O Meu Mundo Real escrita por DiAngelo


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Oii gentee!
Fiquei o final de semana sem postar, pois estava meio ocupada, mas hoje tem capítulo fresquinho pra vocês e talvez poste até mais de um hoje... E claro, espero que estejam gostando da história!
P.S.: Me pediram por Percabeth na história, e eu tentei colocar. Tem pouco porque a hist´ria não é focada em Percabeth, mas é isso aí!
Enjoy! ♥



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Logo peguei no sono e algum tempo depois Di Ângelo estava novamente em meu chalé, me avisando que logo as próximas atividades começariam.

Acordei meio grogue, dei uma penteada nos fios rebeldes do meu cabelo com a mão mesmo, e então saí com Nico para voltar às atividades.

No meio do caminho vi um casal sorrindo e conversando, de vez em quando trocando alguns selinhos. Pareciam muito felizes e perfeitos um para o outro. A menina loira com olhos cinzentos e o menino dos olhos verdes como o mar. Lá estavam Percy e Annie, tão lindos e fofos que até fiquei radiante só de vê-los juntos... Até que me lembrei sobre o que li no último livro, poucas semanas antes de ir para o acampamento.

Olhei para Nico e percebi que ele também havia visto Percy e Annabeth, mas havia nele uma expressão bem diferente da qual eu imaginei que veria. Ele estava com o rosto bem tranquilo, como se aquilo fosse normal e ele não sentisse nenhum aperto no coração por ver Percy com outra pessoa.

– Nico...Eu... Hãn...- Tentar achar uma forma certa de perguntar como aconteceram as coisas depois que Eros o fez dizer o que sentia sobre Percy era difícil. Ele não sabia sobre os livros e é claro que não havia outra forma de eu saber sobre sua queda pelo filho de Poseidon - Quem são?

Ele percebeu que eu olhava para Annie e Percy. Só deve ter estranhado o quanto eu gaguejei apenas para fazer essa pergunta.

– Ah, eles. Percy Jackson e Annabeth Chase. Formam um belo casal, não?

–Sim, parecem bem felizes. O garoto...Bonito ele. As meninas não ficam com inveja da namorada dele de vez em quando?- Dei uma risada para dar um tom brincalhão à pergunta.

– Ah, naturalmente. Percy é um herói aqui no acampamento Já passou por tanta coisa... - Nico hesitou por um breve momento, como se estivesse analisando se deveria dizer o que estava pensando, suspirou e falou - Acho que até alguns meninos já pensaram estar gostando dele...

–Verdade? E ele sabe disso?

– Ah, não. Não mesmo. É um boato que surgiu e poucos focaram sabendo. Mas parece que esse tal menino que gostou de Percy não sente mais nada por ele além de um sentimento de... Irmão.

Sorri. Parecia que Nico tinha lido meus pensamentos e decidiu me contar o que havia acontecido. E, apesar de saber que o que ele dissera não fora inteiramente verdade (ele omitiu alguns fatos e omitiu que o menino que havia gostado de Percy era ele próprio) não podia o culpar, e me senti bastante aliviada por saber que Nico conseguia conviver vendo Percy e Annie sem ficar triste e sem se fechar tanto. Era bom saber que ele estava bem com isso.

Nico e eu seguimos para nossas respectivas atividades e não nos vimos mais pelo resto do dia, a não ser de longe durante o jantar e na fogueira, onde mais uma vez ficamos nos encarando. Parecia que ele sorria menos quando estava em público. Talvez fosse meio introvertido devido as coisas que falavam dele.. Mas ele não era como diziam. Deviam conhecê-lo melhor antes de falarem coisas por aí.

Seus olhos eram muito negros e lindos em contraste com sua palidez, e quando saí de meus devaneios percebi que o fitava nos olhos e o deixara meio constrangido com isso.

Sorri num pedido de desculpa, ele percebera que eu estava viajando em pensamentos.

Mais alguns minutos se passaram e então os semideuses seguiram para seus chalés. Eu e Nico também.

Naquela noite sonhei novamente com a música e pude ver dessa vez quem tocava. A menina com aquela doce voz era com toda certeza Bianca Di Ângelo.

