Entre o bem e o mal escrita por Annie Lightwood di Angelo


Capítulo 11
Loucura?


Notas iniciais do capítulo

Bem(já perceberam que eu sempre começo com "bem"?Não sei porque,é mania),acho que não tem muito pra falar sobre esse capítulo(milagre),tirando que vocês começam a conhecer um pouco mais sobre a Kimberly,digo,começam a conhecer ela além do físico.Espero que gostem(novamente,tanto dela quanto do capítulo).Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/539665/chapter/11

POV Jonathan Christopher

–Kimberly.-Disse seu nome de forma pausada,me deliciando com o som dele na minha boca.Foientão que comecei a ficar apavorado,não sabia o que fazer.

–E o seu nome é...-havia um interrogação em seu tom de voz.

–Oh,me desculpe.Eu sou o Jonathan.Jonathan Christopher.-Respondi,agradecende mentalmente á Raziel por ela ter quebrado o gelo.Aquele silêncio já estava ficando desconfortável.-Você mora aqui,em Alicante mesmo?

–Ah,sim.Faz um mês que me mudei para cá.Eu era do Instituto de Paris antes.E você?

–Não.Na verdade vim pra cá hoje,pela primeira vez.Eu moro,digo,eu já morava em Idris,mas no interior.Numa área mais isolada.

–Sério?Como é lá?Eu nunca fui para o interior.Estou acostumada a cidades grandes:Paris,Alicante...

POV Alec

–Bem,parece que o Jonathan já fez uma "amiga".-Declarou Isabelle,com um sorriso maldoso no rosto.

–Nada mais natural.-Disse Jace.-Afinal,é Dia dos Namorados.Acho até bom,assim ele deixa a minha namorada em paz.

–Com ciúmes,é?-Pergunta Clary,rindo após uma sessão de beijos.

–Sem querer atrapalhar o momento.-Falei,impedindo uma longa,se não interminável,sessão de declaraçoes de amor de começar.-Gostaria de arrumar um lugar para me sentar.Vocês não sabem quão desconfortável é se apoiar nisso.-Concluí,indicando meu par de muletas.

–Vamos,Alec,vou arranjar uma mesa para nós dois.Deixemos os pombinhos as sós.

–Magnus está certo.É dia dos namorados,precisamos de um pouco de privacidade,pelo Anjo!Até porque ninguém quer ficar segurando vela.Até Jonathan achou alguém!Vamos nos espalhar:Magnus e Alec´podem se sentar;Clary e Jace se virem,façam o que quiserem(apenas tentem não serem presos por atentado ao pudor);eu e Simon vamos dançar!-Uma fala dessa só poderia ter saído da boca da minha irmã.

–o quê?-Simon parecia ter acabado de receber um sentença de morte.-Izzy,eu não sei dançar,você...

–Eu ensino.

–Da última vez que você tentou me ensinar a dançar...-ele deixou a frase suspensa no ar,e pude perceber que esse devia ter sido um momento extremamente cômico e vergonhoso.

Ignorando seus protestos,Isabelle agarrou o pulso de Simon,arrastando-o para a pista de dança onde uma banda qualquer tocava.Aproveitando a deixa,Magnus se pronunciou:

–Bem,eu e Alec vamos procurar uma mesa.Divirtam-se.Mas controlem-se por favor.

Dito isto,fizemos o prometido,indo atrás de uma mesa vazia.Quando a encontramos nos sentamos,e sem mais delongas Magnus me interrogou:

–O que você queria me contar?

–Eu não disse nada sobre querer contar qualquer coisa para você.

–Alec,querido,eu já vivi centenas de anos,não sou burro.Além do mais,você sabe que é péssimo em guardar qualquer tipo de segredo.Vai,fala logo.

–Magnus,eu,eu...acho que estou ficando louco!-Admiti,mordendo meu lábio inferior de forma insegura.

–Porque você pensaria uma coisa dessas?

–Eu vi quem me esfaqueou.

