The Mutants - O Dragão Branco escrita por Mano Vieira


Capítulo 2
Capítulo Dois


Notas iniciais do capítulo

Eai pessoal, beleza?
Bem, falei que ia postar somente depois de quinze dias, mas resolvi ser bonzinho com vocês! (Não se acostumem!)
Espero que vocês tenham uma boa leitura!



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Ken Sabia que estava atrasado, mas por sorte essa aula não era do chato professor que o colocou em detenção no outro dia.

Assim que chegou à classe, foi recebido de um jeito bom e se sentou. A aula continuou tranquila. Isso era legal, não só para ele, como para todos os outros alunos.

A professora dessa vez estava falando sobre a história de guerras, uma coisa que Ken gostava, mas sempre torcia para não entrar em uma.

Ao final da aula, ele se reuniu com Jen e Kelsey.

—Olá! — Cumprimentou-as.

—Olá! — Responderam em conjunto.

Os três conversaram coisas banais, de adolescentes mesmo. Até Jen dar inicio a uma conversa sobre os novos alunos.

—O que vocês acham deles?

—Eu acho que eles não irão conseguir acompanhar o que estamos aprendendo agora — Falou Kelsey. — Ouvi dizer que terão aulas extras para não ficarem para trás.

—Eu acho que eles formarão uma só sala, mas não sei onde estudariam, pois todas as salas do colégio estão ocupadas! — Manifestou-se Ken.

—Acho que eles terão poderes legais! — Afirmou Jen alegre. — E vocês, ficaram sabendo que vão inaugurar uma nova arena de batalha amanhã também?

Os três conversaram demais. Não tinha sobrado tempo para fazer algo a mais.

Encontraram-se novamente no refeitório, no horário do jantar. Eles comeram juntos na mesma mesa, alguma coisa leve, sempre conversando e rindo.

Ao entrar no quarto, observou que todas as luzes estavam apagadas. E parecia não ter ninguém lá. Ken estranhou, mas deu um passo para que todo o seu corpo estivesse presente no local. Um grande erro. A pegadinha foi a seguinte: Com as luzes apagadas, Ken não poderia ver nada no quarto, o que facilitaria dele pisar, bem certo, na casca de banana que estava ali no chão e cair de bunda na tinta vermelha que tinham colocado recentemente ali.

—Ai! — Disse após todo o susto da queda.

As luzes se acenderam e os dois garotos que dormiam com ele apareceram rindo.

—Eu nunca, nunca mesmo, vou me cansar de pregar peças em você, Ken! — Falou o mais velho. Ele tinha dezessete anos. Estava no seu último ano, mas continuaria ali com eles. Seu nome era Leonard. Seus cabelos loiros eram bem bagunçados e os olhos, para a surpresa de todos, eram escuros.

Leonard não pregava peças a Ken por maldade, mas por diversão.

Ken se levantou rindo do próprio mico. Ele já tinha acostumado, mas por essa não esperava. Lamentou-se pela calça perdida e foi se limpar.

Após o banho, já na sua cama, iniciou um assunto:

—Vocês viram que vai inaugurar uma nova arena aqui no colégio? — Perguntou ele, enquanto lembrava-se de tudo o que a Jen tinha falado sobre esse assunto.

—Fiquei sabendo! — Falou Leonard. — Ouvi dizer que vai ter até simulador de local. Isso talvez seja interessante.

Após essa conversa dos garotos, todos foram dormir. As luzes do quarto foram apagadas e tudo ficou no pleno silêncio natural da noite. Todas as noites, às 23h as portas dos quartos eram trancadas, sem exceção. Os que ficarem para fora, são punidos com uma advertência.

Todos os alunos foram dormir empolgados com a chegada dos novos no outro dia.



O grande ônibus parou na frente do colégio. Todos os novos alunos estavam interessados nessa tal academia de mutantes, onde todos os outros alunos seriam iguais a eles. Muitos estavam com as unhas todas às comidas, outros estavam calmos demais.

As portas se abriram e uma mulher gorda, com uma roupa colada e óculos escuros entrou. O cheiro de suor dela poderia ser sentindo a quilômetros de distância. Um caderno pequeno estava em suas mãos. Ela o abriu e começou a lê-lo.

