Jane acordou feliz naquela manhã, a possibilidade de trabalhar com Lisbon de novo o alegrava, e muito. Tinha dormido mal por causa da ansiedade, mas o fato de que passaria o dia com a morena, fazia com que ele se esquecesse completamente disso. Tomou um banho, tomou café e se dirigiu diretamente ao FBI. Chegou lá, sabendo que estava atrasado e se dirigiu para a sala de reuniões, todos da equipe de Teresa já estavam lá, cada um sentado em uma cadeira enquanto a pequena mulher estava em pé, de frente para eles, explicando sobre o caso.

Lisbon: A gangue é conhecida por... – Ela se interrompeu quando o loiro adentrou a sala, sorriu para ele. Percebendo que não parava de sorrir, recuperou a consciência e voltou a ficar séria. Limpou a garganta e disse – Pessoal, esse é o Pat..., Jane... Esse é o Jane e ele irá trabalhar conosco nesse caso.

O consultor sorriu e percebeu como Teresa ficara atrapalhada ao pronunciar seu nome, olhou para cada um da sala. Havia 4 pessoas na mesa: A primeira, uma mulher loira e a mais nova da equipe chamada Madelyn. O segundo, um homem alto e de cabelos pretos, o mais forte, chamado Isaac. O terceiro, um homem baixo e acima do peso chamado Harry. E o quarto, que parecia ser o chefe da equipe, um homem de cabelos castanhos chamado Bennett.

Todos ficaram curiosos sobre o loiro e se esqueceram do caso rapidamente, Jane se sentou à mesa. A mais nova, Madelyn, se aproximou jogando seus cabelos em uma tentativa de fazer charme e perguntou:

Madelyn: Então Jane, você e a Lisbon se conhecem de onde?

Lisbon percebeu que Madelyn estava dando em cima de Jane, e não gostou nem um pouco. Patrick, percebeu o que acabara de acontecer, percebeu a atitude da morena e percebeu também o fato de que Teresa não havia contado nada sobre os dois para a sua equipe, decidiu então provocar. Olhou profundamente nos olhos verdes da pequena e disse, ignorando Madelyn:

Jane: Fui consultor dela há muito tempo...

Lisbon não cedeu ao olhar dele e disse:

Lisbon: Você era consultor da CBI e é agora do FBI. Nunca foi e nem é meu consultor.

Jane: Meh, modo de dizer Lisbon, já que você cuidava de mim quando nós trabalhamos juntos...

Todos na sala perceberam a tensão sexual entre os dois. A morena ficou constrangida e disse rapidamente:

Lisbon: Acho que devemos voltar ao caso.

Um silêncio se estendeu até que todos na sala concordaram e se voltaram para o quadro onde Teresa introduzia o caso.

Lisbon: Como eu dizia, nossa gangue se define como “The Wolfs”. Uma gangue conhecida pelo tráfico de armas e drogas, e além disso acredita-se que todas as armas roubadas, são vendidas para os maiores chefes do tráfico e, posteriormente, são vendidas no oriente médio para grupos terroristas. O nosso objetivo é simples, precisamos descobrir os chefes da gangue e para quem os produtos são vendidos.

A pequena fez uma pausa e apertou um botão no controle remoto, a imagem de um jovem moreno, na casa dos 30 e com barba surgiu a sua frente.

Lisbon: Na operação de ontem, descobrimos uma das bases deles, tentamos vasculhar o local e achamos um mapa com as próximas bases para as quais eles se mudariam, porém no meio do tiroteio, perdemos esse mapa e esse jovem, Hendrick Schultz foi capturado, todos os outros fugiram...

O consultor se levantou e se dirigiu a porta, Teresa disse:

Lisbon: Jane, hey! Onde você vai?!

Jane: Bom, já tenho tudo o que preciso. Prepare o Hendrick para um interrogatório e me traga um mapa da vizinhança onde a gangue costuma ficar. Se você tiver também, me traga as localidades das bases antigas. Preciso de uma xícara de chá.

Sendo assim, o loiro cruzou a porta, deixando a pequena agente irritada.

15 minutos depois

Jane se encontrou com Teresa na sala de interrogatório, ela estava sentada em uma ponta da mesa enquanto Hendrick estava sentada em outra. Ao ver o consultor, o criminoso falou com deboche:

Schultz: Hahahahahah, se você acha que vou falar alguma coisa, está perdendo seu tempo.