–O que há de tão estranho nisso?Diga-me:quem é?

–Aí é que está.-Disse,temeroso da reação de Magnus.-O homem que vi era..Velentim Morgenstern.

POV Kimberly

Aquilo era estranho.Não,muito estranho.Há um mês eu estava praticamente incomunicável,falando apenas com meu irmão,Gabriel,sem entrar em contato com nenhum estranho,em especial garotos,ou então meninas alegres,populares e bonitas.

E no entanto,lá estava eu,conversando com Jonathan de forma descontraída,eu estava até,até...me divertindo.Fazia tanto tempo que aquilo acontecia que mal me lembrava da palavra.O que estava acontecendo?

Ok,ele era bonito,com seu cabelos de um loiro-prateado quase brancos e olhos verdes como a grama que devia ter no local de onde ele dizia ter vindo isso era um fato inegável.E ok,seu perfume era delicioso.Mas...aquilo não era explicação suficiente.O pior é que eu estava entretida na conversa:

–Então onde você mora não é uma cidade.É como se fossem fazendas?

–É...-respondeu ele,inseguro.-Mais ou menos isso.

–Parece lindo.E embora saiba que provavelmente seria estranho para uma pessoa como eu,que só está acostumada a viver cercada de prédios por todos os lados,gostaria de conhecer.-O que tinha dado em mim para falar aquilo?

–Adoraria te levar,mesmo,mas receio que não possa fazê-lo.

–Porquê?-Questionei,sem conseguir ocultar minha curiosidade nata.

–Fugi de casa.-Ele não parecia ansioso para compartilhar maiores informações,como o que levara áquilo.Achei melhor não pressioná-lo.-Mas dizem que Paris é uma linda cidade.Muito romântica.Adoraria conhecer.

–Bem,nesse caso,acho que estamos quites.Infelizmente não te posso levar lá.

–Por causa da distância?

–Também.Mas na verdade,fui expulsa de casa.

Vi em seus olhos que ele estava curioso sobre minha história,minhas origens,a causa de minha expulsão.Mas da mesma forma que ele estava curioso sobre mim,eu também queria saber mais sobre ele,porque fugira de casa.E assim como ele,não me sentia disposta a lhe contar tudo o que ele queria,não estava disposta a lhe dizer que eu era um monstro,não estava disposta a ser rejeitada de novo.

Compreensivo,ele apenas assentiu levemente com a cabeça,respeitando meu silêncio,como uma forma de agradecimento por eu ter respeitado o dele.Após este gesto tão singelo,ele se aproximou ainda mais de mim.Desejei que não o tivesse feito,eu sentia seu calor emanando e atravessando meu corpo em impulsos nervosos e elétricos quando ele tocou meu braço.Sem sombra de dúvidas teria ficado sem ar,se ainda fosse capaz de fazê-lo.Foi então que ele disse as palavras fatais:

–Sei que é loucura,mal a conheço.Masacho que estou apaixonado por você.

Eu queria fazer como nos romances que costumava assistir com minhas amigas em Paris:responder "eu te amo",me jogar nos braços dele e receber um daqueles beijos de tirar o folêgo.Calor humano,afeto,no lugar de desprezo,era tudo o que eu queria.Sentia que aquilo poderia dar um novo sentido á minha vida,e quando o vi havia me sentido inexplicavelmente ligada a ele.

Porém,a parte mais racional de minha mente,dizia,como uma vozinha irritante,repetidamente:você não pode;não pode;não pode;não pode.Ela ficava cada vez mais fraca,até que se transformou em uma pergunta:não pode?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então,o que acharam?Sei que continuam não sabendo muito sobre a Kimberly,mas já é alguma coisa,gostaram dela?Porque o Jonathan foi embora nós sabemos,mas porque ela foi expulsa?Algum palpite?Gostaram dos dois como casal?Por favor,comente,deêm sugestões,critiquem,façam alguma coisa!Apenas não se finjam de mortos!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Entre o bem e o mal" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.