—Então, crianças, eu gostaria que assim que eu ler o seu nome, você se levante e saia, calmamente, deste ônibus e forme uma fila. — Ela avisou com a sua voz que tinha um timbre horrível.

Os nomes foram lidos e, assim como foi pedido, os alunos fizeram a fila lá fora. Miley, infelizmente, ficou separada de seus dois irmãos mais velhos. E com tudo isso, ela estava perdida. Não sabia se ia conseguir se sair bem sem o apoio deles.

A professora estava guiando os novos estudantes pelos corredores da academia. Como era um dia de sábado, nenhuma sala de aula estava sendo usada e muitos alunos estavam em seus quartos tirando uma soneca prolongada para compensar todos os dias acordando cedo.

Miley estava totalmente impressionada com tudo o que estava vendo até então. Os corredores sem fim, o refeitório gigante e o grande pátio decorado. Também tinha a parte de fora: os quiosques, as piscinas, as quadras e tudo mais.

Alguns alunos podiam ser vistos andando para lá e cara cá com as suas roupas normais. A academia não exigia o uso do uniforme nos finais de semanas ou em feriados e até mesmo nos dias sem aula.

Miley olhou para eles. Estava medindo o potencial de casa um. Que fracotes! Não acredito que fui mandada para essa escolinha de pessoas fracas. Isso é um absurdo! Pensou.

— A academia não exige o uniforme durante os finais de semana, feriados e em horário de lazer. Vocês também podem ficar as vontades até às 22h. — informou a professora de um jeito de quem não estava nem ai para se os alunos estavam prestando, ou não, atenção.

A pós a apresentação ao colégio, todos os novos alunos pegaram suas informações na secretaria. Miley ficaria na sala de número duzentos, a mesma sala de Kentin e Jeniffer.

Ela se encaminhou até o dormitório em que ficaria instalada até se formar. Dividirá o quarto com mais duas alunas, que já estudavam no colégio. Olhou para a porta e pôde ouvir os sussurros das garotas que estavam lá dentro. Esperou um tempo antes de bater, fechou os olhos, acalmou a mente, inspirou e levantou a mão. Três toques. E o silêncio apareceu.

A porta foi aberta e revelou um par de olhos grandes, pretos e curiosos.

—Ah, — Uma voz fina e bonita. Como a de uma cantora. — você deve ser a nova aluna! Vamos, entre! — Ela abriu mais a porta, dando uma visão mais ampla do dormitório.

Miley entrou. Viu que as duas garotas eram mais velhas. A que tinha atendido ela era uma garota alta, tinha o corpo magro e os cabelos longos, da cor preta. A outra era um pouco mais baixa, porém conseguia ser mais alta do que a loura. Seu cabelo ia até os ombros e era da cor preta também, porém as pontas estavam pintadas de um azul bebe bem bonito. Os olhos dela eram pretos também.

—A professora nos avisou que viria uma aluna aqui hoje, estávamos empolgadas com a sua vinda — Falou a maior. — Meu nome é Molly, prazer. A outra ali é a Katherine.

—Olá! — Disse Miley envergonhada. Ela realmente não conseguia se sair bem, agir como uma garota forte, longe dos seus irmãos. Era como se estivesse nua. — Meu nome é Miley.

As garotas conversaram um bom tempo no quarto. Miley já se sentia em casa. E ela também sabia que as suas parceiras de quarto eram duas garotas fortes. Claro que ela ainda não tinha falado nada disso para ninguém. Ela gostaria de conhecer mais pessoas. Saiu perambulando pelo colégio.

Os corredores eram algo monstruoso, para uma primeira vez ali. Os seus tamanhos fora do comum intimidavam a todos, até mesmo alunos altos que faziam parte do time de basquete. Miley procurava por alguém que tivesse um jeito legal e que fosse forte. Essa seria a pessoa excelente para iniciar uma amizade ao modo que ela queria. Alguns alunos a olhavam com um jeito estranho. A loura imaginava que, dentro de suas cabeças, estivessem se perguntando quem diabo é ela. Eles não precisam saber disso, pensou Miley, só os mais fortes têm direito de dirigir uma palavra para mim.

