Fear Is a Luxury escrita por marirdgs


Capítulo 19
Capítulo XIX – I’m so stupied


Notas iniciais do capítulo

Uma das piores coisas da vida é ser enganado por aqueles que se ama.



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Para minha sorte, o convento não ficava muito distante do motel onde havíamos nos hospedados. Só tive que andar umas quadras, virar nas ruas certas e lá estava eu.

 

Tudo parecia tão calmo, como se nada absurdamente inexplicável tivesse acontecido ali. Meu carro estava parado no mesmo lugar onde o deixei poucas horas atrás.

 

Tinha vontade de entrar e ver se corpo da Lilith estava realmente desfalecido de frente ao altar, encontrar com tinha sido libertado ou uma pista sobre o que nos tirou dali no momento certo. Mas tinha passado por muita coisa em uma única noite. Não sei se poderia agüentar mais, estava no limite.

 

 Alem do que, prometi a Mary que não me arriscaria. Pegaria o carro, voltaria para o motel e a partir daí decidiria o próximo passo.

 

Voltei para o motel de quinta antes do esperado, mas fiquei parado na porta sem coragem de entrar.

 

 Sam e Mary conversavam em voz baixa, mas havia certa tensão no modo como falavam e nos silêncios entre uma pergunta e sua resposta.

 

O que chamou minha atenção foi uma pergunta que Sam a fez sobre me contar uma tal historia. Confesso que não entendi o que ele estava falando, mesmo assim a resposta dela não deixou de me surpreender.

 

-Ainda não sei se é o momento – ela respondeu –Acho que a reação dele não seria muito boa. Preciso dele mais do que nunca.

 

-Como assim? – perguntou Sam tirando as palavras da minha boca. Nada do que ela dizia fazia sentido.

 

-Sabe o mais temos em comum? – não sabia se ela se referia a mim ou ao meu irmão - Nos dois temos que evitar o lado negro da força e ainda sobreviver pra contar historia. – Sam matou a charada mais rápido do que eu.

 

 -Como você sabe que o Dean... – é pelo jeito eu era o centro dessa conversa.

 

-Que o Dean é o receptáculo de Miguel. - ela o interrompeu - È eu sei. Também tenho minhas fontes – isso definitivamente não fazia o menor sentido. Nunca tinha dito nada a ela sobre essa historia de receptáculo. Como ela sabia disso? Quem era essa sua fonte?

 

-Então você esta com ele só por interesse? –não ouvia a resposta dela. Havia um zunindo forte na minha cabeça me impedindo de pensar com clareza.

 

 Mary mentiu pra mim. Eu que cuidei dela, acreditei nela, contei coisas sobre mim que jamais disse a ninguém e assim que ela me paga. Com traição.

 

A raiva tomou conta de mim e adentrei pela porta para tirar satisfação de até que ponto eu fui feito de palhaço.

 

- Dean? – Sam se levantou da cama num salto ao ver minha cara de poucos amigos.

 

-Dean, o que quer que você tem escutado – falou Mary – eu posso explicar. – ela estava atrás de mim encostada na janela, o corpo tenso e a expressão seria.

 

-Você tem mesmo muito que explicar sua mentirosa. – me virei para ela e comecei a falar tudo o que queria.

 

- cara, escuta o que ela tem pra dizer antes de julgar – Sam veio até o meu lado tentando me acalmar. Ele devia estar muito ciente de tudo e sabesse lá a quanto tempo.

 

- Contigo eu converso mais tarde Sammy. Meu assunto agora é com ela – eu a encarei.

 

-Mas... – ele tentou me persuadir porem foi interrompido

 

 - Pode deixar Sam – não gostei nada dessa suposta cumplicidade entre eles – vou contar tudo que ele quiser ouvir.

 

 -é o que espero – ficamos calados nos olhando até que comecei a ficar impaciente- Então?

 

 - Não sei por onde começar. Nunca tive de contar minha tragédia pessoal para ninguém.

 

- Nessa eu não caiu mais - ela ainda tinha coragem de se fazer de coitada – É só se lembrar de quando contou ao meu irmão – ele tinha se afastado de nos, mais ainda prestava uma atenção exagerada.

