entreolharam enquanto pensavam na charada.

–O planeta Vênus também é conhecido como Estrela Dalva. - Karina comentou incerta.

–Claro! A banca da vó do Duca!

–Ah! A dona Dalva...será?

Correram em disparada pela escada, mas antes de chegarem à porta foram brecadas pelo pai que estava acompanhado de Dandara:

–Onde as senhoritas vão com tanta pressa?

–Na banca da dona Dalva. - Karina respondeu.

–Ah e essa pressa toda é medo de acabar o jornal? - Dandara brincou. - Porque seu pai já comprou.

–Não nós vamos buscar a próxima pista. - Bianca respondeu sorridente mostrando o bilhetinho para o casal.

–Olha só, mas esse Pedro é o último dos românticos mesmo.

–Presta atenção Karina, se essa pista final te levar para a cama dele eu nem sei o que eu faço!

Pai! As meninas gritaram.

–O que foi? Eu conheço bem esses espertinhos!

–Porque você também é um né Gael!

O mestre resmungou algo ininteligível que o deixou parecendo o Mutley - aquele cachorro do Dick Vigarista.

–Podemos ir agora?

–Apenas não entendi uma coisa. Se a rosa é para a Karina, porque a Bianca está indo junto?

–Porque eu não vou pagar o mico de ficar procurando essas rosas sozinha né!

–Mico, tudo para esses jovens hoje em dia é um mico...

PAI!

–Vão, vão! Mas nada de voltar tarde hein? Quero você de volta antes do jantar Karina!

–Sim capitão!

Sairam correndo novamente até a banca da dona Dalva.

–Não sabia que a Karina gostava dessas coisas...assim...como eu vou dizer...frescurentas.

–Toda mulher gosta de receber flores, Gael. Por mais bruta que seja.

*****

–Olá meninas, por um acaso vocês estão procurando por isso? - Dona Dalva mostrou a rosa ao ver as meninas procurando algo pela banca.–Esse menino é uma gracinha não é? Eu sempre disse que vocês dois davam samba.

–Samba não dona Dalva, um rock talvez. - Karina brincou.– Obrigada.

Mais uma rosa vermelha e um bilhetinho no mesmo padrão, o qual estava escrito:

"Aprendi que o amor é o ponto mais alto que podemos alcançar na vida. No entanto, essa altura não depende de forças pra subir, mas da sua disposição em carregar o peso."

dica> Praça José Wilker

Pode estar em qualquer lugar aqui da praça! - Karina reclamou.

–Reparou que está escrito mais forte "o ponto mais alto"?

–Verdade Bi!– Karina olhou em volta. – O trepa trepa!

Subiu agilmente até o ponto mais alto e buscou pela rosa até que a localizou, presa com fita adesiva. Colocou a rosa na boca e desceu, Bianca não resistiu e precisou tirar uma foto da irmã - que a xingou.

–Pelo visto todas as rosas serão vermelhas. – Bianca comentou.

Pois é. Olha só. - Leu o bilhete para a irmã mais velha.

"Vidas que se acabam a sorrir
Luzes que se apagam, nada mais
É sonhar em vão tentar aos outros iludir
Se o que se foi pra nós
Não voltará jamais
Para que chorar o que passou
Lamentar perdidas ilusões
Se o ideal que sempre nos acalentou
Renascerá em outros corações"

–Nesse momento você vai agradecer por ser minha irmã.

–Se você souber, por quê eu não faço ideia do que significa esse poema.

–É uma música, chama Luzes da Ribalta. - respondeu arregalando os olhos na última parte. - A Dandara cantou ela para gente na última aula.

Mais uma vez partiram em disparada até chegarem a Ribalta.

–Será que colocou lá dentro? Tipo nas luzes do palco? - Bianca perguntou.

–Não, olha ali! - Karina apontou para uma rosa presa na luminária da fachada.– Não fica tão alta.

–Esse meu cunhado. Como vamos pegar isso?

–Acho que se você subir no meu ombro dá a altura. Eu subiria no seu, mas né...

–Sem chance!

–Bianca...você ajudou o Pedro nessa, vai? Ele saberia que eu não conseguiria pegar essa rosa sozinha.

–Ok, eu não ajudei, mas ele pediu que eu te ajudasse a encontrar as pistas. Só a última que você precisa seguir sozinha. Como eu adorooooo esses joguinhos de amor, eu não ia recusar!