A sua busca por alguém que se encaixasse nos padrões necessários já estava se tornando algo cansativo. Até que, por ironia do destino — ou para facilitar a vida de todos—, Miley tombou com um garoto. Ambos foram jogados para o chão. Miley acariciou a cabeça a procura de possíveis calos ou cortes na pele, mas nada encontrou. Então, dirigiu o seu olhar para o traste que tivera a audácia de não desviar. Os cabelos bagunçados da cor castanhos é algo que mostrava o quão cuidadoso ele era. Nada cuidadoso. O menino olhou para ela. Ficaram alguns segundos ali, no meio do corredor, sentados no chão, um olhando para a face do outro.

A face do menino era um tanto engraçada, para Miley. Tendências japonesas estavam presentes, mas não reinavam. Era um mestiço. Os olhos castanhos estavam repletos de curiosidade.

— Você é nova aqui? — Perguntou o garoto quebrando o silêncio entre ambos. Levantou-se e bateu levemente em suas vestimentas, para tirar alguma possível sujeira que grudara ali durante a queda.

Miley se sentiu horrorizada. Quem tinha dado a permissão para o garoto dirigir-lhe uma palavra?

—Sou. — Respondeu secamente, ainda no chão. O garoto lhe estendeu uma mão.

—Pegue. — Disse, ao ver que ela não tinha entendido o motivo. — Quero te ajudar a levantar.

Miley ficou irritada. Não pegou na mão do menino: levantou-se por conta própria.

—A propósito, — começou o garoto, assim que viu que Miley estava indo embora, ignorando-o — meu nome é Kentin, mas pode me chamar de Ken!

Miley ouviu as suas palavras e, em fração de segundos, o seu nome ficou gravado na mente dela. Que babaca, pensou ela, pensa que eu serei amiga de alguém fraco como ele? Riu num tom baixo e continuou a sua busca por alguém que fosse bom naquele infortúnio de lugar.



Ken continuou o percurso. Tinha ficado irritado pelo ato da garota. Ela não foi nada legal, pensou ele, nunca pensei que ainda existiam pessoas desse jeito. Ao chegar o destino final, procurou por Jen. Não demorou muito — ter um cabelo colorido é como pedir para ser encontrado no meio de uma multidão. Sentou-se na frente da garota, que estava comendo um delicioso, e grande, fast-food.

—Quer um pouco? — Perguntou ela, após engolir o pedaço que estava sendo mastigado.

—Não. Obrigado. — Ken tinha recusado por educação, mas a verdade é que ele estava morrendo de fome. — Acho que vou pegar um para mim. — Disse por fim. O cheiro do lanche da garota estava matando Ken por dentro. — Assim eu te poupo de comer menos.

Jen riu e consentiu com um movimento com a cabeça. Ken se levantou e foi, rapidamente, até a fila que não estava muito grande. Não demorou muito para que o garoto voltasse com as coisas que queria numa bandeja e se sentasse.

Ambos comeram e fizeram o que tinham combinado de fazer ali. Uma tarde de lazer era essencial para a vida deles.



Jen estava na sala de aula quando viu que alguém novo estava no pedaço. Uma garota linda e alta. Os cabelos da cor dourado e os olhos verdes lhe caiam como uma bênção, uma combinação dos anjos. Os peitos eram grandes, mas não de um jeito exageradamente grande. As pernas e o bumbum eram lindos. Uma modelo..., pensou Jen, eu vou estudar com uma modelo. Posso ser facilmente humilhada por essa garota.

Todos os olhares estavam direcionados para a estranha, que estava com um semblante sério, procurando o local que iria se sentar. Para a sorte — ou azar— de Jen, ela se sentou ao lado da garota.

Jen a observou por alguns segundos, não acreditando no que estava acontecendo. Quando a loura viu que estava sendo observada pela companheira, sorriu honestamente. Todas as perfeições da aluna nova se multiplicaram. Jen não sabia se sentia sortuda ou irritada.

—Olá — puxou assunto, a loura — meu nome é Miley.

Estava sendo tudo tão fácil. Jen pensou em vários filmes onde a garota mais bonita sempre tinha uma amiga feia. Estava claro, para Jen, qual das duas ela era. Sentiu-se sortuda, por ter uma amiga bonita, e ao mesmo tempo se sentiu irritada, por estar claro que ela era a amiga feia que cuidaria de tudo e teria um grande azar no amor.