 

- Eu não contei nada pra ele – ela deu um de seus sorrisos maliciosos – Apenas confirmei o que uma velha amiga lhe contou – ela percebeu que eu não estava muito interessado nessa parte – Eu me aproximei de você porque precisava, ou melhor, preciso da sua ajuda.

 

- Que eu me lembre te encontrei desacordada na mata – será que ela tinha forjado um acidente.

 

- E eu estava mesmo. Consegui fugir antes que eles me encontrassem – justificou –Pena que a Lucy não teve a mesma sorte- seus pensamentos ficaram distantes por um momento.

 

 -Fugiu do que? – essa mania de não falar as coisas diretamente me irritava

 

- Dos demônios. Eles querem que eu seja seu Aquiles durante o Apocalipse. – ela desdenhou- E seus amigos anjos me querem a sete palmos debaixo da terra.

 

 - Eles devem ter bons motivos – provoquei.

 

-Talvez tenham mesmo. Acho que tem algo a ver com aminha genética – agora é que complico – Pode ser também que eles tenham inveja da coragem do meu pai – ela insinuou. Minha ficha caiu, mas era difícil acreditar .

 

- Seu pai é um anjo? – ela confirmou – Você é uma hibrida?

 

- A única da minha espécie- ela parecia ter orgulho.

 

- e esse é seu grande segredo? Que você não pode dividir nem com a pessoa que supostamente você gosta? – a repreendi

 

- Sinceridade por sinceridade. Você também não me contou nada sobre ser um receptáculo - ela rebateu.

 

 - Eu queria te proteger. Pensa que não era bom que você estivesse envolvida nisso – começamos a falar mais alto andando de um a lado para o outro.

 

- eu também tentava te proteger. – ela contestou – Tinha medo que algo te acontecesse por minha causa. Sempre é assim, as pessoas que gosta se ferem pelo que eu sou. Pensei que se você não soubesse, não estaria em perigo.

 

-Se tu tivesses confiado em mim, e não me usado que eu sei que é que você vem fazendo até agora, talvez fosse diferente.

 

-Nada vai mudar o fato deu ser uma aberração perseguida por céu e inverno.

 

- Ainda bem que você sabe. Ser uma vadia é uma característica da sua espécie? – ela não gostou nada do que falei.

 

 - Falou o rei da normalidade. Não seja hipócrita Dean – ela me acusou me deixando ainda mais irritado.

 

- Se eu te matasse, seria menos hipócrita. Afinal o meu trabalho é esse – pensei te-la intimidado mas ela não é do tipo que se assusta fácil.

 

 - Eu devia fazer o mesmo e te dar o mesmo destino da Ruby – em um momento normal eu a agradeceria por ter despachado a demonia vadia, mas agora essa declaração só me incentivou a jogá-la na parede e apertar uma faca contra seu pescoço.

 

- O que foi? Perdeu a valentia? – ela tinha como se soltar e ainda me incapacitar, estava muito bem claro nos seus olhos. Mas ela se controlou para não fazer isso.

 

- Dean, larga a faca mano – Sam voltou a interferir, tentando me puxar para o estacionamento – Você não quer machucá-la. Não faz nada do que se arrependa.

 

 Odiava admitir mais ele tinha razão. Eu estava com muita raiva, mas uma parte de mim gostava dela e não queria que nada lhe acontecesse.

 

Larguei a faca e fui para o estacionamento pegar meu carro. Não havia um lugar onde eu realmente quisesse ir, mas não pararia de dirigir tão cedo. Não me importava com onde iria passar o resto da madrugada.

 

- Cara espera – Sammy vinha logo atrás de mim. Me virei para ele e falei tudo que queria desde que soube o que ele pretendia fazer no começo da noite.

 

- Como você pode fazer isso comigo? – perguntei

 

- Me desculpa. Eu sei que...

 

- Você preferiu um demônio no lugar do seu irmão. Sabia a verdade sobre a garota que eu gosto e não me contou nada. Sinto muito, cara. Mas as coisas entre nos nunca mais seram como antes.


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Notas finais do capítulo

espero que gostem deixem reviews please.
bjosssssssssssss



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