Jane se sentou e a morena falou, pegando a ficha de Hendrick:

Lisbon: Hendrick Shultz, 32 anos. Em sua ficha criminal, você já foi acusado por roubo, assalto a mão armada, porte ilegal de drogas e armas, e além disso, é acusado por estupro. Podemos chegar a um acordo, com tudo isso, você pode pegar de 30 anos a perpétua, e até pena de morte... – A agente fez uma pausa – Bom, me diga as próximas bases, e podemos reduzir sua pena, podemos abolir a pena de morte também.

Shultz olhou com escárnio e disse:

Shultz: Para que eu vou falar, se vocês nunca vão descobrir as bases mesmo¿ Sou valioso para vocês, sou a única chave para levar vocês até a gangue, vocês não aplicarão a pena de morte em mim haha. Então, acha mesmo que eu vou abrir o bico?

Jane soltou uma gargalhada, que irritou Hendrick.

Shultz: Do que você está rindo palhaço?

Jane o encarou e disse:

Jane: Estou rindo da forma como você se acha inteligente, quando obviamente, não é. – Jane sorriu e continuou – Você não precisa falar nada, descobrirei a próxima localidade sozinho.

O loiro pegou um mapa das antigas localidades e o analisou, pegou então o mapa da cidade a fim de descobrir a próxima base, observou o olhar de Hendrick e disse fazendo um círculo:

Jane: Está por aqui – O loiro foi fazendo círculos menores até que chegou a um círculo com 6 armazéns abandonados. – É um desses 6...

O criminoso entrou em estado de choque do outro lado da sala e disse em desespero:

Hendrick: Ok, ok, eu falo, eu falo. Eu te conto tudo sobre a gangue e as próximas localidades! C-Como você faz isso?

O consultor sorriu e disse:

Jane: Sua gangue se chama “The Wolfs” (Os Lobos). Lobos são criaturas que uivam para a lua cheia. Essa mesma lua “nasce” do lado leste e “dorme” no lado oeste. – O loiro pegou o mapa e prosseguiu – Observando as localidades antigas, vocês seguem esse mesmo movimento: 1 base do lado leste da cidade, depois 1 base no centro da cidade e por fim, 1 base do lado oeste. Muito mal pensado isso mas enfim... A última base estava do lado oeste, isso quer dizer que a próxima seria do lado leste... O que eu fiz em seguida foi fazer você olhar pro mapa e me dizer se minha suspeita estava correta.

O criminoso tinha um olhar de choque em sua face. Teresa sorriu descaradamente e disse para Hendrick.

Lisbon: Comece a falar, agora.

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Teresa foi preparar um café, sairiam em 20 minutos para invadirem a base da gangue, precisava de uma dose de cafeína em seu corpo. Entrou na cozinha e se surpreendeu quando esbarrou com Jane. Ela estava de colete e reparou quando o loiro examinou seu corpo.

Lisbon: D-Desculpa Jane, eu não te vi...

Jane sorriu e disse:

Jane: Não foi nada... Vão invadir a base?

Lisbon suspirou e disse, com a voz seca:

Lisbon: Vamos...

O consultor observou a morena pegar uma xícara e colocar o café, sabia que ela estava chateada com ele ou incomodada, não sabia dizer qual das duas coisas era, mas sabia que o motivo daquilo eram suas provocações.

Jane: Olhe Teresa... – Ele se aproximou e a encarou, perguntou então, fingindo não saber o porquê dela estar assim – Eu fiz alguma coisa? Digo, consigo perceber que está incomodada ou chateada, mas não sei porque...

A paciência da morena se esgotou ela se virou para ele e disse:

Lisbon: Sim Jane você sabe. Desde que você chegou, não tem feito nada a não ser me provocar, falando coisas, dizendo que você é MEU consultor, tentando provocar ciúmes com a Madelyn, me deixando irritada a todo custo. Porque isso Jane?

Jane sorriu, sabendo que tinha conseguido mexer com ela e disse:

Jane: Você repara demais...

Teresa o achou um completo babaca naquele instante, se afastou dele e disse:

Lisbon: Vamos sair em 20 minutos, se quiser venha com a gente.

Jane havia provocado a pequena de propósito e falado aquilo de propósito, querendo que a morena chegasse ao limite. O loiro resolveu acompanhá-la na operação, embora nunca fizesse isso. Colocou seu colete e se dirigiu para a garagem com a equipe, iriam invadir a base.