—Olá! — Respondeu alegre. — O meu nome é Jeniffer, mas você pode me chamar de Jen.

—Jen — repetiu Miley. — Está tudo bem com você? — Sorriu de olhos fechados, mostrando todos os dentes brancos perfeitamente alinhados. — Eu adorei o seu cabelo.

Jen se irritou. Ninguém elogia o cabelo roxo da amiga logo no primeiro diálogo, pensou. Porém Miley não parecia estar sendo irônica quando disse o elogio. Jen decidiu não falar muito sobre si com a outra.

—Eu estou bem! — Um suspiro — E você?—Olhou para a amiga. — Os seus cabelos são visivelmente melhores do que os meus.

Miley sorriu sincera.

—Eu também estou bem. — Disse calma. — Você acha? Eu tenho um grande amor por eles também. Sempre quis fazer algo de diferente, mas não tenho coragem. E se não ficar bom? É por isso que eu o mantenho assim e admiro todos os que fazem algo diferente e legal no cabelo. Mas o seu ficou perfeito!

Jen pensou em responder algo, mas a professora surgiu comentando sobre o que eles iriam fazer durante a aula e todos os alunos se calaram e se viraram para frente.

Ken está atrasado de novo.



Todos estavam no pátio quando Ken chegou. Enfiou-se no meio de alguns alunos, para fingir que sempre esteve ali. O ato foi em vão. A professora logo o chamou.

—Senhor Kentin, o que acha de dar as boas-vindas para a nova aluna, numa batalha? — Perguntou. Ken, primeiramente, deu um pequeno salto com o susto de ser convocado tão rapidamente. Depois analisou as palavras da professora — O que acha?

Ken deu de ombros e foi até a frente. Até então, não tinha visto quem era o novo aluno.

A surpresa foi grande de ambos os lados. Ken teria que lutar contra a garota que o ignorou no dia anterior.

—Estão prontos? — Perguntou a mais velha. Ken ainda estava assustado, mas Miley já parecia estar bem mais calma. Ambos fizeram que sim com a cabeça. — Então comecem! — A professora colocou o apito na boca e soprou com força. O barulho produzido pelo o objeto foi o que simbolizou o início da luta entre os dois.

Miley correu na direção de Ken e, ao se aproximar, tentou acertar-lhe o rosto com um soco usando a mão direita. Ken se desviou rápido. A loura tentou um com a esquerda e depois outro com a direita novamente.

Ken conseguiu safar-se de ambos os ataques, e então, passou sorrateiramente a perna sobre os pés da garota. Ao se desequilibrar, os olhos abriram mais do que o normal, mostrando a surpresa que a garota sentia, mas, em questão de segundos, ela estava ereta e com os dois pés firmes no chão novamente.

Ken se irritou com isso e tentou dar-lhe um soco na barriga. A loura afastou e revidou com outro soco, que não acertou. O garoto correu para trás para pegar impulso e, em seguida, correu para frente. Miley entendeu o objetivo do rival com o ato e logo se desviou do ataque.

Mas que droga! pensou Ken, ela é muito boa em batalha. Nem parece estar cansada! E Miley realmente não estava. Seus cabelos estavam perfeitamente no lugar e sua roupa estava sem nem um amarrotado. Já Ken, estava transpirando, com os cabelos grudando na testa úmida e com a roupa colando no corpo.

Miley tentou lhe acertar um chute, mas Ken nem pensou em deixar-se acertar. A garota usava um tipo de bota com um salto alto, até. Estava fora de pauta ser acertado por algo daqueles, mesmo que a sua mutação o ajudasse, ele ainda iria sentir uma boa parcela de dor.

A professora observava a luta ansiosa para ver até onde Ken levaria a aluna nova. Estava visível que Miley não estava se esforçando e, talvez, nem ao menos estava levando a luta a sério. Já Ken estava só desviando numa velocidade incrível e tentando atacar, tomando cuidado para não acabar quebrando, logo de cara, um ou dois ossos da aluna nova.

—Vocês não estão cansados de ficarem nessa mesmice? — Disse a professora. — Vocês podem usar a mutação, caso julguem necessário!