–Sabia! Bora, sobe aqui. - Karina agachou e a irmã subiu no ombro dela e conseguiram pegar a rosa.

Abriu o novo bilhete:

"Olhe bem no fundo dos meus olhos
E sinta a emoção que nascerá quando você me olhar
O universo conspira a nosso favor
A consequência do destino é o amor
Pra sempre vou te amar

Mas talvez você não entenda
Essa coisa de fazer o mundo acreditar
Que meu amor não será passageiro
Te amarei de janeiro a janeiro
Até o mundo acabar"

Dica> sua cozinha.

–Essa música é tão perfeita! -Bianca suspirou, arrancando um sorriso da irmã.

–Janeiro a janeiro...o calendário...será?

–Vamos ver!– Bianca bateu palminhas empolgada.

Correram de volta até o sobrado e surpreenderam o pai e Dandara em meio a um amasso no sofá.

–Opa. Só precisamos ver um negocinho na cozinha rapidinho, continuem. - Bianca se desculpou.

–Ou não. - Karina completou.

–Maninha, o calendário, lembra?

–Ah claro. Continuem se quiserem, já estamos de saída mesmo. - recuperou-se.

De fato tinha um rosa no calendário da cozinha. Pegaram-na, mas deixaram para ler o bilhete na rua para devolver a privacidade ao pai.

–O que tem aí.

–Só o Pedro para ter essas ideias né? É um maluco mesmo.

"Mas o jogo do amor é mais difícil que pensei
Você é tudo o que eu sempre sonhei
Olha pra mim
Linda, deusa, fada
Nuvem de amor pura magia
Quero você meu sol
Minha luz, a minha alegria
Com você sinto de volta a minha paz
Ninguém me faz tão feliz como você me faz."

Dica> de frente para a praça.

Luan Santana? Isso não combina com o Pedro. - Bianca comentou.

–Não conheço essa música, mas é lindo de qualquer forma. - respondeu com um meio sorriso. - Jogo de frente para a praça....Não! O QG?

–Será que o Cobra também está metido nessa?

–Acho mais fácil encontrar o João por lá, mas enfim, vamos descobrir.

Ao chegarem no QG somente Cobra estava por lá.

–Olha só, as duas princesinhas do Gael por aqui.

–Cobra o João esteve por aqui hoje? - Karina perguntou.

–Procurando por isso loirinha? - perguntou abrindo um sorriso brilhante e tirando uma rosa vermelha de trás do balcão.

–Não creio! Vocês não se suportam...

–Eu só implico com ele. Mas tem algo em que concordamos: um sorriso seu vale muito.

Talvez uma pessoa comum demonstrasse gratidão dando-lhe um beijo no rosto, mas Karina apenas olhou para o amigo e sorriu e ele sabia que aquele gesto era o suficiente. Era assim entre eles.

–Ah Bianquinha, game over para você. Karina agora é contigo.

–Quer dizer que essa pista me leva direto para o prêmio?

–Isso se você conseguir decifrá-la.

–Ué, mas cadê o bilhetinho? Você pegou?

–Na verdade a pista é essa aqui. - Cobra revelou uma nova pequena flor, era branca e roxa com o miolo amarelo e não tinha nenhum bilhete.

–Como assim, uma flor?

–Ele só disse para te entregar e para você não pedir ajuda de ninguém.

–Google.

–Acho que é válido.

–Vou para um lugar tranquilo pensar então. Valeu vocês dois. Até mais.

–Boa sorte! - despediram-se.

–Bianquinha não me leve a mal, mas se a Jade te vir aqui não vai ser muito legal. Acho que o Duca também não vai curtir.

–Não precisa dizer duas vezes, estou de saída Cobra.

Karina sentou-se em um banco da praça e ficou analisando a flor, era tão linda, mas parecia tão delicada. O que Pedro tinha na cabeça, sabia que ela não era ligada nessas coisas. Vai ver foi por isso mesmo, para ser difícil. Estava totalmente ansiosa para saber o que a aguardava.

Estava com ele na noite anterior, fazia menos de dois dias que tinham se reconciliado, quando será que ele tivera tempo para planejar isso tudo?

Ela estava adorando! Agora precisava se concentrar em descobrir a pista, ou não teria recompensa nenhuma. Por onde começar?

Optou por descobrir mais sobre a flor o que seria difícil já que ela não sabia o nome.


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Notas finais do capítulo

Quero testar vossas habilidades de detetive também, quem sabe que flor é essa?