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O time pegou três carros, em um deles estava Bennett e Madely, no outro Harry e Isaac, e no último Patrick e Teresa. O consultor se lembrou dos velhos tempos e desejou fazer isso mais vezes com ela. Jane a observava e Lisbon estava ciente disso. A morena quis pedir para ele parar, quis perguntar o porquê, mas não teve coragem.

Quando os carros foram estacionados, Lisbon ordenou que Jane esperasse no banco do passageiro e depois de meia hora, e um enorme tiroteio, o time trazia os criminosos algemados e toda a mercadoria. Jane observou os gritos de vitória e viu que, quando todos os lideres já estavam dentro da van que os levaria pra o FBI, viu que Isaac abraçara Teresa com fervura. Sentiu ciúmes? Sim, sentiu muito ciúmes.

No FBI, os líderes, que eram 4, foram colocados em uma só sala. Bennett aparecera e falara com eles, fizera a proposta de que, se os nomes para quem as drogas e as armas eram vendidas aparecesse, a pena de ambos seria reduzida. Bennett deu um tempo para eles pensarem e se dirigiu para a outra sala onde toda a equipe estava reunida. Todos estavam conversando, porém Jane observava os criminosos através do vidro com um olhar curioso. Lisbon se aproximou.

Lisbon: Jane, o que foi?

O loiro disse:

Jane: Venha comigo Santa Teresa.

O consultor invadiu a sala ao lado onde os lideres estavam e disse:

Jane: Hendrick Shultz foi preso de propósito, não foi? Digo, vocês precisavam que ele fosse preso.

Lisbon achou estranho e disse:

Lisbon: Como assim Jane?

Jane: Muito simples Teresa, a gangue tem um informante dentro do FBI. A agência nunca conseguiu pegá-los, porque esse informante alterava todas as informações coletadas. Porém esse informante foi afastado de seu posto, porque ele, ou melhor ela, ficou hospitalizada. Eles precisavam de alguém aqui dentro, passando as informações, que no caso seria Hendrick, mas ele não conseguiu. Hendrick não nos disse muita coisa útil sobre vocês mas, mesmo assim a gangue foi pega. Agora eles estão discutindo sobre entregar essa informante ou não.

A morena olhou para o vidro atrás, para sua equipe, estava confusa e depois olhou para Jane.

Lisbon: Eu não estou entendendo...

Jane: Lisbon, Suzannah é a informante deles. No tiroteio que teve semana passada, acidentalmente eles confundiram ela com você, você era quem iria levar aquele tiro. Porém, o plano deu errado, então eles entregaram Hendrick para ser o informante... Vocês foram muito descuidados, e devo admitir, não elaboraram bem o plano, como conseguiram confundir Teresa com a Suzannah? Chega até ser um insulto investigar um caso assim.

Um dos líderes ameaçou sair correndo atrás de Jane, porém Patrick foi mais rápido e saiu da sala.

3 horas depois.

Por fim de tudo, a gangue foi presa, Suzannah estava se recuperando no hospital, porém assim que melhorasse, iria para a prisão também. Querendo um pouco de conforto, Teresa foi para a garagem, querendo ir para sua casa o mais rápido possível. Pegou seu carro e tentou ligar ele, porém não adiantou, levantou o capô do carro e começou a examinar o que tinha acontecido. Jane passou por lá, viu a cena e disse:

Jane: Ooow, Lisbon o que aconteceu? Seu carro quebrou?

Lisbon furiosa disse:

Lisbon: Acho que sim, ai que ódio!

Jane se aproximou e disse:

Jane: Deixe isso aí, amanhã você arruma ou manda para o mecânico. Vem, eu te levo para a casa.

A pequena fez menção de recusar, mas estava tão cansada que acabou aceitando. Jane entrou dentro do carro, assim como ela. E pediu para que ela pegasse um CD de música. Ela abriu o porta luvas e uma certa caixinha de veludo caiu. Era a caixinha do anel de Teresa. O anel que ele quis dar para ela. Ambos tentaram pegar a caixa de veludo ao mesmo tempo. Jane foi mais rápido e pegou o item do chão. Porém ele percebeu que ela tinha visto a caixinha. E ela olhou com espanto para ele, mas passou rápido. Lisbon, não queria demonstrar mais nenhum sentimento.