Ken já sabia disso, mas o aviso, para Miley, foi sua salvação. Poderia finalmente se livrar do garoto fraco que não conseguia ver que as circunstancias não estavam a seu favor.

Ken pôde sentir por segundos o gostinho da adrenalina, ao ver os olhos de Miley mudando de cor. Os belos orbes verdes coloriram-se de vermelho. Uma tênue aura de cores escuras começou a sair dos poros da garota.

—Vou dar um fim nisso de uma vez por todas. — Garantiu, e avisou Miley. — Pode doer um pouco.

Ken teve que rir com o comentário. Mal sabia a loura que iria doer nela também. O garoto investiu e, com a mão direita fechada, tentou um soco. O ato foi pausado pelo braço duro da garota. Um chute, vindo da parte dela, acertou a costela de Ken. Ambos caíram.

Ele se levantou rapidamente. Ela se ajoelhou. Não estava entendendo o que tinha acontecido. O chute não tinha sido nela e sim nele. Não havia motivos para estar sentindo dor no local em que ela chutou.

Ken deu um leve soco na barriga de Miley, que revidou com um no queixo do garoto. Ele cambaleou para trás, mas jogou sua cabeça para frente e curvou um pouco as pernas segurando com as mãos os joelhos e respirando freneticamente. Uma pontada de dor deixou a garota irritada e mais confusa ainda.

Levantou com tanta rapidez e raiva, que Ken mal pôde ver. Andou rapidamente e chutou-lhe o rosto com força, com a intenção de machucar mesmo!

O rosto do garoto foi para o lado bruscamente e sua bochecha começou a arder. Colocou a mão sobre ela e sentiu algo quente ali. Um corte.

Ken olhou para ela. Miley também estava sentindo a ardência em sua bochecha. Ken via que ela estava confusa. Isso o deixava com mais vontade de prosseguir com a luta.

Levantou-se e ambos ficaram frente a frente.

Esse garoto deve estar de brincadeira! Não quero expor meu poder assim, tão fácil, para esses bandos de babacas fracotes, mas ele está me forçando a isso!

Ken fechou os punhos e concentrou-se em atacar. A garota desviava, sem falar nada, sem olhar para ele ou para suas mãos que alternavam os golpes, sem sequer se esforçar. Isso era o que estava irritando-o, mas Miley estava perdida em seus pensamentos para perceber que, em pouco tempo, ele estaria impossibilitado de continuar por causa da grande perda de energia e por causa de sua raiva pela garota não estar dando a mínima para a luta.

Um pouco de aura foi concentrada na mão da loura e ela lançou-a brutamente na direção de Ken.

E foi como naqueles filmes, aonde a bala em câmera lenta vai até o seu alvo, possibilitando-nos de ver todo o seu percurso, sem fazermos muito esforço. Foi assim que Ken enxergou nessa hora. Dois centímetros para a direita, apenas. A esfera de aura passou por ele, acertando a parede e fazendo uma pequena cratera ali.

A garota se irritou quando viu tudo isso acontecer, os alunos direcionaram seus olhos para a parede acertada e, em seguida, para a aluna. Olhos esbugalhados, queixos no chão. Miley partiu para cima, para o ataque bruto assim como ele estava fazendo.

Ken sentiu-se melhor, já que ela iria lutar ao seu modo.

Um soco em cima, mas ela desviou para baixo, passando suas pernas para desequilibrá-lo. Em vão. O garoto pulou e girou o seu corpo, acertando-lhe um chute na cara.

Miley caiu bem longe dali, de barriga no chão, impossibilitada de prosseguir com a luta. Ela não estava entendendo o resultado final do evento.

—Muito bem. — A professora disse e, em seguida, assoprou o apito. — A luta está terminada.

Alguns alunos acharam maldade o que a professora tinha feito, mas ela estava satisfeita com o resultado. Ajudou Miley a se levantar.

—Está tudo bem com você, querida? — Perguntou docilmente.

—Sim. — Miley respondeu furiosa por ter perdido a batalha.


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Notas finais do capítulo

Eaí, estão gostando?
Bem, o próximo capítulo já está pronto e irei postar ele daqui, no mínimo, quinze dias!
Um abraço e até lá!