O Meu Mundo Real escrita por DiAngelo


Capítulo 7
Capítulo 7




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No chalé me aprontei para o jantar.

Chegando no refeitório, notei algo diferente. O jantar, que já devia estar disposto não estava e Quíron esperava todos os semideuses chegarem para o jantar.

Após todos terem chegado, Quíron pediu silêncio e falou:

–Hoje nosso jantar será um pouco diferente. Vocês não vão se sentar com seus companheiros de Chalé. Embaixo de cada prato há um papel com um número. O número indica em mesa de qual chalé vocês irão ficar. Isso está sendo feito para que os novatos e os veteranos no acampamento também possam se enturmar. Após vocês se arrumarem, o jantar será servido.

Logo comecei a ver todo pessoal se mexendo, meus irmãos saindo da mesa e indo para outras, alguns semideuses de outros chalés se sentando na mesa do chalé quinze e então peguei meu número e fui me sentar.

POV NICO

Tive a estranha vontade de me sentar na mesa de Pamela. Não me enturmava muito bem com os outros semideuses. Eles me achavam um tanto estranho e alguns tinham até medo de mim. Com ela era diferente, ela agia naturalmente perto de mim e tínhamos assuntos que nós dois achávamos interessantes. Além disso era preciso conversar sobre nossas habilidades. Vi meu número : 21. Chalé de Perséfone! Maravilha. Tomara que nenhuma cria de minha madrasta continue nessa mesa. Não iria suportar por muito tempo. Vi Pamela se dirigindo a mesa do chalé de Apolo e se sentando ao lado de Valdez, outro semideus difícil de suportar e cheio de gracinhas. Mas, deuses, para que Quíron tinha que fazer isso?

POV PAMELA

Minha mesa essa noite seria a mesa dos filhos de Apolo. Me sentei e um menino com o cabelo bem bagunçado em cachos, pele morena e olhos bem travessos. Me lembravas um pouco um elfo, com aquelas orelhas pontudas... Só podia ser... Pelos deuses do Olimpo...:

– Leo Valdez?

– E aí, novata?

–Oi...- Falei corando um pouco. Mas não podia ficar encantada com ele. Não. Agora Calypso estava no Acampamento, e eles ficavam perfeitos juntos. Calypso também se sentou a nossa mesa, ao lado de Leo e o abraçando ao ver eu falando com ele. Não tirava a razão dela. Depois de passar tantos anos presa numa ilha, se apaixonando e perdendo os guris que ela acabava gostando acho que eu teria a mesma atitude.

–Calypso, você é ainda mais linda do que imaginei! Está bem, hein, Valdez!

Eles sorriram e coraram. Depois deram um selinho e vendo o jantar já posto saíram juntos para se servir.

A conversa em minha mesa estava alegre e agitada, todos radiantes. Olhei para a mesa do meu chalé e os semideuses sentados lá pareciam ligeiramente mais sonolentos. Olhei involuntariamente para a mesa 13, e os semideuses sentados lá pareciam um pouco mais sombrios que de costume. Legal. Torci para não estar brilhando feito o sol, sabe? Sou um tanto tímida.

Vi ao longe Thalles conversando animadamente com outro sátiro e algumas ninfas. Se não me engano o seu amigo era um tal de Isaac e as ninfas...Hunf... Ficavam se jogando pra cima de Thalles e Isaac. Fala sério, não caia nessa, Thalles.

Olhei envolta procurando Nico e o vi sentado na mesa do chalé 21. Achei graça da situação. Ele estava com uma cara bastante fechada e com os ombros encolhidos, como se não estivesse nem um pouco confortável onde estava. Queria estar com ele. Pelo menos estaríamos conversando. Era difícil me animar com as conversas que surgiam na mesa em que eu estava e Nico devia estar se sentindo igual.

Me servi, fiz minha oração para papai e para Hades. Agradeci papai pela estado contínuo de paz que eu quase sempre estava e agradeci Hades por ter me abençoado com algumas habilidades.

Comi e assim que terminei fui falar com Nico:

–Di Ângelo, que bom que já terminou o jantar. Vamos nos aconcelhar sobre aquilo com Quíron?

– Ah, claro. Com licença, Irma.

No caminho até Quíron, dei um empurrãozinho em Nico:

– Que é, Gomes?

– Quem é ela, hein?- Perguntei com uma carinha de malícia - Parecia bem animadinho falando com ela, sr. Di Ângelo...

– O quê? Não nada a ver. Ela é Irma, uma filha de Hécate e estava me perguntando algumas coisas sobre o mundo inferior. Acho que ela deve estar tentando aprender algum tipo de magia negra - Nico falou isso arregalando os olhos e balançando os dedos perto de mim, como se estivesse me lançando um feitiço.

Rimos juntos e logo chegamos até Quíron.

–Olá Di Ângelo, Gomes. Parece que estão ficando bem amigos. Que bom, espero que continue assim Nico. É bom se enturmar de vez em quando.

O rosto de Nico, sempre tão pálido, corou um pouco.

–Quíron - comecei a falar, desviando a atenção dele de Nico - Eu e Nico estivemos pensando, bem...Agora que sei que tenho habilidades especiais, acho que poderia usá-las, às vezes. Mas Nico me contou que ainda só sei usá-las durante o sono.

– Certo.

– A gente queria saber...Bem... Nico e eu podemos usar algum tempo para treiná-las. Para Nico me ensinar como usá-las?

– Quando pensam em fazer isso?

– Bom, Quíron. Pamela é ótima em Mitologia e eu não uso artes gregas para nada, e quando digo nada, quero dizer nada. - Só de imaginar Nico tocando harpa e aprendendo rimas com os filhos de Apolo comecei a rir. - Então como de terça e sexta temos essas aulas, coincidentemente no mesmo horário, Pamela com a mitologia e eu com as artes, achei que poderia ser nesses horários.

– Vocês querem mesmo trocar as aulas por esses treinamentos individuais entre vocês?

– Eu adoraria, Quíron. Sei mais sobre mitologia do que muitos semideuses que já estão aqui há algum tempo. Fui transferida para a aula de mitologia avançada. -Falei, tentando não parecer presunçosa e Nico deu um sorriso como se estivesse orgulhoso da nova amiga.

– E eu, como já disse, não quero saber de artes. Quero dizer, qual é a graça de falar rimando e pintar quadros dos filhos de Afrodite que já têm mil espelhos no chalé e podem se admirar o quanto quiserem sem precisar de um quadro pra isso?

Quíron analisou por um tempo, sorrindo e então logo concluiu:

– Certo, se é isso que desejam. - E num cochicho falou - Não acho que essas aulas sejam mesmo tão importantes como treinar as habilidades recém- descobertas da srta. Gomes. - E voltando ao tom de voz normal acrescentou - Já falarei com os professores de vocês dizendo que estão dispensados de suas aulas para tarefas especiais.

Eu e Nico saímos muito felizes, Nico até aliviado por se livrar das artes e em vez de irmos para a fogueira fomos para o píer em frente ao lago do acampamento. Alguns assuntos precisavam ser tratados fora da presença de outros semideuses e não quisemos esperar muito mais.


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