Tentei chamá-la mas minha voz não saía. E ela me via mas não conseguia falar comigo.

Claro! Devia ser a mesma coisa que acontecia com vovó. Não conseguia me comunicar com as pessoas quando estava sonhando. Eu precisava estar acordada para poder falar com Bianca e com vovó, mas já tinha ido ao Mundo Inferior acordada uma vez e , pelos deuses, como aquilo doía. Eu não podia esperar muito mais para falar com Bianca. Precisava perguntar por que eu a ouvia cantando em meus sonhos e precisava logo. Sentia que ela queria falar comigo também.

Acordei num pulo, anotei mais um pedaço da letra no meu caderninho, e tiraria o som do piano depois.

Procurei um dracma, fiz um pouco de água e luz se misturarem no banheiro e então, baixinho para não acordar meus irmãos que dormiam como anjinhos nas outras camas do chalé proferi as palavras :

– Oh íris, deusa do Arco-íris, aceite essa oferenda, mostre-me Nico Di Ângelo, chalé 13.

Uma imagem bruxuleou e vi Nico em seu chalé, deitado olhando para o teto. Ele logo viu minha mensagem e veio falar comigo.

–Oi! Por que está mandando mensagem de Íris a essa hora? Não era pra uma filha de Hipnos estar dormindo uma hora dessas?

– Eu até tentei dormir, Nico! O que está fazendo acordado também? Era pra todo o acampamento estar dormindo.

– Não consegui dormir ainda, ok? Eu não sei, tenho insônia às vezes.

– Não consigo dormir também. Preciso da sua ajuda, e preciso logo.

Nico olhou envolta do chalé, pensou e então disse :

– Píer, então. Agora! E vamos tentar não acordar o acampamento porque estamos fugindo das regras... Só você pra me fazer sair do chalé essa hora, Senhorita Gomes!

A imagem bruxuleou novamente e Nico sumiu de minha frente.

Fui até o píer e Nico já estava lá. Devia ter viajado através das sobras, claro.

– O que aconteceu, Pam? Me deixa preocupado mandando mensagem de Íris assim, no meio da noite!

– Eu preciso aprender logo a ir pelo mundo inferior acordada, Nico, não aguento mais tentar me comunicar com as pessoas que aparecem pra mim e não conseguir, ainda mais quando elas que tentam falar comigo!

– Mas como assim? Quem está tentando falar com você? E por que raios você fica indo pro mundo inferior durante o sono?

– Eu não consigo controlar isso. Eu apenas...vou.

– O que a fez pensar que precisa disso com tanta urgência? Não imagino o que possa ser.

– Eu... Bom... Isso já faz duas noites. Ouço uma música e quem está cantando é uma menina - Não podia falar que conhecia Bianca. Ninguém no acampamento falava dela. - Uma menina bem parecida com você.

–Bianca! - Disse Nico num arquejo baixo, como se estivesse falando pra ele mesmo. - O que ela queria?

– Eu não sei, Nico! É por isso que preciso aprender a ir acordada. Não consigo comunicação dormindo.

– Não posso te ensinar agora, no meio da noite.Mas preciso saber o que Bianca quer. O que vamos fazer?

Sem hesitar e nem pedir permissão peguei a mão de Nico e pensei na imagem que vi de Bianca. O peso em meu estômago e a dor de cabeça foram maiores do que nunca. Viajei uma distância longa e estava levando Nico comigo.

Mas eu havia chegado. Estávamos no mundo inferior e eu via Bianca. E a dor de cabeça e o peso no estômago surpreendentemente desapareceram logo, e eu não parecia tão cansada.

– Ficou maluca, Pamela?!?!?!? Quem sabe o que podia ter acontecido com você? - Nico gritava preocupado comigo - Nunca mais faça uma coisa dessas, está me entendendo?

–Pelo menos estou acordada e estou onde eu quero.

Nico olhou para onde eu olhava e então viu a menina com um sorriso terno no rosto.

– Bianca! - Nico correu na direção dela e eles deram um forte abraço.

– Oi, irmãozinho! Senti sua falta!

Bianca sorriu pra mim enquanto abraçava o irmão e então entendi. Eu havia feito o que ela queria que eu fizesse.


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Notas finais do capítulo

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