Ela pegou o CD que ele queria e passou para ele. O trajeto inteiro foi feito em silêncio. Chegando na casa de Teresa, a morena se virou para ele e o convidou por educação:

Lisbon: Jane, você... Uh... Quer entrar?

Jane: Eu preciso conversar com você, então, sim...

O loiro sabia que precisava acertar o relacionamento dos dois logo, pedir desculpas por ter provocado a morena durante o dia e, é claro, explicar sobre o anel, sabia que ela estava surpresa com aquilo.

Assim que entraram, o consultor se virou e disse:

Jane: Tem chá?

A pequena sorriu e disse:

Lisbon: Você sabe que tem, e sabe onde está, portanto, sinta-se em casa – Ela deu uma pausa e falou – Preciso de um banho.

Assim que ela voltou, usava um hobby e uma camisola por baixo. Jane a esperava sentado na mesa da cozinha. Assim que a avistou, pegou duas xícaras e serviu o líquido para os dois. Ambos beberam em silêncio e permaneceram em pé, até que ele falou:

Jane: Foi um caso chato esse... – Fez uma pausa e continuou – Sei que ficou chateada por causa de Suzannah...

Lisbon encarou sua xícara de chá e disse:

Lisbon: Faz parte Jane... Obrigada por tudo, por ter ajudado no caso... Me fez lembrar dos velhos tempos...

Jane se encostou na bancada da cozinha e disse olhando para baixo:

Jane: Formamos uma bela equipe, formávamos na verdade... – Deu um riso triste, olhou para cima e continuou - ... Sinto falta da minha parceira.

A morena o olhou com ternura, medo, receio, desejo. Estava tão confusa, e sentia tanta falta dele também, mas se lembrou das atitudes dele no dia e disse:

Lisbon: Porque me provocou?– Ela cruzou os braços e o encarou – Não me diga que é mentira, porque eu sei quando você mente. Só me diz o motivo.

Jane olhou para baixo e disse:

Jane: Queria ver se você sentia algo ainda por mim, queria fazer você chegar no limite... – Ele levantou a cabeça e olhou frustrado para ela - ... Como eu estou chegando.

Lisbon descruzou os braços e estava prestes a sair da cozinha, porém o loiro pegou seu braço.

Lisbon: Jane... Não...

O loiro a interrompeu e disse:

Jane: Me deixe falar, por favor. Eu sei que fui um idiota de propósito com você hoje, e sei que errei várias vezes. Mas eu te prometo, eu vou conseguir sua confiança de volta. Eu farei de tudo para te ter de volta Resse...

Lisbon disse sem folêgo:

Lisbon: Jane, de novo essa conversa não...

O loiro a envolveu e trouxe o corpo dela para si. Com as testas coladas ele disse:

Jane: Eu estou no meu limite Teresa, e sei que você está começando a ficar assim também... – Ele respirou e continuou – Tem noção do quanto é difícil ficar longe e também ficar perto de você? Se fico longe, sinto que vou explodir... Se fico perto, só penso em te puxar para mim e te provar o quanto eu ainda te desejo.

A morena não sabia mais o que fazer, havia perdido toda a sanidade que restara, só pensava em ter a boca de Jane colada na sua...

Jane: Eu não vou desistir tão fácil de você, não vou deixar você para trás, não vou perder você de novo Teresa, não vou...

Jane não se aguentou e acabou com o limite entre os dois. A beijou como se fosse a última vez, pressionou o corpo pequeno da mulher a sua frente com o seu, enquanto as mãos dela enlaçavam seu pescoço puxando ele mais para si. Devoraram um ao outro com as bocas. Não queriam se afastar para respirar, o oxigênio não importava, apenas os dois importavam.

Eis que então, o telefone da morena começa a tocar. Ambos se separaram. A mulher atordoada se desvencilhou de Jane e atendeu o telefone. Era Abbott que ligava.

Abbott: Teresa, é uma emergência... Um dos agentes do departamento de Washington foi encontrado morto essa manhã.

Lisbon sem raciocinar, apenas disse:

Lisbon: A polícia de Washington não pode cuidar disso? Porque você está me notificando disso chefe? Não é o departamento de homicídios que cuida disso?

Então, como num passe de mágica, todas as peças se encaixaram, “Departamento de Washington”, ela sabia porque Abbott telefonara para ela, e sabia quem havia morrido antes mesmo de seu chefe falar.

Abbott: Estou telefonando porque Marcus Pike foi encontrado morto esta manhã, e nosso antigo time vai ajudar no caso.