Era mais uma tarde qualquer na cidade de Itu, mas não era tão qualquer assim. Numa casa, uma menininha de mais ou menos 6 anos, de cabelos pretos, curtos e lisos e olhos azuis:

Ela brincava com seus amigos no quintal, mas esses amigos eram diferentes. Eram personagens de desenhos animados.

- Hahaha! Já que o primeiro foi o Johnny Bravo, tá com ele!

- Desculpa Anabela, mas agora temos que ir... - disse Frankie em tom de choro.

- Por que? - a mais nova perguntou, olhando os personagens que tinham olhos marejados.

- Provavelmente será a última vez que nós nos veremos...Tome, pra nunca nos esquecer... - Número 1 deu uma caixinha laranja do KND que vinha no Bob's, dentro dele, continha vários Pokémons.

Ela os abraçou, não havia os entendido, afinal, era apenas uma criança inocente, sem noção do que estava acontecendo.

Anabela ouviu a mãe, grávida de 6 meses, chamá-la pra entrar. A menina se despediu e os personagens acenaram, indo embora, para seus lares.

- Sr. Coelho, vamos vê-la de novo? - perguntou Dudu ao coelho imaginário.

- Possivelmente Sr. Dudu... Vamos ver o chefe.

Ao chegarem em sua cidade, o Mundo Dos Desenhos, foram direto para a ala Cartoon Network. Eles chegaram na prefeitura daquela micro-cidade e viram seu chefe.

- Prefeito, não quer falar com ele? - perguntou Docinho.

- Oh, com prazer! - disse o baixinho, entrando no local.

Após passar as escadarias do lar do chefe, ele chegou no quarto do homem, que estava doente e falava com um jovem de 25 anos.

- Chefe... Iremos realmente sair daqui...

- Essa doença que... Me atacou... Não me deixa raciocinar direito... A decisão cabe ao meu filho, CN Jr.

CN Jr. odiava os desenhos que o pai tinha contratado, ele deu um olhar maléfico ao Prefeito e o empurrou para fora.

[...]

-... E aí, eu e o Mac vencemos!

- Anabela... - começou o pai da menina. - Não acha melhor fazer amigos de verdade?

- Mas eu tenho amigos de verdade! Eles não são de mentira!

O pai da jovenzinha suspirou. Iria levá-la novamente à psicóloga. Ele não aguentava mais a imaginação (nem um pouco) fértil da garotinha.

- Ela tem que aprender... - ele sussurrou, suspirando.